De tudo Ficaram Tres coisa
Os Três Amores
I
Minh’alma é como a fronte sonhadora
Do louco bardo, que Ferrara chora...
Sou Tasso!... a primavera de teus risos
De minha vida as solidões enflora...
Longe de ti eu bebo os teus perfumes,
Sigo na terra de teu passo os lumes...
— Tu és Eleonora...
II
Meu coração desmaia pensativo,
Cismando em tua rosa predileta.
Sou teu pálido amante vaporoso,
Sou teu Romeu... teu lânguido poeta!...
Sonho-te às vezes virgem... seminua...
Roubo-te um casto beijo à luz da lua...
— E tu és Julieta...
III
Na volúpia das noites andaluzas
O sangue ardente em minhas veias rola...
Sou D. Juan!... Donzelas amorosas,
Vós conheceis-me os trenos na viola!
Sobre o leito do amor teu seio brilha...
Eu morro, se desfaço-te a mantilha...
Tu és — Júlia, a Espanhola!...
Ricardo Cabús
Cabeça Dura
(Cacos Inconexos)
Foram três tentativas vãs
Quando o prego não quer
O quadro cai
Um suspiro em pensamento
dois risos em movimento
três destinos escritos
em qualquer guardanapo de bar
Quase tudo no seu tempo
um desconhecido no horizonte
implica que tudo venha á tona
como uma sina qualquer
Um brinquedo, um segredo,
um medo, um terço,
não vai livrar ninguém de amar
Simples difundir
tanto quanto é possível desviar
nada tão impossível
como deixar pra lá.
Bardo Lúdico.
Ainda ontem era assim
Eu só enfim
Uma das três Marias solitária
Ainda ontem era assim
Pouca preocupação
coisas espalhadas ao chão
Ainda ontem era assim
Mas eu era criança
Com tempo pra brincar
Chorando arranhões nos joelhos
Que rapidamente iam cicatrizar
Ainda ontem era assim
Meu coração a mil por bobeira
Mas hoje acabou a brincadeira.
Hoje eu classifico os meus amigos em três classes: perto, longe e muito distantes, mas uma coisa eu sei... todos foram importantes em alguma fase da minha vida.
Cheguei pontualmente às dez horas, estressado e puto. Os três dias naquele planalto de terras vermelhas e de gente que não sabe o que é o povo, ou seja, uma gente que pensa que vive em Manhatthan , haviam me convencido de que este é um país de uma "elite" de fodidos.
Bom... estava de volta e isso é que importava. Voltava ao meu mundo. Um mundo que estava abandonado, pois a criação, a inovação e a capacidade de argumentação, deixaram de ter qualquer valor. Vivíamos num mundo de CrlT c e CrlT V, ou ainda pior, muito pior, onde o que se julgava não tinha mais nada com a justiça, mas com os interesses daqueles que pouco se lixavam para o país e seu povo. Aquele pequeno espaço, onde ouvia as lamúrias, parecia um consultório freudiano dos anos 30. Estava decorado com mesas de madeira maciça e adornos de cabeças de leões, nos cantos e centro, talhados à mão. Dois armários longilíneos, com funod que refletiam seus corpo, cadeiras torneadas com esmero, bem típicas da época e de uma palhinha resistente ao tempo. Todos de tons castanho escuros - havia pouca luz e ao assentar-me em duas horas, já se sentia o excesso da fumaça dos meus cigarros.
Estava ali, entre todos os que me esperavam, aquele homem. Maltrapilho, queimado pelo são, rugas saltitando do que parecia um rosto. Olhei-o fixamente, e pedi-lhe que apagasse o cigarro, pois não permitia que fumassem em meu escritório. Ele me olhou furtivamente e viu que eu estava com o cigarro aceso, mas mesmo assim o apagou. havia qualquer coisa no ar...
Ao chegar, tomei meu copo d'água - sem ou com ressaca, tornou-se um hábito. Liguei o note e imediatamente comecei. Acendi o cigarro e pus-me a ouvir While my Guitar. Sentei-me, olhei as primeiras coisas do dia e Amanda, como sempre, veio com seu rosto angelical e lábios demoníacos. O bom humor voltava.
Amanda me passou a lista dos casos e causos jurídicos; muitos não passam disto. Perguntei-lhe, timidamente:
- Quem é aquele sujeito de barba?
Espontaneamente me respondeu em um tom quase inaudível, que não sabia, pois este não quis se odentificar e somente dissera que me conhecia.
