Cronicas de Pedro Bial para Despidida
A Revolta de um Eleitor
Depois de um assalto,
Na praça da liberdade,
Fico sem vontade de viver
Num mundo como este.
Que se encontra em estado de calamidade
Por falta de vergonha na cara
Daqueles que colocamos no poder.
Só de pensar,
Que eu vou ter que olhar
Para a cara deles nas épocas de eleições,
Me dá um ataque psicótico.
Como pode um dinheiro tão suado,
Estar na cueca de um safado,
Que quando eleito deputado
Pratica mensalão,
Se envolve com a corrupção.
Pra mim nem todo político é ladrão,
Mas existem muitas frutas podres.
Ah! Isso tem de montão,
Em meio ao senado,
Que tem baixaria pra todos os lados.
Em meio a câmara que vive,
Menos prezando nossos sentimentos,
De humildes eleitores.
Que nos deixamos
Corromper por safados,
Que se dizem políticos nobres,
Mas são somente pobres de espírito,
Que não querem ouvir o grito,
De uma comunidade que esta cheia de aflitos.
Querendo a segurança,
A paz e a esperança,
De colocar a cabeça no travesseiro,
E dormir com a certeza
De que no outro dia acordara
Sem se preocupar,
Com o problema secular
Chamado corrupção.
Tributo ao Mestre da Poesia
Mestre da poesia e dos apaixonados
Ele foi e é até hoje
Um grande poeta exagerado
Com seu jeito irreverente de ser
Tinha o dom de escrever
Cativou milhares de jovens da sua época
Cantando suas poesias exageradas
Expressando seus sentimentos ao mundo
Divulgando sua poesia a todos e a tudo
Amando seus amigos
E vivendo da caridade de quem o detestava
Nadando contra a corrente do preconceito
Exercitando todo seu talento nos palcos da vida
Pedindo ao Brasil que mostrasse a cara
Dizendo que a burguesia fede
E quer ficar rica
Também dizia ‘Segredos de Liquidificador’
Na orelha fria de quem ele amava
Hoje nada mais me resta
Se não escrever estes versos
E fazer um tributo poético
Ao mestre da poesia
Que ainda habita em meu coração
Ensinado-me a viver
Não me deixando sofrer
Ajudando-me a compor poesias de cegos
Com todo amor que houver nesta vida
Seguindo num trem para as estrelas do universo
Vou levando minha vida louca vida
Até poder me encontrar com ele no além
E ouvi-lo cantar na madrugada
Pro dia nascer feliz
Apenas um Garotinho
Em mil novecentos e noventa e três
Nasce um Garotinho
Apenas um garotinho
Quando o pai olhou
Foi logo dizendo:
“- Nasceu o garotinho do papai”
E ele estava coberto de razão
Outro parente da família disse:
“- Este ai é o futuro médico da família”
Hoje os deixe ele frustrado
Sou um simples poeta
Que trago singelos versos
Mas que pra mim
Representam um amor incondicional
A Burguesia
A burguesia está cada vez mais rica
A fome cada vez mais constante
Enquanto o pobre luta pelo pão
O rico se cobre de diamante
A burguesia fede
E está em todos os lugares
E a miséria da corrupção
Continua invadindo nossos lares
A burguesia impede o povo
De ter uma boa educação
Para onde vai nosso País
Com esta política de “fundo de porão”
História Romântica
Você tirou minha vida do lugar
Quando te vi já não conseguia mais raciocinar
Pensava em me calar
Mas me calar pra que?
Se acabei de me apaixonar
Agora vou começar a contar
A contar pra todos que quiserem ouvir
Nossa história romântica
A história do nosso amor
A história da nossa paixão
A história da minha solidão que acabou graças a você
Hoje enlouquecidamente penso em você
Nos teus lábios
No teu simples jeito de ser
Agora quero você
Quero você por toda minha vida
Quero você por toda a eternidade
E também quero que lembre-se
Da nossa história romântica
Por toda sua vida
Pois eu nunca irei esquecer.
