Coleção pessoal de amorimfrases

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"Um gole de nostalgia não faz mal pra ninguém..." Disse isso ontem, e hoje não conseguiu levantar da cama, devido a forte ressaca de momentos que jamais voltará...

E esse vazio
Que me rodeia
Se mistura
Com o vinho
Das dez e meia
Com o frio
Que passa pela janela
E corre em minha veia...

Sinceramente, tenho uma certa inveja daquelas pessoas que viveram e passaram a juventude na década de 80 e 90.
Vejo alguns vídeos dessa época, e percebo as pessoas mais simples, mais sociáveis, mais felizes. Numa época que a tecnologia ainda estava nascendo, e a verdadeira rede social era uma roda de amigos, desde uma simples festinha de aniversário até uma discoteca agitada.
Por falar em musica, nesta época, tinham e surgiam as melhores bandas e os melhores cantores. Era a época de revelar fotos em laboratórios, colocar o vinil na vitrola, colocar a fita VHS no vídeo cassete. Videogame era luxo, mas não era problema nisso, pois era bem melhor jogar uma bola, correr, soltar pipa e rodar um peão. Onde um rádio era mais popular que uma TV, que por sinal a maioria preto e branco, sem controle remoto, onde quando apertava o "power" demorava alguns minutos para ligar.
Para fazer uma pesquisa, tinham que devorar livros e mais livros, era tudo na mão, no máximo uma "luxuosa" máquina de escrever.
Preferia sim, viver naquela época, acho que a simplicidade te faz aproveitar mais. Hoje em dia a correria é grande, o ano passa voando, e essa correria faz muita gente ficar fria, te faz ficar cego pras coisas simples.
Pouca gente sabe hoje em dia, o que muita gente na década de 80 e 90 já sabia: A beleza da vida está nos pequenos gestos, nas pequenas ações e nas pequenas coisas. Se você hoje em dia é parecido com o pessoal de 20, 30, 40 anos atrás, você não é um careta, nem pensa como uma pessoa velha, você só curte a vida de uma maneira mais saudável.

Ah, baixinha
Eu, você e este enorme mundão
Você tão pequenininha
Dizem que some em plena multidão
Não ligue, baixinha
Eu digo que não
Pois só com um sorriso
É capaz de ofuscar qualquer verão.

E nesse tempo
Só aquele abraço
Que me aquece
Tirando a tristeza
E o estresse
Sem motivos
E sem horário
Seu corpo
Junto ao meu
Me servindo
De agasalho...

O Menino da Acordeon

Cabelos enrolados
Camiseta listrada
Óculos escuros
Bermuda rasgada
Nas praças
Ele canta
E encanta

Com suas canções
Atrai multidões
Crianças, Adultos
Funcionários e patrões
Tão simples
E ao mesmo tempo genial
Fazendo tudo
Parecer tão fácil e normal

Não tem carro
Chega a pé
Ou de "Busão"
Não permite cachê
Passa seu chapéu
De mão em mão
A cada moeda depositada
É mostrada
Em sua face
Enorme gratidão

E lá está ele
No Parque da Aclimação
Humilde como sempre
E com sua inseparável acordeon...

Cinco Dias

Há cinco dias sem te ver
Não consigo dormir
E muito menos escrever
Minha inspiração
Do outro lado da cidade
Com nome, sobrenome
E com vinte e cinco anos de idade

Estou sem sorte
Dias que parecem anos
Por favor, volte
Preciso de você aqui
Falando no meu ouvido
E me fazendo rir

Sem musica e televisão
deitado, jogado
Apadrinhado pela solidão
Lembrando da gente
Do nosso passado
E do presente

Volte pros meu braços
Pros carinhos
Mordidas e abraços
Que não seja temporário
E quando fizer frio
Serei seu agasalho

Então,
Quando abrir esta porta
Verá nos meus olhos
Como transborda
De felicidade ao te ver
Como um dócil cão
Que não vê seu dono há tempos
Mas aconteça o que acontecer
Jamais irei te esquecer.

Cintilante

Olhar distante
Sem muito o que falar
Chiclete à mascar
Feito um fumante

Muito ofegante
Não paro de pensar
Vejo o tempo voar
E o sol no horizonte

E a tristeza constante
Que insiste em rodear
Não me deixando sonhar
Sem amor e sem amante

Como Di Calvalcanti
A solidão irá me retratar
No abismo pincelar
Com cores cintilantes

Tela elegante
Que me faz chorar
Ao agonizar
Nessa tristeza viciante

Mas não se espante
Só quero acordar
E achar
Tudo o que perdi antes...

Não me ligue mais

Me deixe sozinho
Não quero atrapalhar

Saio de fininho
Para não alarmar

Nesses dias escuros
Quero sair de cena
Ficar na minha
Fazer qualquer poema

De amores
Ou tristezas
De horrores
Ou realezas

Me deixe aqui
E não ligue mais pra mim...

