Dor Fracasso
Se você vê nitidamente ou sente a presença de alguém em todo lugar, é sinal que ela marcou a tua alma e a vida dela valeu a pena.
Escolha bem seus amigos, as vezes a cura pra uma mágoa, está apenas em recostar a cabeça no ombro certo.
Cabelos Desarrumados...
Vejo, com olhos ainda dúbios
O desejo e a gratidão do perigo,
Deste olhar certo em minha direção.
Sorri observando seu conturbado
Tentar de seu esoterismo, até hilário,
Adivinhar o que estaria por acontecer.
Foi neste beijo na chuva
Que sua boca ficou muda,
E meu coração redeu-se sem pudor.
Desculpem-me aos apreciadores da beleza comercial,
Mas uma mulher com cabelos molhados
E desarrumados é tudo de mais sensual.
Jorge Jacinto da Silva Junior
Não me julgue!
"Não me julgue!
Você não me conhece...
Não conhece a minha história...
Não sabe o que me levou a ser assim...
Você não é meu juiz...
E, você não tem nada a ver com a minha vida!
(A rebeldia ás vêzes é pura dor moral!)"
✫Haredita Angel
"Quem procura trabalho é trabalhador
Quem procura sofrimento é sofredor
A verdade é rompante
Nada tem de elegante
A verdade não doura a dor"
☆Haredita Angel
"Sempre que avisto a lua cheia, toda enfeitada de amor, lembro de você.
Mas, essa lembrança não me traz felicidade, ninguém é feliz quando carrega dentro de si a dor de uma saudade."
Haredita Angel
30.04.24
DOLORE INESQUECÍVEL...
O que é inesquecível?
Quem é inesquecível?
Quem já viveu dores intensas lembra-se muito bem de cada detalhe que o levou a passar por aquela dor!
Se ficou uma cicatriz então, a lembrança é um "Déjà vu" constante...
Tudo que se passa no ambiente presente à nossa volta, cores, perfume, cenas, sons, vozes, imagens, tudo relembra o momento exato em que a dor foi provocada.
A memória humana é algo impressionante, e não se pode de forma alguma ser comparada com outras memórias não humanas, ou artificiais.
Memórias artificiais podem ser deletadas, quebradas e queimadas, mas a memória humana, ainda que às vezes por um breve momento falhe, a não ser por causa de doenças da mente, como alzheimer, não desparece nem com o passar do tempo.
A dor é algo marcante, impossível de ser esquecida!
Quando amamos alguém, dizemos que sofremos de amor, então nesse caso, podemos inferir que o amor é um tipo de dor.
Não dá para esquecer um amor que de tão intenso causou e causa dor, porque ele penetrou a memória e os sentidos do corpo! Penetrou a estrutura da alma e criou raízes impossíveis de serem arrancadas...
Sentir um amor assim que não se sacia com a pessoa amada, que está oculta pela distância, consome o seu portador segundo após segundo de um jeito que a caminhada de cada dia, a existência, passa a ser um cortejo fúnebre diante dos olhos de quem se lembra quando exatamente começou a sentir essa dor inconsolável.
Você optou por concluir suas conclusões, me ferir com suas palavras e eu até penso que foi com um propósito doloso de me afetar e subverter meus sentimentos por você, e em resposta, você escolheu e decidiu se manter no silêncio, e assim, eu acho, ignorar o que dizíamos em palavras e vivemos em momentos surreais...
Nossa intensidade é indescritível pelo dicionário e pela realidade...
Tudo bem...
O silêncio foi sua escolha, até agora, e talvez continue sendo daqui para sempre...
Mas algum dia, quando a dor de algum modo apertar o seu peito, saiba que a minha dor, o meu amor, o meu querer por você nunca teve uma pausa sequer de meio segundo...
Se o tempo me permitirá vê-la e tê-la em minha realidade e em minha vida novamente, eu não sei dizer, mas talvez essa dor me acompanhe até o final dos meus dias, porque essa dor eu escolhi guardar dentro de mim, mesmo contrariando o bom senso dos outros, dos costumes e das impossibilidades que se opuseram contra mim...
Esse texto, ou poema, é fruto de uma ínfima parcela da minha dor e um nada se comparado à imensa saudade e intensidade com a qual penso em você, e sinto essa dor de não ter você como já tive, e angustio ter novamente...
O medo do futuro é um espectro que paira sobre mim, uma sombra que se alonga com cada passo que dou em direção ao desconhecido. É uma angústia silenciosa que se infiltra nos momentos de quietude, quando minha mente está livre para vagar por caminhos escuros e incertos. O futuro é uma vastidão de possibilidades, e nem todas são benévolas. Entre elas, o abandono se destaca como um fantasma insidioso, uma possibilidade que corrói a minha paz interior.
O medo do abandono é um peso que carrego no peito, uma constante sensação de que as pessoas que amo e que me dão sentido podem, a qualquer momento, desaparecer. Esse temor me deixa à mercê de uma solidão esmagadora, uma solidão que não é apenas a ausência de companhia, mas a ausência de conexão, de entendimento, de amor. É um vazio que se instala e se expande, engolindo todas as luzes que poderiam iluminar minhas noites mais escuras.
