Desgraça
A menos desgraça num copo de bebida ,
Que numa religião falsa com pessoas que interpretam um personagem fictício...
Senti o lado amargo do amor.
Veio tão cheio de graça...
me encheu de desgraça.
tão colorido chegou
levou embora todas as cores...
meu mundo em cinza transformou.
E eu o toquei com a alma.
Desnudei minh'alma.
Toquei-o com palavras
as mais belas escolhidas
do meu jardim de versos colhidas.
Eu não conhecia esse lado escuro.
De meias palavras... de ditos não ditos
de máscaras e traição...
coisas que fazem tão mal ao coração...
... de qualquer um... também de quem não é vagalume.
Tolo é quem ri da desgraça alheia. O mundo dá muitas voltas para bons e para ruins. Mas o sábio não se exalta, nem humilha ninguém. Apenas confia a sua vida nas mãos de Deus.
— Jucelya McAllister
Tudo passa...
Tudo passa... que desgraça!
e o tudo passar deixa este mundo tão sem graça.
Passa o amor... passa a desgraça.
Que graça há na misteriosa estrada da vida...
amor como guarida,
e, logo à frente, dolorosa despedida?
Amor vira fumaça...
Sem amor... quanta desgraça...
Passa a desgraça – ô mundo mais sem graça!
... que graça tem já saber de antemão que a desgraça a afligir seu coração tem seu fim determinado por antecipação? Porque tudo passa!
Passa o amor.
Passa a desgraça.
Passa a vida...
Neste mundo frágil... tudo é frágil...
Tudo passa... tudo vira fumaça.
Triste sina de quem na vida passa vendo somente desgraça, doença e miséria a alma lhes trespassa. A alegria passa longe,tudo é cinzento, não consegue ver o colorido da esperança, removedor da dor ,da angústia,
e o do sofrimento.
Meu coração se despedaça
Troquei honra por desgraça
Tomei a mais dura e difícil decisão
Que dói meu coração
Eu decido ser sempre odiado
E a vida inteira ser detestado
Eu já fui uma pessoa feliz
Agora estou preso em uma maldita matriz
Sigo minha vida sem rumo e sem medo
Esse e meu destino, esse e meu segredo.
Eu bolei o plano, ninguém iria entender.
Mas minha decisão iria prevalecer
E vocês podem achar que eu já desvaneci
Vim mostrar q eu ainda estou aqui
*São Demasiado Pobres os Nossos Ricos*
A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.
A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.
O maior sonho dos nossos novos-rícos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. OMercedese oBMWnão podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas, muito convexos e estradas muito concavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.
As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. Por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam. O fausto das residências não os torna imunes. Pobres dos nossos riquinhos!
São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam de ser sustentadas com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.
Mia Couto, in 'Pensatempos'
Rotulo
Já to sem graça
Tanta desgraça
E ninguém disfarça
Todo mundo sem noção
E só o começo (Genesis)
Tanto tropeço
Tanta decepção
Pra onde foi?
Quem é que foi?
Pra que perguntar se não vai saber me responder?
Quem foi que falo que a verdade vem de você?
Pra que essa capa?
Você não e Herói...
Capa de Crente
Tem muita gente, querendo só dizer amém...
E no final como e que vai ser? (Apocalipse)
Tem tanto demônio se passando de gente
Ou seria tanta gente se passando por demônio
Ninguém deixa agente em paz
A Bíblia diz...
O Povo Diz...
Mais que é que fala mais?
Eu ou você?
E tanto rotulo
Mais eu não vi o prazo de validade
Até quando você acha que vai durar?
Tira essa capa...
...Já ta na hora do amém!
Desgraça!
Certa vez vi aquela criança chorando no chão,
Implorando apenas por um pedaço de pão,
Vendo o céu negro e sentido o prazer da falsa ilusão,
Enquanto isso o inferno se apodera do meu coração,
Mentes poderosas mim cerca por todo lugar,
Apenas mim observando para tentar me tomar,
Queria morrer sonhando, para não vê o sangue pelo chão se espalhando,
Humilhado e desesperado, apenas fracassando, vivendo correndo
e sempre chorando,
Queria te expulsar, virar aquela página que controla o meu olhar,
Saber o que o sol reservou pra mim, antes de subir, antes de falar pra Deus que eu sou apenas um caso sem fim...
Penetrarei na minha própria alma afim de uma esperança encontrar,
A fim de esperar a morte, e um dia ressuscitar,
Colocar os pecados em segundo lugar,
Sangrar para vê a dor, e lembra-se de viver sem ter tempo para pensar,
Guardar apenas o necessário para um novo inicio recomeçar,
É hora de reescrever o que novamente virá ,
E observar o novo sol no horizonte,
Sozinho, quente e que nunca se apagará !