Infarto Fulminante

Dispara
O coração
Como uma arma
E vai ao chão
Como um sujeito
Ou um ladrão
Um suspeito
Sem perdão

Ninguém
Pra socorrer
Alguém
Perto de morrer
Pena
Ninguém tem
Passam por cima
De você

Chuva
Leve minha dor
Aos bueiros
Leve meu amor
Aos carcereiros
De mentes
Fechadas
E almas
Fragilizadas

Sol
Deixo esta poesia
Pra quando eu for
Brilhar mais
O seu dia
Ir embora
No meio da via
Não era
O que eu queria

Dispara
O coração
Pela última vez
Ninguém se importa
Não vou passar de
"Era uma vez..." .

Querer

Queria sonhar
Queria você
Queria viajar
Queria crer
Queria amar
Queria viver
Queria achar
Queria perder
Queria lembrar
Queria esquecer
Queria andar
Queria correr
Queria trabalhar
Queria crescer
Queria ganhar
Queria escrever
Queria relaxar
Queria querer
Queria poder...

O Bobo da Corte

Vivo aqui
Nesse castelo
Bem alto
Branco com amarelo
Rosto pintado
Roupa colorida
Sorriso debochado

Senhoras e senhores
O show vai começar
Gaitas e tambores
Para animar
Espantando os horrores
Nos problemas
Inserindo as cores

Sapatos bicudos
Luvas e fitas
Babados, estampas
E listras
Gosto de sorrir
Afinal
Sou o único por aqui

Eu sou o rei
Da gargalhada
Rei da platéia
Da piada
Cada noite
É uma estréia

Em cada alguém
Falta um bobo
Pois ninguém
É feliz ao todo
Nesse reinado
Sou mais feliz que o Rei
E muito mais amado.

Livro da Estante

Livro velho
Da estante
Faltando páginas
Não é mais
Como antes

Amado
Elogiado
Admirado
Disputado

Mudou
E O mundo
Girou
Aqui estou

Jogado
Amarelado
Amassado
Isolado

De romance
Para drama
Na estante
Ou debaixo
Da cama

Aos poucos
O tempo me acaba
Por dentro
Entre as páginas
Até a capa

Sempre aberto
Agora fechado
Tristeza constante
Como um livro
Jogado na estante.

Suave e Doce

Venha cá
Troque a roupa
Vista o pijama
e faça aquela sopa

Vá logo
O filme ja vai começar
Faz frio
Tenho você pra me esquentar

Você sorri
E eu também
Finalmente estou feliz
Com alguém

É bom
Saber que me ama
E quando me acorda
Com o café na cama

Gosta muito
Quando faço o jantar
Não faço igual você
Mas dá para agradar

O beijo
Como vinho
Suave e doce
Acompanhado pelo seu carinho

Me faz
Ficar mais apaixonado
Com a certeza
Que a melhor coisa
É estar ao seu lado.

Montanha ou Mar?

Ei, vamos fugir?
Ainda não desisti
De procurar por um lugar
Onde felicidade irei encontrar
Paz e muita tranquilidade
Sem luxo e vaidade
Vivendo em harmonia
Colorindo os dias

Só o amor no ar
Montanha ou Mar
Frio ou calor
Seja o que for
Quero estar com você
Pra tentar esquecer
A vida na cidade
Quero simplicidade

Não quero rotina
Sem adrenalina
Quero andar devagar
Ver o tempo passar
Seu abraço me aquece
Passa o frio e o estresse
O Lugar pode até ser bonito
Mas nunca ofusca o seu sorriso

Vivendo sem medo de errar
Sem ninguém pra criticar
Então, vamos fugir?
Ainda não desisti
De procurar um lugar
Onde sempre irei te amar...

Ando só

Ando só
Exausto e cansado
Sempre calado
Não ligue
A musica me acompanha
Pessoas estranhas
Vazias e iguais
Sonhos surreais

Ando só
Sem roteiro, sem tema
Sem um telefonema
Ninguém pra se importar
Em qualquer lugar
Está tudo cinzento
Lá fora e aqui dentro

Ando só
Com minhas rimas e prosas
Noites dolorosas
Não dá para sonhar
O frio faz congelar
Desejos e planos
Só tenho vinte anos
Quase todos mentem
Falam português mas não me entendem

Ando só
No meu abismo
Não tem turismo
Nem visitante
Nem amante
Nem amores
Jardins sem flores
No palco só eu
Ninguém apareceu
No espetáculo trágico
sem palhaço e sem magico

Ando só
E por aí vou andando
devagar quase parando
vagando e vagando

Eu ando só...

