Do nada
Todo dia é assim, tempo quente pé na estrada, tô seguindo meu caminho, já parti pro tudo ou nada... que bom que todo dia vai ser sempre assim!
Colorizando os momentos
Colorir a vida
É arte de quem sabe que nada pode dela esperar
Colorizar o que não tem cor
A solidão e a falta de amor
A única historia
No começo eu era vazio, frio, calculista e encantador. Não me importava com nada não tinha sentimentos. Depois eu encontrei alguém que mudou minha cabeça, o meu jeito de agir e a minha forma de pensar.
Ela era surpreendente me fazia sentir algo que eu nunca sentira antes me fez sentir alem de mim mesmo. Aquele olhar me deixava paralisado, saber que eu tinha ela me fazia capaz de poder tudo. Lembro que pra mim não existia nada mais belo que o sorriso dela e o jeito dela falar baixinho que me amava ao meu ouvido. Foi com ela que aprendi a chorar, era o brilho dela que me guiava na escuridão, foi ela quem me deu a mão para eu me levantar e segui caminhando comigo. Mas o castelo de sonhos começou a desmoronar, foram brigas incessantes, promessas quebradas, ofensas e mais brigas, mas, sempre dávamos a volta por cima. Até que chegou um momento que não deu mais para suportar...
E tudo acabou. Primeiro eu e depois ela. Até que o fim chegou.
Eu não sofri mais do que ela e ela não sofreu mais do que eu. Magoamos-nos muito, mas eu achava que era passageiro e que voltaríamos, mas eu estava enganado foi minha vez de conhecer o inferno. Ela não queria mais e não sabia o que fazer sem ela.
No lugar dela eu faria o mesmo, eu a magoei muito. E a perdi, foi difícil aceitar, cada momento que tínhamos vivido juntos não saia da minha mente as lembranças esmagavam meu coração. As noites eram sombrias o tempo não passava e ela não voltava. Senti uma dor que gritava dentro de mim que gelava meu coração e queimava na minha garganta eu não conseguia me imaginar sem ela, nem mesmo ela ouvia minha dor o amor que sentíamos acabou ficando em mim e eu não conseguia para de sofrer.
Foram tantas loucuras que fiz, senti minha vida fazer sentido quando cheguei perto da morte, mas ela não quis me levar. Sangrei até vê onde a dor podia chegar, mas os cortes não doíam nada eu me sentia pesado preso em exílio de sofrimento onde eu carregava o peso das promessas que não cumpri e paguei caro pelo meu orgulho...
Nada doía mais do que lembrar ela dizer que seria pra sempre. Eu chorava feito uma criança eu queria esquecê-la, mas não era assim tão fácil eu acreditei que seria pra sempre eu a prometi que seria e essa promessa eu mantive ate ela quebrá-la.
Cada vez ela se distanciava mais e ia sumindo do meu alcance e eu ia me desesperando ficando louco sem saber que direção seguir se era ela quem me guiava.
Mas ela foi tão longe que não consegui mais alcançá-la e levou junto com ela meus sonhos, minha calma, minhas lagrimas e meu coração.
Então tive que seguir sozinho, começar de novo. Mas até hoje não foi assim...
Eu não tenho mais sentimentos, lagrimas ou coração tudo que eu tenho é um bloco de gelo vazio que parece uma bomba relógio que qualquer momento quando apertarem o botão vai explodir e não vou morrer por que não tenho mais vida.
Há muito tempo não amo mais ela nem se quer vejo a sombra do que vivemos, mas ela foi à única historia que eu tive pra poder contar por que antes dela eu nunca tinha amado ninguém e depois dela...
Também não...
(20/04/11)
Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro – e também certa não fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah!, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente.
Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir, dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus, fica a suspeita de sinistros angúrios, premonições. Armazenar víveres, como às vésperas de um furacão anunciado, mas víveres espirituais, intelectuais, e sem muito critério de qualidade. Muitos vídeos de chanchadas da Atlântida a Bergman; muitos CDs, de Mozart a Sula Miranda; muitos livros, de Nietzche a Sidney Sheldon. Controle remoto na mão e dezenas de canais a cabo ajudam bem: qualquer problema, real ou não, dê um zap na telinha e filosoficamente considere, vagamente onipotente, que isso também passará. Zaps mentais, emocionais, psicológicos, não só eletrônicos, são fundamentais para atravessar agostos.
Claro que falo em agostos burgueses, de médio ou alto poder aquisitivo. Não me critiquem por isso, angústias agostianas são mesmo coisa de gente assim, meio fresca que nem nós. Para quem toma trem de subúrbio às cinco da manhã todo dia, pouca diferença faz abril, dezembro ou, justamente, agosto. Angústia agostiana é coisa cultural, sim. E econômica. Mas pobres ou ricos, há conselhos – ou precauções — úteis a todos. O mais difícil: evitar a cara de Fernando Henrique Cardoso em foto ou vídeo, sobretudo se estiver se pavoneando com um daqueles chapéus de desfile a fantasia categoria originalidade… Esquecê-lo tão completamente quanto possível (santo ZAP!): FHC agrava agosto, e isso é tão grave que vou mudar de assunto já.
Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu – sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antônio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.
Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se, e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques — tudo isso ajuda a atravessar agosto. Controlar o excesso de informações para que as desgraças sociais ou pessoais não dêem a impressão de serem maiores do que são. Esquecer o Zaire, a ex-Iugoslávia, passar por cima das páginas policiais. Aprender decoração, jardinagem, ikebana, a arte das bandejas de asas de borboletas – coisas assim são eficientíssimas, pouco me importa ser acusado de alienação. É isso mesmo, evasão, escapismos, explícitos.
Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente não se deter de mais no tema. Mudar de assunto, digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco.
Quando a gente não tem nada pra fazer, a gente abre a geladeira pra ver se a vida está mais interessante lá dentro.
Melhor ser desconfiado do que ser mais um enganado, mesmo que não seja nada não to afim de correr esse risco
Não dareis o peixe;
Não dareis a vara;
Não ensinareis a pescar;
Não farás nada além de mostrar o caminho para o rio;
Assim formarás um ser capaz.
Diz que já não sente mais nada, que superou, que esqueceu, mas toda santa noite alimenta as lembranças com fotos, relembra as guerras perdidas, as saudades cortantes, as esperas intermináveis. Percebe que tem tudo de alguém que já não tem mais. E se pergunta bem baixinho do que sente falta - mas não responde, congela, se engana.
"Estou muito feliz. Por nada em especial. Por tudo que é especial. Mas, principalmente, porque sou uma ótima companhia para mim mesma… Cuido do meu tempo, respeito meus sentimentos e sei perceber aprendizados em situações aparentemente negativas. Aprendi a ousar e escolher rotinas novas, ritualizo fins e começos e, sobretudo, amo pessoas com transparência e verdade. Porque amo como quem não necessita, apenas porque escolhi que fosse assim."
Nem as estrelas do céu, nem as do mar, nem o raiar do dia, nem o entardecer da noite, nada é capaz de me satisfazer como o seu sorriso.
"Se pensares bem, passamos grande parte da vida agindo mal, a maior parte sem fazer nada, ou fazendo algo diferente do que se deveria fazer.
Podes me indicar alguém que dê valor ao seu tempo, valorize o seu dia, entenda que se morre diariamente?"
Nada nos limitava, nada nos definia, nada nos sujeitava; nossas ligações com o mundo, nós é que as criávamos; a liberdade era nossa própria substância.
-quando não tiver nada para falar não diga nada pois quem fala de menos ouve mais, aprende mais é faz mais
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