Cuidando do meu Jardim
Uma nau sem mar
No seu olhar calmo e sereno de antigamente, não encontrei meu mar e nenhuma praia aonde eu pudesse repousar meu “eu”. Encontrei apenas algumas interrogações fugindo de todas as respostas que eu poderia Ter.
Foi como ver em uma manhã a ressaca, a fuga para outra encosta e a sensação de algo esparramando, descansando em si mesmo.
Pela primeira vez parei para pensar e fiquei perdida dentro do meu vazio, dentro do meu próprio porto sem nenhuma sinalização.
Não voltaremos atrás. Eu sei que não voltaremos, nem para recolher as mágoas, nem para recolher os aplausos. Guardaremos dentro de nós esse silêncio gritante, explodindo dentro de nós. Eclodindo dentro do nosso ser que já não é. Deixou de ser quando se fragmentou, e os pedaços espalhados não se fizeram formas novamente. São lâminas, areias dentro do nosso mar, desse mar vazio sem nenhuma nau, sem nenhum anjo esperando a embarcação. Acabaram os sonhos e tudo se fez real.
E, no entanto, olhando pelas frestas de nosso interior eu vi um menino correndo em direção às ondas imaginárias, eu vi um menino brincando de “gente grande”, guardando dentro de si um medo danado dessa vida tão dura, muitas vezes impiedosa. O que esse menino não aprendeu (porque teve medo), foi a fantasticidade que é desafiar a vida com todas as quedas, com seu tempo imperativo. E como é gostoso tirar da vida o néctar, o doce, o essencial, mesmo quando ela insiste em nos dar o amargo.
Foi isso que vi em seus olhos e compreendi que não era calmaria, e sim olhos inertes. E foi por isso que o mar foi embora, sem nau, sem anjo, sem nada para deixar de rastro, de simples lembranças.
Também estou indo. Deixarei as marcas digitais de uma sombra se movendo ao tique-taque do relógio. Deixarei meus fragmentos de sonhos espalhados nesse chão frio. Talvez um dia os absorvam ou triture-os até o fim. Tudo isso são marcas de um passado que ainda dói muito percorrer.
Mas estou indo. A minha nau parte amanhã, sem os seus olhos, sem o seu mar.
Haverá de soprar ventos leves, ventos fortes, que certamente nos levará a navegar em outro tempo.
Minha pátria,
Meu Brasil,
Terra onde os pássaros cantam em português
e os ventos uivam poemas de Gonçalves Dias e Castro Alves.
Sem se envaidecer para que não se sinta mal,mas entrelaçando com o que não se conhece;
Meu coração fora desatinado para todo o sempre, mexendo com o melhor de mim;
Meus dias passam com indiferenças, porém com o tempo justo pelo que se faz parte do meu caminho;
O fundamento da virtude dos meus princípios restabelecem os sentimentos que nasceram em meu coração;
O meu maior erro foi tentar fazer de tudo pra te ver bem
parecendo você gostar de ver os outros te fazendo mal.
Eu sou o Avelino Tchindúli Hími, nasci e vivo em Benguela (Angola), o meu contacto é: 931 85 35 95, Morada: Camunda, E-mail: avelinohimi@hotmail.com, Facebook: avelinohimi
Ao acordar hoje, senti uma leve brisa sobre meu rosto, que foi tão boa, que lembrei-me de como é bom sentir-me viva. Tão viva a ponto de quase querer levantar e viver este belo dia
É exatamente assim que eu me sinto, e um abraço com algumas palavras não vão melhorar meu dia. Eu esperava atitudes, mas parece que tá tudo igual.
Pode se acabar amanhã, mas antes que acabe amanhã me abraça, sente meu coração, deixa-me ter o prazer de sentir o teu, de saber que minha vida ta pulsando em ti.
D.pedro com a sua espada conquistou a nação e você com o seu meigo jeito conquistou o meu coração.
Queria ser uma vampira para morde nossa amizade e torná-la eterna.
Eu...
Sou um cadáver de mim
ao dizer meu sim
a morte me corta
me entorta
me ama e me abandona
Recolho-me ao meu luto
dreno meu suco
prostrada sobre minha lápide
tragicômico expectro
nesse Universo tétrico...
As chagas que me corroeram
fermentam em lavras de larvas
Levam minha carne,
soterram minhas escaras
Lavam minha cara..
Sou meu espelho
a namorar um corpo
que jaz ainda in ossos
entre as entranhas indóceis
que permeiam meu desassossego...
CORAÇÃO MEU
Querido coração,
Por quanto tempo
Deixei que o ferissem?
Que fim nos espera
Aqui no frio da escuridão,
E quanto a face
De um amor esquecido...
Que nos deixou
Há tanto tempo.
Oh meu coração negro,
O fogo queima
Os galhos secos,
Que me rodeia.
Ficam em cinzas.
Tais com como as flores,
Meu coração
Começa a seca...
E eu apenas
Lembro que meu coração era seu.
