D Dinis

Um amor bem verdadeiro, uma vida bem íntima com uma mulher, a quem se queira como amante, que se estime como irmã, que se venere com mãe, que se proteja como filha, é evidentemente o destino mais natural ao homem, o complemento da sua missão na terra.

Há aparências de dureza que ocultam tesouros de sensibilidade e de afeto.

Ninguém sabe porque ama ou porque não ama. É uma coisa que se sente, mas que não se explica.

Há poucas coisas tão fatalmente contagiosas como a alegria das pessoas sérias.

As mulheres não podem amar um homem em quem os olhares da mais afectuosa simpatia não insinuam calor ao coração.

O homem dá a vida pelo amor, e julga não ter dado nada.

Saber sacrificar tudo a um dever é a principal e mais difícil ciência que nós temos de aprender na vida.

O amor é um som que reclama um eco.

A aurora do amor é a quadra de devaneios e fantasias, em que a vida do coração principia e exerce sobre nós o seu mágico influxo.

Com o amor dá-se o mesmo que com o vinho. Perdoem-me as leitoras o pouco delicado da confrontação; mas bem vêem que ambos embriagam.

A bondade é um rico manancial, que brota lágrimas ao toque da menor comoção.

Se nos dermos de coração a uma quimera, se ela, nas formas vagas e aéreas que reveste, nos sorrir e namorar, em vão julgamos tê-la pelo que verdadeiramente é; há sempre um ou outro momento em que a acreditamos realizável e até realizada.

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.

Não corra atrás das borboletas; plante uma flor em seu jardim e todas as borboletas virão até ela.

O adulador é um ser que não tem estima nem pelos outros, nem por si mesmo. Aspira apenas a cegar a inteligência do homem, para depois fazer dele o que quiser. É um ladrão nocturno que primeiro apaga a luz e em seguida começa a roubar.

Como é conveniente e agradável o mundo dos livros! - se não se atribuir a ele as obrigações de um estudante, nem considerá-lo um sedativo para a preguiça, mas entrar nele com o entusiasmo de um aventureiro!

O homem imaturo é aquele que quer morrer gloriosamente por uma causa. O homem maduro contenta-se em viver humildemente por ela.

Há 2 espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e os amigos, que são os nossos chatos prediletos.

Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas… Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia.

O amor que se acende e se apaga descontinuamente logo se queima.