Cronicas de Marta Medeiros Felicidade
Na maturidade, não tem ninguém esperando no portão pra nos levar pra casa, mas tem uma caminhada excitante rumo a um prazer que só quem se arrisca, conhece. O prazer da independência. O prazer de ter a sua assinatura avalizando cada uma de suas conquistas.
Já quem se falsificou num adulto que parece que é, mas não é, desperdiçou a chance de ter uma vida autêntica porque se assustou com a poeira no horizonte, previu que seria uma luta perdida, que não daria conta. Mas daria. O gigante, em qualquer circunstância, somos nós.
Martha Medeiros
Os que nos ultrajam
Não vêem quão tolos são
Até que Deus decida
Abrir-lhes a mente
Até lá, nós
Descompostos de nosso orgulho
nos curvamos
nos despimos de nosso brio
e agarramos firmes
contemos nossas pérolas
desperdiçá-las para que?
Cavamos fundo
bem fundo a nossa confiança
Em busca daquele pouquinho a mais
Suficiente para alcançar
Favor aos olhos do Pai
Cada padecimento
Cada amargor
Cada gemido,
Torna-nos mais resistentes
no Caminho
Não deixe morrer o passado.
Tire tempo para relembrar
Coisas vividas em outras épocas
Até mesmo as ruins
São para serem lembradas
Para mais valorizar o presente
Tire tempo para olhar fotografias
Lembrar as datas
Os acontecimentos
Revisitar lugares
Ouvir novamente as músicas
Experimentar novamente as comidas
E os perfumes?
Ah, os perfumes!
marcam os tempos
Deixam impregnada
Na alma a essência
(,..em construção até que eu esqueça novamente o passado)
Eu não fui...
Você não vem
Ando assim... Só... Dentro
Sem pressa sem culpa
Sem calma
Somente alma
O Ficar...
Tomando conta de mim.
Tecer tingir e plantar
Ler escrever e amar.
O pouco comer
O muito dormir.
Querer estar perto
Gozar ficar longe
Distanciamento
Introspecção
Nesse momento
Liberdade sem fim.
O desconhecido.
É na sociedade que este mal se aparenta,
Que consequentemente inquieta-se
Que consequentemente ñ se apresenta.
Escrever é ñ ser desconhecido,
Mesmo sendo autor anónimo
Só se omite um ser adormecido,
Em ti privas o antônimo.
Há quem escreva, há quem pinte.
É um mundo que pouco se sente.
Moda é um extinto,
A vocação é subjacente.
Não seja carnal mas aproveite o bom
e semelhante que Deus viu na Sua Criação. Não seja frágil mas cuide das suas emoções e feridas. Não espiritualise tudo mas respeite e busque o espiritual. Lembre-se: Você é corpo, alma e espírito. Se cuidar de apenas um tripé da sua existência, verá que o caminho inevitável é o tombo.
Eu tenho 10 mulheres.
A 1° É linda
A 2° É linda e cheirosa
A 3° É linda, cheirosa e carinhosa
A 4° É linda, cheirosa, carinhosa e educada
A 5° É linda, cheirosa, carinhosa, educada e feliz
A 6° É linda, cheirosa, carinhosa, educada, feliz e amiga
A 7° É linda, cheirosa, carinhosa, educada, feliz, amiga e companheira
A 8° É linda, cheirosa, carinhosa, educada, feliz, amiga, companheira e doce
A 9° É linda, cheirosa, carinhosa, educada, feliz, amiga, companheira, doce e meiga
A 10° É linda, cheirosa, carinhosa, educada, feliz, amiga, companheira, doce, meiga e única.
ELA!
Ela é segura e decidida
nunca teme o que vier
é feliz, de bem com a vida
sempre sabe o que quer
linda, forte e resolvida
um exemplo de mulher.
De ética e extrema bondade
elegante, doce e vistosa
que destila a felicidade
na essência de uma rosa
mãe, amiga de verdade,
direta, firme e corajosa.
É por demais essencial
quanto orgulho temos dela
no trabalho é profissional
uma esposa leal e bela
talvez exista outra igual,
mas não tem melhor que ela.
Quem é você?
O que sente... por dentro?
Senta ouve olha
Toca na vida da gente.
Mexe profundo
Lugares ocultos
Do dentro do ser.
Não é fácil entrar
E começa a tirar:
As linhas... os maços
As teias ... os laços
O que estava trancado
Pra fora agora está.
Que bagunça... Que tumulto!
Como arrumar?
Nem dá pra começar!
Sentada só observa...
E vai alinhando
Começa ordenando
A linha do pensar.
