Dói
Como a saudade dói demais, a saudade de alguém que nos deixou, a saudade de alguém que não vemos a tempo.
A saudade de alguém, que nos faz rir, nos faz feliz e as vezes até nos faz chorar, saudade é bom demais sentir..
Mas muito melhor do que sentir, é matar essa saudade.
DESFECHO IDEAL
Nem tudo é como eu queria
e isso me dá nervos
porque às vezes dói e dói muito,
nada sai como eu queria.
Por isso, me peguei pensando:
não seria o caso de desenhar
um desfecho ideal para aquele dia?
Já pensei de imediato e lembrei:
se sobre livros eu não tivesse
conversado aquele dia,
hoje essa dor eu não sentiria.
Se sobre sua faculdade
eu sequer tivesse te perguntado
seu descrédito hoje eu não teria.
Se naquele lanche eu não tivesse ido
certamente esse meu mau humor de hoje
nem sequer se manifestaria.
Percebi, no entanto, que meu desfecho ideal
é apenas um mundaréu antagonista,
um sem-número de experiências não vividas,
um poço de expectativas não postas à prova.
Concluo, então: sou quem sou
porque os desfechos não foram ideais,
antes, foram reais.
Deixe Ir
Eu deixo ir
Eu deixo ir o me que dói
O que me limita
O que me faz sentir impotente
O que me leva do Céu ao Inferno
Eu deixo ir o que um dia não soube viver sem
E ainda não sei
Mas eu deixo ir
Eu deixo ir o que me esconde
O que me camufla
O que me limita
E que um dia foi tudo que eu consegui ser
Mas hoje eu consigo mais
Eu deixo ir o que me pesa
O que me maltrata
O que me fadiga
Porque eu estou cansada
Não posso ser o que você quer
O que eu não quero
O que eu não sou
E que talvez nunca serei
Por isso me deixo ir
Me deixo ir além
Me deixo ser mais do que um dia fui
Me deixo ser eu
Vá também
Deixe-se ir
Permita-se ser
O preço da mortalidade!.
As vezes doi e doi muito ser apenas um ser humano dotado de limitações.
Como seria bom poder ajudar todos os que amamos, também aqueles que sofrem em silêncio.
- Não é sobre paredes ou cores -
Ir embora dói… mas a vezes permanecer dói muito mais…
Você sabe aonde está aquela goteira, sabe qual parede precisa ser pintada, sabe os defeitos da casa que mora… Você sabe que só uma demão de tinta não vai cobrir a marca que foi deixada… Ela precisa ser descascada, lixada para daí então receber uma cor nova… pode até ser a mesma, as vezes é difícil desapegar, as vezes a gente ama aquela cor, mas ela desbotou porque batia o sol da tarde naquela parede, aquele sol quente que trás vida mas também queima… aquela cor foi mudando dia após dia sem você perceber, porque todas as noites quando vc sentava de frente para ela, ela era só uma parede.. mas um dia a olhou com carinho e viu que ela não era mais a mesma, ela não trazia mais a mesma alegria de sempre e a beleza da cor que lhe fora escolhida.
Então decida mudar de cor, de casa, quebrar algumas e erguer outras. Não deixemos que aquele sol, bata em nós para nos desbotar, deixa ele bater para abrir uma paleta, para brotar flores, respirar fundo e sentir o arder leve na nossa pele, deixa irradiar um arco íris que no fim de cada um a gente sabe o que tem para nós. Ou(t)ro.
Dói minhas noites sem você
Sinto falta do seu abraço
Me pergunto se sente o mesmo.
Sente? Sente falta de nós?
Eu lembro, relembro e queria reviver
Estou sem você agora
Primeiro de muitos meses.
Você parece bem, até arrumou outro
Dizem que estão apaixonados
Você parece mais sorridente
Acho que sua família gosta dele
Na verdade, todos gostam
Ele não sou eu
Eu sei suas bandas favoritas
Sua comida favorita
Sua série favorita
Seu amor por relógio por causa do seu avô
Sua falta pela aliança que usávamos
Sua paixão pelo jiu-jitsu
Seu sonho de ser historiadora.
