Dez
Tempo que (dez)gasta
os sonhos no (dez)caso
subtrai a voz e as vibrações do ar
nessa fórmula insana:
hora + hora = ZERO.
Sabe qual meu maior medo?
É ver o tempo passar e não aproveitar nada, acordar daqui a dez anos e ver que tudo que vivi não valeu a pena, que minhas lembranças são uma farsa que eu criei para não me sentir sozinha.
Meu maior medo é não ser amada suficiente ou não amar o bastante, viver dentro das regras e esquecer o quão legal o mundo pode ser sem elas...
Gostaria de fazer coisas que nunca fiz andar por onde não andei,beijar quem não beijei,me entregar a quem tive medo e me aventurar por locais onde julgava ser perigosos, quero falar com estranhos, aceitar conselhos de qualquer um sem julgar pela aparência ou atitude...
Quero começar o ano novo com velhos planos, com velhos amores e com meus 5 quilos a mais, to no jeans 42 e me sinto feliz, quero esquecer as regras, as tendências da ultima moda e todo aquele velho conceito de que para ser feliz precisa vestir 36, ser alta e ter namorado.
Querem saber como sou feliz? Sou feliz nas noites de sábado em casa de pijama rasgado comendo brigadeiro e assistindo “Breakfast at Tiffany’s”
"Mil namorarão ao teu lado. Dez mil casarão a tua direita. Mas tu não serás atingido." Forever Alone, Capitulo 1, Versiculo 7.
GAZELA ENCANTADORA!
- Corsa amorosa.
RN/Dez. 1973.
Ó Mulher!
Da minha mocidade
Dá-me gotículas da tua fonte.
Não sabeis, ó Tu
Tua nascente...
Dispersa líquido do Prazer
... Bendita seja a tua fonte
Deixa-me... Deixa-me, pois
Estimar a tua mocidade.
Que tua boca...
Lança-me doçuras
Que teus seios...
Sacia-me o tempo todo
Que teu ventre...
Acomoda-me à eternidade
...Bendita seja a tua madre
Deixa-me... Deixa-me, pois
O teu manto eu rasgar.
Corsa amorosa... Gazela encantadora
Embriaga-me com o teu amor
Por que admirar a libertina...
Por que agraciar a estrangeira?
Que seja para mim todo o teu ser
Que seja para ti todo o meu prazer
... Bendito é o teu criador
Gozarei... Gozarei, pois
Com a mulher do meu ardor.
Ó Mulher!
Da minha juventude
Dá-me água da tua fonte.
Não sabeis, ó Tu
Tua nascente...
Dispersa líquido da felicidade
... Bendita seja a tua fonte
Deixa-me... Deixa-me, pois
Deliciar-me com a tua juventude.
MORENINHA.
Meu 1º Amor! - Sua imagem.
- Afonso Bezerra, Dez. 1968.
Tarde!
Clara de sol,
Alguém meu nome chamou
...Prá seu mundo me levou.
Conheci gente...
Gente magra, gracinha
Gente gorda, fofinha...
Conheci minha azinha.
E,
Na noite
... Aberta iluminada
Ao seu lado eu voltei,
Ao teu lado eu fiquei.
Alegre!
Eu pedi um copo d’agua
Tu me deste um café
Eu peguei na tua mão
...me deste o coração
E, sem aflições...
... Eu te amei
Nós nos amamos.
Minha sede desprezei
Suor... Não aparei
Sangue não derramei...
Sua imagem preservarei
Por que...
- Certeza!
Coração que tu me deste,
...Conforto em nós se fez.
MORENINHA?
Não foi um Sonho.
O Deus! Querer...
- Amorzinho!
Meu sempre... Ser.
A Felicidade
Felicidade...
Palavra forte... Dez letras...
Harmoniosamente dividida em cinco vogais e cinco consoantes...
Com toda a certeza...
Dez em cada dez habitantes deste mundo...
Procura a felicidade...
Para alguns...
A felicidade esta... Nos amigos...
Para outros milhares...
