Dedicatórias para Educadora Infância
Porque a gente como mulher que não teve infância, foi abusada sim, quase 100% de nós, tivemos responsabilidade nas costas desde sempre, passamos situações horríveis, temos que aceitar grosseria, falta de carinho e afeto, e carregar um bebê gigante que diferente da gente que oferece aquilo que queremos receber e não os dissabores, nos oferecer suas justificativas para ser omisso é um irresponsável afetivo?
A gente já tem nossas demandas, e luta para se aceitar, mas, não dá para aceitar homem nenhum com desculpa de que sofreu, não teve infância, não sabe o que é carinho(quando é para lidar com mulher negra), quando a gente sabe isso de traz pra frente como é... e ainda assiste que eles curtem louras e brancas, brancas, porque a cultura é pá... diferente de uma falta de conhecimento vasta que temos hoje, o passado que ensinou a Gente se odiar, hoje ensina demais para a gente além de aderir o amor não tem cor para eles, porque “as academicistas não querem a gente”, para quando estarem com a gente, não querer aprender se reconhecer e aprender a aprender amar...
Rogéria Cardeal
Show de resposta.
"Os pais que não investem em seus filhos na infância, poderão colher amargos frutos no futuro".
Anderson Silva
Desde a minha infância percebi que após uma explosão vem o caos. Será porque ainda há pessoas que acreditam que o mundo surgiu do Big Bang?
"Quando observo hoje a vida de muitos colegas de infância infiro: valeu a pena ter me rendido a Cristo na minha adolescência".
Anderson Silva
Noites de infância
Lembranças que não são nem minhas
Crianças tem o poder
De volta e meia
Alegrar-se de alegria alheia
Janela da varanda
Noite, lanternas, neblina
A luz do mundo é uma vela acesa
Gente conversando
Sob as luzes do poste da esquina
Conversa que não dá pra ouvir
Eu na varanda
Esperando pai que não chega
Quando a mãe manda ir dormir
E quando mãe manda, ela manda
Mais outro dia
Menos um dia de infância
Noite quente
Amanheceu
E o pai já foi trabalhar
Vou esperar outra noite, ainda
Pois criança tem essa maneira, muito linda
Volta e meia
Ficar triste de tristeza alheia
Sentir tanto medo do inexistente
A ponto de não perceber
Que realmente ele existe.
Edson Ricardo Paiva.
O que mais me dá saudade
da infância
É aquela possibilidade
de poder imaginar
de crer, de acreditar
Que tudo que imaginasse
Poderia ser verdade
E eu ainda trago comigo
Esse poder
de poder brincar de acreditar
e eu brinco de acreditar
Na amizade do amigo
Nas causas pelas quais eu brigo
Nas coisas antigas
do meu tempo de criança
Que me fazem
Não perder a confiança
nas coisas que se revelam
a cada dia
Menos confiáveis
E eu brinco de acreditar
Que a vida seja algo bonito
e que eu possa confiar no Homem
e outras coisas
Que a cada dia
eu cada vez mais
acredito menos
Havia uma nuvem pintada
Numa parede da minha infância
Eu olhava pra tela e pensava
Que nuvens pintadas não chovem
Não se movem com o vento
Não matam a sede e nem fazem crescer as flores
Passa o tempo, isso arrepia!
As pessoas partem noutras nuvens frias
E as imagens que trazemos
Vivem à margem dessa nossa realidade
Mas, como eu disse, o tempo passa
Enquanto isso, nós passamos juntos
Apesar de juntos, sós
As nuvens de verdade, elas choveram todas
Num ciclo eternamente interminável
O mar arrebenta
Mas aquela velha amiga nuvenzinha
Ainda ostenta a mesma idade
Meu Deus, se ela me visse agora
Talvez fosse a vez dela, então, se perguntar
Por que é mesmo que as pessoas choram
Por que o tempo não demora um pouco mais
Mas, cada coisa tem o seu lugar
no espaço e no tempo
Hoje, logo cedo, os dois sairam pra brincar
Lembrança guardada
Se meus braços te alcançassem
Se hoje meus olhos te vissem
Como a vejo em meus olhares
Hoje eu te diria, minha amiga nuvem
Que é bem pouca a diferença
Nessa dimensão, cá onde estou
O tempo lento passa mais depressa
Chego mesmo a ter a impressão
Que ele, cruel, nos atravessa
Enquanto isso, você
No perene silêncio do seu céu de nuvem pintada
Atravessou comigo um universo e a vida
Choveu nos meus dias
Regou sim, muitas flores
Em cada poesia que eu lia, era ela
Soprando, nos ventos que as moviam
E foram muitas as sedes saciadas
Sim, de alguma maneira e apesar da distância
Também veio junta
Desde aquela vez, na infância
Pois não há nada na vida
Cuja função seja nada.
Edson Ricardo Paiva.
Poema de infância.
