Curativo
Cura
Olhando para mim, percebi um curativo que já estava à muitos dias ali.
Com minha mente atrolada, não controlei o estado em que aquela ferida se encontrava.
Retirei-o bem devagarinho
Então eu vi
Ali estava aquilo que me faz tão mal.
A ferida estava enorme e eu não conseguia ver o início.
Era muito fundo.
Então começou a doer e doer muito.
Meus olhos se enchem de lágrimas e não consigo parar de chorar, afinal eu só tapei um buraco e não cuidei da ferida.
Ela só estava escondida .
Irei começar o processo de cura
Todos os dias irei cuidar
Sei que não é algo rápido
O processo é lento
Ainda dói e dói muito
Essa distância me mutila igual navalhas, sangra mesmo sem ninguém ver, mas no futuro meu curativo será lhe ter.
Eu sempre acreditei que tinha um curativo nos bolsos. Um Band-Aid que eu retirava, descolava, e com as pontas dos dedos colocava sobre a sua ferida. Eu não entendia nada de seu corte, ou o quanto ele doía. Não é que pensava que tudo era tão simples, mas eu acreditava que se ao menos eu ficasse ali, do seu lado, te fazendo companhia, a dor seria menor. Um melhor amigo faz isso por quem gosta, um grande amor faz isso por quem ama, e, se eu conseguisse ser os dois pra você, eu faria milagres. Eu acredito em milagres, e acredito que o amor pode ser o melhor dos antídotos. Teoria? Pode até ser, mas eu prefiro acreditar que são milagres. Porque amor já é um milagre, não é?
Ricardo F.
O POETA
A poesia é sempre um exercício curativo que a nossa alma usa para lutar. De algum modo o nosso subconsciente desenvolve nas palavras um mecanismo de defesa como se fosse a arma da nossa consciência e assim na poesia usa como sendo contra, clichês, frases ocas fórmulas, apenas pode ser tudo isso ou pode não ser nada.
Pode ser, agora mais do que nunca, um exercício de liberdade de expressão e imaginação. Mas não olhe tão profundo para dentro da minha imaginação, lá você não encontrará nada. Eu disse apenas que era um mecanismo da consciência, entenda isso. Contudo, é sentimento e onde fica isso em nós? Queria poder arrancá-lo de dentro de mim. Extirpar e não ser assim.
O poema afrouxa as palavras e imagens para estabelecer um elo capaz de metaforizar a nossa presença sensível da consciência e estabelecer o que procede daquilo que o coração diz sobre a nossa relação com nós mesmos, dos outros e do mundo. Há um peso enorme sobre o poeta que lida com esse dom. Ele se faz a pergunta; quem se importa? E como ele “o poeta “pode ser a oficina imaginária do mundo? Precisa alguém dizer que não é necessário, muito mais que isso, alguém que diga que de nada vale, mas o peso não alivia. Pois o Poeta não sabe, ele apenas sente daí a sua originalidade privilegiada não é uma obrigação escrever, é uma vontade louca de expressar sua liberdade que encontra-se na sensibilidade, a capacidade de expressar ideias de maneira forte e bonita. Que poeta não almeja expressar suas emoções, para dizer o que ele tem de proclamar a todos o que está em seu coração. Eu pensei em um plano que como os sentimentos são expressos em poemas alcançaria vencer a solidão.
Solidão, essa é palavra que como uma tonelada espreme o coração do poeta. Pode alcançar o mundo a suas palavras, porem nunca entrará no coração à que ele próprio dedica. Eu tentei uma reformulação: Já rasguei a poesia, no tempo moderno a raiva de não atingir ou ter sido desmerecido pelos motivos que em tempos de caneta e papel eu rasguei também já deletei. Ódio e a raiva na verdade pertencem apenas na intensidade das mesmas realidades que convive o amor e o afeto. Da mesma linha da consciência subtrai esses sentimentos.
Porque você nunca viu assim? Pelo caminho do amor na linguagem da alma, você quase matou. É Verdade! Eu sei que a poesia não é algo que transborda tudo o que nos move e nos chama a amar; mas é o elo mágico. Quem não queria? Ou quer viver nesse sonho.
Pois eu sei e você também sabe que realidade é diferente, mas não, não e não. Eu não posso calar. A poesia é uma coisa acima de tudo o que se viveu, é vivida intensamente e que é gerada na maioria das vezes com dor. Como agora, sim, exatamente agora.
