Desperdiço Metade da noite em Suspiros

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Por outro lado, os gemidos e suspiros espirituais do cristão são interpretados por Deus como orações! Aqueles sacrifícios que são aceitáveis a Ele são o “coração contrito e quebrantado” (Salmo 51.17). Os soluços da alma são de grande valor diante dEle. Os gemidos do crente são uma linguagem inteligível ao céu: “porque o SENHOR já ouviu a voz do meu pranto” (Salmo 6.8): aquele “pranto” pode ser uma súplica a Deus que a eloqüência da oração professional não tem. “Senhor, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu gemido não te é oculto” (Salmo 38.9).

Nossas lágrimas contam a Ele da tristeza piedosa, nossos gemidos são as aspirações de um espírito contrito. “O SENHOR contemplou a terra, para ouvir o gemido dos presos” (Salmo 102.19,20). Aqui, então, está a consolação – Deus ouve nossos suspiros secretos; Cristo está em contato com eles (Hebreus 4.15); eles sobem ao céu como petições, e são a segurança do resgate.

E por mais que tenham sido apenas palavras, apenas suspiros. Acabaram ganhando um coração que era perdido.

Velha Lágrima

Solidão. Que mágoa na aurora!
Senso ao vento, paira pelos ares
Em suspiros, lágrima que chora
De antigos e buliçosos pesares.

Pulsa uma dor, deveras se sente
É tal tristura que no peito diviso
Versos, que de teu verso ausente
Vazios poéticos do teu doce sorriso.

Ah! Por que tu assim fizesses
Meu eu dum eterno teu escravo
Se outras eram minhas preces
E com o descaso fez conchavo?

Por que então ainda insiste
Nesta trama tão alvoroçada
Como quem ama, assim, triste
E com a alma fria e calada?

Se clamo ao infinito celeste
Por um olhar manso e sensível
Por que é que não me disseste
Palavras ao coração inteligível?

Se terrível, era a dor impiedosa
Me livra desta coroa de espinho
Se bom é ter-te em verso e prosa.
Por que deserto é o nosso ninho?

Porém, melhor a outra figura
De ter a sofreça em segredo
Do que conhecer a tal ventura
E deixá-la ao leu tão cedo...

Assim, então pouco a mim seria
Em pranto a face, de sua partida
Antes os desafetos que nos alivia
Do que fuçar na aberta ferida...

Tem pena de mim! Tem pena
Desta velha lágrima. Caridade!
A paixão não me é tão pequena,
Secará. Pois tanta é a saudade...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Diálogo de surdos, não: amistoso no frio.
Atravanco na contramão. Suspiros no
contrafluxo. Te apresento a mulher mais discreta
do mundo: essa que não tem nenhum segredo.

Boa noite... Arranca suspiros de seu coração pois amanhã quem sabe se torna um dia inesquecível só depende de você.

Suspiros
Ah! Esperança,
espera...ânsia...
Ah! Melancolia
mela...cólica...
Ah! angustia ...
Esperança!

O amor é ameaça, é suspiros.
O amor é fumaça, é fogo.
O amor é olho, é lágrima.
O amor arde, queima.
O amor alimenta.
O amor ama.

Meus pêsames: a empatia definha a cada dia, dá seus últimos suspiros, e morre lentamente, não pode mais seguir em frente; pobrezinha, ironicamente não tem ninguém para colocar-se no seu lugar.

Mesmo quando ele não está mais presente, os meus ouvidos estão repletos dos seus suspiros.

Gaston Leroux
O fantasma da ópera (1910).

O silêncio entre dois suspiros


A vida é um corredor estreito, mal iluminado, onde portas se abrem para quartos que nunca escolhemos entrar.
O primeiro passo nos é imposto e o último não nos pertence. Entre um e outro, arrastamo-nos sobre um chão que muda de forma e de temperatura, como se o mundo conspirasse para nos lembrar que o controle é ilusão.


Não há mapa, apenas o instinto de continuar andando, mesmo quando o ar pesa e o coração lateja como se tentasse escapar do corpo.
O tempo nos esculpe sem delicadeza, arranca partes de nós sem aviso e, em troca, deixa cicatrizes que aprendemos a chamar de experiência.


O amor, quando chega, é lâmina e é cura. Pode nos erguer acima de qualquer miséria ou afundar-nos mais do que qualquer abismo.
As pessoas que cruzam nosso caminho são sombras em movimento: algumas se misturam à nossa, outras nos arrancam pedaços, e raras são aquelas que permanecem.
E mesmo essas, um dia, serão levadas.


A vida não é justa nem cruel. Ela é indiferente.
Não se importa se estamos de joelhos ou em pé, se sorrimos ou choramos, se imploramos ou amaldiçoamos o céu.
Os dias seguem, um após o outro, como soldados obedientes a um comandante invisível.


Há momentos em que a luz fere mais do que o escuro, em que o silêncio grita mais do que qualquer multidão.
É nesses momentos que percebemos que não somos heróis da nossa própria história — apenas sobreviventes.
O destino não é escrito nas estrelas, mas na poeira que se acumula sobre nossos ombros.


