Crônicas e Autor

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Sons que contam
Apesar de não ver, o pensamento voa longe, a realidade se esvai e as memórias vem à tona tomando conta da mente. Foi ao ouvir novamente aquele som, que me prendi aqueles pensamentos.
Uma infância tomada pelo movimento, pela quantidade. Muitas pessoas, muito trânsito, muito barulho, muitos sons diferentes para se apreciar.
Não sei se é possível expressar, mais é algo como, entrar em choque com a chegada de tantas memórias, ao ouvir alguns sons, o que é estranho já que é apenas som, é como se voltasse no tempo, como se tudo que me ocorreu na infância pudesse voltar. Como se eu pudesse sentir o cheiro dos meus avós ao ouvir a cachorrinha deles latir quando eu ainda hoje vou naquela casa. Como se eu pudesse estar de novo com os meus amigos das aulas de flauta ao ouvir alguém tocar alguma música. Como se ao parar no transito e ouvir o barulho eu pudesse reviver as minha memórias de quando criança. Como se ao ouvir o barulho de dezenas de turistas andando pelo Capivari, e entrando e saindo do hotel e pedindo diversas informações, eu pudesse por apenas alguns segundos lembrar de tudo, lembrar de como eu me divertia correndo pelos corredores do hotel junto com alguns amigos e com a minha prima. Como se o som das ondas, e o latido do cachorro de vizinho que nunca aparecia, eu conseguia imaginar quando eu corria pelo gramado daquela casa gigante, atrás nosso cachorro, e com todos reunidos ao redor da churrasqueira, conversando e rindo muito, era tanta diversão, a piscina, os amigos, as ondas, a união, conversas e gargalhadas, são tantas coisas que um simples som pode nos remeter. Lembro me até hoje de quando minha mãe batia na porta do banheiro e me mandava sair do banho por que eu já havia ficado tempo demais e já estava sendo desperdício, tenho essa memória toda vez que ligo o chuveiro e escuto a água cair tocando o chão e começando a escorrer. Toda vez que ouço cachorros latindo me lembro de quando eu saia pelo condomínio para caminhar levando junto a mim meu cachorrinho, e nós passávamos perto de algumas casas onde eles tinham gangues de cachorros e era como se eu e meu pequeno fiel escudeiro estivéssemos provocando aquela matilha gigante que latia por baixo do portão, sem poder fazer nada.

São tantas memórias que acho que palavras não são capazes de descrever. Não acho que haja espaço o suficiente para isso, sempre vai ter alguma coisa, seja cheiro ou som que nos remeta a alguma situação que já aconteceu. O tempo passa, mais as memórias ficam, e são despertadas nas situações na qual menos esperamos. Por que sem nem percebermos, os sons nos contam mais do que imaginamos.

Inserida por laura_bernardino

⁠Sobre fins
Não a muito tempo, me relacionei com uma garota, daquelas que gostam de falar, de dizer em detalhes como foi o dia e os estresses que passou, não me entenda mal, não estou caçoando, gosto de ouvir ou pesares cotidianos dos outros, mas os dela, sempre tão vagos, como quem quer reclamar de fome em um banquete, me levaram ao término de uma ficada que para uns foi efêmera pra mim levou anos. Mas o que faz disso uma crônica é sua janela, uma enorme janela em seu apartamento que todos os dias eu passava em direção ao serviço, e por curiosidade, dava uma espiada de canto, para ver o que a tal estivesse fazendo, talvez limpando os sapatos, ou assistindo algo, com alguma nova companhia? Não, nunca vi outro alguém naquele quarto, talvez pelo horário comercial que eu espiava. Essa bendita janela fez com que o término não levasse só um papo triste e um abraço de despedida, mas meses de espiadas descontroladas àquela janela. Bem que em um belo dia no meu caminhar da rua, realço meu rosto para a espiada que até então era quase como bater ponto, e havia lá, dessa vez, uma cortina, das que não se enxerga um palmo adentro, e por sua vez, como uma maré atrasada de arrependimento me senti mal pela primeira vez por ter terminado com a garota. Percebo agora que fim algum é de imediato, que todos términos necessitam de tempo e cura sentimental, ou que talvez, eu seja algum tipo de stalker* poético em desenvolvimento ?