Seu Descaso
Tudo que faço se baseia no descaso
Que você me deu de presente de aniversario
Coisas torpes da sua boca saíram
Machucando-me profundamente a alma
Ferindo a ferida não curada
Apodrecendo a podre poesia
Que eu fiz pra você
E você a rejeitou
Como se ela fosse um maltrapilho atrapalhado
Que já foi advogado
Mas hoje vive catando latinhas para sobreviver
A única coisa que eu quero é te ter
Nem que seja por uma única noite
Seja ela chuvosa ou iluminada
Quero te ter pra mim
Por segundos afins
Mas sem o descaso que tu me fez
Quando minha poesia leu
E a jogou no jardim
Sua poesia
“Quando o tempo parecer nebuloso e obscuro
e a escuridão achar que venceu a luz,
a luz não provir mais do sol,
o sol não passar céus azuis.
Quando os céus não molharem as flores
e as flores não desabrocharem,
e não se abrirem os olhos do poeta,
suas pernas inertes imagens.
Suas asas lhes farão voar
pelos versos de sua poesia,
cada vez que proferida,
transmitindo paz e alegria.
A flor será perfume,
o céu sol e luz,
a escuridão será dia
e o universo harmonia,
tudo pela poesia”
Já não basta as lágrimas, o fim dos sorrisos e terei de aguentar viver ao seu lado sem poder te ter ao meu lado? Já não basta as lembranças atormentadoras e os sonhos improfícuos e terei que suportar o peso do fim? Já não basta as juras de amor cessadas, as recordações condensadas no tempo e terei que esquecer? Já não basta viver no buraco e terei que cavar mais fundo para encontrar a luz? Já me bastam os bastas que a vida me dá e terei que levar comigo, na minha carne, na minha mente, as marcas vicejantes e mortíferas de um amor esvaecido?
Já me basta tudo, até mesmo os bastas que prefiro exaltar.
Queria poder entender os sinais do céu e da terra
Queria entender os sinais de seus olhos
Pois só assim poderia sorrir no fim do dia
Mesmo tua paixão não sendo minha
Queria abraçar no mais longo dos abraços
Queria correr no mais longo percurso
Só para poder ter mais tempo ao seu lado
E curtir, cada vez mais, nosso próprio laço.
VAI VER
Sentado apenas com a voz e o violão,
Imagino o seu rosto e surgiu essa canção
Pensando nos seus olhos e seu jeito de sorrir.
Eu só quero uma vida que me faça ser feliz.
Vai ver que não existe
Algo melhor do que te ver sorrir.
Vai ver que eu te espero,
Lugar melhor é com você aqui.
Vai ver que não se insiste
Em algo que não deve se insistir.
E agora estou tão triste
Porque não estou mais com você aqui.
Parado no meu quarto eu começo a sonhar
Vai ser muito bom se a gente continuar
No meu sonho eu paro de sorrir
Logo chegou a hora da gente se despedir.
TO CONTIGO NA CABEÇA
Deixei você partir
Não sei porque se foi
Me deixou aqui
e acabou tudo depois
Se eu soubesse q seria assim
Não teria começado
Sei q tudo tem um fim
Mas não assim só por acaso
Não adianta me negar eu to contigo na cabeça (você é linda demais) Mesmo que chova, por favor não me esqueça
sol sempre volta pra manter a chama acesa
Quero que dure a paixão, q permaneça
O meu desejo por você é puro e fino
Não nos negue o caminho do destino
E na igreja ainda vou escutar o nosso sino
Nós no altar nos olhando, mas que lindo
Sei q falam de você pra mim
Me faço de sonso e desligado
As vezes finjo q eu não ouvi
Mas estou desesperado
Eu vou bater na sua janela
E vou pedir pra você descer
E tocar uma canção bela
Pro nosso sol fortalecer
Perguntei pro céu e o mar
O que fazer para te reconquistar, mas..
Ele só me respondeu
Q o meu destino é te amar
Conheci amores, que viam por valores
Conheci paixões, tachadas de enganações
Conheci a lua, através das ruas
Conheci desejo, através de beijos
Mas sobre você, nada rima nada combina, ah não sei dizer, além de sentir, cada toque cada estrofe, te amo e declamo, que nossas noites de Madagascar sejam sem pensar
Amor
A solução da minha solidão
O espelho dos meus medos
Te encontro entre toques e beijos
Te sinto te toco
Te amo me sufoco
Me desprezo te venero
Não me vejo e te espero
Fico sem chão e me desespero
A amor quando vem
Te imagino aqui sorrindo
Sem medo de viver entre discos e livros
Quando a lua vem
O que me resta e rezar
E esperar o sol
Pra me fazer lembrar
Hoje cedo
Hoje cedo quando me olhei
Em mim te procurei
Me vi ali com a cara fechada
E com o coração em lágrimas
Te procurei me retirei
Me deitei e te vi ali
Entre pensamentos e reflexões
Nada que se foi
Foi tão grande
Como o que ficou
Tu deixou lembranças
Você levou a paz
O que ficou foi o sentimento
Tatuou em mim seus olhos
Me deixou uma camisa
E alguns dias
Hoje te procuro hoje te venero
Amanhã eu te esqueço
Através de versos.
