Cuidando do meu Jardim
No fundo do meu ser
Existe uma tal fraqueza
Que me faz tremer
Diante da minha nobreza
Amar é sofrimento
É cair em armadilhas
É romper o firmamento
E descobrir as tristezas
Olho para o céu tão azul
E vejo o amor como um engodo
Um ser que nos torna vulnerável
E nos afasta do bom senso
Ser racional, ser prudente
É fugir de uma paixão ardente
Que só nos faz tropeçar
E nos deixa mutilados
Prefiro a segurança
Do meu mundo de razão
Do que me perder em emoções
Que só trazem destruição
Assim, sou forte e imbatível
Fiel às minhas convicções
E sigo por uma estrada segura
Sem temer as tentações.
Eu sou um poeta boêmio
E Ipanema é meu refúgio certo
Onde a musa carioca me inspira
E o ritmo Bossa Nova me encanta
Em meio às garotas douradas
Que caminham pela areia fina
Eu vejo a beleza da vida noturna
Lembrando de Tom Jobim e Vinícius de Moraes
Com acordes dissonantes inconscientes
Minhas notas musicais se fundem
Com a brisa do mar e as ondas da saudade
Em uma Bossa Nova de amor e paixão
Ipanema é meu lar, minha morada
Onde a noite se torna minha amada
E a boemia transforma em poesia
Cada respirar desta bela cidade.
O quarto onde eu guardava minhas tralhas não tem mais nada meu;
e a cama onde eu dormia, nem mesmo está mais lá.
Livros, estantes e tudo que eu gostava de comer eu levei para fora;
você só sabe o que é seu quando você vai embora.
Na casa de meu avô eu me tornei um visitante;
mesmo assim no meio dia nunca tem comida para mim, como se eu não fosse tão importante.
E por respeito eles toleram quem mais tem ódio;
da família de idiotas que eu tanto amo, só mais um episódio.
“Sorrisos, cachaças e traições”
Um bom dia! amargo, meu café
Desespero, não! Ainda tenho tempo
Agradeço em dia a falha que plano
Afinal, quem eu seria
Se não fossem meus demônios?
Uma parede, apenas beijos
Embriago brigas e sermões
Desatento, entre espasmos aceito
Sorrisos, cachaças e traições
Também penso sobre isso
Na cama, quando o tempo dá voltas
Achei meu jeito de ser fútil
É tão intrigante quanto inútil
Um delírio lúcido sem respostas
”Sobre ela e eu”
Inútil seja meu paladar vazio
Hoje pensei ter certeza de tudo
Perguntas, cavavam o próprio abismo
Beiravam a ira de um absurdo
Acena com calma, respira
Fecha o olho, ainda é dia
Não me respondo como antes
Meus dedos frios são poesias quente
Já nem entendo meus sujeitos mortos
Agarro um álcool e um inconsequente
Um sonho lúcido e um precipício
Salto de peito e espero meu guia
Sorrindo com frio na barriga, caía
Armado ao amargo fato, dizia
O sorriso é uma falha no caminho
A vida, consciência de uma faixa
O choro é a verdade de um sorriso
E a morte, é um gato numa caixa
MIGALHAS
Deixe eu lhe dar
só as migalhas
do meu amor
do meu querer.
Pois se lhe der
tudo de mim
sereium fardo
pra você.
Diz o poeta
com razão
que amor demais
dá combustão.
Acende o fogo
da paixão
e toda chama
um dia apaga.
MONÓLOGO DA FOME
Eu estou com fome, meu senhor.
Perdi meu emprego, fiquei doente
E hoje moro na rua.
A covid matou metade da minha família.
De onde eu sou?
Não sou da Disneylândia, já morei na Ceilândia, na Estrutural,
No lago Azul, em vários lugares, nesses lugares em que as pessoas não desejam morar.
É hoje eu moro aruá, lugar em que muitos desejariam morar, para ter a liberdade que eu tenho, mas para morar na rua a pessoa precisa passar por onde eu passei, viver o que eu vivi.
Meu senhor, por piedade, diga-me, o senhor vai ou não me dar um prato de comida?
Sempre que te vejo, todos os átomos do meu corpo se agitam, o meu coração palpita e eu perco a respiração e a razão... Pois é! Você bagunça toda a minha vida!
Ontem chorei por meu gato,
Hoje chorei por meu cão,
Amanhã por quem hei de chorar?
E depois?...
E depois?...
E depois?...
Escrevi uma carta para o meu eu do futuro,
Não foi respondida.
Apesar de desejar muito,
Ele não existia.
Se não for para amar o meu próximo, não vale a pena estar aqui.
Está escrito na bíblia.
«Amarás ao teu próximo como a ti mesmo» (Mateus 22:39)
PARA MANTER VIVA A HISTÓRIA
SAUDADES DO MEU CABOCLO DOS OLHOS AZUIS!