Vida Vivida

Não se iluda.
Todo mundo muda.
Pra melhor.
Ou pra pior.
Essa é a vida.
Que é pra ser vivida.
Pessoas choram.
Pessoas amam.
Elas mentem.
E se arrependem.
Fazem loucuras.
E bravuras.
Em vão.
Ou não.
Cair e levantar.
Agir sem pensar.
Palavras bonitas alegra o coração.
Entram nos ouvidos como uma canção.
Palavras negativas e pesadas.
Pessoas tristes e magoadas.
Temos que crer.
Algo bom há de acontecer.
Felicidade combina com a gente.
Rosto saudável e contente.
Inevitável é a dor.
O remédio é o amor.
Ter a vida por um fio.
É um tremendo desafio.
Nunca viva de aparência.
Sempre haverá uma carência.
Atenção é a principal.
Levanta até seu astral.
Existem pessoas.
Ruins e boas.
Covardes e valentes.
Iguais e diferentes.
As que fingem gostar.
E as que fingem amar.
Pessoas que ainda tem lucidez.
E aquelas que perderam de vez.
O ódio corrói.
E a inveja destrói.
Nossa mente é o nosso lar.
Quem você quer hospedar?
Amor, compaixão e tolerância?
Ou rancor, egoísmo e ignorância?
Esta é a vida.
Agitada e corrida.
Dela eu sempre serei um aprendiz.
Se tiver um final, que seja final feliz...

Chuva Fina

Chuva fina, café na caneca.
Nesse tempinho tenho uma meta.
Ler uma ótima literatura.
Esta é a minha cura.
Uma musica no vinil.
Só Caetano e Gil.
Musica e leitura.
Charme e ternura.
Me dando certa inspiração.
Com meu bloco de anotação.
Começo a fazer rimas e versos.
Com as letras fico imerso.
E quando vejo já está tarde.
Quase esqueci de comer meu chocolate.
Abro a janela para apreciar.
A neblina aparecendo devagar.
Eu gosto do barulho que a chuva faz.
Cheiro da terra encharcada me traz paz.
Faço minha prece.
E nada mais me aborrece.
Já vou me deitar.
Sem pensar em acordar.
Feriado ta logo aí.
E eu fico por aqui...

Alma Faminta

A fome me rodeia.
Não tenho ceia,
nem almoço, nem jantar.
Nem um lanche pra disfarçar
Uma migalha de pão e só.
Num frio de dar dó
Enrolado em trapos.
Divido a noite com ratos.
Dormia, e ainda dava pra sonhar
que eu estava em um lugar
onde tinha comida e roupa lavada.
Tinha trabalho e alguém que me amava.
Acordei do nada,
com um tapa.
Era mais um playboy pra infernizar.
Dava chutes e socos, até tentaram me queimar.
Sempre me pergunto: Que mal eu fiz?
Com tanta dificuldade ainda tento ser feliz.
Tem dias que ninguém me vê,
ou finge para não se meter.
Passa como se estivesse tudo normal
Já se acostumaram a ver pobre se dar mal.
Sem família, sem lugar para morar.
Fiz da rua o meu lar.
Comigo só um cachorro magro,
meus trapos e pontas de cigarro.
Fico feliz quando junto muita latinha.
Eu vendo e já garanto o meu dia.
Ou quando alguém faz doação,
sorrio e agradeço a atenção.
Já vendi bala até na porta de padaria,
mas logo pegaram minha mercadoria.
Me aproximo para pedir.
Só ouço: "Não tenho, saia daqui."
Mas eu prefiro pedir do que roubar.
Miserável sou, mas ainda tenho o que me orgulhar.
Não é acampamento, é o lugar onde eu tento repousar.
Destroem sempre, mas volto pro mesmo lugar.
O néon se mistura com o brilho da lua,
é a melhor paisagem pra quem vive na rua.
Bom é quando os restaurantes jogam fora a comida.
Tenho que correr, que dá até briga.
Eu não quero carro e muito menos riqueza.
Só quero um lar onde não habite a tristeza.
Quero dignidade e consciência,
pra suprir essa carência.
De amor e comida.
Que sare minha ferida.
Exterior e interior.
Que me chamem de senhor.
Será que não tenho direito de pedir?
O que será de mim?
Quando a noite cair
é cada um por si.
Ninguém me ouve, e ainda tomo esporro.
Por aqui o grito de gol vale mais do que socorro.
O que me resta é toda noite rezar.
Pra Deus nunca esquecer de me acordar.

Aonde está o amor?

Não to entendendo.
Será que só eu que estou vendo?
Pessoas com orgulho e ego ferido.
Será que estou perdido?
Vejo frieza em qualquer lugar.
Tentei fugir e até me mudar.
Mas não tem jeito, essa é a realidade
No mundo, no meu país, na minha cidade.
Humanidade cada vez mais doente.
A pior dor não é a física e sim a da mente.
Mente traiçoeira, perigosa,
manipuladora e poderosa.
Muitas pessoas estão mortas por dentro.
Vivem somente para o sofrimento.
Hoje em dia o negativismo se propaga
e o preconceito se prolifera como uma praga.
Só sabem te julgar e criticar.
Mas ninguém oferece a mão pra te ajudar.
Queria apenas um motivo para poder me orgulhar.
Mas o que vejo deixa muito a desejar.
É tanto ódio, desprezo e terror
que me pergunto: Aonde está o amor?