Inserida por Bortokui

⁠A noite cai, junto dela a sensação de partida, lembro-me detalhadamente cada passo que você deu para longe, fiquei preso em um Loop eterno de agonia, você estava ali e ao mesmo tempo não estava.
Queria poder vir aqui e escrever sobre algo alegre, mas o meu coração chora lagrimas de sangue, questionando todos os segundos de quem foi a culpa, minha em te deixar partir ou sua em me deixar laçado em você sem ao menos estar aqui.
Ouço o soluçar dos meus sentimentos pela madrugada, se engasgando com o que chamamos de choro! Imprescindível não querer acabar com esse sofrimento infame, afinal, eu deveria realmente estar sentido isso?
O uivar da madrugada espanta a sensação de solidão, deixando a pairar os olhares das sombras, seria a vida julgando esse coração que não se aquieta ? ou apenas as suas "feras" em sua melhor forma a espera do primeiro deslize de fraqueza para dominar a minha mente? Nesse jogo tudo é provável, mas estou protegido pelas paredes grossas revestida de arte, com pinturas poéticas, até o coração que não se cala, se silencia para apreciar mais uma obra escrita!.

"Essa poesia é dedicada as dores....
Espero que se curem"

Inserida por Christian-S

A inveja era a protagonista
de um furor que só!

Era proibido tê-la.
fazê-la.
ao menos pensá-la.

Dizia-se nunca
terem...
Aquela que tivesse,
sobre ti,
estava feita a intriga.

Eram todas de índoles
incoercíveis.
Almas imaculadas.
bem-apessoadas.

Nos corredores,
nenhum cochicho.
No almoço,
boas conversas.
Nos grupos,
juras de amizade.

Mas era sábado,
após o escritório.
nos pagodes espetaculares.
o certame estava na arrumação,
no batom,
na bolsa,
no trejeito.

Na mesa
eram três,
a do meio se ausenta.
iria ao banheiro,
retocar a maquiagem.

Ficou sobre a mesa,
3 taças de dry martini,
meio maço de cigarro,
e 3 bolsas da melhor grife.
E claro...
Um murmúrio.
Sobre o que era,
talvez,
o vestido azul
mais tosco,
ultrapassado
e ralé
que as duas já viram.
De cara retocada,
a do meio retorna a mesa.
Olhos revirantes,
sorrisos que doem até os dentes.
Elogios insidiosos.
Uma cortesia divina.
Ficou tão alegre,
agradeceu pelo afago.
Ficou feliz,
por terem gostado...
do seu vestido azul...

Inserida por josuedrumond

⁠Escrevi para ti.
citei Nelson,
ouvi Tom.
Percorri em palavras,
esmiucei os pensamentos,
revirei lembranças.
cheguei lá.
Mas o navegador travou,
reiniciei.
As palavras sumiram,
viraram nada.
Preferi assim,
talvez melhor depois.
Não sei o que houve,
Também não sei o que aconteceu entre nós dois,
não sei porque nos perdemos
e nos deixamos para depois.

Inserida por josuedrumond

⁠Diálogo não é apenas a base sólida de qualquer relação. É o maior indicativo de quem se importa com você.

Em épocas marcadas pelo narcisismo e o imediatismo, que qualquer dificuldade se resume em bloqueio, são raros os que vestem a tolerância para escutar o outro. Épocas estas que confundem amor próprio com egoísmo, de quem finge desapego mesmo ardendo de desejo para voltar atrás, desarmar as convicções e falar que está destroçado por dentro.
Porque discutir a relação é desgastante, e exatamente por isso, quem se preocupa a descer do salto para falar que sente falta, que diz “olha, isso está me machucando” e não se rende a ser cúmplice do orgulho enquanto o mundo a sua volta sussurra que demonstrar sentimentos é fraqueza, é quem têm todo o mérito de fortalecer os laços.

