Dinheiro por Chico Xavier
Porque nesses seis meses tudo o que falamos antes virou barulho, fica difícil retomar a conversa.
Ai, que saudades que eu tenho
Dos meus doze anos
Que saudade ingrata
Dar banda por aí
Fazendo grandes planos
E chutando lata
Trocando figurinha
Matando passarinho
Colecionando minhoca
Jogando muito botão
Rodopiando pião
Fazendo troca-troca
Ai, que saudades que eu tenho
Duma travessura
Um futebol de rua
Sair pulando muro
Olhando fechadura
E vendo mulher nua
Comendo fruta no pé
Chupando picolé
Pé-de-moleque, paçoca
E disputando troféu
Guerra de pipa no céu
Concurso de pipoca
Futuros amantes
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios no ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
O humor é irmão da poesia, o humor é quem denuncia, eu não tenho possibilidade de consertar nada, mas eu tenho a obrigação de denunciar tudo, o humor é tudo, até engraçado.
Essa moça tá diferente,
já não me conhece mais.
Está pra lá de pra frente,
está me passando pra trás.
Essa moça tá decidida
a se supermodernizar.
Ela só samba escondida
que é pra ninguém reparar.
Eu cultivo rosas e rimas
achando que é muito bom.
Ela me olha de cima
e vai desiventar o som.
Faço-lhe um concerto de flauta
e não lhe desperto emoção.
Ela quer ver o astronauta
descer na televisão.
Mas o tempo vai,
mas o tempo vem.
Ela me desfaz.
Mas o que é que tem?
Que ela só me guarda despeito,
que ela só me guarda desdém.
Mas o tempo vai.
Mas o tempo vem.
Ela me desfaz.
Mas o que é que tem?
Se do lado esquerdo do peito,
no fundo, ela ainda me quer bem.
Essa moça é a tal da janela
que eu me cansei de cantar.
E agora está só na dela,
botando só pra quebrar.
"Familia Mais Ampla" / Espirito Bezerra de Menezes / Psi. Francisco Candido Xavier / Livro: Bezerra, Chico e Voce.
Ttantas vezes nos referimos aos problemas da família no mundo!
Filhos difíceis, pais – problemas, parentes que erigem a condição de antagonistas, companheiros do lar que nos relegam ao abandono!
E, em conseqüência, as lutas aparecem, agressivas e contundentes.
É aí no instituto doméstico que somos chamados a praticar a paciência e a exercitar a compreensão.
Muitos de nós se acham detidos nessa oficina de burilamento e melhoria, incapazes de ultrapassar a órbita da consangüinidade para a construção do amor a que as Leis do Senhor nos destinam.
Entretanto, a nós outros, os espíritas, compete a obrigação de enxergar mais longe e reconhecer mais amplos os deveres que nos prendem à experiência comunitária.
Não somente suportar os conflitos de casa com denodo e serenidade, abraçando os entes queridos com a certeza de que os amamos, livre de nós, se assim o desejam, para serem mais cativos aos desígnios de Deus.
Não apenas isso. Entender também nos grupos em que nos movimentamos a nossa família maior. E amar, auxiliar, apoiar construtivamente e servir sempre a todos os que nos compartilhem o trabalho e a esperança.
A independência existe unicamente na base da interdependência. As Leis Divinas criaram com tamanha sabedoria os mecanismos da evolução que todos nós, de algum modo, dependemos uns dos outros.
Não se renasce na Terra, sem o concurso dos pais ou dos valores genéticos que forneçam.
Não se adquire cultura sem professores ou recursos que eles decidam a formar.
Não se obtém alimento sem esforço próprio, nem sob o amparo do esforço alheio.
E nem se alcança experiência por osmose, já que todos somos conduzidos à arena da existência, uns à frente dos outros, a fim de aprendermos a amar-nos e compreender mutuamente.
Reportamo-nos a isso para dizer-vos que as tarefas em nossas mãos constituem núcleos de serviço e união, dentro dos quais, por devotamento às realizações que nos cabe efetuar, é preciso nos inclinemos à fraternidade autêntica, abençoando e ajudando a quantos nos cerquem.
...há famílias de ordem material e aquelas outras de ordem espiritual – afirma-nos o Evangelho, na Doutrina Espírita.
Atendamos, por isso, ao nosso conceito de família mais ampla.