Amanda era uma mulher de 1 m e 70 e extremamente bela, suave, educada, que exalava um cheiro de cabochard, particularmente o meu perfume preferido. Vestia-se com esmero e de forma conservadora, mas sempre deixando um pouco de seu belo corpo curvilíneo, transparecer mesmo que minimamente. Olhei atentamente para Amanda e voltei a pensar naquele sujeito, que estava ali fora. Não sabia ao certo se o conhecia, não conseguia me lembrar de nada em especial ou mesmo sem qualquer importância. Geralmente eu lembro dos rostos e nunca dos nomes
- Levantei-me e eu mesmo fui lá cerificar-me quem era aquele homem. Olhei fixamente em seus rosto e os olhos me chamaram a atenção, era um misto de sofrimento, dor amargura e ódio. Voltei e sentei-me, pensei um pouco mais e nada.
Respondi para mim mesmo, e em voz alta, sem muita convicção - já que me conhecia, vou até ele.Imediatamente, levantei-me, não sem antes Amanda, me advertir para ter cuidado. fui a passos tementes, até ele.
- Tudo bem! Pois não. O que o senhor deseja? Qual o seu nome?. Ele apenas me olhara, com um certo desprezo. Perguntei-lhe novamente, desta vez com rispidez.
- Respondeu-me quase que susurrando, era inaudível o que havia dito, mas não me havia coragem suficiente, para repetir qualquer pergunta.
cheguei mais perto e quase encostando os ouvidos em sua boca, pude finalmente ouvir um quase nada, que soou como um grito do deserto, ecoando por todos os meus poros.
só...só...
Ouvi e fiquei mudo.
- Quase sem forças, tomei um copo d'água e lhe dei outro que tomou num gole só.
Estava sem ar e não me restara nada a dizer.
Ele de um minuto ao outro começou a dizer coisas totalmente incompreensíveis.
"Tatuo alucinadamente corpos lascivos e tragicamente caio numa trip nauseante. A solidão é uma busca desesperada por qualquer que seja a divindade e de novo parou. Mas seus olhos agora só exalavam ódio.-
Não havia dúvidas: eu o conhecia. Porém, agora, tinha a clareza de que a vida nos prega peças de uma dramaticidade futebolística.
Recuperei-me e senti o rosto queimando, suado e sujo, como se aquele pó do Planalto, estivesse impregnado em minha alma. Os sentimentos não eram os melhores. Tentei de novo.
- Fale!
- Ando entorpecido. Letras completamente sem sentido, pó vermelho. Ando por entre quadras e jardins descuidados. O corpo, seus fluidos, sua morte ora breve, por ora longínqua...
Já não era o mesmo homem, agora, ouvia sua voz rouca, porém poderosa e notara que seu rosto e suas vestes eram outras, finas, provavelmente de vicunha e feitas à mão. Aquilo tudo só mais e mais me assustava. Estava apavorado.
Tentei, num último esforço manter a calma, pois nada mais podia fazer.
- É... alí eu começava a imaginar o que estava a me reservar o destino. É eu bem sei o que me reserva... vida que vai e que fica.
Veio outra frase sem qualquer sentido.
- Passeio com minhas mãos calejadas por seus cabelos ondulados.
Meu Deus!, estava completamente desnorteado, perplexo.
- O silêncio cabe em qualquer canto. É um vício que o vento escancara, este faminto desejo.
Não me restaram palavras, só o olhar de aflição e um pequeno começo de ódio.
Estávamos numa praça de bancos sujos e esterco industrial, me restava pouco tempo. Tinha as piores sensações do mundo, a começar pelas pedras corroendo minha boca e remoendo meus pés. Havia alguma coisa com aquele homem. E não era boa.
O conhecia mas, por certo, não queria saber destes tempos. Eram tempos de noites escatológicas e viagens em que surfava por pesadelos contínuos.
Há ainda em todos nós e na memória quase obsoleta das roletas da morte do trabalhador nas noites do terror.
Eu o olhava e ele me provocava. Eu tinha ali, bem à minha frente, alguém que sempre jurei matar. Mas estava inerte.
- Vivo como quero, posso e só. - provocou-me.
Fiz um gesto rápido. Não poderia permitir que aquele ser (decrépito e que tinha em sua alma tanto ódio, pudesse me levar com ele.
Ele, por fim percebeu, que eu queria matar meus demônios. Ele me olhou sem a mesma confiança e seu olhar me deu a certeza que não haveria mais nada a ser dito. Pela primeira vez, durante aquele diálogo famélico, ele deixou de ter qualquer estabilidade. Definhava, urrava, cada vez mais baixo e compassado.
Não mais havia qualquer dúvida, meus demônios estavam mortos.