E eu sei que é mais comum ver quem age de forma contrária. Mas esses são os mesmos que enchem-se de conexões que pouco conhece uns aos outros de verdade, e por isso, não demoram muito para findar. Esses são os mesmos que tiram conclusões por uma mensagem de texto, evitando uma conversa séria por ligação que tiraria da sua zona de conforto. Que invés de comunicar o que está acontecendo, age com frieza para que a outra parte adivinhe o erro que cometeu. Que fizeram do amor uma disputa e entenderam tudo errado.

Não entendem que o diálogo é a base sólida para que nada venha abaixo.

Que através da fala clara e sincera tentando estabelecer uma compreensão, é, na verdade, o maior indicativo de que alguém se importa com elas. Pois quando paramos de nos expressar, as brigas cessam e as tentativas para que algo dê certo se esgota, é quando a indiferença já começa bater a porta.
Quando nos acomodamos no nosso estado de fluxo esperando que entendam nossas expressões, abrimos espaço para, não só múltiplas interpretações, mas muitos conflitos e dificuldades.

E sabemos que o silêncio separa mais que muralhas. Que o "deixar como está" têm terminado relações que podiam ser muito boas, afastado outras por mal-entendidos, e quando nos damos conta, temos perpetuado para uma época de pessoas que pouco se entendem, pouco se põe em seus lugares, acumulando arrependimentos por não terem tentado mais e dado o seu melhor.

E que ser honesto com o outro para se abrir, é estar também sendo honesto consigo mesmo.

Inserida por FelipeAzevedo942

⁠Bons tempos aqueles em que não nos preocupávamos com as coisas do coração, tempos aqueles em que vivíamos sem sentir aquele vazio devorador, sem sentir a alma dentro de uma tumba...
São bons tempos onde o amor era espontâneo e as sensações únicas, coisas que nunca se repetia, a solidão era só um detalhe.
O amor era outro detalhe que não me importava, o momento me importava.
Os momentos hoje são feras famintas e selvagens escondidas em florestas de pedra.
A solidão é um poeta enterrado vivo com sua maquina de escrever.
Sentia um sentimento que não era amor nem dor, nem solidão, era só eu um simples Noventista.
Viver os sentimentos raros a flor da pele coisa rara hoje em dia, conhecer alguém e se interessar pela pessoa simplesmente porque ela é aquela pessoa ou só porque tal pessoa tem um sorriso fantástico é inspirador e hoje em dia são raras as pessoas que tem essa sensação.
Aquele sorriso espontâneo já não existe e as sensações são friamente escolhidas e escolhe-se ou pelo menos pensam que escolhem a quem amar.
Tu vales o peso do que tem...
Bons tempos eram aqueles onde não nos preocupávamos com coisas artificiais, hoje meu mundo de quatro paredes é sombrio e sujo...
...um profundo turvamento, um vivo-aterramento voluntario,
Uma solidão sombria...
Lagrimas nos olhos, tremedeira, máquina de escrever enferrujada e a poesia na ponta da língua,
O que resta são os frios e úmidos dias da praia...

Por Cristiano Silva

Inserida por cristianowsilva

⁠AO NOSSO JORGE

Eu sou o sol da Jamaica,
Sou a cor da Bahia.
Eu sou você, sou você (sou você),
E você não sabia.
(Jorge Portugal & Lazzo Matumbi)


Jorge Portugal é o nosso Jorge Brasileiro, Santamarense. Nasceu em Santo Amaro da Purificação-Ba. Meu conterrâneo. Quem nasce nessa cidade é Caeta-niesse. Jorge foi o primeiro professor que me despertou para à língua portuguesa e à docência. (Pretendo estudá-lo no meu TCC) Jorge com sua voz grave, e que dava ênfase na última letra que falava; era um grande poeta: a música ‘A Massa’, ’14 de Maio’, são pura poesia. Escreveu livros, dentre eles; ‘Por que o Subaé não molha o mapa’, ‘Redação assim é fácil!’.
Um grande professor, um agitador cultural, letrista e compositor. Assistia-o quando era apresentador do programa ‘Aprovado’. Hei de sê-lo seu admirador até a consumação dos séculos. Na pandemia da Covid 19, o Brasil e mundo estavam de luto. Mas, num dado momento, Santo Amaro chorou rios de lágrimas com a partida de Jorge. Nosso cavaleiro. Que matou o dragão da alfabetização, da ignorância...
Jorge que não era São, nem Seu, nem da capadócia; mas Nosso. Escreveu à Santo Amaro de Jorge Portugal. O primeiro amor passou, o segundo também passou, mas Nosso Jorge Portugal é eterno. Existe uma Bahia, uma santamaro pós Jorge.
Jorge Portugal partiu no dia 03 de agosto de 2020.

