Doido
se é pra ser doido que sejas o mais doido. Mas tão doido a ponto dos próprios doidos te respeitarem.
Penúltimo dia do ano vencido!
Falta pouco para terminarmos este ano doído. Entre comemorações e festejos por vencer mais uma etapa, façamos uma prece: Pelos que se foram, pelos que sofrem... E vamos tentar ser a mudança que queremos no ano que virá...
Para 2021, pense positivo, creia nas suas vitórias e lute para conquistá-las.
Feliz ano novo!
Josy Maria
É preciso ter se sentido quebrado, doído, para saber falar de dor. É preciso ter sido sustentado sem forças, para saber falar de fé.
Ninguém sabe o que o outro passa, mas cada um tem suas dores. E cada um sabe onde sangra, cada um sabe das suas feridas. Não se diminui a dor alheia, tampouco a sua própria. Dor a gente cuida. E entrega a Deus.
Li uma vez que escrever é se expor. Penso que sim, porque para escrever, é preciso sentir. Não se trata de gritar suas dores ao mundo, se trata de personificá-la. Extravasá-la. E mostrar que ninguém está só com suas dores. E que podemos sim, vencê-las, suportá-las. Mostrar que a fé faz toda diferença. E que Deus nos ampara. Mostrar que existem outras coisas além das dores, que existem alívios também, mostrar que existe o lado bom da existência. Mostrar que sentir gratidão por cada dia que se vive é uma forma sublime de nos conectar com Deus, além da fé e da prece. E mostrar também que temos motivo para continuar, que mesmo diante do que parece impossível, somos fortes e devemos continuar e acreditar, por nós, por quem nos ama e por Deus.
Vamos fazer uma prece?
Deus, pai amado, tira de mim esse manto de tristeza que tantas vezes insiste em me vestir. E me veste com seu manto de amor e fé. Tira do meu peito o medo, as dúvidas, as culpas e o sentimento de impotência diante das situações que não posso mudar. Peço paciência para entender seus propósitos. Me ajuda a ser melhor a cada dia, não do que os outros, mas do que eu mesma. Acalma minhas urgências. A ti entrego a cada dia, Senhor, o controle da minha vida e das pessoas que amo. Peço sua proteção pelas setas malignas lançadas, pelos males que desconheço e contra tudo que pode nos adoecer, corpo, mente ou alma. Agradeço, Senhor, por cada providência e pelo seu imenso amor.
Assim seja!
MALUCO SENSATO (Crônica)
Diz o provérbio popular, cada doido com sua mania, sobre ele, grande parte dos atores sociais constroem uma prenoção sobre a configuração daqueles sujeitos que por uma construção social expõe lampejos de uma suposta "loucura".
Me aproprio dessa representação no intuito de refuta-la. Pois bem, vamos aos fatos. Na rua onde resido todas as manhãs tenho registrado a presença de um sujeito conhecido por "Ciço doido ou cabo Ciço", que passa logo cedinho para o centro da cidade, em ato continuo, retorna ao meio dia.
Na minha dedução aquele comportamento é peculiar de qualquer indivíduo em ritmo de trabalho.
Porém nos últimos dias tenho observado que ao voltar de seu passeio matinal aquele sujeito apresenta um comportamento alheio ao que se denota pela manhã quando volta visivelmente embriagado e, proferindo palavras não condizentes à sua aparente realidade tais como: "É pra matar ou pra morrer". Em voz alta e bom tom entre outros... Assustando transeuntes, moradores e crianças que subjetivam aquela suposta "loucura" como sendo um perigo iminente.
Não obstante, em outro momento encontrei-o a chorar e, contrito em seu íntimo - Percebia-se.
Aquilo me desperta curiosidade em desvelar sua aflição, ou quiçá, sua "loucura". No entanto me deparava a um grande obstáculo que seria como aborda-lo de maneira a não ferir seus sentimentos, sejam eles quais forem.
E para minha sorte ou felicidade, nesta manhã ele ao me ver de fronte à minha casa parou e fitou-me o olhar com profundidade e um aterrorizante silêncio. Aquilo me assustou é fato!
Todavia me facultou o poder indaga-lo. E assim o fiz. Olá Ciço tudo bem? Sobre o mesmo silêncio ele caminha até minha pessoa cabisbaixo, e ao erguer a cabeça me pede algo para comer, de pronto, peguei alguns pães, bananas e uma xícara de café, convidei-lhe para entrar, e ainda emudecido sentou-se à calçada rapidamente comeu e saiu.
Concomitantemente, diante de peculiar comportamento, confesso, só me fez substanciar minha curiosidade em saber porque aquele indivíduo apresentava comportamento arredio, de tamanho sofrimento e, porque era entendido como doido.
Dias depois resolvi segui-lo até sua residência que não ficava tão distante, ao vê-lo entrar logo percebi que não havia trancas na sua porta e logo se ouvia seus gritos de revolta e alguns palavrões, em seguida clamava pelo filho enquanto chorava copiosamente.
Fiquei estarrecido com aquela cena e resolvi procurar a vizinhança que logo disseram: Ah. Isso é assim todos os dias! Já estamos acostumados, é porque depois que a mulher deixou ele, ele saiu do emprego, o filho se envolveu com drogas e está preso.
Por conseguinte, descobri que ele gostava de frequentar a barraca do Elói que fica de fronte ao estádio de futebol aqui em Esperança-PB onde ele ia todos os dias quando passava pela minha casa.
