Distraído

Cerca de 507 frases e pensamentos: Distraído

O tempo não está passando depressa: você é que está distraído. O tempo não está passando devagar: você é que está ansioso.

Inserida por pedrowanderley

... Um estranho ...

... Distraído, de repente percebi alguém me observando, achei esquisito, pois parecia conhecido, todo tempo me olhando, gestos bruscos, inquieto com idas e vindas, me seguia com olhar de soslaio, fiquei juntamente curioso e assustado, um rosto sério e desconfiado, confesso que também estava, não gostei de suas maneiras e insinuações, sorrateiramente ainda me parecia familiar, fui me aproximando, o corpo tremendo, situação nebulosa e ainda parecia já ter visto, fui chegando cabisbaixo para reclamar que não aprovava as atitudes e principalmente as imitações, quando percebo que, na verdade, era um grande espelho que me refletia; enfim, na vida, muitas vezes somos o próprio estranho, enquanto devemos procurar entender as pessoas, não podemos esquecer de nos observar...
... sivi...

Inserida por sivi

O diferente e ser gente
Distraído ao andar sozinho, sem ter caminho e por ser diferente, é ser também gente que enxerga tão diferente.
Conhecer para amar
TDAH

Inserida por biohelioramos

"Posso até parece boba, distraída, e concordar com tudo que você falar, mas não se esqueça o que sei fazer de melhor, atuar."

Inserida por Jaide

Estava indo toda distraída, andando na chuva e de repente olho alguem que me lembrou você, sera que era você? Como eu queria que fosse você, ali na pracinha, quando penso que estou te esquecendo eu me lembro ainda mais.

Inserida por Rebecaassis

Fica distraído que o acaso acontece.

Inserida por Feio666

O que você faz atrás do muro desta vida vai pagar logo ali na frente, distraído. É a lei do retorno. A escolha é de cada um, mas ai você já sabe, tem o inferno garantido.
(http://www.boscodonordeste.recantodasletras.com.br)

Inserida por boscodonordeste

Você sempre bela, sempre meiga e carinhosa, distraída e um pouco sonsa, mas que onda, basta pensar em você pra vir uma frase ou um pensamento bom, com tanta gente certinha eu escolhi a mais maluquinha.

Que seja pra sempre o amor da gente, que traga amor que traga prosa no lugar
Onde nunca se imaginou nascer uma rosa

Morena, de você só quero amor, me deixe viver ao seu lado
Quero que me mostre o lado bom da vida, quero que seja a minha amada

Vem
Vem ser minha namorada
Vem ser minha
Vem ser minha gata

Inserida por AAO

No ponto de ônibus
A vi sentada distraída
De cabeça baixa
Seus cabelos escorriam
Pelos seus ombros
Do ônibus onde eu estava
O mundo passava rápido
Mas ela fez o tempo parar
No ponto de ônibus
Sem que soubesse
Que de outro lado
Apreciada ela era
Com todos seus detalhes
Que na velocidade
Ficaram como rascunhos
Na minha memoria vaga
Nada mais além de rascunhos
Tenho agora pra salvar as memorias
Memorias dela que o tempo
Sem clemência ira censura-las.

Inserida por ShandyCrispim

PERDOANDO DEUS.

Eu ia andando pela Avenida Copacabana e olhava distraída edifícios, nesga de mar, pessoas, sem pensar em nada. Ainda não percebera que na verdade não estava distraída, estava era de uma atenção sem esforço, estava sendo uma coisa muito rara: livre. Via tudo, e à toa. Pouco a pouco é que fui percebendo que estava percebendo as coisas. Minha liberdade então se intensificou um pouco mais, sem deixar de ser liberdade. Não era tour de propriétaire, nada daquilo era meu, nem eu queria. Mas parece-me que me sentia satisfeita com o que via.

Tive então um sentimento de que nunca ouvi falar. Por puro carinho, eu me senti a mãe de Deus, que era a Terra, o mundo. Por puro carinho mesmo, sem nenhuma prepotência ou glória, sem o menor senso de superioridade ou igualdade, eu era por carinho a mãe do que existe. Soube também que se tudo isso "fosse mesmo" o que eu sentia - e não possivelmente um equívoco de sentimento - que Deus sem nenhum orgulho e nenhuma pequenez se deixaria acarinhar, e sem nenhum compromisso comigo. Ser-Lhe-ia aceitável a intimidade com que eu fazia carinho. O sentimento era novo para mim, mas muito certo, e não ocorrera antes apenas porque não tinha podido ser. Sei que se ama ao que é Deus. Com amor grave, amor solene, respeito, medo e reverência. Mas nunca tinham me falado de carinho maternal por Ele. E assim como meu carinho por um filho não o reduz, até o alarga, assim ser mãe do mundo era o meu amor apenas livre.