É este murmúrio vindo das profundezas do meu íntimo já se vencendo pela idade, mas que ainda vive, desde que nós temos uma alma, e não é o poeta que quer isso. Veja a nossa linha do tempo? Analise tudo sem racionalizar, pois das emoções não há razões. Tudo já vivido não te diz algo? Como pode não ver? Seria obvio, pois o amor é cego. Seria por obrigação enxergar apenas pelo amor. Haja visto que da visão só nos perderíamos nos enganos. Mas do pobre e cego amor e nada além do amor, é daí que nasce a essência do poeta. Escrevo para você e sei e bem sei que muitos dedicarão à outra, essa poesia. Pois lá no começo disse que falo por mim e também pelo mundo ou de quem lê e Assim como eu, sente.
O pior machucado é o que vem de dentro, não tem como fazer curativo. Tem que deixar se recuperar sozinho.
Não há curativo melhor para a alma do que o perdão.E se for feito o mais rápido possível,também evita feridas lá no coração.
Um senhor de idade chegou em um consultório médico para fazer um curativo em sua mão onde havia um profundo corte. Muito apressado pediu urgência no atendimento, pois tinha um compromisso. O médico que o atendia, curioso, perguntou o que tinha de tão urgente para fazer.
O simpático velhinho lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em um abrigo para idosos, com mal de alzheimer muito avançado.
O médico muito preocupado com o atraso do atendimento disse:
- Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?
No que o senhor respondeu:
-Não, ela já não sabe quem eu sou. Há quase cinco anos não me reconhece mais.
O médico questionou:- Mas então para que tanta pressa e necessidade em estar com ela todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais?
O velhinho deu um sorriso e batendo de leve no ombro do médico respondeu:
-Ela não sabe quem eu sou… Mas eu sei muito bem quem ela é.
♥
Esse é o verdadeiro amor. Um amor assim quem não quer? Amor sem limites, amor-doação, amor-entrega… é a doação. Amar é isso e muito mais!
É um choro ligeiro, um curativo e, após isso, apenas mais um lugar pra gente tomar cuidado da próxima vez.
Curativo
Toca-me , beija-me , abraça -me
Gestos vindo de uma verdadeira ilusão
Dor, despertou-me como um alarme
Frieza curou minha visão
Tic tac ,bate o relógio
Vai e volta
Tudo acabando como um naufrágio
Uma completa revolta
Em meio ao tempo perdido
É escrito um novo destino
Para livrar esse grande iludido
De um amor consumido
Destino meu que completa o seu
Laços renovados ,amor possível
Sem mais nenhum coliseu
Fazendo o medo sumir perante o amor imutável
O medo de gostar , não podendo compartilhar
Traços de uma amarga tristeza
Levam a crer que não consigo amar
Nunca tendo a clareza
Pensamentos trazem o que nós,
Forças do passado me fazem ver
Lembranças que deveria ter aproveitado
Momentos e chances que deveria ter aceitado
Pureza e paixão raridades em meu corpo
A Mente agora é o próprio show de insanidade
Movido pela solidão da realidade
Contatos carnais e espirituais
Me fazem ansiar por uma vida melhor
Tendo esperança de ter a realidade sem dor
Entenda que não basta entender.
Para você também que possui um curativo no coração, e um Band Aid nas feridas mais internas e que não entende o quão se torna difícil uma convivência..., bate aqui, não fazemos questão nenhuma de compreensão.
Até que ponto os nossos problemas ganham dimensões que nos limitam de viver o que há para se viver ?
Até que ponto, você, meu caro amigo, despeja toda sua felicidade em um outro alguém ?
Até que ponto somos dependentes de um sorriso alheio para propiciar o nosso ? ...
Eu andei pensando ultimamente o quão o tempo é influenciador em nossas vidas.
Nos faz descrer do impossível, abandonar uma ilusão, disfarçar feridas, secar curativos.
Há algum tempo atrás, esbanjava felicidade, e não uma felicidade qualquer, mas uma daquelas bem autêntica de, quem sorri até com os olhos , de quem ama só por amar, e de quem arrisca achando que a vida está para a brincadeira.
Há algum tempo atrás...
Eu ainda cultivava laços que nunca pensei que o nó iria se afrouxar, ou que uma dor tomaria tanto espaço nessa mente insana que só lhe cabiam palavras.
Há algum tempo atrás eu convivia com poucos, mas essenciais, admito.
Não que deseje descarregar toda culpa nesses novos relacionamentos formados. Turbilhões de mensagens e ligações. Furtivas amizades feitas,...
Não que seja isso, porém, em que medida, somos capazes de ganhar algo e no entanto também cultivar o que se tinha ? Em que ponto não pecamos em oferecer carinho de mais há uns e de menos aos que mais precisam ? Em que ponto podemos amar não um, mas dois corações ?