Uma folha de papel
Creio eu que era de pão
Nem chegava a ser folha inteira
Acho que meia folha não era
Creio eu que era quase meia
Era infância ainda
Talvez fosse um dia de verão
Creio eu que era primavera
Só me lembro que fazia uma tarde linda
Creio eu que depois choveu
Faz muito tempo aquele dia
E, se é que choveu
A chuva foi mais linda ainda
Era um tempo de paz, talvez
Não existe certeza de mais nada
Hoje eu penso que paz nunca houve
Então eu desenhei um peixe no papel
Me deixem chamá-lo assim, de peixe
Pode ser que fosse um golfinho
Pois não caberia uma baleia
Numa folha tão pequena, diminuta
Que não chegava nem a ser meia
Daquelas que, na alegria da infância
Se cata na ventania
E guarda pra sempre na alma
Com a calma dos anos passados
Mas agora eu compreendo
Que momentos bobos assim
São os que vão ficar eternizados
Uma tarde chuvosa
Num papel amassado
O mesmo sol, que hoje arde no céu
Mas compreenda
Que há tardes em que brilha diferente
O Sol, o céu, o golfinho, a felicidade
Na verdade essas coisas existem
Muito menos neste mundo em que vivemos
E muito mais
Aqui, no coração da gente.
Edson Ricardo Paiva.
O cheiro de chuva com seus artifícios
Imagens de infância
Sinetes, avisos: é preciso viver
Como vivem as luzes assim
Luzindo nos aços
Você indo lá fora pra olhar
O lugar onde tantos olhares
Cederam a vez a espaços vazios
Que deixamos ficar sem abrigo
O inimigo imaginário
A força da imaginação
O ponteiro, o vento, o calendário
O céu, que não tinha esse azul
Não era assim
Chega a ser engraçado
Mas não era assim
Tantos passos
Se forçar a vista, dá pra ver o fim da estrada
O cheiro da chuva
Um meio sorriso
A primavera que não veio
É preciso viver
Como vivem as luzes
Mais nada.
Edson Ricardo Paiva.
Infância.
E se a gente pudesse
Voltar lá, praquele dia
O dia que caiu da árvore
O dia que pisou num prego
O dia que minha mãe falou
Que me batia
Pois não gosta de criança que desobedece
Se pudesse, juro que eu ia
Se voltasse aquele momento
Em que um vento carregou meus sonhos de criança
E que eu vi perdidas todas esperanças
Chorei, pois criança pode chorar, então ela chora
Se Deus me permitisse voltar lá, eu ia agora
Pro dia em que tirei o mais redondo zero
Levei bronca da professora, fui parar na diretoria
e minha mãe foi chamada na escola
Se você me perguntar agora, eu ainda respondo que quero.
Nem que eu fique meses de castigo
Se aquele tempo voltasse, eu queria
A viver somente a minha vida
O dia corrente...sem ter que pensar no amanhã
Pois o dia de amanhã, ainda nem nasceu
Se o tempo perguntasse quem
Eu diria que eu.
Edson Ricardo Paiva
Se sinto saudades na vida?
Claro que eu sinto
Sinto saudades da minha infância
das casas onde morei
das ruas onde brincava
dos amigos que não vi mais
tenho saudade até
de algumas pretensas namoradas
Mesmo que por elas
eu não sinta mais nada
além do desejo de que sejam felizes
nos caminhos escolhidos
Assim como estou feliz
Com que eu escolhi e me escolheu
Tenho saudade
daquele que um dia eu fui
Saudade da ingenuidade
Saudade da confiança que sentia
em gente que não merecia
Saudade das pessoas
Que eu havia idealizado
E que com o tempo
descobri que eram outras
Sim
Eu sinto saudade das coisas
Nas quais eu acreditava
Sinto saudades até
dos fantasmas que me assombravam
e que hoje eu reconheço
Que não me fizeram mal
Não sinto saudades apenas
das coisas das quais me esqueci
Mas eu não vivi à tôa
ou minha memória é muito boa
ou é amor demais no coração
sinto saudades dos meus irmãos
de todos eles, sem exceção
Sinto saudades dos professores
das escolas e até
das passagens pela Diretoria
saudades dos inspetores:
A Dalva e o Seu Osvaldo
que corrigiam o menino que eu era
Queria abraçá-los hoje em dia
Sinto saudades dos primos
das tias, dos amigos, dos avós
Que amaram todos nós
talvez de maneira igual
Quem vai saber?
