Despedida de uma Pessoa Querida
Há de convir! Que um mero acaso assemelha-se a uma conjuntura, e esta, apenas aconteceu pelo desapercebido interesse a vida alheia.
Não se pode transcender o céu
Nem o tempo, nosso vento é fôlego fraco
É um tormento
É uma vidraça, é só um caco
Não se vê, nem se pode imaginar
A voz que sussurra lenta, ela aumenta,
E vem para falar
Conta piadas, mal contadas,
ela vem nos fazer chorar
Tua Mao é tremula, faz parte dessa flâmula
Que usamos para marcar nosso caminho
Como as migalhas, no nosso ninho
Que te distrai, que me atrai
O nosso norte, e a nossa sorte
Gado de corte
Ou apenas uma indignação
É assim a nossa causa, é assim nossa alusão
Despentear o dia-a-dia, e dar valor a uma ilusão
Há pouco li uma frase que muitos não se cansam de repetir:
“No fim tudo dá certo, se ainda não deu certo é porque não chegou o fim”
Sinceramente não sei quem a disse ou escreveu pela primeira vez, mas quero deixar claro que sou absolutamente contra a conformidade deste ser, e mais, com a de todos que insistem nessa tecla.
Será que para dar certo tem que chegar ao fim?
Se chega ao fim, qual é o tempo que temos para aproveitar o que deu certo, já que acabou?
...
Conformismo, comodismo é o que faz muitos deixarem de lutar pelos seus sonhos e esperarem o fim, para nele serem felizes...
Talvez estes ainda almejem ouvir uma voz suave dizendo:
“E foram felizes para sempre!”
Eu não quero ser feliz no fim...
Desejo ser feliz a vida toda...
Posso tropeçar, passar por tempestades ou brisas leves, encontrar dias azuis e alguns nublados...
Quero admirar as flores e espero não me ferir com os espinhos... mas se acontecer vou colocar o dedinho na boca e seguir...
Quero descansar numa sombra quando estiver cansada...
E se preciso for, vou correr dos animais que querem me ver no chão...
Lutar com os que pretendem me desviar...
Quero fazer amizades com os bons...
Quero tê-los como companheiros nessa estrada...
Sei que vou lutar por cada um!
Espero ter sido amiga ao ponto de lutarem por mim!
Com eles vou seguir em frente...
Quero seguir nessa estrada...
A estrada da felicidade...
Quero sempre ser feliz...
Sem para isso precisar ouvir...
........................................................Que fui feliz para sempre...
Pois sei que sempre fui!
E assim o sou!
Um momento de chuva
Caio sobre as casas, e em uma janela de luz fraca a vi. encolhida em um canto apagado, os olhos perdidos que jamais esqueci. Conheci sua história, suas dores e suas alegrias, por ela me apaixonei. Tristeza na noite, sua intensidade de sentir me tornou mais calmo para o seu coração ouvir... Escutei suas lamentações, suas canções no escuro, sua imensidão de medo, eu quis lhe dizer, menina, isso tudo é só a vida, algo que sempre vai acontecer...
Seu corpo tremia e eu quis lhe dizer, que se eu não fosse tão fria poderia tentar lhe aquecer. Ouvi os estrondos de minha fúria, raios brilhantes chocaram seus ouvidos frágeis, abraçava-se ainda mais.
Eu quis lhe dizer, menina, essa dor logo passa... Somente tenhas força para continuar!
Logo me vi passando, a tempestade estava prestes a acabar, me enchi de um pouco de sua dor, jamais a veria... Teria em meus sonhos a lembrança de sua imagem vazia. Gritei o mais alto que consegui, o som da fúria, abraçou teu corpo pequeno e tremulo mais uma vez, encolhendo-se.
Menina, eu caí numa pétala de flor pequena, que desabrocha como sua esperança de reviver.
Abra seus olhos, menina, pois eu adoraria saber a cor dos teus olhos, tamanha é minha dor, pois sou chuva, sou forte, mas não sou maior que minha dor.
Minha única verdade é que espero pelo dia em que em teu rosto minhas gotas irão tocar. Minha única lembrança é a noite fria em que te vi chorar, linda menina, que em tão poucos segundos me fez o momento mais feliz.
Com a firmeza do Malho e do Cinzel desbatamos uma Pedra Bruta, mas é com suavidade e persistencia que após retirada todas as arestas, damos o polimento.
Acho que não sou uma escritora muito paciente.
Na verdade, tenho certeza disso...
Não consigo me controlar, quando leio por aí esses garranchos que os jovens de hoje escrevem, dizendo que se trata de poesia.
Eles falam de melancolia como se fosse uma coisa pra se orgulhar. Falam da tristeza como se gostassem disso, pra serem olhados, notados..
São jovens tristes de verdade, mas com a falsidade que lhes cabe, apenas para chamar a atenção.
Além de muitas das vezes nem saberem sobre o que estão escrevendo, ainda escrevem palavras erradas, o que lhes tira toda a credibilidade de serem chamados poetas...
O que mais me chateia, é que muitas das vezes, eles chegam, jogando seus pensamentos desvairados em um lugar público, sem nem se preocuparem se está certo ou errado.
Como dito antes, sou uma escritora impaciente com a burrice. Lembrando que "burro" é aquele que sabe que está errado e permanece no erro!!
Mas quer saber da melhor parte? Ler essas asneiras é que me fazem sorrir....
Uma vez eu li, que quem explica seus sentimentos, realmente não os sente...
Ódio, raiva, tem explicação, causa e conseqüência.
Amor não, ele nasce num sorriso, e devagarzinho invade os corações alheios, então não se surpreenda se o dia que você me perguntar o que sinto e porque sinto isso por você eu responder “não sei, apenas gosto”.
Tenho certeza, meu bem, que é a maior prova do meu sentimento por você!