E mais Facil Quebrar um Atomo que um Preconceito

Sou um homem simples. Tudo que eu quero é sono suficiente para dois homens normais, uísque suficiente para três, e mulheres suficientes para quatro.

O pessimista é um otimista com experiência.

As Palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Sei que pareço um ladrão...
Mas há muitos que eu conheço
Que não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço.

Amar é ver-se como um outro ser nos vê, é estar apaixonado pela nossa imagem deformada e sublimada.

Donde pode nascer o amor? Talvez de uma súbita falha do universo, talvez de um erro, nunca de um ato de vontade.

A amizade é um navio suficientemente grande para levar duas pessoas com tempo bom, mas apenas uma com tempo mau.

Vamos esquecer que existe um tempo e não vamos contar os dias da vida!

Nunca um marido será vingado tão bem como pelo amante da sua mulher.

A inveja é um vício mesquinho e sórdido: o vício do condenado que reclama porque o seu companheiro de prisão recebeu uma ração de sopa maior.

Há dois labirintos do espírito humano: um respeita à composição do contínuo, o outro à natureza da liberdade; e ambos têm origem no mesmo infinito.

A felicidade não é um luxo: está em nós como nós próprios.

O governo é como um bebê: um canal alimentar com um enorme apetite numa ponta e nenhum senso de responsabilidade na outra.

O talento é um título de responsabilidade.

O amor é um sentimento tão delicioso porque o interesse de quem ama confunde-se com o do amado.

É assim que o mundo termina,
não com um estrondo, mas com uma choradeira.

O melhor jeito de partilhar nossos sonhos é vivendo cada um deles.

Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. É tão incumum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica. Às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito, ou, até, se quiserem, a irritação do amante rejeitado.

Ainda bem que chegamos a um paradoxo. Agora, há esperança de conseguirmos algum progresso.

A melhor maneira de responder a um mau argumento é deixá-lo continuar.