Sinto falta do seu sorriso e de você
Odeio o fato de ninguém conseguir ser você, de nenhum beijo ou abraço ser como o seu.
Você estava certa e eu errada, pessoas realmente não são substituíveis
Cada um com seu jeito diferente irão deixar marcas.
Eu corri atrás e não deu certo mas no fundo me mantenho paciente e esperançosa.
Eu daria tudo para você me olhar com os mesmo brilhos nos olhos
Eu daria tudo para voltar a ser seu amor.
A vida que dói e nos corrói,
Vai lua vem sóis,
Tudo na mesma,
pressionado em nossas cabeças
Sofrimento por felicidade,
Sem saber ao certo a verdade,
Pois tudo é vão
Quando a paz não está ao alcance das mãos.
Felicidade planejada,
Mente e mãos calejadas,
A troco de nada,
Pois no final tudo acaba,
Em consultório com a cabeça "zuada"
Sem ânimo para nada,
Apenas olhando a cor da tarja na caixa.
Dilaceração
Quando o espírito se dilacera para caber no mundo, dói a alma.
E quando a alma se aflige, as espadas laceram o seu coração.
Em sua face transparecem os vestígios de dor e prostração.
Por dentro as marcas da existência destorçam-lhe. Amargura-lhe
uma dor cruel, uma dor estranha, uma dor desmedida que se prefigura.
É uma dor que perdura porque veio para permanecer.
É anseio, é dor, é aflição, é tristeza... É martírio que faz desvanecer.
De onde vem tão profunda agonia que chamam de depressão?
Há algum remédio que a cure ou não?
Se para a dor da alma, o analgésico é o tempo
Que se esclareça ao sofrimento que o entorpecedor
chegou para sepultar a sua dor. Só que não.
Umbelina Marçal Gadelha
Dor
Quando os limites te dilaceram para caber no mundo, dói a alma.
E quando a alma agoniza as espadas laceram o seu coração.
Na sua face transparece alguns vestígios de dor,
mas por dentro as marcas da existência te destroçam
e te amargura uma dor cruel, estranha,
uma dor que perdura porque foi feita para permanecer
De onde vem essa agonia? Há algum remédio que a cure? Não.
Para a dor da alma, o analgésico é o tempo
Umbelarte Marçal Gadelha
Se há uma coisa que me dói a alma, profundamente, é ver alguém mendigando o pão. Se for crianças ou idosos então, me destrói profundamente. Ver meu semelhante de mãos estendidas, me diminui e me estremece o coração.
by Elmo Writter Oliver I
RJ, 22.11.2014
15h09
.*.
Eu não sinto saudade e não compreendo o amor
Mas confesso que dói não retribuir esse ímpeto fervor
Dói quando alguém diz que me ama e falto com retribuição
Dói não responder. Dói tamanha e pura incompreensão
Consigo ver essa equação e o resultado tão esperado
Percebo todos os graus da relação sujeito e sujeitado
Entendo o conceito da constante emocional
Dos valores que subtraem e até o que se torna exponencial
Mas o EU, que deveria ser uma incógnita assertiva
Ao invés de ser exato, coloca tudo á deriva
Essa expressão, outrora uma matemática básica
Agora apresenta uma polaridade questionável e fásica
Sou irreal em uma ciência aplicada. Nasci totalmente variante
Sou um conceito que não estabelece equilíbrio de tão inconstante
Altero freneticamente a perspectiva do que decretou-se como compreendido
Coloco todo o quadro em um plano onde até a gravidade encontra outro sentido
Acredito que o meu propósito é enxergar o problema
E, por fim, escrever essa teoria em um notável esquema
Eu quero achar resposta, a almejada solução
Mas basta olhar no espelho...
Sou eu... O grande e genérico X da questão