Esta no riso das crianças... Alegres a brincar...
Para outras centenas...
Esta em estar agarradinho ao seu par... Vendo a vida passar...
Para outras dezenas...
Esta em caminhar livre pelos caminhos da vida...
Para este poeta...
Está em cada linha escrita... Com o único propósito...
Semear amor...
Era algumas vezes, louco, um casal que se conhecia há pouquíssimos dez dias. Ou talvez longos vinte anos. Ora umas vezes alucinados, ora apaixonados. Que de repente se licenciavam do amor, que se aposentavam do desespero, que se anulavam do total rastreamento. Talula ficava docilmente brava, enquanto Chilli bebia para se acalmar. Eles consideravam a própria vida uma historieta, um continho qualquer.
Um casal que vivia pro aqui e pro agora. Que dispensava o era uma vez por algumas ou muitas vezes. Conhecer-se era apenas uma questão de tempo. Uma questão de querer. Talula e ele desesperadamente se conheciam durante as idas ao refeitório em que Chilli bebia. Incrivelmente aquela havia sido, para eles, a primeira primavera juntos. É! Não para um casal normal. Talula e Chilli eram completamente desiguais que até a vizinhança reclamava. O casalzinho definitivamente precisava de conserto. Eles não queriam, não sentiam que precisam, mas era hora.
Chilli não queria mais atrapalhar, por esse motivo o fez as malas e foi embora. Talula ria como uma criança, agora estaria livre como um pássaro. Embora, cansado carregou as malas até o refeitório. Bebeu e bebeu. Então algum tempo se passou, coisa de cinco minutos, mas já era hora de procurar um novo amor. Talula estava em casa, reformava o quarto-forte que haviam comprado juntos. Era uma espécie de apartamento combinado com ala psiquiatra.
A parte masculina integrante daquele casal saiu de malas nas mãos, um litro, sabe lá do que, em baixo do braço e um chapéu de horas vagas. Uma roupa sócia visível, comumente dita: de boa aparência. Chilli andou por horas, dois metros, mas fez questão de parar. Parar ali, bem ali, onde pudera ver seu novo amor. Aquele integrante sabia que ela poderia completar aquela falta inesperada que o seu coração sentia. A antiga já não fazia falta. Queria conhecer aquele longo cabelo, aquela face cheia de modéstia.
A nova parte feminina do casal sorriu, um sorriso meio de canto que foi o suficiente para Chilli se atirar em busca de um abraço em outros abraços. É! Alguém havia perdido na história, ou talvez todos estivessem ganhando. A nova integrante, por incrível coincidência, ou empurrãozinho do destino, morava numa espécie de quarto-forte. Ela o apresentava a nova casa, enquanto ele se apressava em selar com um aperto de mão mais uma das algumas vezes que se conheceram, naquele mesmo refeitório, daquela mesma ala.
A vizinhança estava feliz um novo casal, naquele mesmo lugar. Um novo lugar para o mesmo casal. E a vida deles estaria ali pra sempre nesses autos e baixos de uma brincadeirinha de muitos era uma vez, completamente aprontada, com uma narração de apenas dois integrantes que, até o fim dos dias, viveram, um novo recomeço, felizes para sempre.
MORTE POR AMOR
Quando Otávio me bateu à porta, às dez horas da noite, eu tinha um livro aberto diante de mim. Não lia. À cólera, que me agitara durante toda à tarde, sucedera uma grande prostração. Parecia-me sem remédio a minha desgraça, depois daquela certeza, daquela terrível certeza, eu finalmente aceitei a realidade.
Minha vida jamais havia sido invejável, mas apesar de toda dificuldade que enfrentei e de todo o sofrimento que passei, minha vida não podia ser considerada uma vida triste.
A indigência que nos cercava não permitia que gozássemos das mais singelas mordomias que existem. Meus pais, apesar de analfabetos, nunca nos deixava faltar a uma aula sequer. Meu pai sempre dizia que o futuro que podemos escolher, nós o encontramos na escola.
