⁠DESENCANTO (soneto) Muitas vezes... Luciano Spagnol - poeta do...

⁠DESENCANTO (soneto) Muitas vezes trovei os amores idos
Chorando o desalento e desventura
No engano, numa lira feroz e impura
De infelicidade, o vazio dos senti... Frase de Luciano Spagnol - poeta do cerrado.

⁠DESENCANTO (soneto)

Muitas vezes trovei os amores idos
Chorando o desalento e desventura
No engano, numa lira feroz e impura
De infelicidade, o vazio dos sentidos

E nesses instantes sofridos, convertidos
Cada lágrima escrita era de amargura
Com rimas sem resolução e tão escura
Soando a alma com cânticos gemidos

E se tentava acalmar com justificação
Mais saudoso ficava o árduo coração
Que se enganava querendo encanto

E, sussurrando, num afiado suspiro
Os versos que feriam, tal um tiro
O amor, eclodiam do desencanto

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/07/2020 – Triângulo Mineiro