Levou
Ela me disse que ia embora
Eu nem dei bola disse vai e não enrola
Ela pegou e foi levou na mala
Alguns livros e meu disco preferido
Deu um dia a saudade nem bateu
Passou uma semana essa saudades me bateu
Te liguei e pedi volta
Trás as coisas e volta pra onde tu mora
Mas já era tarde
Seu coração nunca foi covarde
Deitei, chorei e só pensei em maldade
Te liguei de novo e pedi sem mais volta
Teu jeito
Sem jeito menino
Vivia entre berços
Esperando outros braços
Se prendia e criava laços
Seu nome era pedro
Seu apelido imaginário
Só aparecia quando estava solitário
Sempre ao anoitecer
Carregava nos sonhos
O medo de morrer
Pedro amava escrever
Mas não era tão fã de ler
Ninguém entendia
E nem tentava compreender
Porque um menino tão sozinho gostava de viver
Pedro amava a natureza
Mas não vivia de pobreza
Era rico na cabeça
E feio de beleza.
Acontece que eu sempre andava assim.
Meio tonto, distraído, cheio de zumbidos.
Nuvens de perguntas pairavam sobre a minha cabeça como hordas de mosquitos inquietos e inconvenientes.
Perguntas, perguntas, perguntas e mais perguntas.
Perguntas de todos os tipos, a maioria sem resposta.
Tropeçava em mim mesmo, não percebia a paisagem, nem o vento, nem o cheiro das rosas que se insinuavam com suas promessas de espinhos.
Eu andava cego do mundo, olhando pra dentro.
Até que um dia, num momento de distração, prestei atenção à um silêncio de batida de cabeça, e no mesmo momento tive a certeza de saber todas as coisas.
Me levantei, tirei a poeira do rosto, dos olhos.. e respirei a verdade pela primeira vez.
Então já não havia mais perturbação de mosquitos, tontura, palpitação.
Eu via tudo com a luz que faiscava no meu coração.
Virei o vento, o canto dos pássaros, a luz do sol, me vi amor.
Virei resposta.
Eu já andei pelos lados escuros da alma.
Já estive nas entranhas de um coração dilacerado.
Caminhei por trilhas inóspitas e dolorosas da existência.
Mas eu não estive lá à toa.
E não saí de mãos abanando...
Sabia que eu estava apenas de passagem.
Eu trouxe comigo o conhecimento.
Agarrei com todas as forças o saber e voltei...
Quando estiver difícil, não perca a viagem e traga tudo o que puder!
Fantasmas assombram meus dias
Me fazem viver nessa imensa solidão de trago em trago esses fantasmas me matam, dias de buscas, busco em lugares meus lares, não acho nada além de lágrimas em bares.
As dores me fazem perceber que tudo que se vai tem uma razao tão forte como as coisas que vieram, pessoas não entendem, não sentem o que sinto e estou passando, e um trauma não saber como é, não lembrar como foi e não desejar de volta, mas vou sair a depressão quer me pegar, mas não vou deixar.
O que me corrói me torna fraco, o que está me matando e a falta de luta, não sei lidar com as crises e abstinência que me está cercando, eu tô fugindo de problema.
Pessoas tão contemporâneas não compreender meus temas, meus dilemas.
E quem realmente pensa
Um dia cansa de pensar
E quem realmente tenta
Um dia sem nada irá ficar
Parado nos mares tristes da vida
Travado na longa jornada
Perdido no grande oceano que ficou por ficar
Eu sei que quem pensa
Difícil cansa
E quem cansa
Difícil foi por tentar
Quem almeja
Pode alcançar
Mas sem morrer não ha maior mar
Talvez pensar canse um, dois ou mais
E tentar seja o que nos salvará
No mar quem afunda levanta
E quem nunca afundou um dia levantará
Pois isso é o que o mar faz
Transita em verbos
Afundar e levantar
Morrer e ressuscitar
Onde no mar,
Todos os que não morrem, afundam ou mais,
Iram despencar