E foi quando quase pisei num enorme rato morto. Em menos de um segundo estava eu eriçada pelo terror de viver, em menos de um segundo estilhaçava-me toda em pânico, e controlava como podia o meu mais profundo grito. Quase correndo de medo, cega entre as pessoas, terminei no outro quarteirão encostada a um poste, cerrando violentamente os olhos, que não queriam mais ver. Mas a imagem colava-se às pálpebras: um grande rato ruivo, de cauda enorme, com os pés esmagados, e morto, quieto, ruivo. O meu medo desmesurado de ratos.

Toda trêmula, consegui continuar a viver. Toda perplexa continuei a andar, com a boca infantilizada pela surpresa. Tentei cortar a conexão entre os dois fatos: o que eu sentira minutos antes e o rato. Mas era inútil. Pelo menos a contigüidade ligava-os. Os dois fatos tinham ilogicamente um nexo. Espantava-me que um rato tivesse sido o meu contraponto. E a revolta de súbito me tomou: então não podia eu me entregar desprevenida ao amor? De que estava Deus querendo me lembrar? Não sou pessoa que precise ser lembrada de que dentro de tudo há o sangue. Não só não esqueço o sangue de dentro como eu o admiro e o quero, sou demais o sangue para esquecer o sangue, e para mim a palavra espiritual não tem sentido, e nem a palavra terrena tem sentido. Não era preciso ter jogado na minha cara tão nua um rato. Não naquele instante. Bem poderia ter sido levado em conta o pavor que desde pequena me alucina e persegue, os ratos já riram de mim, no passado do mundo os ratos já me devoraram com pressa e raiva. Então era assim?, eu andando pelo mundo sem pedir nada, sem precisar de nada, amando de puro amor inocente, e Deus a me mostrar o seu rato? A grosseria de Deus me feria e insultava-me. Deus era bruto. Andando com o coração fechado, minha decepção era tão inconsolável como só em criança fui decepcionada. Continuei andando, procurava esquecer. Mas só me ocorria a vingança. Mas que vingança poderia eu contra um Deus Todo-Poderoso, contra um Deus que até com um rato esmagado poderia me esmagar? Minha vulnerabilidade de criatura só. Na minha vontade de vingança nem ao menos eu podia encará-Lo, pois eu não sabia onde é que Ele mais estava, qual seria a coisa onde Ele mais estava e que eu, olhando com raiva essa coisa, eu O visse? no rato? naquela janela? nas pedras do chão? Em mim é que Ele não estava mais. Em mim é que eu não O via mais.

Então a vingança dos fracos me ocorreu: ah, é assim? pois então não guardarei segredo, e vou contar. Sei que é ignóbil ter entrado na intimidade de Alguém, e depois contar os segredos, mas vou contar - não conte, só por carinho não conte, guarde para você mesma as vergonhas Dele - mas vou contar, sim, vou espalhar isso que me aconteceu, dessa vez não vai ficar por isso mesmo, vou contar o que Ele fez, vou estragar a Sua reputação.

... mas quem sabe, foi porque o mundo também é rato, e eu tinha pensado que já estava pronta para o rato também. Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim. É porque só poderei ser mãe das coisas quando puder pegar um rato na mão. Sei que nunca poderei pegar num rato sem morrer de minha pior morte. Então, pois, que eu use o magnificat que entoa às cegas sobre o que não se sabe nem vê. E que eu use o formalismo que me afasta. Porque o formalismo não tem ferido a minha simplicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um grito mudo. Porque o rato existe tanto quanto eu, e talvez nem eu nem o rato sejamos para ser vistos por nós mesmos, a distância nos iguala. Talvez eu tenha que aceitar antes de mais nada esta minha natureza que quer a morte de um rato. Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente. Talvez eu não possa olhar o rato enquanto não olhar sem lividez esta minha alma que é apenas contida. Talvez eu tenha que chamar de "mundo" esse meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso amar a grandeza do mundo se não posso amar o tamanho de minha natureza? Enquanto eu imaginar que "Deus" é bom só porque eu sou ruim, não estarei amando a nada: será apenas o meu modo de me acusar. Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu. Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.
Inserida por PAULOVALENTIM

Gosto de melodiar minha solidão
com a clave profunda do meu silêncio .
É quando distraída e num outro mundo
toco na paz e
escuto a canção do vento.

Inserida por Paulamonteiro

" Ele tem andado distraído, com alguma coisa que eu ainda não consegui descobrir, talvez seja minha mania de querer achar que tem outra coisa por traz disso tudo, ou posso me iludindo com esse pensamento bobo "

Inserida por heloizacavalcante

O amor é o presente dos distraídos.