Se não foi, também não faz mal
Eu sinto saudade da vida
E de tudo que eu vivi
Mas não gostaria de viver
novamente a mesma vida
Passou
Foi muito bom e sou grato
Faria tudo de novo
mas desta vez faria melhor
se tivesse que fazer
Mas o passado Deus não muda
Só não sinto saudade de Deus
Pois Ele estava lá, naquele tempo
E ainda está aqui agora
Guiando meus pensamentos
E fazendo carinho com o vento
que entra pela janela
Enquanto eu escrevo estes versos
Meu "muito obrigado" a todos
Que passaram
Agradeço a Deus por ter ficado
Eu tive uma vida bela
da qual vou sentir saudades
Na infância o garotinho birrento ganha uma bola nova do pai, e não sabe nada de futebol, vai jogar com os amiguinhos e o primeiro que marcar um gol está expulso do time e qualquer outro que marcar outro gol ou jogar melhor do que ele, será também expulso do time e ao final do jogo não existe mais time
ao garotinho birrento e mal educado resta então a opção de pegar a bola e voltar pra casa. Quando crescem as vezes esses garotinhos birrentos resolvem entrar na política
Uma refeição, um sorriso!
A pratos que se come cru!
Quantas vezes na minha infância a bolacha Cream Cracker foi comida no almoço como mistura; ou quantas vezes o bolinho mais saboroso da minha vida foi feito de farinha e feijão prensados a mão no ato da alimentação?
Eu adorava comer uvas passas e frutas cristalinas de sobremesa. O que dizer de um simples iogurte, uma maçã ou um delicioso pé de moleque sendo apreciados após aquela pizza servida uma vez ao ano, perto do natal?
Essas não são lembranças que machucam; são momentos da minha vida que me fazem valorizar cada vez mais o meu prato de hoje em dia recheado de comida!
Passo a passo
Na infância o lado bom da vida; a inocência, as amizades puras, os incontáveis por que?
Na adolescência; as descobertas, um novo mundo acontecendo a cada dia, as paixões que machucam e parecem não ter fim, o despertar de novos desejos difíceis de serem controlados, um novo mundo de opções, oportunidades e escolhas, a liberdade sendo aproveitada como um presente insaciável.
No início da fase adulta as responsabilidades; as paixões se consolidando e se transformando em amor; os novos aprendizados sendo explorados; a busca por respostas sobre; o que? Quando? Como? Aonde?
Já na metade da fase adulta as conquistas e realizações profissionais, materiais e amorosas se tornam reais; os sonhos ganham força e se materializam, sejam eles; aquela viagem, um carro, uma casa ou o nascimento de um ou mais filhos.
Enfim; chegou a terceira idade; o trem está passando muito rápido, as emoções afloram com tantas lembranças e sonhos realizados; o desejo de viver mais um pouco logo será interrompido; só posso dizer de peito aberto que valeu!
Então; o botão de start é apertado; vai começar uma nova vida, um novo ciclo...
Sempre vou lembrar da pessoa que esteve comigo nos bons e maus momentos, desde a minha infância. Só tenho a agradecer por tudo que passamos juntos. Você se foi e junto levou uma parte de mim, uma das melhores pessoas que já passaram pela minha vida. Não tenho muito o que dizer porque a ficha ainda não caiu, mas sei que vai ser muito difícil aceitar. T tenho certeza que nunca vou te esquecer. Só espero que você encontre paz irmão, que Deus te ilumine.
''mas se for pra falar de algo bom, eu sempre vou lembrar de você.''
INFÂNCIA
Felicidade não sentia se vivia, nas noites sem lua cachorro late o que seria? Frio na barriga era só um sintoma, medo era dengo, naquele sítio sem eletricidade, mas se tinha companhia era de verdade. Não havia motivo algum para se ter um suspeito. Suspeito? Ah! Não conhecíamos este vocabulário nem seus adjetivos. Era tudo tão puro, não pensava no perigo sequer no futuro, vivíamos cada dia. As dores das necessidades submetidas as alegrias nada se perdia. Como um sedento no deserto bebe um copo d'água seu quinhão a última gota.
O REFLEXO DO LOUCO
Não sou louco!
Perdi apenas a alma da minha criança.
Não tive infância.
Sou história da pele com cor.
Para que uns possam agora ser livres,
Eu sou dos que entregaram as suas vidas,
Para que o futuro desfrute dessa liberdade.
De dia, sento-me nesta bahia,
para ver o meu reflexo no céu.
Aos poucos vou perdendo o medo de partir.
Fui abençoado por Deus.
À noite, desperta a minha alma encurralada,
Presa nesta cabeça de memória farpada.
Sou monumento vivo de um conflito armado.
Mas eu não sou louco!
Sou dono para decidir o momento da minha viagem.
Vou ser uma estrela bonita e vou-te visitar!
Sem ordens de ninguém.
❤️
Filipa Galante in
Conversas com o "Louco" da Bahia de Luanda (2011)
Memória poética
de uma infância
com os dois pés
descalços no barro,
Desejo inocente
por doçura socorrida
por uma Mariola,
Talvez alguém
não tenha provado,
Quem provou
provalmente não
tenha reclamado,
Mariola do passado,
de hoje e de sempre
eu honro o seu legado.
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