E, lá vou eu escrever mais um dos tantos textos para você. Só hoje já foram mais de três, se não me engano, mas eu não me importo de parecer repetitiva ou desesperada. Não sou repetitiva, muito menos desesperada! Só não sou o tipo de pessoa que deixa escapar algo verdadeiro. Não sou do tipo de garota iludida e insistente. Mas, nada do que você disser vai me fazer acreditar. Bêbado não mente, já você sóbrio é um mar de labirintos tentando me enganar, tentando se enganar e mentir sobre o que sente por mim. Você é o mais idiota dos idiotas do mundo dos idiotas, e eu pareço uma criança dizendo isso. A verdade é que eu gosto de escrever como me sinto em relação a você, porque mesmo se eu não conseguir te convencer a mudar de ideia são meus sentimentos declarados em palavras que vão ficar. Alguma coisa tem que sobrar disso tudo. Teve uma hora que eu me desesperei de verdade, fiz o maior drama e meus olhos ficaram sombrios como um buraco negro. Imagina a minha reação quando senti que ia te perder? Mesmo eu dizendo que não ia te largar ou te deixar, você escolheu fugir e me deixar para trás. Coração de ouro, casca dura e ogro encantado, você é que me deixa louca, sabia? Você tem tudo o que sempre quis, você sempre lutou por mim, e sempre me tirou do sério, e agora finalmente: Você Conseguiu! Não há motivos para pensar que você não é o cara pra mim, que eu mereço coisa melhor, porque você é a melhor coisa que me aconteceu, de verdade. Você foi até o fim e me ganhou. Tá aí, eu tô aqui porque te quero! Tem coisa mais gostosa do que você arrancar sorrisos meus entre os beijos? E, me fazer esconder o rosto de vergonha toda vez que você me olha? Você não precisa bancar o herói, o cara durão e sem coração que entrega a mocinha pro lobo mau. Não precisa escolher por mim, não precisa mudar o rumo da minha vida. Você me perguntou se é isso que eu quero? Como você sabe que a minha vida já não está no rumo certo? Sem você nela eu não quero seguir em frente, não quero fingir ser feliz. Não é uma questão de necessidade ou de impossibilidade, é uma questão de não querer. Vou ser mimada e criança que vive num mundo cor-de-rosas. Vou bater o pé e dizer N.Ã.O! Eu não quero o que você quer pra mim! Eu sei que você nunca me magoaria, então não comece a fazer isso de propósito, porque escolhendo o que é melhor pra minha vida estará estragando tudo pra você.
TRÊS RESPOSTAS EM FACE DE DEUS!
Sim, vós sois (eu deveria ajoelhar dizendo os vossos nomes!)
E sem vós quem se mataria no presságio de alguma madrugada?
À vossa mesa irei murchando para que o vosso vinho vá bebendo
De minha poesia farei música para que não mais vos firam os seus acentos dolorosos
Livres as mãos e serei Tântalo - mas o suplício da sede vós o vereis apenas nos meus olhos
Que adormeceram nas visões das auroras geladas onde o sol de sangue não caminha…
E vós!... (Oh, o fervor de dizer os vossos nomes angustiados!)
Deixai correr o vosso sangue eterno sobre as minhas lágrimas de ouro!
Vós sois o espírito, a alma, a inteligência das coisas criadas
E a vós eu não rirei - rir é atormentar a tragédia interior que ama o silêncio
Convosco e contra vós eu vagarei em todos os desertos
E a mesma águia se alimentará das nossas entranhas tormentosas.
E vós, serenos anjos... (eu deveria morrer dizendo os vossos nomesl)
Vós cujos pequenos seios se iluminavam misteriosamente à minha presença silenciosa!
Vossa lembrança é como a vida que não abandona o espírito no sono
Vós fostes para mim o grande encontro…
E vós também, ó árvores de desejo! Vós, a jetatura de Deus enlouquecido
Vós sereis o demônio em todas as idades.
Não tenha medo de amar dois homens ao mesmo tempo, tenha medo de errar três vezes ao mesmo tempo ao escolher o homem certo para vc amar.
Nunca se sinta enganado ao dizer numa mulher q tu eis a mulher dos meus sonhos, mas se sinta enganado ao pensar deixar ele.
Antes de dizer: Está difícil, Não consigo, tente no mínimo três vezes de maneira diferente. Hoje você pode até estar distante das vitórias, mas amanhã você poderá ser tão grande quanto os melhores vencedores, desde que você tente sempre outra vez (Nelson Locatelli, pensador)
Se Errei Uma Vez Duas Três! E Porque preciso aprender com o nossos erros e devemos ter mais valor para o que nós termos.
Um Consolo Sempre Ajuda! Uma Amizade, Abraço Ate Mesmo Fala Sobre Aquele Assunto Que só Os Verdadeiros Amigos Vão Saber Que Você Ira Pelo Menos Sorrir.
"Três anos se passaram, nem parece verdade.
Estar com você é simplesmente um sonho que se tornou realidade"
Tenho três grandes medos: O de enganar-me, o de enganarem-me e o de fazer escolhas erradas. Eis que não sou um bom covarde, pois enfrento a eles todos os dias, mesmo porque, ao caminhar pela existência, sem algum dos três eu não continuo.
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