...grande é a luta, entretanto, isso se verifica , a fim que a nossa vitória seja igualmente maior.
Conduzamos a nossa mensagem de paz e amor a quantos nos partilhem a estrada do dia – a – dia .
Esse é mais forte e pode oferecer-nos apoio em certo sentido, mas aquele que se revela mais fraco é o companheiro que espera de nós o auxílio necessário para fortalecer-se.
Aqui, encontramos alguém que se nos afina com o modo de pensar e de ser, transformando-se-nos em fonte de estímulo, no entanto, ali, surge outro alguém que ainda não edificou em si os valores espirituais que lhe desejamos, aguardando-nos abnegação e entendimento para se harmonizar com as aspirações e os ideais de mais alta expressão.
Além, identificamos a presença daqueles que conseguem ombrear conosco no mesmo nível de trabalho, incentivando-nos a servir, mas, adiante, observamos a ação daqueles outros que nos afligem ou atrapalham, exigindo, porém, da nossa compreensão o auxílio preciso para se tornarem simpáticos e produtivos na obra em que fomos engajados pelo Senhor.
...família e família!
Família do coração entre algumas paredes e família maior do espírito a espraiar-se em todos os domínios da Humanidade!
Sigamos, à frente de nossas tarefas, amando e abençoando por amor a construção que nos foi confiada o que, na essência, quer dizer por amor à nossa própria felicidade.
...filhos queridos!
Recordemos, cada criatura, que nos desfruta o caminho ou a experiência, é semelhante a planta que se ajudarmos nos ajuda.
Somos todos clientes uns dos outros no trabalho em que a vida nos situou.
Agradecemos a oportunidade de entender isso e o privilégio de trabalhar por um Mundo Melhor com o nosso Espírito Melhorado, seguindo para a Vida Maior.
Mensagem recebida em 24.2.1971.
Psicografia Chico Xavier - Livro "Bezerra, Chico e Você"
Eles gastam mais dinheiro com propaganda do que comprando comida para quem precisa.
Virtudes Ociosas e Bolorentas
Mais que amor, dinheiro e fama, dai-me a verdade. Sentei-me a uma mesa onde a comida era fina, os vinhos abundantes e o serviço impecável, mas onde faltavam sinceridade e verdade, e com fome me fui embora do inóspito recinto. A hospitalidade era fria como os sorvetes. Pensei que nem havia necessidade de gelo para conservá-los. Gabaram-me a idade do vinho e a fama da safra, mas eu pensava num vinho muito mais velho, mais novo e mais puro, de uma safra mais gloriosa, que eles não tinham e nem sequer podiam comprar.
O estilo, a casa com o terreno em volta e o «entretenimento» não representam nada para mim. Visitei o rei, mas ele deixou-me à espera no vestíbulo, comportando-se como um homem incapaz de hospitalidade. Na minha vizinhança havia um homem que morava no oco de uma árvore e cujas maneiras eram régias. Teria feito bem melhor visitando-o a ele.
Até quando nos sentaremos nós nos nossos alpendres a praticar virtudes ociosas e bolorentas, que qualquer trabalho tornaria descabidas? É como se alguém começasse o dia com paciência, contratasse alguém para lhe sachar as batatas, e de tarde saísse para praticar a mansidão e a caridade cristãs com bondade premeditada!
Claro que se o dinheiro falta, se a saúde vacila, se o amor arma alguma cilada, seu desejo de rir será pouco. Mas combata a depressão. Cultive o bom humor, como quem cultiva um bom hábito. Esforce-se para ser alegre. Afaste os sentimentos mesquinhos que provocam o despeito, a inveja, o sentimento de fracasso, que são origem de infelicidade. Adote uma filosofia otimista, eduque-se para ser feliz.(…) Seja feliz, se quer ser bonita!
E convém não esquecer que bitributação é quando arrancam seis vezes o dinheiro do cidadão. Pois o normal já é tributação.
Quem disse que dinheiro não traz felicidade não sabia onde fazer compras.
Nota: A citação costuma ser atribuída a Gertrude Stein, mas não há evidências que confirmem essa autoria. Supõe-se que o pensamento tenha sido utilizado pela primeira vez na sitcom norte-americana "Gilligan’s Island", no episódio All About Eva, da 3ª temporada, escrito por Joanna Lee e veiculado em 1966.
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