'[...] O fato é que queremos, todos, compreender. É irritante não entender o final de um filme, e mais ainda o final de um amor. Pior do que dever dinheiro é ficar devendo respostas para as questões que nos formulamos. Exigimos explicações de nós mesmos, na esperança de que isso nos acalme. Como se fosse possível apreender todo o mistério do mundo, como se houvesse palavras suficientes pra denominar todos os sentimentos que nos assaltam. [...]''
E não existem mesmo palavras suficientes para descrever tudo aquilo que sentimos, vemos e vivemos. As significações não aportam nem metade daquilo que se vive e se tenta demonstrar. Viver ultrapassa qualquer explicação, qualquer frase, qualquer texto. É coisa que só quem sente sabe o que é, mesmo que não saiba descrever.
PRISÃO
nasci nesta prisão
e não sei o que há lá fora
há muito, vivo na clausura
com a visão do mundo afora
no cárcere deste tempo
tento a improvável fuga
salvo a ruga, não há saída
com a vida, não há liberdade
hei de morrer nessa prisão
assim como todos, é verdade
como todos que aqui estão
"Tanto a fazer...
Fazer, fazer, fazer
Será que se nasce pra fazer?
Quanto mais se faz
Mais teremos a fazer
O tempo passa
O dia passa
A vida passa
E o fazer é sempre constante
Em cada dia... Em cada ser
Fazer porque tem que fazer,
Fazer por querer,
Fazer pra se manter,
Fazer por puro e simples prazer.
Tem dias que muito se faz
Outros, nada se quer fazer
Mas se viver já é fatigante
Por que precisa de mais fazer?
Fazer pra ser feliz
Ser feliz sem nada fazer
Mesmo sem querer
Não se para de fazer.
Mesmo sem nada fazer
Não se para de viver."
O ARREPENDIMENTO
Tive um pequeno apartamento que vendi mobiliado, mas me aconselharam a retirar ao menos o lustre, já que era uma peça que parecia rara. Então lá fui eu retirar do teto um lustre enorme e empoeirado, e até hoje ele anda pra lá e pra cá no bagageiro do meu carro, pois não encontro tempo para ir a um antiquário. Cada vez que abro o porta-malas, onde costumo transportar as sacolas do supermercado, me deparo com o espaço ocupado pelo lustre e me pergunto: por que não o deixei para o novo morador? Ganância, senhores.
Essa é uma pequena história sobre arrependimento. Igual a essa, tenho dezenas, todas tão desimportantes quanto. Convites que não deveria ter aceitado, desabafos que eu não precisava ter feito, e-mails escritos depois de três cálices de vinho, esse tipo de coisa, bobeiras contumazes que não estragam nossa vida, apenas fazem com que a gente se envergonhe por uns dias e acabe aprendendo mais sobre si mesmo. Os poucos remorsos sérios têm a ver com relações afetivas e familiares (a velha culpa: onde eu estava que não vi isso, não percebi aquilo?), mas, ainda, tudo dentro da cota permitida de vacilos.
Arrependimentos nos amadurecem e nos ajudam na correção de rota. Só se tornam um problema quando a rota terminou, quando falta apenas meia-dúzia de curvas para a estrada chegar ao fim.
Ninguém simpatiza com a velhice avançada e motivos não faltam: doenças, falta de memória, perda da autossuficiência e outros enguiços comuns a quem rodou bastante. Ainda assim, doloroso mesmo é chegar tão longe e descobrir que entre os arrependimentos há um, ou dois, ou vários que não foram desimportantes, e sim cruciais.
Excetuando as pessoas que confiam na vida eterna, para todas as outras, que acreditam apenas na vida antes da morte, nada pode ser mais triste do que, no balanço final, descobrir que abriu mão de um amor por causa de conveniências, que não foi amigo dos filhos porque só pensava em si mesmo, que não realizou projetos pessoais por causa de preguiça, que nunca arriscou uma guinada por causa de medos que agora parecem sem sentido, que gastou seu tempo com gente idiota e hábitos herdados de uma sociedade fútil, que não se permitiu conviver com pessoas diferentes por preconceito. Esse é o arrependimento que não é uma bobeira contumaz, pois resulta numa secreta tragédia pessoal: o desperdício de uma vida que poderia ter sido mais bem preenchida, mais estimulante e com mais oportunidades de expansão.
Tem boa notícia no final do texto? Tem. É sobre aquela meia dúzia de curvas que restam. Pode parecer pouco, mas é o que se tem para hoje, e hoje é tudo o que importa.
Amar é...
Amar...
Amar é ter tempo, é valorizar, é demonstrar,
é estar presente... mesmo quando distante rs
Amar é IMPORTAR-SE...
Amar é caminhar junto...
caminhar de mãos dadas,
Mais do que abraçar com os braços,
é abraçar com o coração...
É se colocar no lugar do outro quando preciso,
é entender, é saber ouvir,
é dizer o que sente e como se sente...
