Depoimento de Amizade que Niguem pode Separar

Tudo se pode adquirir na solidão, salvo o carácter.

Um rico nunca se pode divertir com tanta alegria como um homem pobre.

Da ciência devemos dar a cada um o que ele pode digerir.

Enquanto a maioria dos homens não for livre, não se pode conceber o homem livre.

A nossa razão torna-nos por vezes tão infelizes como as nossas paixões; e pode dizer-se do homem, quando isso acontece com ele, que é um doente envenenado pelo próprio médico.

Não se pode exigir que uma pessoa saiba tudo, mas que uma pessoa, sabendo de uma coisa, saiba de tudo.

A morte nunca se aprende, mas pode-se saber-se de cor. As guerras sabem-no. E as epidemias. E um simples agente funerário.

É cômodo, um enterro: pode-se ter um ar aborrecido com as pessoas e elas tomam-no por tristeza.

Nenhum homem vulgar pode tornar-se um génio por obra da educação.

Não se pode ignorar o sentimento que as fórmulas matemáticas têm uma existência independente e uma inteligência próprias e são mais sábias do que nós, mais sábias que os seus descobridores e aprendemos mais com elas do que inicialmente julgamos.

O progresso sempre envolve riscos; você não pode infiltrar-se na segunda base com o seu pé na primeira.

Se tudo mais falhar, a imortalidade pode sempre pode sempre ser assegurada por um erro espetacular.

Não se pode chamar realmente de língua ao idioma que não possui escritor.

O aborrecimento, esse triste tirano de todas as almas que pensam, contra o qual a sabedoria pode menos do que a loucura.

Sempre o afirmei: os homens são iguais. A única verdadeira distinção é a diferença que pode existir entre eles.

Para um poeta nada pode ser inútil.

Só a vida pode defender uma mensagem, não a palavra.

As riquezas, qualquer nume as pode conceder até mesmo a um malvado, / ó Quirno, mas a poucos homens cabe a virtude.

Nos meus retratos infantis, sempre me impressiona um olhar de repreensão que só pode dirigir-se a mim. Terei sido eu a causa da sua futura infelicidade, eu pressentia.

Não quero outro exemplo a não ser aquele dos escritores, dos quais se pode dizer que arrancam a pele um do outro e nunca deixam de roubar aqui e ali de tempos em tempos; e cada um ostenta o que pertence ao outro como se fossem as suas próprias descobertas.