E se vivo estivesse, no dia 05 de agosto, faria 67 anos.

Inserida por Machadodejesus

Floricultura

Mais cachorros que pessoas passando na calçada, bicicletas, o som das jovens vozes no ginásio da outra quadra. A orquídea que perfuma tudo pra chamar atenção, o vento, a brisa calma: vão fazer falta no verão.
Da porta vejo escadas, no alto, janelas refletoras de sonhos...
Uma promoção, um suco gelado, uma vontade de falar com alguém.
O telefone toca, uma voz amiga do outro lado do mundo - Que vontade de chorar. Queria ser pássaro, pássaro não, vento: pra chegar mais rápido.
Vou conhecendo a pequena floricultura com a chegada do sol, com a promessa da primavera - Piso num chão de sombras de folhas douradas...
Tudo na cidadezinha é devagar, o tempo, o homem, o olhar, o sorriso. Quando se pensa em sorrir, a vida já deu dois passos, e uma parte de mim nunca olha pra trás.
Vendo flores, vasos, sonhos, uns sorrisos, surpresas, amores e contentamento.
O quase perfume de criar um jardim entre quatro paredes de concreto.
Nada num jardim é concreto, nada permanece, mesmo as esculturas de pedra.
Esse é um desses negócios que além da beleza e do prazer vende renovação, nutrição, recomeço... Algumas recomendações, o desejo que vinga, o cuidado de um novo alguém, um novo lar, e se ninguém cuidar?
As tardes de conversa jogada fora com insetos e folhas... Entre podas drásticas ou carinhosas, percebo que preciso de espaço. Um escritório debaixo do pé de caju, quem sabe?
Alguns metros quadrados a mais pra cultivar as flores de vento, borboletas!
O caminho não é mais o mesmo, ainda tem um campo de girassóis antes de chegar em casa, ainda tem o mar, a vila, mas é o barquinho azul, parado na lembrança que ensina a olhar pro que se quer mesmo quando não se quer nada.
Os dias de sol trazem coragem, os de céu branco ditam o ritmo da espera.
Vou pintar o vento no tronco de uma árvore...

Inserida por karolinenogueira

Características do mês de Agosto

Em Agosto predominam os dias enevoados, ar seco e muita poeira trazida pelos ventos característicos do mês.
E foi assim que o dia amanheceu hoje . Um vento frio que cortava os ares, varrendo tudo que encontrava pela frente , brincando com os cabelos da moça toda arrumada em direção ao colégio.
No quintal rodopiam velozmente folhas secas, como a brincar displicentemente. . Um desafio para a mulher que em vão tentava recolhê-las.
Folhas secas que estalam sob os pés do passante apressado...
Folhas secas que levam sonhos, mas trazem também novas esperanças.
Folhas secas que caem e se perdem , mas que sinalizam um final de ciclo.
Sinalizam também que com as chuvas que virão logo após, nova vida, novas alegrias surgirão.