Algum tempo depois minha mãe adoeceu. Não suportando as complicações de uma desconhecida doença, faleceu. Eu estava com a idade de dezoito anos e acabara de me formar no ensino médio. Minha mãe sempre havia sonhado em ser professora; daquelas que estudam a língua e escrevem contos e poesias, desejava possuir um diploma de mestre ou doutora. Entretanto, a terra que perdurava sob suas unhas representavam anos e anos de estudo de quem nunca estudou, os calos de suas mãos representavam as marcas do esforço de uma escritora que não sabia ler e escrever, as rachaduras de seus pés representavam a longa caminhada de uma professora que não sabia ensinar, mas que não deixava faltar comida para seus dependentes, tampouco educação. Esse era seu maior certificado!
Daquele dia em diante a vida não era a mesma. Todos nós, apesar de ter superado a dor da perda, não conseguíamos cobrir o buraco que se abriu em nosso coração. Meus irmãos não estudavam mais como antes e meu pai já não trabalhava com tanto vigor.
Havíamos prestado concurso, no qual somente eu fui aprovado e ingressei na faculdade. Independente de sua ausência, para alegrá-la, estudei Letras. Tornei-me doutor em língua. Embora tenha um amplo conhecimento sobre a escrita, prossigo com a mesma simplicidade com a qual sempre falei e escrevi. Não escrevo contos ou poesias, mas aplico-os em minha vida com a mesma devoção de um fiel em um culto; culto este que frequento diariamente.
Antes de as reminiscências interromperem a minha leitura, eu lia o poema que havia recitado para meus pais em um aniversário de bodas. Essas recordações que citei acima foram as mesmas que emergiram em mim correntezas bravias de uma cólera irremediável, mas efêmera. Otávio, meu irmão, trazia sempre boas notícias e, ao abrir a porta e cumprimenta-lo, minha cólera deu lugar a uma imensa alegria. A ansiedade de saber a notícia que estava por vir desapareceu quanto tive de aceitar aquela tão terrível certeza, aquela tão terrível realidade.
Lembrei-me do poema que havia lido para meus pais naquele dia e recitei-o para meu irmão:
Velejando sem barco ou vela
Viajando na Vida
Por uma simples tela
As ilusões me espreitam,
Horizontes desordenados
Com placas de várias setas
Mas que não inibem minhas frestas
De sonhos que se deleitam
De imagens ilimitadas
Multicores
Refletem por sobre os mares
Por sobre os ares
Por sobre as flores
E nas variações do destino
Enraigados por desafios
Não me induzem a desistir
Pois nesta fascinante tela
Que faço da vida
A imagem mais bela
Do porto onde
Quero seguir.
Tínhamos pranto e lamentações no coração. De nossos olhos, cascatas de dores. E essa era a tão terrível certeza, a tão terrível realidade: enquanto lembrava-se de minha mãe, meu pai havia morrido.
Dez anos se passaram e ainda consigo ver o peso do arrependimento nos seus ombros, a tristeza no olhar e a SAUDADE imensa que eu sei que ainda está aí dentro e que você esconde todos os dias.
Quando a gente mente uma vez, as dez mil verdades que poderemos dizer depois não farão o menor sentido.
Por mais que possa doer, a verdade nos liberta desse grande incômodo que é a dúvida.
Decepções
É curioso uma palavra de menos de dez letras,tenha um significado tão grande nas vidas das pessoas. Essa mesma palavra,associada a nossas vidas,cria um sentimento quase inacessível quando se trata de outra palavra que caminha completando ela. SUPERAÇÃO. Está uma outra palavra que causa grande impacto na vida. Se decepcionar com algo ou com alguém,é algo tão certo quando a morte,e saber superar suas dificuldades que a vida coloca em sua frente,é um árduo trabalho que exige o maxímo de nós mesmos. Cada um tem seu jeito de lidar com a decepção,e a forma na qual irá supera-lá. É um fato dominante que,no decorrer do tempo,algumas pessoas entram em nossas vidas dizendo ser algo totalmente diferente,e isso é que as atrai pra nossas vidas,isso porque gostamos de coisas diferentes,coisas que tiram nossas vidas da rotina e nos fazem criar um sentimento de fantasia,que nos faz acreditar que essa pessoa nunca poderá sair da sua vida.