Inserida por jmendesmurca

Platéia distraida
"Enquanto os ricos lêem e escrevem livros,
Os pobres vivem alienados;
Enquanto os ricos estudam e estudam, os pobres vivem alienados;
Enquanto os ricos fazem novelas, filmes, documentarios, os pobres vivem alienados;
Enquanto os ricos alcançam fama e mais dinheiro, os pobres vivem alienados...
Assim como na "política do pão e circo", hoje os pobres tem sua distração "a televisão", falta só o pão na mesa"

Inserida por MarcyZanini

Muitos observam um olhar distraídos

Mas poucos absorvem o que tem por trás

Inserida por AlohaLove

FAZ DE CONTA

Outro dia mesmo estava me divertindo,
assim meio descuidado, meio distraído,
e pelas brincadeiras de infância atraído.

Vieram outros dias, outras noites,
e, então, o tempo, sorrateiramente,
foi levando para longe de mim, dia após dia,
o pião que fazia girar as minhas fantasias;
as bolinhas de sabão, que eram meu alento,
foram desmanchando-se ao sopro do vento.

O faz de conta, os pés descalços, as ‘partidas’,
o ‘bate-bola’ nos campinhos de terra batida;
as alegres brincadeiras de ‘esconde-esconde’,
me escondiam do mundo adulto, não sei onde.
Enfim, até me dar conta que chegou o dia
de que esconder já não mais conseguia.

Eu não gostei de ter crescido, realmente.
Vez por outra eu me perco à minha procura.
Eu queria ter de novo aquela estatura,
aquela inocência, aquela candura.
Não queira esse mundo de loucura,
onde a verdade se vai e a mentira perdura.
Eu queria ser um menino eternamente.

Na verdade sou criança, apesar da aparência,
e luto para não ser adulto, com veemência,
para não adulterar de vez a minha essência.

O pião perdeu-se num mundo que continua a girar,
as bolinhas de sabão desfizeram-se de vez pelo ar
e nas ruas asfaltadas meus pés calçados vêm pisar.

Mas eu sigo brincando de esconde-esconde, contudo,
com o tempo que insiste em transformar tudo;
faz de crianças felizes, adultos sisudos.

Meu corpo de adulto pelo tempo foi esculpido,
embora me sinta criança, num corpo crescido,
com roupas de adultos, mas espírito despido.

Quanto mais ele muda, mais me contraponho,
pois muda um reino encantado de sonhos,
em um mundo ainda mais infeliz e tristonho.

Cresci e não gostei; isso me desaponta.
Por isso mantenho esse desejo oculto,
insistindo em brincar de faz de conta,
‘fazendo de conta’ que sou adulto.

Inserida por pirafraseando

Eu preciso que as pessoas sejam mais diretas sobre seus sentimentos,sou tão distraída que vejo amizade onde há amor.

Inserida por GabrielliSantos

O amor é para os distraídos

Passamos a vida a procura da felicidade, da pessoa amada, da tal desejada e sonhada metade. Às vezes procuramos a felicidade em corações que não sabem amar e terminamos nos frustrando ainda mais.
Essa procura é intensa, e às vezes... dolorosa demais.
Chega um tempo que cansamos e terminamos parando de procurar. É nessa hora que estamos distraídos, sem pensar em ninguém, é que surgem o amor. Esse amor é daqueles que vem de mansinho, cheio de carinho e nos ensina a fórmula de amar.
E essa fórmula tem um nome. Esse nome chamamos de reciprocidade.

"O amor vem de onde menos se espera. O amor é para os distraídos."

Lenilson Xavier (lexgrafia 12/09/2016)

Inserida por lexgrafia

Nunca estivemos desconectados, mas, sim, distraídos.

Inserida por fabioi

O acaso

O acaso quase me pegou,
No momento em que eu estava distraído.
A instabilidade que a vida me proporcionou...
Quase fez-me pecar!
Contra tudo o que havia escolhido.

Por viver um período conturbado,
O acaso quase me arma um laço...
Superando todas as bases de cálculos,
Que por mim foram definidos.
Mas a providencia veio do alto!

Procurando ter um bom histórico,
Busquei ser um homem preparado.
Para que esse grande "mestre" chamado acaso,
Não me desse o seu tiro de misericórdia,
Aí, conheci o poder soberano da glória...

Se o acaso será para sempre uma provação,
Punição, benção, distração, sorte ou azar? Eu não sei.
Não quero ter mais essa sensação...
Quanto a uma resposta plausível, só se ele voltar a me atacar.
E muitos já sofrem, só de ouvir dele falar...

Existem pessoas que conseguem do acaso se aproveitar
Eu prefiro os erros evitar
Para o acaso não me alcançar
Mas se não conseguir dele escapar
Tenho espírito forte, para ele encarar...

Inserida por 81024673