Desventura
Falar e ser ouvido...
Clamar a dor que sente
No coração ausente
da desventura
amadurecida
pela vida
vivida na vida
Passado?!
Não
Presente[mente]
Ausente
das ansiedades
do olhar que pede
Sinceridade...
Se um dia eu tiver a desventura que escolher entre o vozear e a oscilação de minhas mãos, escolho minhas mãos. Com elas eu impetro a altivez da caligrafia, exatamente aquilo que indubitavelmente todos leem! O que se fala pode ser instável; e pelo logro de precários trovadores o que se ouve, nem sempre é o que se quer dizer!
"Fragmentar-se em tensões ligeiras é uma desventura que por um fio seria atemporal.
Barganho incomplexidade e evito a dor, visto assim, apedeuto de mim"
Infortúnio
Qual é meu infortúnio
Senão a desventura de amá-la
E não poder levá-la
Ao sagrado matrimônio?
Oh momentos cruéis vivo;
O dia vazio, a noite insone,
Sussurrando pelo teu nome;
Da solidão valioso cativo!
Que desdita é a sina de amar
E não poder declarar
O que se sente a quem ama!
Como é doloroso ouvir
O coração falar, a boca mentir...
Nossa! Quanta disgrama!
O homem bêbado
Que infame destino e desventura
de um homem inominado
insciente de sua loucura
e de um mal indomado.
Sua vida perdeu a doçura
de um passado abençoado
resta-lhe hoje desprezo e agrura
em seu demônio algemado.
Há uma mente indivisível
olhando para o homem bêbado
em seu antro de tortura...
Pra Deus nada é impossível.
Sua aflição tem sido minha angústia; sim, retraio-me
E pereço em sua desventura desafortunada.
Vasculhei os picos e as profundezas, a extensão
De todo o nosso universo, com esperança desesperada
De encontrar consolo para sua selvagem inquietação.
Quanta desventura, uma instituição religiosa, cujo pertencimento é criterioso em uma ação, e não é amar... é guardar, um dia.
"Desejo a você que nunca sinta a desventura de perceber tarde demais que era feliz e não sabia que era.
De descobrir tarde demais que era amado, mas não se sentia amado.
Que estava vivo, mas não sabia que estava...."
Por desventura, o que nós denominamos por monstruosidade expressa o caráter mais primitivo da natureza do homem. O animal não é bom ou mal, ele age para satisfazer seus instintos – desse modo, inclina-se para a crueldade.
A desventura de um apaixonado.
Não consigo parar de pensar em você
Mais nem sei bem quem é você
O seu olhar não sai da minha cabeça
Já tentei esquecer mais a lembrança
Não me deixa
Nem sei se você pensa em mim
Talvez vive como se eu nem viesse a existir
Mais essa é a desventura de todo apaixonado
Viver na dúvida de que se é amado?
Talvez um dia eu possa ser o seu amado
Ou serei talvez apenas mais um achegado mais uma coisa é certa estou apaixonado e vivo essa desventura sem saber se sou amado.
Perco a postura
Que, porventura,
Desestrutura.
Que desventura!
Só me tortura,
A essa altura
Já não me atura,
Por tal ternura.
Poema: Desventura
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel
O tempo que eu passei pensando sobre procurar um caminho,
apenas pensei, e nada fiz, continuei a arder em fogo andando em brasa,
e eu não sei como vou continuar,
pois nunca houve um plano B, algo a se fazer,
pois nunca pensei que ia querer ficar,
no fundo eu tenho medo, mas já é tarde demais para lutar,
as vozes não me deixam descansar.
DESENCANTO (soneto)
Muitas vezes trovei os amores idos
Chorando o desalento e desventura
No engano, numa lira feroz e impura
De infelicidade, o vazio dos sentidos
E nesses instantes sofridos, convertidos
Cada lágrima escrita era de amargura
Com rimas sem resolução e tão escura
Soando a alma com cânticos gemidos
E se tentava acalmar com justificação
Mais saudoso ficava o árduo coração
Que se enganava querendo encanto
E, sussurrando, num afiado suspiro
Os versos que feriam, tal um tiro
O amor, eclodiam do desencanto
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/07/2020 – Triângulo Mineiro
DOR DO MOMENTO
Há solidão sem fundo, há sofrer tiranos
Mais sufocantes que a cruel desventura
Sentimentos loucos, cheios de amargura
E as saudades mais extensas que os anos
São tormentos sem piedade, são danos
E as sensações na alma vazia de ternura
Eu as renuo... e a está árdua sorte dura
Que augura na poesia versos profanos
Devaneio, sim, e só assim, somente
Saio do algoz versejar tão cruento
Que me fere no tratear lentamente
Oh! gemidos assim jogados ao vento
Que chora e dói na emoção da gente
Leva pra longe todo este sofrimento
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/09/2020, 10’07” – Triângulo Mineiro
SEM JURA (soneto)
Nesse poetar sofrido e atado
Refúgio da minha desventura
Usando o trovar como mísula
Nada consola ou é consolado
A dor doída é sem o agrado
E o coração sem ter ternura
É um verso com amargura
E que no peito é mastigado
A voz da falta, nele falando
Reluz com sofrer em gritos
E que na saudade murmura
E, porque ficar blasfemando
Então, com os versos aflitos
Se já não mais existe, jura!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/03/2020, 12’23” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Toda desventura da ralação entre um homem e uma mulher, vem do sentimento de imaginar que é Amor, mas não passa de uma mera Paixão.
E acompanhado com tal infortúnio a minha ilusão de que no seu atuar e essência do outro verdadeira e nao o imaginar do meu coração...