Dor de um Homem
"Se" houver certeza da existência de um Deus criador de tudo então o homem não está apar de questionar sua própria existência,mas enquanto não houver certeza toda ideia (seja ela de qualquer natureza) está impelida de cogitação. Mesmo aqueles que escondem-se atraz de sua própria fé um dia já temeram estar enganados,a incerteza de Deus é um enigma de natureza invisível,é a desculpa do agnosticismo,é a doença do sábio e a hipocrisia dos eruditos...
Eu fingi por orgulho que não doía, eu pensava que fingir força era o caminho nobre de um homem e o caminho da própria força. Eu pensava que a força é o material de que o mundo é feito, e era com o mesmo material que eu iria a ele.
"Homem não chora" - e foi assim que seu corpo fora adestrado pelo discurso do outro, tornando-se casco onde antes poderia ter brotado flores.
Sei diferenciar as pessoas que amo das que tenho simpatia, não através da definição de amor, mas por ter comigo a máxima de que tomaria a dor de todos os que eu amo para mim, só para vê-los sorrir.
FELICIDADE
Todos querem ser felizes,
Mas o Homem nunca o conseguirá.
O espírito insaciável
Impele-o a querer sempre mais
Sem desistir de comprar a felicidade
Quão pobre o Homem é!
Poucas são as pessoas felizes
Pois só poucas sabem como ser felizes
A felicidade verdadeira é amar o próximo
Ajudar o outro e conquistar os seus objetivos
Sem nunca prejudicar ninguém.
Uma pessoa feliz
É uma pessoa aprendiz
É um sonhador
É um lutador
Tudo feito nisto,
Também eu resisto
Pois também sou um lutador
Que conquista objetivos e além de feliz
Também sabe o que é dor.
Mulheres ruins também existem. Mulheres ruins não sabem valorizar ou tratar bem homens inocentes. Homens inocentes também existem.
Como um homem destruído emocionalmente se coloca de pé fisicamente e segue em frente?
Apesar de não ser algo novo eu não sei a resposta, mas estou prestes a descobrir.
Mas aprendi uma coisa, a dor de um coração partido é proporcional a sua força. Pode te quebrar mas não pode te superar
Para formar um vaso perfeito é preciso extrair o barro sujo, tirar dele as impurezas e iniciar o molde até que fique conforme quer o oleiro.
"Refletindo sobre o sofrimento percebi que são nas dores e contratempos que um ser humano reconhece o outro. Encontra no seu semelhante a compreensão, a amizade, o amor, o respeito e etc... Você sempre ouve histórias de pessoas que se encontraram quando algo adverso lhes aconteciam, o tal, "lugar certo na hora certa" ou "quando eu mais precisava", e até "quando nada esperava". E juntos tecem os momentos de felicidade. Com isso me questiono; - Nas horas escuras é que se veem, com o coração frágil se compreendem e com a dor se reconhecem... O que mais falta para o homem ver que toda essa batalha só é mais fácil quando nossos companheiros de luta estão do nosso lado? Os seres humanos se completam na dor, e ao invés de se respeitarem mais por isso e se colocarem no lugar do outro, usam desta mesma dor para causar mais dor, descontar seus infortúnios e desgraças no mundo. São frios, egoístas solitários e rebeldes sem causa. Preferem se revoltar contra todos do que fazer parte da maioria. Pra quê?
Hoje o que me doi é o grito.
Não é o som do grito que incomoda a minha alma.
Mas é o grito interno.
O grito impossível
O grito não exteriorizado.
Então assim me grito por dentro.
Tento e não consigo,
Nem ao fechar dos olhos,
Nem o grito imaginário me faz por satisfeito.
Quero é gritar o mundo!
Não quero que me ouças
Minha dor não me dá direito de sofrer
O grito, assim, fica entalado
Sem possibilidade de transpor minhas cordas vocais
Transformar dor em som.
Me grito em palavras
Agora são elas que me confortam
Cada, traço, é...
Cada rabisco mal dado é...
Não dou-me por satisfeito
Infinito
Propaga-se em cadeia
Emitido
Cada onda, um eco
Irreplicável
Me conforto, me repouso.
Muto
É no momento mais adverso que o homem é desafiado, pela segunda vez, a despertar-se para a sua subsistência e autonomia. Na primeira vez foi pelo amor.
Pequeno homem, cheio de problemas e responsabilidades. Com um coração forte e compreensivo.
Pequeno homem no seu mundo silenciado, levava consigo sua dor e solidão.
Pequeno homem, crescendo rápido demais, era uma rocha inabalável e firme, com seu sorriso abria caminhos e dizia: -Vai ficar tudo bem.
Pequeno homem, era como uma represa de águas, pronta pra romper.
Pequeno homem engoliu seu dilema, ninguém o compreenderia, mais fácil era, somente, continuar.
Pequeno homem, que já não era pequeno, mas sempre foi tão grande. Olhando adiante, apenas seguiu...
O FARDO INVISÍVEL
Ele acordou cedo, como fazia todos os dias. Espreguiçou-se devagar, sentindo o peso do mundo nas costas, ainda que seus ombros não mostrassem sinais visíveis de cansaço. Vestiu-se com cuidado, ajustando a gravata como quem prepara uma armadura para enfrentar as batalhas diárias.
No autocarro, entre o som dos motores e o burburinho das conversas, seu olhar fixava-se em nada. Era como se contemplasse um outro lugar, uma realidade paralela onde pudesse, finalmente, libertar-se do peso que carregava no peito. Mas, como sempre, ele apenas suspirava e voltava ao presente, deixando aquele mundo imaginário para trás.
No trabalho, era uma figura impecável: educado, eficiente, sempre com uma resposta pronta. Os colegas o admiravam pela calma e pela forma como parecia estar acima de qualquer problema. “Como você consegue ser tão tranquilo?”, perguntavam. Ele sorria, um sorriso discreto, que escondia o que ninguém conseguia ver.
À noite, no retorno para casa, o fardo parecia mais pesado. O silêncio da sala vazia, a luz fraca do abajur e os ecos de pensamentos represados o acompanhavam como uma sombra. Às vezes, ele queria falar. Queria abrir a boca e dizer: "Estou cansado, tenho medo, não sei se vou conseguir." Mas as palavras se perdiam, engolidas por uma voz interna que lhe dizia que ninguém entenderia.
O que ele carregava? Não sabia dizer. Talvez fossem os sonhos não realizados, as culpas que nunca confessou, os medos que não ousava encarar. Era o peso de ser quem era, ou talvez quem esperavam que ele fosse.
Assim seguia ele, como muitos outros, carregando um fardo invisível. Um peso que não se mede, não se toca, mas que está sempre ali, escondido no sorriso, no olhar distante, no silêncio das noites solitárias.
E enquanto a cidade dormia, ele se perguntava: quantos mais caminhavam ao seu lado, carregando fardos que nunca confessaram? Quantos suportavam o peso da vida com a mesma coragem silenciosa, sem nunca pedir ajuda?
Ele nunca teve uma resposta. Talvez ninguém tenha.
Muitas vezes o homem amadurecido entende que o sofrimento nesta vida é, em alguns casos, inevitável.
Fui perguntada se prefiro homem que faz rápido ou o que demora muito tempo. Rsrsrs. Eu respondi que prefiro que demore muito, não tenho pressa!
Um homem pode se manifestar e comunicar sua alegria, mas ele deve esconder e sufocar sua dor, tanto quanto possível