É consolar, animar, levantar quantas vezes for preciso...
é dar o ombro, estender a mão, ir de encontro,
demonstrar carinho e também é dar
umas boas sacudias as vezes
Porque amor também corrige , onde tudo
é permissivo,na verdade "falta" amor...
Muitos não sabem amar...
DIZEM: Eu te amo!!!
Achando que apenas "pronunciar" essas palavras
vai fazer diferença...
Não vai...
Palavras e atitudes devem andar de "mãos dadas",
ou as palavras acabam por se perder...
e sozinhas não significam NADA...
Dizer um:
Eu te amo, não muda "nada"
Se as "atitudes" não acompanham...
E quando amamos não ha distancia...rs
O abraço é sincero, o carinho verdadeiro,
as atitudes se mostram e as palavras....
Ah elas nunca se perderão...
AME...
E ame de VERDADE!!!
É meio ruim e inapropriado falar de amor e acreditar nele atualmente... É muito difícil encontrar alguém que não fique por ficar, que considere alguém além do que a pessoa aparenta... É complicado amar alguém e ser correspondido, pois muitos não sabem o que é o amor...
Sinceramente, acho que o maior erro das pessoas está no fato de se usarem mutuamente... Muitas usam o argumento de que é bom pegar gente devido ao prazer proporcionado... Mas, diga-me, qual prazer pode ser maior do que o obtido através de um amor?
Eu não vou deixar de me declarar pra quem amo só porque, um dia, alguém me disse que eu tenho que me valorizar, que não posso ser fácil, pois, se for, ninguém vai me querer. Quem não me quiser por eu ser sincera e direta, não merece os meus sentimentos...
Não deixe pra dizer depois um "eu te amo" verdadeiro, porque a vida é imprevisível e, no dia seguinte, você pode não ter mais a oportunidade de estar com a pessoa que tanto ama.
Para grandes conquistas devemos abrir mão de algumas coisas, sei que é difícil, pois nos seres Humanos nos apegamos a detalhes bobos e pequenos, detalhes esses que acabam se tornando um vício! Vício em uma felicidade momentânea, mais quando colocamos nossa cabeça no travesseiro e olhamos as nossas atitudes percebemos que a felicidade vai muito mais além de momentos.
Mude por você, desapegue de coisas que não vão somar, o mundo é lindo, mais se sentir realizado e realizar nossos sonhos é mais lindo ainda.
Tência Medeiros.
Quero que meus poemas percam o sentido
e quero tatua-los em mim para nunca mais me encontrar perdido,
quero deixar as pilulas de lado
e continuar dormente;
quero que as águas esfriem
mas não deixem de ser quentes.
Quero o sol e a terra,
o fogo e a água,
temo o vento, mas também o quero,
quero tudo oque planejo,
mais ainda oque não espero.
Quero encarar a tempestade
e me esconder embaixo do cobertor,
quero lutar mesmo ferido,
imploro aos deuses por um protetor,
quero tudo que sou
longe de tudo que eu era,
quero parar de querer,
nada acontece como se espera,
sinto que quero tarde demais,
já não sou capaz de conter a fera.
Ele não temia a tempestade, nem mesmo quando trovejava;
temia a brisa, temia que as águas fossem frias;
perdido em suas palavras,só assim ele se encontrava,
cansado de suas poesias, mas era ali onde ele se reconhecia.
Aos rios ele gritava
seu pavor pela calmaria
e em seu medo lutava
completamente tomado pela covardia.
Trazia consigo a brasa, o óleo e a ventania,
chorando por uma casa,
um bosque
e uma fantasia.
A tempestade nunca para
e a ferida que foi aberta não sara,
talvez porque eu não queira,
ou talvez só agora ficou estampada,
no momento em que deitei na banheira
e já não importava mais se as águas eram geladas.
Os mares são turbulentos
mas eu já não temo mais os ventos;
os vulcões congelaram
mas ainda carrego o óleo e a brasa
e não importa oque aconteça,
não serão esses cortes os que me calam, ou que me param.
Não temo!
Mesmo sendo cada vez mais escuro o caminho de casa.
Não quero a calmaria,
pois pertenço a tempestade,
pertenço ao vulcão,
quero correr em liberdade,
o mais distante das águas frias,
nelas não cabem minha intensidade,
carrego comigo o trovão,
o caos e a calamidade,
meu suspiro é furacão,
que os oceanos sejam eletricidade.
E que eu nunca seja terra;
que minhas cidades continuem em guerra
para que eu possa me encontrar,
que eu nunca seja a serra,
as arvores não quero derrubar,
que eu seja pássaro,
que eu seja voo,
que eu seja tão livre
que do passado possa me libertar.
