Desejo Morte
Eu já morri tantas vezes que a morte não me amedronta mais.
Não temo mais o escuro véu que me separa do estar aqui, ou em outro lado.
Eu já morri tantas vezes que já não sinto temor, tremor e nem a sombra que apaga meus olhos e os deixam sem alma.
Eu já morri tantas vezes que a morte essa amiga estranha não me leva mais na hora que bem entende.
Agora, nesse momento exato, já sou eu quem diz se quer ou não morrer.
Vivo!
Viva!
Nildinha Freitas
A morte.
A morte é uma história,
a morte é uma lenda.
A morte é uma passagem,
a morte é um fato.
Uma história que causa medo,
do outro, pavor.
Cada um tem um pensamento,
um comportamento, e a lenda já não assusta mais.
Não tanto. É uma passagem do tempo finito para o infinito.
É o momento em que se volta para o Sono Eterno, do antes do nascer.
É um fato: basta nascer para morrer.
Nunca ninguém viveu na hora do fato para dizer: eu vi a morte passar.
A Morte em 30 minutos
Favela do Amarelinho,
Av Brasil RJ 2ª F 15:00
Intensa troca de tiros
Adentramos, coração batendo forte
Minha Família a única meu pensamento
Avança heroicamente o Sargento
Crianças saiam das ruas, dizia
Disparos intermitentes, rajadas
Minha cabeça , alucinações
Pedido de socorro , gritos
Quinze minutos,o bastante
Silêncio total
Foi aí que morri
A verdadeira punição não é a morte, mas a tortura incessante de uma existência sem propósito, um sofrimento que se reinventa a cada amanhecer.
@pensamentoseminentes
Não tema a morte, pois morrer é simplesmente voltar para o lugar de onde viemos e conhecê-lo, então, pela primeira vez.
Ter a certeza da morte
me motiva e também me deixa
em pedaços. É tão pouco tempo
para um coração como o meu
do tamanho do mundo.
tem tanta coisa que eu quero
viver e tantas outras
que irão me privar de viver
que é praticamente impossível
não assumir um compromisso
com a melancolia
quem me dera
ser seu único amor.
Infeliz o que só tiver amado corpos, formas, aparências, que tudo lhe tirará a morte! Amai as almas, se quereis além do túmulo encontrá-las.
Infeliz quem não amou mais do que corpos, formas e aparências. A morte irá Ihe tirar tudo.
Tente amar as almas e um dia você as encontrará novamente.
Não lamente a morte de um ente querido. Comemore: ele finalmente se libertou das prisões terrenas que tanto fazia sofrer. Quem ama liberta.
É difícil lidar com a morte do ente querido, mas devemos lembrar que, segundo a fé cristã, a morte física precede a Vida Eterna.
Se, no limiar do nascimento, o nada me acolheu,
Será que a morte, então, me despojará da mesma essência?
QUANDO NÃO FOR ESPERA
Tudo o que ela precisa
É desaprender a morrer
Que de tanta morte-viva
Acostumou-se a se refazer.
Por onde a pulsação anda
Ela arrasta todo o caixão
E onde aparece uma sombra
Prepara o buraco no chão.
Pega o corpo defunto molhado
E levanta inteiro outra vez
Sem crer em dia ensolarado
Que poderia enxugar os clichês.
Faz flor na terra esburacada
Mas não acredita em quem se diz vivo
Arranca das costas facada
E não confia nos curativos.
Tudo o que ela precisa
Ah!
É desaprender
Que de tanto ser natural, morte
Nem acredita mais em benzer.
Não fecha os olhos em cochilos longos
Nem mesmo permite que dure o repouso.
Procura provas de que o pernilongo
Fará outro homicídio culposo.
Tudo o que ela precisa, oras!
É uma história para não se enterrar
Um livro, uma água fresca, uma semente
Que vai florear.
Uma paciência de Jó
Para entender quem muito voltou
Dos mortos, terra na garganta
De onde ninguém mais pisou.
Um filete de luz quando o escuro
Vier de mansinho pós-sol
Um sentimento todo seguro
De nem morrer, nem viver
Em prol.
Apenas coisa bonita, que não fecha
A entrada do ar que respira.
Tudo o que ela precisa
É aprender mais o que admira.
Porque
Quando o tempo não for mais o tempo
E o doer não for a-versão
Quando tanto não der n’outro pranto
Quando o sim for menos que o não
Ela chora, ardendo, gritando
Faz calar toda, tanta, ilusão
E o peito, cremado, berrando
Diz, enfim, que chorou de emoção
Sabe, aqui, que tudo faz motivo
Quando a hora não é de moer
E o bordado, bordado agressivo
Sabe, enfim, n’outra mão se caber
E o sentido que ninguém achava
Escondido, no que era pra’si
Faz resposta, assim, intuitivo
Como se choro pudesse sorrir
Entre adeus, chegadas e meios
Prefere ter tudo onde possa ficar
Porque voltar, já não suficiente
Faz a dor calejada sarar
Mas fica inda batendo tão roxo
E assim ninguém volta a sua cor
Aprendido que o cadarço frouxo
Não segura nenhum caçador
E agora ela entende o momento
De agradecer somente a quem fica
Casa, ninho, asa que descansa
Quando ir não destrói o que habita
Quando o tempo não for mais o tempo
Quando a marca não mais desbotar
Ela vai terminar o bordado
Ela vai saber se podar
Porque horta, para crescer grande
Só se poda quando se rega
Quando o tempo não for mais o tempo
Ela vai enxergar quando cega
Quando tudo não for mais a tora
Quando a hora não for o seria
Toda cura será para agora
Todo precisar saberia
Pelo belo de (se) achar mais bonito
Dentro d’olho de quem faz caminho
Casa, tranca, risco na parede
Quando tempo não se faz sozinho
E ela vai saber ceder,
Vai pedir
Demorado
Quando o tempo não for mais o tempo
Finalmente não será (mais) calado
Que de tanto corpo sem vida
Parou de ter tempo para viver
Mas quando o tempo não for mais o tempo
Não terá tempo é para morrer.
(Vanessa Brunt)
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp