Dor Fracasso
"A lágrima que escorre é dor, a alma sendo lavada, a alegria pede passagem, após o sofrimento sorria do lamento que passou, estarei sempre ao seu lado, serei a piada que fará o seu sorriso brilhar".
Soneto da Vida Que Prossegue
De súbito, me vi sem forma ou chão,
Soltei o corpo, e a dor ficou pra trás.
Na paz sem voz, brilhou revelação:
Sou mais que a carne — sou essência e paz.
O tempo se desfez num só instante,
E vi a vida inteira, em luz, pulsar.
Os medos se calaram, tão distantes,
E o que era vão deixou de importar.
Mas voltei. E a vida me chamou.
Com nova fé, caminho o que é terreno,
Pois cada luta mostra o que sou,
E o amor que guia tudo é sempre pleno.
A vida segue — e sigo com firmeza:
Sou chama eterna em veste de beleza.
Quero florir
Como flores do inverno pra primavera,
que se abrem após tempos de dor
se livram do frio vão pra calor,
Começam animar a atmosfera.
Como borboletas nos campos,
que voam sem medo,
depois de se libertarem em segredo,
e conseguir fazer seus desejos.
Eu quero ser como eles,
Sentir a liberdade na pele,
poder ser como flores
ter a fragrância de uma belle.
A vontade de curar essa dor que é tão mais forte que eu, que chegou na alma. Que dói tão dilacerante, quanto a mentira pra mim mesma que tá tudo bem. Não tá.
Transformei a dor em direção! Uma direção que pessoas comuns sequer suportam o início e desconhecem a chegada!
No meu silêncio
Me recompus sozinho.
Sem mãos que me erguessem —
apenas a dor, a febre, a indiferença.
Bebi angústia em copos rachados.
Fumei lembranças até virar cinza.
Hoje, não salvo mais ninguém.
Se vieres,
vem nua de idealizações.
Nunca fui o ideal —
nem quero ser.
Mas traga coragem nos olhos,
pra suportar minha tempestade.
Não quero juras de amor.
Quero presença
quando o verbo falhar.
Não peço perfeição.
Só alguém que me veja
como eu vejo:
com falhas,
sem medo,
sem pudor,
sem fuga.
"Na jornada da vida, tropeçamos com dor, caímos com lágrimas, erramos com o coração em pedaços.
Mesmo assim, deixamos sinais — avisamos onde doeu, onde sangrou, onde quase não voltamos.
Gritamos pros que vêm depois: ‘Cuidado com a pedra! Atenção com o abismo!’
Mas, no fim, o caminho é deles.
E por mais que doa, alguns vão ouvir… outros só vão entender quando sentirem nos próprios passos o valor de continuar."
"Somente o amor pode transformar um cenário de dor em paz. Só existirá plenitude nas ações do ser humano quando o amor for a essência de tudo".
A dor do luto é uma ferida profunda na alma, que marca a ausência de quem amamos.
É um silêncio que ecoa no coração, uma saudade que nunca cessa.
Cada lembrança traz um misto de dor e gratidão, pois o amor permanece, mesmo na ausência.
O luto nos ensina sobre a fragilidade da vida e a força que carregamos para seguir em frente.
Chorar é permitido, sentir falta é inevitável, mas é preciso lembrar que a vida continua.
Com o tempo, a dor se transforma em saudade serena, e as lágrimas dão lugar aos sorrisos de lembrança.
O amor que sentimos nunca morre, ele apenas muda de forma e passa a habitar a memória.
Respeitar o próprio tempo de cura é um ato de amor consigo mesmo.
Cada pessoa lida com o luto de maneira única, e não existe um caminho certo, apenas o seu.
Que, mesmo na dor, possamos encontrar esperança, acolhimento e paz.
A dor nasce no exato instante em que tua consciência se desconecta da verdade mais sagrada: tu és o próprio Amor. Sempre foi. Sempre será.
O sofrimento se dissolve quando cessa a busca desenfreada lá fora… e se reconhece que tudo sempre esteve pulsando dentro.
Felicidade não é um lugar, nem um destino. É uma frequência viva. Uma vibração que só se manifesta quando a presença se torna inteira, quando o agora se torna teu lar.
A paz que tantos buscam não está distante. Ela vibra silenciosa entre o coração, o silêncio e o instante. E sempre esteve ali, esperando ser sentida.
Não existe nada que precise ser consertado, mudado ou reconstruído para se viver a plenitude. O único caminho é lembrar… lembrar de quem tu és na essência mais pura.
O esquecimento criou o teatro da ilusão.
A lembrança dissolve o véu, desmancha os limites, rompe as amarras.
Tu és a própria lembrança viva da Fonte Criadora.
Tu és luz. Tu és amor. Tu és consciência em expansão, manifestação viva do Divino pulsando aqui, agora, sempre.
"Todos nós viemos conhecer a Deus pela dor, mas somos convencidos das nossas transgressões e convertidos através do amor e da graça inefável Dele por nós."
Sua nota para ele: Eu achava que o amor era só dor, até aquele dia em que seu olhar me mostrou que havia um lugar seguro… em você. Mas o tempo… ah, o tempo. Ele revelou que até os olhares mais sinceros podem mudar. Que até quem parece abrigo pode, um dia, se tornar distância. Você se foi, e levou com você o meu conceito de segurança. Doeu, e como doeu. Mas foi da dor que a lição veio: o amor não é só o que o outro nos dá, mas o que ele nos ensina sobre nós mesmos. E você me ensinou que eu sou capaz de amar de verdade. Que eu mereço amor, que fique, que cure, que seja leve. Você foi o olhar que me mostrou que o amor existe. E a partida que me ensinou que, às vezes, ele não dura. Você se foi. Mas eu fiquei. E em meio à dor… eu floresci.
Tem gente que só precisa de um pouco de atenção para transformar a dor em força e o medo em esperança.
Eis-me entre homens, meu irmão,
na angústia e na dor de saber da finitude —
e da inutilidade da vida
quando o assunto é a eternidade.
Amo e odeio essa possibilidade.
Convivo entre homens que, embora tente compreender,
enxergo como fracos:
almas perdidas no labirinto da consciência da morte.
Cegos guiando cegos,
todos buscam entender o que não é possível,
e acima de tudo, tentam encontrar sentido
naquilo que apenas repetem —
como se a crença, por si, salvasse.
Às vezes penso: talvez sejam como eu,
alguém que aprendeu a repetir os erros ancestrais —
a ilusão da crença
de que há algum sentido na morte do homem.
Sobretudo depois de se conhecer a sentença:
“Tu és pó, e ao pó voltarás.”
Me solidarizo com esses homens.
Mas, ao contrário deles,
na maior parte do tempo,
eu nego qualquer sentido ao universo.
Rejeito qualquer ideia cósmica ou estoica de metafísica —
seja a da alma imortal,
seja a da carne eterna,
ou da saturação de algum prazer físico.
Tudo é em vão.
Seguimos como ovelhas para o abate,
e todas as crenças desabam
quando a razão nos assalta,
como um raio que, vez por outra,
ilumina demais.
Regando a planta.
Sozinho me deito.
Na madrugada, me levanto.
Um aperto, uma dor.
Não era frutífera, ainda sim, há uma lagarta me roubando.
Amar é não temer a dor, mas sim reconhecê-la como parte de um caminho que é belo e trágico ao mesmo tempo.
Decerto, o que vale a pena é concebido, não inventado ou achado.