E daqui a pouco será 6 de janeiro! Era no início de janeiro que os moradores de Olivença mantinham a tradição de ir à mata, escolher a árvore que seria derrubada para no dia 06 de janeiro serem dois mastros, arrastados por cordas, pelos índios e moradores (adultos e crianças) do lugar que foi integrado ao município de Ilhéus em 1912 (Aldeia dos índios dos padres) e que é Distrito Rural de Ilhéus.
Já morando no Pontal desde os sete anos de idade, vindo do Acuípe, meu pai em nenhum ano deixou de cumprir o seu dever, participando da “Puxada do mastro de São Sebastião”.
Nas noites dos dias anteriores, ele sempre saía embaixo do “Boi estrela” como chamávamos o bumba meu boi, acompanhado pelos zabumbeiros, os quais tocavam tambor, flauta, pandeiro e zabumba, indo de casa em casa. Era momento de arrecadar alimentos ou outra ajuda para o alimento e bebida a ser consumido na cepa(derrubada da árvore) que era recheada de mosquitos. Ir para a cepa era uma aventura. A hora que a árvore caía era de festejo.
Hoje, me lembro e sinto uma grande honra de lembrar do meu “caboclo dos olhos azuis” e sua fidelidade à essa festa, que infelizmente foi institucionalizada. Era tão natural!
Alteraram o dia, a nossa Olivença é invadida e a festa desrespeitada. Graças aos Machadeiros, a tradição não foi totalmente descaracterizada. VIDA LONGA AOS MACHADEIROS!
E lá vinha ele tocando o sino para anunciar a chegada do mastro. Atrás vinham os valorosos e corajosos homens, enfrentando a areia mole e desatolando o mastro, ao longo da jornada de 3km aproximadamente, que ficavam mais longos, pois tomados pelo cansaço paravam. Aos gritos de incentivo, retomavam a lida e avançavam. E todos cantavam alegremente
“Ajuê Dão, Ajuê Dan Dão, puxa puxa leva leva o mastro de São Sebastião. Ajuê Dão, Ajuê Dan Dão, Ajuê Dan Dão virou e Ajuê Dan Dão virá Ajuê Dão, Ajuê Dan Dão...”
O “Ajuê” tem a pronúncia de “Arruê”
Entre um e outro refrão, Neguinha de Geísa e outras mulheres, tiravam os versos.
Os homens levavam o mastro até a porta da Igreja de N.Sra. da Escada e avançavam com as cordas até o altar. Essa prática deixou de existir quando foi iniciada a institucionalização por causa do desrespeito daqueles que vinham de fora e transformaram a festa religiosa em profana.
Lembro do meu pai, Everaldo Mendonça, indignado com essa alteração da tradição, relembrava o quanto antigamente era diferente, que a Praça era livre e só tinha os caboclos. Acrescentava dizendo que depois vinha muita gente fazer bagunça e fazer paródias desrespeitosas.
Agora, a festa acontece todo segundo domingo do mês de janeiro e este ano, será no dia 14 de janeiro de 2018.
AVANTE MACHADEIROS! Vamos manter vivas nossas tradições
MUSA DO MAR
Sempre que você me olha
o meu corpo treme desejo
desejo de lhe abraçar
desejo de lhe dar um beijo.
Lembro aquele dia
nós dois e do pôr do sol,
seu corpo bronzeado
eterna poesia..
Você, musa do mar
divino pão dourado
e eu pobre mortal
escravo do pecado
Pierrot sem fantasia.
FOLHA MORTA
Se a minha boca não te surpreende
se o meu corpo não te satisfaz,
o que te falta, para ir embora,
seguir teu rumo, me deixar em paz?
A vida a dois não é cláusula pétrea
se for por força de obrigação
o amor definha, vira folha morta
logo um se despede, outro fecha a porta
finda toda rota de contradição.
Se não era o fim, eu quero ouvir... O amor ao qual renunciei, o meu sonho inacabado... Um ao outro era tudo que tínhamos naquela época. Muito tempo se passou? Se posso desejar alguma coisa, além daquele futuro que nunca mais terei... Eu quero ouvir algo além de uma despedida... Porque, sem você, o meu coração não para de doer!
E todo aquele que tiver tramando o meu fim
Erre o caminho e encontre a felicidade
Entrei com meu barquinho no mar do teu mundo, misterioso e tão profundo, navego sem saber para onde vou, sorte que a lua iluminou, olhei para o cruzeiro do sul e o caminho ele me mostrou, e se meu barquinho não suportar e nas ondas do teu mar ele naufragar, chegarei no teu cás nem que eu tenha que nadar...
Não entendo de futebol, mas acho que deveria ser algo para unir, não dividir. Qual é o meu time? O meu time são os meus amigos. Gosto da resenha, cerveja gelada, churrasco... e sempre estarei lá para os apoiar, seja na derrota ou na vitória!
Era vez uma menina linda que morava no meu coração. Ela só me trouxe ilusão. Disse que ia me dar a chance de tocar seu coração, mas nunca realmente deixou passar de uma distração. Ainda estou aqui vivendo de emoção esperando o grande dia de pedir a sua mão.
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