Diz-se de um lugar pitoresco ou um pequeno comercio onde os viciados em drogas licitas ou não (excluídos), se encontram para se socializarem e só ali ele se encontra enquanto ser. Segundo o próprio.
Moral da história - A loucura e seus loucos, nada mais é que uma construção social objetivada por aqueles indivíduos cujo sentimento é segregar àqueles que não apresentam à sociedade um padrão de comportamento condizente com suas aspirações, e que se apresentam como exóticos, estranhos, esquisitos.
Seja do ponto de vista da moradia, indumentária, físico ou intelectual. A fim de demarcar sobre essas minorias uma relação de poder subjetivamente repressora e dominante.
Sei que o papo está um tanto quanto depressivo. Vou colocar um ponto por aqui. Aproveitando para me encontrar com meu também louco sensato e degustarmos um cafezinho sociológico diga-se de passagem sem açucares.
Não se assuste com o caminho. Não se assuste com as suas mudanças. É um caminho doido, são mudanças doidas... Mas é um caminho bom!
MORTE REDENTORA
Ter o amar é dar-se em sofrimento
É tolerar a agonia por estar doído
Sem clamor vão, sem um gemido
No suspiro doloroso e mais cruento
É ser condenado, do pecado isento
Pôr a palavra naquele sumo sentido
Ser sugerido, e da ideia esquecido
Sem fazer do teu pesar um fomento
É vir da simplicidade e ter podido
Filho de carpinteiro, bem amado
Do suplício não se fazer perdido
Viver enfado e ter a firmeza ao lado
Sem valia, e por moedas, vendido
Sendo amor, pastor, foi crucificado!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 março, 2024, 15’00” – Araguari, MG
*paráfrase José Albano
UM AMOR NATURAL DE SÃO PAULO
Ah, amor doído, me maltrata
Saber que fui apenas recreio
Que inda arde no peito, creio
Que a dor me teimará ingrata
Com o engano, verídica errata
Ardo na agrura e no devaneio
Mas com o tempo, tu, receio
Irá se calar na súplice serenata
Os teus olhos deixarão de ser:
A força e planos no meu olhar
Tudo gira, no eterno aprender
Nego-te o meu sofrer e pesar
Se lamento é para te esquecer
Nesses versos de amor e amar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Agosto de 2020, 31 – Triângulo Mineiro
Perturba
Meus sentidos
Teu olhar magoado
Doído
Silêncio,
É complicado aceitar
Estranho,
Sinto que suas palavras
Não vem da alma
Peito
Dói mais,
Coração chora
Sangra
Resta-nos
Dar ao tempo
Tempo,
Pra esquecer de nós.
Uma taça, um vinho...
Em meio aos lençóis
Fotografias
Lembranças me invadem
Calor doido
Saudade no peito
Judia
Pensamentos
Machuca sem jeito
Destino faz birra
Sorri do meu choro
Lágrimas caem.
No telhado um pássaro
Canta triste minha tristeza
vejo tua voz !
No vento teu cheiro
Traz flores
Chuvas e versos
Músicas
Tocam meu corpo
Marca
Em cada pedaço
Desejos de nós !
11/04/2017
Coração, então o coração... esse é doido, totalmente doido, basta um simples olhar. e ele palpita, te obriga a respirar fundo e o pior acontece, fechamos os olhos.. e aí...
A primeira vez que meu coração quebrou fez um som alto, doído, de algo importante perdido, me tornei ateu, chorei, ansei, voltei a acreditar em Deus.
Pensei tolamente que colaria como com super bonder e tudo estaria resolvido, como era boba, como era inocente, tive o coracao requebrado por seu sorriso inocente, que escondia tal solidão que sentia que me tragava.
E ainda assim, fui feliz, demasiadamente feliz mesmo ignoranto todas as verdades, eu queria tanto que me ama-se que ops! Que pela terceira vez o coração se partiu e com ele também parti!
Cansei desses sentimentos dolorosos, cansei desta agonia de pensar e repensar em cada detalhe do seu rosto, te esqueço! Um pouco a cada dia...
A quarta vez nem percebi, ja estava casada com outro e me tornei ferro para aguentar, eu disse ' ja nem dói tanto assim', e ainda assim doía.
Na quinta vez foi porque você voltou, e já nao me sinto tão jovem e tao forte e tao sadia para aguentar tanto amor e mesmo assim anseio para sentir a pulsação drle novamente.
Na sexta resolvi escrever, preciso que me consolem, preciso que me entendam, eu te deixo livre mas sou presa por esse coração que insiste em quebrar.
Na sétima ele morreu.
Finalmente descanso em paz.
Sonhos...
Sonhos não acabam, sonhos recomeçam e é doido pois não se aceita de maneira nenhuma ficar a beira do caminho sem tentar outra vez. A cada passo que damos em nossa caminhada está embutido a fé que disfarçadamente damos o nome de sonho.
Se alguém te chamar de Doido, maluco? Não se preocupe às vezes a loucura tem o sinônimo daquilo que as pessoas não tem explicação pelos atos dos outros.
—By Coelhinha
"Quem deseja o impossível acaba doido; quem espera o impossível acaba mau.
Neste último caso, trata-se de um desespero travestido de esperança, e ninguém chega a isso sem malícia".