Inserida por editelima

Ironia sobre o tabagismo
Por: amauri valim


(IRONIA). Promovam a fumaça e o cultivo do tabaco; o tratamento das doenças; uma maior atenção médica e investimentos no setor de recuperação dos pacientes vitimas do tabagismo. Jamais a extinção do cigarro e das doenças causadas por ele. Não ao combate ao tabagismo, Não as campanhas do Deixe de Fumar. A causa está na cultura de todos os povos, nos fundos de arrecadações de impostos e geração de emprego. Por que acabar com o prazer de fumar nem é um ridículo prazer! Esse prazer trás centenas de outros benefícios em muitos setores da economia, da politica e da saúde. O sistema deveria formar mais médicos para tratar dos pacientes vítimas do tabagismo e promover as pesquisas e avanços para combater apenas o mal e não a causa. As causas para todos os males e todos os prazeres do cigarro não pode ter fim, para não correr os riscos na economia de um País. Visto que se arrecada em torno de 1.6 bilhão e gasta apenas 338 milhões para tratamento.
O Brasil é hoje o quarto maior produtor de tabaco no mundo e fica atrás da China, Estados Unidos e Índia desde 1993; ocupa o primeiro lugar na exportação mundial. (fonte: http://inca.gov.br/tabagismo). - A maior hipocrisia no setor é a campanha contra o tabagismo é uma ironia das falácias políticas, as promoções de emprego e as arrecadações são extremamente importantes para a economia do País. Assim as campanhas contra o tabagismo, umas fotos sensacionalistas em maços de cigarro, são as degradações da imagem de um povo diante dos sistemas de saúde pública e do próprio sistema.
O cigarro provoca um prejuízo anual para o sistema público de saúde de pelo menos R$ 338 milhões, o equivalente a 7,7% do custo de todas as internações e quimioterapias no País. (- Que ironia). (...) De acordo com o ministro Padilha o Brasil é reconhecido como uma das grandes lideranças mundiais no combate ao tabagismo. “O país tinha, no começo dos anos 90, cerca de 35% da população fumante. Hoje são cerca de 15% que fuma’. As mudanças das regras de taxação de cigarros elevará em R$ 1,6 bilhão a arrecadação do setor em 2012. Fonte: (http://g1.globo.com/politica/noticia).
Sendo assim pode ser muito mais importante para o País, nos setores da saúde e da política a promoção da fumaça, sem a promoção da perda dos direitos adquiridos do prazer de fumar. Não havendo o pensamento irônico nem a visão crítica, resta ao povo á contribuição de cinco ou dez para combater a desgraça de interesse público. (A. Valim).

Inserida por amaurivalim

No território sagrado as bombas são santas, guerrilheiros são mártires abençoados, líderes não são atingidos e o povo condenado à morte morre. Sem clemência, sem salvação por nenhum Deus. Parece a prova de que o milagre e santificações não são condizentes com a realidade.
Amauri Valim.

Inserida por amaurivalim

Pode parecer autoflagelação para uns!
Pode parecer falta de amor próprio para outros!

Mas não é isso!
Nos dias mais tristes e quando a dor quase tira o ar que respiro... é quando sinto Deus agindo em mim!
É quando sinto Deus me dando asas para voar...
É quando percebo o quanto Deus é bom!

Nesses anos de dor crônica, ininterrupta e dolorosa, eu senti Deus em mim tão vivo e forte que é impossível descrever...

Só posso amá-lo!
Só posso amá-lo!

Porque esse sorriso que te dou gratuitamente vem de Deus!

Inserida por VALDECIR1967

A CRÕNICA é um gênero de entretenimento. O romancista, o poeta e o contista não precisam e é bom que não precisem entreter o leitor. O cronista é um cara que aparece no século 19, com a imprensa, e a crônica surge para amaciar o jornal. Uma espécie de recreio do jornal, em que o leitor está lendo sobre absurdos, dá uma respirada. É uma brisa no jornal. Então, tenho essa consciência de que meu papel ali é de entreter o leitor. Entretenimento é visto, geralmente, com preconceito. Como se o entretenimento fosse inimigo da reflexão e da profundidade. Eu discordo. Você pode entreter pelo humor, pela comédia, pelo lirismo. Nosso maior cronista, Rubem Braga, não é um cronista que tinha o humor como sua principal característica. Ele era, principalmente, lírico. Muitas vezes, a crônica dele é triste e nos deixa tristes, mas a tristeza pode ser, de certa forma, uma maneira de entretenimento. Uma certa melancolia é uma maneira de saborear a vida e encará-la. Tenho isso em vista quando escrevo crônicas: chegar até meu público e tentar falar alguma coisa que seja prazerosa.