Um grande problema é aceitar que com o tempo,a imagem dessa pessoa dentro da sua cabeça,que antes era sua fonte de inspiração,passa a ser hostil quando se descobre quem essa pessoa realmente é,e é quando cai a máscara,que por trás dela se encontra a famosa DECEPÇÃO. Sim de fato,existem muitos tipos de decepções na vida,mas creio que a que mais atinge boa parte das pessoas,é com relação a vida amorosa. O lado “bom”,por assim dizer,é que a decepção ocasionada,não mata,pelo contrário,ensina a sobreviver. Faz de nós pessoas infelizes por dias,horas e até anos. Não existe nada pior do que você acreditar em algo,e isso acabar virando algo totalmente oposto. Isso deve ao fato de que,muitas vezes,fechamos os olhos porque não queremos enxergar o que realmente essa pessoa representa hoje em nossas vidas,e toda vez que isso ocorre,caminhamos mais ainda para o inevitável percurso de sofrimento e devaneios. É! Criar expectativas sobre alguém,sai caro,e na maioria das vezes,quase impossível de se adaptar novamente a realidade. Somos iludidos a acreditar que,por mais que a realidade de um tapão em nossos rostos,ainda sim,não conseguimos acreditar que essa mesma pessoa pode nos trazer tantas decepções,essa negação de não querermos ver os sinais espalhados ao nosso redor,vai aos poucos consumindo nossas almas e transformando cada vez mais,nós,em pessoas totalmente descrentes em relação a uma nova pessoa que poderá entrar e substituir essa outra. E neste contexto corriqueiro,temos uma forte aliada : SUPERAÇÃO. Quando superamos algo ou alguém,aprendemos que nem sempre cairemos outra vez nas encantadoras palavras de outro alguém. Sim...ela ensina,ensina uma lição dolorosa,mas também valiosa,se usada na maneira correta. Ela nos torna pessoas melhores,pessoas com mais convicções,pessoas calejadas por algo deixado no passado,e que hoje nos serviram de aprendizado. Mas isso tudo depende de uma só pessoa. VOCÊ. É VOCÊ MESMO. Você escohe se tornar uma pessoa feliz que tenha superado suas dores e decepções,ou escolhe se tornar uma pessoa amarga e fatídica. Só depende de você.
Decepções existem para serem superadas e com tal,esquecidas e apagadas em seu novo caminho em busca dá superação. Você é o que você te dentro de si pra ser,não deixe que alguém ou algo,tire isso de você.
Eu agradeço. Agradeço a Deus nosso Senhor.
Agradeço ao meu marido. Sim, meu marido há dez anos!
Agradeço a minha família de sangue e a minha família adquirida.
Agradeço aos amigos, agradeço a bondade do tempo...
Tempo que me fez encontrar Sérgio, que me fez ser suficientemente madura para saber que presentes são raros.
Obrigada, muito muito obrigada...
“Se não me falha a percepção nos beijamos por mais ou menos dez minutos, talvez pra compensar os anos que não existimos na vida um do outro, talvez para evitar o constrangimento da passagem da fase de amigos para coloridos, ou só pelo gosto bom e compatível do nosso beijo.”
"Saudade de quando brincava de esconde-esconde. Contava até vinte e no dez já estava com os olhos descobertos tentando encontrar algum vestígio da minha busca. Sempre desconfiei que havia um complô contra mim quando ia pra contagem. De certo nunca reclamei... A brincadeira só era engraçada porque eu sabia o que buscar."
-Aline Lopes
Felicidade...palavra composta por dez letras, sentimento tão simples e tão complexo ao mesmo tempo...a humanidade anseia por ela e poucos são privilegiados em alcançá-la, não por ser difícil de encontrá-la, mas por ser tão simples e não ser notada.
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