Arrastamos conosco o peso dos erros que não podem ser desfeitos, o eco das palavras que não conseguimos dizer, o vazio deixado por tudo o que não tivemos força para segurar.
O tempo não perdoa, apenas apaga.
E um dia, quando o corpo já não responder, nem mesmo o medo importará.
Tudo se dissolverá na mesma escuridão de onde viemos.

Bom dia...
"Me possua com seu corpo.
Me enloqueça com sua força.
Me leve ao céu, me mostre as estrelas.
Quero seu gemido.
Quero seu calor.
Quero seu grito.

Sou sua, só sua para fazer o que desejar..quero que sejas meu para expressar meus mais íntimos desejos de te amar.

E que esse vício de sempre te querer mais, nunca passe.
Apenas fique maior.
Com mais amor.
Mais desejo.
Mais suspiros.
E mais arrepios.."

Acometida pelo acaso...
Que acaso mais gratificante, mais doce e belo que já me aconteceu.
Diante dos seus olhos senti-me a mais bela, e diante da minha beleza refletida nos seus olhos eu me apaixonei...

Mesmo que a minha consciência pisque em sinal de alerta diante do meu coração, desfilando sentimentos importunos, nem a minha própria lucidez consegue evitar que tudo aconteça novamente, novamente adormeço pensando e acordo suspirando...

Tudo de novo... coração palpitante, mãos frias e o corpo querendo só mais uma vez... só mais uma vez sua boca aveludada... só mais uma vez seus braços fortes... só mais uma vez seus sussurros quentes... só mais uma vez... e suspirar profunda e longamente por uma eternidade...

Você mexeu comigo!
Apareceu do nada e sumiu do nada,
deixando um rastro na minha estrada.
É isso aí vai para esse mundo sem fim... vai beijar outras bocas...
Enfeitiçar outras vidas...provocar novos risos...deixar novos rastros... roubar novos suspiros , deixando Seus vestígios ....Vou seguir em frente sem você , com uma página a mais e um ponto final.
Ou apenas uma vírgula, quem sabe!

Numa certa fase da vida, os homens têm demais, e no fim, muito pouco. (...) passam a metade da vida lidando com putas e a outra metade sendo cornos.

Arthur Schopenhauer
SCHOPENHAEUR, A., O Mundo como Vontade e Representação, 1819

Cadê a tampa da minha panela, o chinelo do meu pé cansado, a metade da minha laranja?
Tá em ebulição, vazando, transbordando, e nada da tampa da panela pra socorrer a lambança. É culpa da pressão que eu ponho em tudo isso? É o que dizem: desencana que uma hora ele aparece.

O corpo de um, sendo a metade perdida do corpo do outro.

Inserida por isacalegari

⁠Na busca pelo prazer, é crucial lembrar que nem tudo o que encanta no momento traz alegria duradoura. Muitas vezes, o prazer imediato esconde armadilhas que levam à dor e ao arrependimento.

Escolher o prazer requer discernimento. Reflita sobre o que está por trás dessa escolha e suas consequências. A verdadeira satisfação não está no imediatismo, mas nas decisões que trazem paz e plenitude.

Vive intensamente, mas com sabedoria. O prazer genuíno é aquele que enriquece a alma, e não o que a corrói.

Inserida por contosesuspiros

Meu destino eras tu, eras parte de mim , sou metade sem ti

Inserida por TaniaGomes6

Segundo Platão, originalmente, os seres humanos tinham duas faces, quatro braços, quatro pernas... e eram felizes assim, completos! Porém, desafiaram os deuses, que os puniram dividindo-os em dois. Separaram os humanos, que eram andrógenos, de suas metades. Ele diz que cada um de nós, enquanto separados, está sempre buscando a outra metade. É a natureza humana.

"É então de há tanto tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer um só de dois e de curar a natureza humana. Cada um de nós portanto uma téssera complementar de um homem, porque cortado com os linguados, de um só em dois; e procura cada um o seu próprio complemento" (Platão - O Banquete).

Quando as duas metades se encontram, eles se perdem mergulhados em uma explosão de amor... amizade... intimidade... Sensações tão extraordinárias, que eles não querem mais se separar, sentem a vontade de se fundirem novamente em uma só carne. É assim que se deseja quando se encontra a cara-metade, porque éramos completos... e essa busca pela totalidade se chama amor (eros).

Contudo, Platão nos adverte que só se ama o que não se tem. O objeto do amor sempre é solicitado, mas está sempre ausente. Quando julgamos alcançá-lo, escapa-nos entre os dedos. Essa nossa inquietude na origem do que se busca, o amor... amor daquilo que nos falta, pois o "que deseja, deseja aquilo de que é carente, sem o que não deseja, se não for carente" (Platão - O Banquete).

Sendo assim, porque sou carente do seu amor é que te desejo! Uma vez que não é completamente minha, serei para sempre seu! Te amo!

Meu problema é não saber amar pela metade, só sei amar por completo, quando amo amo mesmo e no fim acabo sem ser amada, me dizem pra ir com calma mas não consigo,não sei se é um defeito ou uma qualidade mas quando amo amo de verdade, porém acabo sempre sem ser amada
Ninguém entende
Ninguém compreende
Me falta uma metade.