Distância
É fácil quando a distancia ou o tempo não importa para um dos lados... Mas é difícil quando a distancia e o tempo é um tormento para o outro...
A distância não diminui o
meu amor por você.
Você pode não estar ao alcance
dos meus olhos
mas te tenho em meu pensamento
e te levo no coração.
A distância impede-nos de sentir o cheiro doce das pessoas que amamos,mas não separa ao meio corações inseparáveis.
Ainda bem, tenho, e a cada dia mais, uma enorme capacidade de manter uma distância segura daquilo e daqueles dos quais não confio, a valorizar o que e os que realmente valem, a não depender sentimentalmente dos outros, embora os ame com tudo de mim, a tentar acertar sempre, mas podendo errar todos os erros dos quais tenho direito, sem me ver fadada e acomodada em arrependimentos sem aprendizado como forma de evolução pessoal, e a me posicionar, com toda a serenidade e humildade que se deve ter, sempre no lugar mais alto do pódio, mesmo que nem sempre ganhe.
A DISTÂNCIA
De fato uma tortura
Me leva a loucura
Mas tenho que esperar
A distância é cruel
Queria simplesmente cruzar o céu
E em seus braços pousar
Enquanto isso eu lamento
Porque meu relógio marca o tempo
Que não pude aproveitar
Mas ainda compensarei cada segundo
Nem que tenha que andar o mundo
Só pra poder te abraçar
Enquanto isso os meus dias
E até as noites são frias
Carentes do calor que não pude provar
A distância...
Cruel inimiga
Que ainda irei derrotar!
Barroqueira do Agreste – Bahia
(Fevereiro de 1934)
A grande distância da realidade dos centros urbanos, longe de qualquer vestígio de progresso e imensamente afastada de tudo aquilo que poderia ser compreendido como civilização, Lea Leopoldina era mais uma pobre cambembe emprenhada, prestes a parir mais um predestinado sertanejo azarento. À sua volta, pouquíssima história para ser contada e nenhum tipo de adornos para enfeitar o seu xexelento pardieiro de barro batido: três cuias de água salobra, brotos de palmas estorricadas e um saco de farinha de mandioca dividiam o apertado espaço na mesa de madeira crua com sabão de sapomina, folhas de macambira e um desusado pilão emborcado numa arredondada bacineta de pedra, guardando ainda as raspas das rapaduras trazidas pelos mascates dos canaviais das circunvizinhanças.
Acima dos caibros e das varas que faziam a parede engradada de taipa, o maljeitoso telhado de ripas, com uma tira grossa de embira amarrada ao centro da cumeeira, segurava num só laço de nó um leocádio apagado bem na direção do velho fogão de lenha. E presa na memória dos seus parcos pertences espalhados naqueles quatro cantos de extrema vileza, a triste lembrança de seu companheiro: Nestor a tivera abandonado, inexplicavelmente, após tomar conhecimento da sua inesperada gravidez.
Do lado de fora, onde fumaça manava em vez de flores e onde nada germinava pelas estreitas fendas cravadas na superfície do chão estéril, pouca coisa sobrevivia da crueldade de uma duradoura estiagem. Rodeados por xiquexiques, quipás, seixos, pederneiras, juazeiros e mandacarus, formigas, besouros, calangos e lagartos escondiam-se num devastado matagal pálido e amortecido. Ao redor deles, pedregosas areias de rios secos, cisternas vazias, lavouras abolidas e ossos de animais mortos eram sobrevoados por outros tantos insetos invictos e descorados.
Caia mais um fim de tarde e o céu avermelhava-se por inteiro, levando consigo as minguadas sombras dos resistentes pés de umbu, jataí e jericó. Parecia mais um entardecer inexpressivo – como todos os outros marasmados e silentes daquele lugarejo fosco – não fossem aquelas repentinas vozes cantarolando mais alto que os cadenciados apitos das cigarras entocadas nos calhaus dos roçados e trauteando mais modestas que os finos gorjeios dos cinzentos pássaros que voavam rumo ao infindo horizonte de mato desbotado: "Nós somos as parteiras tradicionais que em grupo vamos trabalhar! Todas juntas sempre unidas, muitas vidas vamos salvar..." (Helen Palmer - Uma Sombra de Clarice Lispector (Capítulo 3).
A distância e o tempo são similares pela força que possuem de afastar. Mas ambos são incapazes de fazer com que esqueçamos alguém que marcou nossas vidas.
Mãe, apesar da distância existente entre nós e com a impossibilidade de abraçá-la neste dia dedicado a você, meu coração chora de alegria por ter sido você o principal motivo de minha existência nesta vida
A saudade pode se transformar no alimento do amor que mesmo a distância sendo da vida, nos aproxima quando amamos de verdade e a dor passa a ser passageira.
Atitude
"A distância entre o pensar e o fazer é a atitude.
Altere a substância e irá gostar do que vai acontecer. Apenas mude." (Luciano Brandão)
Acessem (Vai que dessa vez você passa por lá! Rs), http://pensamentoscomargumentos.blogspot.com.br/?m=1o
E é quando as direções são opostas...
Que a distancia aumenta..
O coração aperta...
E a saudade escorre pelos olhos!
A distância é sólida e física, como uma pedra atirada de um abismo, corações quando se amam, ultrapassam a razão do real e surreal existencial, lembro-te, amo-te, quero-te, meio ao exausto de muitas barreiras o sujeito se pluraliza, dando existência e covalência onde nada existia. Lhe busquei de várias formas, na oposição insistente: "Te encontrei...
A tristeza faz-se emergir com todo o seu vigor, enquanto a alegria se distancia; abatida, prostrada.