A solidão, quando combinada com o medo do desamor, transforma-se em um abismo profundo. O desamor não é apenas a ausência de afeto, mas a presença do desinteresse, da indiferença. É olhar nos olhos de alguém que já foi tudo para mim e não encontrar reflexo, não encontrar calor, apenas um vazio frio e distante. É o toque que não aquece, a palavra que não conforta, o olhar que não encontra reciprocidade.
O medo do futuro, do abandono, da solidão e do desamor são correntes invisíveis que me prendem, me sufocam lentamente. Eles me fazem questionar a razão de continuar lutando, continuar esperando, continuar amando. Eles me roubam a coragem de sonhar, de acreditar em um amanhã melhor. Cada dia se torna uma luta contra uma escuridão interna, uma batalha silenciosa e solitária.
Nos momentos mais baixos, é difícil lembrar que já fui feliz, que já acreditei no amor e na conexão humana. O medo distorce minhas memórias, transforma o passado em um espelho distorcido e o futuro em um cenário desolador. A esperança se torna um luxo distante, uma chama quase extinta em meio ao vendaval de incertezas e angústias.
É um sofrimento constante, uma dor que lateja na alma, uma presença sombria que nunca se vai. E assim, sigo adiante, cada passo pesado, cada respiração um esforço, cada pensamento uma luta contra o desespero. Porque, no fundo, o medo do futuro, não é apenas o medo do que está por vir, mas o medo de que o presente, com todas as suas dores, nunca vá embora.
O que é a morte pros vivos?
A morte é, ao mesmo tempo que é um processo de desespero, medo, saudade, memória, culpa, agonia, crença, pedido e uma aceitação inexistente.
Não se trata de deixar o mundo, apenas, mas sim de deixar uma família, tanto por idade, tanto por negligência da própria família em não aceitar tratar um alguém que precisa por crenças religiosas, ou até por divergências políticas.
Isto é agonizante, não só pra quem vos deixa, mas pra quem tem que lidar com uma perda, ou até aceitar que se perdeu um ente querido por pura negligência, que poderia simplesmente ser evitada com o mínimo de cuidado.
Isto é fato, uma fato amargo, difícil de engolir, principalmente para quem sempre achou que não seria nada de mais ou não se importou o suficiente, ou o simples fato de não se importar e se contentar com “Isso logo passa.”
Não faço esse texto por pura criatividade, mas por repulso das pessoas.
Almas Vazias
Nascemos humanos, portadores de um vazio,
Seres completos, mas ocos em nosso fio.
Pelo viver, pelo aprender, nos formamos,
É na experiência que realmente nos encontramos.
Criamos deuses, mitos e ideologias,
Construtos de mentes em busca de harmonias.
Mas quem pode afirmar a certeza do ser,
Se a realidade é uma ilusão, ou um eterno perecer?
O mundo flutua em um devaneio sem fim,
Preso em um ciclo de sofrimento afim.
Mas é no sofrimento que o sentido germina,
Na dor e na dúvida, a essência se afina.
A capacidade humana de criar e sonhar,
De fundar realidades, de sempre questionar,
É a chama que ilumina o caminho incerto,
No vazio, encontramos o nosso deserto.
E assim, vagamos em busca do saber,
Em cada passo, o humano a crescer.
Pois é no devaneio, na dúvida, na dor,
Que o vazio se preenche, e floresce o amor.
Aqueles que mais foram magoados, são os que normalmente têm a maior capacidade de curar outros… OP.:
Escrever um livro, um artigo, uma poesia é mostrar o seu interior e desnudar o sentimento, a saudade, todas as nuances de sentimentos de nossa alma em decifrada pelo cérebro. Não importa se iniciante ou consagrado é um momento de glória para todo escritor a noite de autógrafos. É rasgar muitas vezes as entranhas em contos que sagram o coração. É acreditar que desejos caminham entre sinapses buscando ligações propícias para definir o que sentimos, desejamos e acreditamos. Enquanto se escreve as palavras ou imagens são tão palpáveis que nos introspectivos a ponto de sentir o cheiro, o gosto, o toque do que mais queremos em uma viagem que só a escrita consegue revelar tantos sentimentos.Escrever é mágico porque posso tudo. É dolorido quando percebemos que existe possibilidade de cunhar em letras frias, doloridas nas folhas de caderno pela ausência ou tanta vibração e alegria pela presença. Quando um companheiro se vai para a eternidade deixa um vazio mordaz. Algo que jamais irá se experimentar na vida.
Ciria Lima 06/07/2024
Uma despedida difícil
É amar e ver que não pode ser.
Como a árvore que não cresce
No solo que não a nutre.
Ficar seria esperar pelo impossível,
Tolerar a ferida que não sara,
Aceitar o pouco, perder-se
Na tentativa de não perder o outro.
A natureza não espera,
Não hesita, não sofre.
O rio corre sempre para o mar,
Mesmo que deixe a montanha para trás.
Sabemos que deixar ir dói,
Mas é o caminho para a cura.
Às vezes, partir é amar,
Não por falta de amor ao outro,
Mas por amor a nós mesmos.
Com a simplicidade do vento
Que sopra sem mágoa,
Partimos, porque tudo é como deve ser,
E no amor-próprio encontramos a paz.
Muitas vezes nem trata-se da última gota, a fatal. É o gotejar constante, que cortanto os sonhos, tritura junto a esperança.
