Cúmplices
A tirania de muitos ditadores da história não tinha ido tão longe se não tivesse tantos cúmplices do lado deles.
Amor é um caminho que apesar de todos os obstáculos previstos, duas pessoas apaixonadas e cúmplices escolhem trilhar lado a lado com o objetivo de nunca desistirem uma da outra.
Vejo todas as artes como cúmplices umas das outras. São amigas íntimas, confidentes... quando uma delas há de se manifestar por meio de um artista, as outras artes se posicionam como apoio incondicional. O espírito superior das artes permite tal feito.
Tempo ao Tempo.
Erros.
O arrependimento e o remorso são fiés cúmplices; ambos alimentam-se de nossos erros, às vezes fatais.
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Liberdade
A felicidade e a virtude estão tão ligadas que podemos dizer que são “cúmplices”. Mas quanto à liberdade não é possível dizer o mesmo em relação à virtude ou em relação à felicidade. É possível se ter liberdade e não ser virtuoso até mesmo ser feliz. Também como é possível se ter felicidade e virtude não tendo liberdade.
Podemos tratar aqui a liberdade como um estado de vida, pois, mesmo alguém que esteja preso a correntes, em uma prisão de muros autos e salas pequenas, mesmo assim pode ser livre no espírito. Há possibilidade que se sinta livre para simplesmente ser o que quiser ser em sua imaginação, tem liberdade para pensar e sonhar com que quiser sonhar.
O ser humano pode ter a possibilidade e capacidade de se libertar por meio de seu espírito. Mesmo com o corpo no cárcere seu espírito o torna livre. Neste estado de vida, o prisioneiro pode até se contentar com a vida que tem, procura viver bem a vida que possui, é capaz de adquirir virtudes.
Tempo ao Tempo.
Talvez.
Entre o sim e o não reside o talvez, tendo como cúmplices a dúvida e a postergação.
A decisão consciente resolve a questão.
Parece simples...talvez...
As diferenças gritantes falaram mais alto e calaram vozes e sussurros cúmplices, sub-reptícios, entreouvidos, de seres nefastos, preconceituosos, discriminadores, adoradores do leite branco, aqueles de extrema desonestidade intelectual.
Cúmplices de Amor
Insisto em te querer, não sei por que,
Você me tem nas mãos, faz o que bem quer,
Se pouco sei de ti, ao teu lado estou,
É nos outros que busco desvendar-te, afinal.
Sei com quem andas, aonde vais, te sigo,
Meu ciúme em disfarce, para esconder,
Pois calar vale mais, é meu abrigo,
E assim, talvez, a ti eu possa trazer.
Teu abraço, um prêmio, eu ganho e recebo,
Suborno antigo de um desejo ardente,
Mas fecho os olhos, me engano, me iludo,
Só como amigos, seguimos em frente.
Quantas vezes me irrito em te querer,
Concordo com o que fazes, mesmo em dor,
Tentei te esquecer, mas sem conseguir,
Faltou-me a coragem pra dizer: "Nunca mais."
Cúmplices somos, ambos somos réus,
Quando nossos corpos se tocam em laço,
Certo ou errado se desfaz, já não é,
Só o amor que surgiu, é o que amamos.
E assim, perdoar teus deslizes, eu aprendo,
Viver nesse jeito que escolhemos nós,
Em outros braços, tu buscas alento,
Mas em outras bocas, te esquecer não pude, jamais.
As vaidades humanas derivaram em atitudes que nos levam a ser, inevitavelmente, vítimas e cúmplices do egoísmo e da ganância.
Exploramos o mundo, mão na mão,
Cúmplices nas alegrias e na solidão.
Em cada silêncio, gesto e olhar trocado,
Nosso amor se fortalece, não é segredo guardado.
“O silêncio da verdade é o tempo da peneira: é ali que caem os cúmplices, os lobos em pele de cordeiro.”
O opressor e seus cúmplices
O poder do opressor raramente está apenas em suas mãos. Ele não domina sozinho; sustenta-se nos ombros de muitos que, direta ou indiretamente, lhe dão suporte. E o que torna esse jogo perverso é que, frequentemente, entre esses ombros estão os dos próprios oprimidos.
Simone de Beauvoir, com sua lucidez, disse uma verdade incômoda: “O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos.” É um soco no estômago da nossa percepção de justiça. Porque, ao repetir as mesmas estruturas que nos subjugam, acabamos, sem perceber, reforçando as correntes que nos prendem.
Essa cumplicidade pode se manifestar de várias formas. Às vezes, é o silêncio. Aquele silêncio que opta por não enfrentar, por temer as consequências. Outras vezes, é a imitação. Adotamos as regras do opressor, acreditando que, ao fazê-lo, seremos menos alvos, mais aceitos. E, em muitos casos, é o comodismo, a aceitação de que “sempre foi assim” e, portanto, não vale a pena lutar contra.
Mas o opressor não é apenas uma figura autoritária ou um sistema visível. Ele pode ser uma ideia, um hábito, um preconceito que internalizamos. Pode ser o padrão de beleza que seguimos enquanto criticamos, a desigualdade que aceitamos como natural ou o julgamento que fazemos de quem tenta escapar das regras impostas.
Os cúmplices não são vilões; são humanos, como todos nós. Agem muitas vezes por medo, por ignorância ou por cansaço. Resistir ao opressor exige esforço, e o esforço constante pode ser exaustivo. É mais fácil acreditar que a submissão é inevitável do que imaginar o risco de resistir.
Ainda assim, é preciso romper esse ciclo. Porque a força do opressor está na rede que ele tece, e cada fio dessa rede é sustentado por quem cede, por quem acredita que não tem escolha. Reconhecer a nossa participação — mesmo que involuntária — é o primeiro passo para quebrar as correntes.
Seja no discurso, na atitude ou no silêncio, precisamos nos perguntar: “Estou ajudando a perpetuar o que me oprime ou estou buscando uma saída?” Porque o opressor só é forte enquanto acreditamos que ele é invencível. E, muitas vezes, o primeiro ato de resistência começa quando um oprimido deixa de ser cúmplice e decide, finalmente, ser livre.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
A maior forma de nos tornarmos cúmplices da regressão intelectual e moral é nos mantermos em silêncio em momentos que devemos questionar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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