Inserida por EmOutrasPalavras

O roteiro é antípoda da crônica: você não tem narrador, o texto precisa de história. Não dá para fazer um filme em que nada acontece. Já a crônica é uma forma de você contar o incontável: sacar uma entrelinha numa atitude minúscula. Acho bacana trabalhar esses dois pontos tão distantes.

Inserida por EmOutrasPalavras

As palavras são como parafusos, porcas e chaves de fenda. No caso da crônica, a palavra errada vem da pressa e você vai descobrir se é a chave Philips ou a chave tetra que vai abrir aquele significado. Essas chaves são as palavras. Meu interesse na literatura é este: a literatura como chave para entender o mundo e chave para explicar o mundo.

Inserida por EmOutrasPalavras

As vezes sonhamos demais e nos iludimos muito com pouco. A carência crônica nos faz parecermos psicóticos atrás de migalhas que recebemos e transformamos em banquetes que nunca se realizarão. Precisamos ter a frieza de ir aos poucos, sonhar baixo e conforme as asas forem ficando fortes dar mais confiança para alçar voos maiores, auxiliados pelo vento chamado reciprocidade.

Inserida por ThiagoLimano

O que é o amor? Bem, o amor é uma loucura. É uma doença crônica. É o avanço e o atraso. É como estar em depressão e ser a pessoa mais feliz da face da terra simultaneamente. O amor é uma perca de tempo. O amor é cansativo. É uma luta diária. O amor não é como sentir borboletas no estômago. O amor é a cabeça vazia, e o coração cheio. É ter fome e alimentar o outro. É cair na lama e permanecer lá. O amor não cega, mas ele aceita. Aceita até demais, às vezes. O amor é estar só quando se está acompanhado. O amor é desrespeitar a si, mas respeitar quem está ao teu lado. O amor transforma a grama em pinheiros. O amor não é um conjunto de palavras pela metade, ou atos forçados. O amor é um salto de paraquedas quando se tem acrofobia. O amor é um cavalo não selado fugindo com a princesa. O amor é um conto de fadas ao avesso. O amor são dois dragões em fúria. Tem sorte aquele que diz: Das coisas do amor, eu desconheço.

Inserida por Ianethome

"Na verdade não sei o que é pior, a doença da religiosidade ou sua fase crônica a chamada religião da anti-religiosidade. Caixas novas com os mesmos problemas velhos, um evangelho de exclusão sistemática com aparência radical porém tão reacionário quanto o sistema chamado antiquado, onde por incrível que pareça a base continua sendo a sedução de pessoas, a manipulação de "almas" e o controle das mentes."

Inserida por pastoracp

Vários por cento dessa nossa paranoia crônica são psicológicos. Tudo isso, todo esse sofrimento, toda essa angústia, toda essa raiva, é da nossa cabeça. Nossa mente é terrivelmente, maravilhosamente e assustadoramente poderosa. Milagrosa e perigosa ao mesmo tempo. É importante que nos aprofundemos em seus mistérios, nos conhecendo cada vez mais. Extremamente importante. Mas, é como uma armadilha. Nós somos os ratinhos famintos. A mente, o grande pedaço de queijo. Se soubéssemos a facilidade de nos perder na imensidão de nossa cabeça, talvez fôssemos mais espertos e nadaríamos até a superfície a tempo. Mas é tão… Agradável, não? Tão… Fascinante todo aquele universo de pensamentos, e lembranças, e momentos, e alegrias, e tristezas, tudo misturado com nossa inseguranças, certezas e incertezas… A solução está ali! Nós sabemos disso! Todas as chaves pra esse bendito sofrimento que tira a fome e o sono estão ali! Estão perto, não estão? Claro que estão, ou então, não perderíamos tanto tempo em lembranças, momentos que passaram e fazem falta. O que não sabemos, é que estão longe demais para uma jornada só. Não se pode fazer tudo de uma vez. Sobrecarregando a mente, sobrecarrega-se a matéria. Parando, respirando, esperando, conseguimos recomeçar. Parando, respirando, esperando, conseguimos nos desvendar, e perceber que, realmente, precisamos levar uma coisa de cada vez.

Inserida por JoyceSantana

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