Não disseram que relacionar , conviver, despertar emoção em alguém, seria fácil.
E não é.
Pessoas são difíceis.
Não se pode confiar no que um sorriso diz por imaginar que há um milhão de lágrimas por trás.
Não se pode entrelaçar os dedos, por medo de se gostar demais, pois há certas coisas que fazendo juntos não teria como não se apaixonar.
Não se pode mais estar bem estando mal, ou disfarçar problema com bebida.
Não se pode mais amar sem medo de correspondência.
Não.
Não se pode.
Não se pode mais apontar a flecha para um rumo sem temer suas conseqüências.
Nesse caos de não poder, como, me expliquem, suplico, ...
como conviver ?
Soa muito mais fácil descrever tantas perguntas do que trazer respostas.
Não há resposta para tudo.
Uma alma tão intensa como a minha nunca se contentou com metades ou com algo que despejasse o morno ou o sublime.
É tão mais fácil viver em equilíbrio, dosar a dose, ou não respirar risco algum.
Sim, é mais fácil.
Mas graças a Deus, nunca me permiti ao mas fácil, nem dos amores mais fáceis tive vontade, sempre quis dar a cara a tapa e ansiar por aquilo que nunca foi possível , na teoria.
Nem da escrita mais fácil, carregada de palavras clichês, ou uma obviedade melancólica.
Nem se quer busquei a facilidade de vender simpática ao mundo inteiro, mas sim me doar à uns poucos e bons.
Mas foi nessa de sempre querer o impossível e , muitas vezes, o difícil, que caí em erro próprio.
Não há como deixar que a loucura escorra pelas veias apenas em momentos convenientes,
que seja louca, mas louca por inteiro.
E amar não seria diferente.
Tendo uma mente tão alucinada..., gostar, criar afeto, se torna tão excruciante, como alguém que não demonstra falta de carinho mas ser a pessoa que mais precisa.
Ser intensa nos sentimentos, ações e sempre imaginar milhares e milhares de coisas antes de dormir, se é que consegue fechar os olhos e descansar.
Como quem pensa e “trepensa” no outro mas que por um orgulho fútil não demonstra, ou se demonstra , demonstra por base de uma frieza incalculável .
Eu não entendo.
Minto.
Por enquanto, não faço nenhuma questão de entendimento, e peço que façam o mesmo.
Entendam apenas o que é cabível , do resto, quando fugirem todas as compreensões , não exijam entendimento algum.
Não deixem que o entender demasiado lhes impeça de sentir.
Não importa o tamanho do curativo, porque haverá sempre uma forma de curar as cicatrizes deixadas no passado.
O perdão é um bálsamo curativo, cura os ressentimentos e também opera milagres em nossas vidas;nos liberta da angústia, dos maus sentimentos que nos aprisiona, como ódio, mágoa e o rancor, que só nos trará problemas no futuro.
Perdoe, seja mais tolerante com o próximo, pois todos nós estamos sujeitos a erros.O perdão é prova de maturidade e crescimento espiritual também. E onde o perdão penetra o amor se expande.
Um senhor de bastante idade chegou a um consultório médico, pra fazer um curativo em sua mão, na qual havia um profundo corte.
E muito apressado pediu urgência no atendimento, pois tinha um compromisso.
O médico que o atendia, curioso, perguntou o que tinha de tão urgente pra fazer.
O simpático velhinho lhe disse que todas as manhãs ia visitar sua esposa que estava em tratamento numa clínica, com mal de Alzheimer em fase muito avançada.
O médico, preocupado com o atraso do atendimento, disse:
- Então hoje ela ficará muito preocupada com sua demora?
O velhinho respondeu:
- Não, ela já não sabe quem eu sou. Há quase cinco anos que não me reconhece mais.
O médico então questionou:
- Mas então para que tanta pressa em vê-la todas as manhãs, se ela já não o reconhece mais?
O velhinho então deu um sorriso e, batendo de leve no ombro do médico, respondeu:
- Ela não sabe quem eu sou… Mas eu sei muito bem quem ela é!
O médico teve que segurar suas lágrimas enquanto pensava.
O verdadeiro AMOR não se resume ao físico, nem ao romântico…
O verdadeiro AMOR é a aceitação de tudo que o outro é…
De tudo que foi um dia… Do que será amanhã… e do que já não é mais!
Não existe argumento que corrija um coração ferido.
O tempo pode ser um ótimo curativo, mas a cicatriz será percebida para todo sempre...
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