Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado
Talvez por eu ter aprendido, desde a concepção, a dividir espaços(sou gêmea), esteja em meu DNA aceitar com naturalidade que todos têm exatamente o mesmo direito
à luz do sol, ao oxigênio, a escrever livro,
a realizar o que quer que seja.
Falo em esquecer competições e mesquinharias bobas.
Falo em não permitir que o nosso reduzido tempo no Universo
seja consumido por atitudes de natureza escura;
falo em compreender que nosso caminhar pode
e deve ser realizado com leveza
e com sentimento de espírito coletivo.
Juntos seremos mais fortes. Cika Parolin
Quantos caminhos percorri!
Os de pedras que feriram os meus pés;
os de relva úmida que os refrescaram;
os de pétalas aveludadas
que tornaram a caminhada inesquecível;
os difíceis e os agradáveis,
os belos e os nem tanto.
Foram as minhas veredas
e nelas ninguém além de mim
poderia transitar, faziam parte
dos meus rumos.
Cika Parolin
Para se falar em homenagear a Mulher dos tempos atuais, independente, emancipada, dona do seu corpo... é preciso antes viajar no tempo.
Ao tempo das gerações de mulheres que chegaram antes de nós, das décadas anteriores aos anos sessenta que passavam do jugo do pai
para o do marido e lhes cabia apenas a obediência cega, uma vez
que dependiam primeiro de um e depois de outro.
Em seguida vieram as mulheres da geração sessenta/ setenta
(onde me incluo) que mudaram tudo:
Não queriam mais ouvir, do pai, que filha mulher não precisava estudar, apenas fazer um bom casamento e que lhes restasse a esperança que o tal marido não fosse violento.
Não queriam mais repetir o modelo de dependência masculina
e foram à luta, mesmo passando a exercer dupla jornada.
Não queriam que a natureza decidisse quando e quantos filhos teriam, mesmo servindo de cobaias para a recém descoberta pílula anticoncepcional.
Não queriam mais o rótulo de "largadas", "separadas", "desquitadas",
queriam o divórcio.
Queriam, estudar, trabalhar, viajar, namorar, morar no estrangeiro e principalmente tomar as próprias decisões.
A par da emancipação política do País, lutaram por sua própria
emancipação como Mulher e abriram caminho para as mulheres das novas gerações, deixando-lhes como legado a liberdade de ser e fazer, coisa por muitas décadas sonhada.
As jovens mulheres de hoje, quando as veem envelhecidas, caminhando pela rua, não supõem que ali estão as mulheres
valentes que levantaram bandeiras, que conquistaram os direitos ora transformados em lei. Muito se deve a essa geração de mulheres que ainda hoje alguns chamam pejorativamente de "feministas". Cika Parolin
“Tu que me guardo em teu ventre aquecido sempre me protegendo desses, remédios, agressões e mundo. Tu que me trouxe para a vida, o que mais poderia querer? ”
“Me chame de mãe”
“De um cantinho dentro de ti fui nascendo até por fim te conhecer...Em teus braços fui acalentado com teu amor e dedicação. Meu coração, pele, sentimentos e amor por ti, todos os dias acariciado...”
“O que mais poderíamos querer?”
“Você nunca estará sozinha Querida Mamãe! Nordestino arretado ganha o mundo, mas nunca se esquece de suas origens. Preciso viajar para conhecer culturas, sentimentos e novas orações. ”
A propósito do Dia Internacional da Mulher, pensando no que escrever sobre o assunto, lembrei-me uma fala do filme Titanic de que nunca esqueci: "O CORAÇÃO DE UMA MUlHER É COMO O OCEANO...CHEIO DE SEGREDOS".
Realmente, os segredos que nossos corações guardam, são revelados a poucos! Multifacetadas que somos e ocupadas em nos multiplicarmos em tarefas e atenções aos que amamos, temos bem no fundinho da alma um lugarzinho só nosso, para onde fugimos quando as coisas ficam difíceis. Refugiamo-nos em nosso "fundo de mar" onde temos pérolas, corais, raros cavalos marinhos, conchas de beleza ímpar... que nos servem de conforto aos olhos e ao coração. Sim, talvez seja isso que nos diferencie tanto dos homens! Uma capacidade única de transformar "fundos de mares" em oásis de magia e encantamento.
Cika Parolin
Por mais que tentemos negar, nem só de bons estamos cercados.
Tanto o bem, como o contrário dele, renascem todos os dias
e podem vir aperfeiçoados em suas formas e métodos.
Mas é preciso continuar crendo que a bondade sempre sobrepujará o mal, para que não se perca, em nós, a esperança e a fé. Cika Parolin
Não sou pessoa de natureza frágil, amarga ou triste!
Acredito sinceramente que isso é uma questão de escolha.
Eu decido como me sentir diante das adversidades que todos os dias tentam assombrar o existir e não me permito curvar-me a elas. Apenas nisso se resume o meu viver: Em usufruir cada dia da melhor maneira que eu puder; sem ferir e sem permitir que me firam. Cika Parolin
Não vim ao mundo para arrastar as correntes das mágoas e dos rancores. Creio que o precioso dom da vida me foi concedido para algo melhor que isso e não pretendo desperdiçar um único segundo com o que não seja para o bem-viver. A serenidade e o entendimento me interessam sobremaneira.
Cika Parolin
Minha saudosa Mãe,
em sua simplicidade era um ser de extrema sabedoria.
Quando alguém ou algo nos feria,
dizia com a maior naturalidade:
" Na vida é como escolher feijão: Você separa o que não presta e joga fora. É só separar o bom do resto, senão você vai acabar engolindo coisa bichada ou até mesmo algumas pedras".
É minha querida Dona Marichen tinha a tão apregoada "Inteligência Emocional", mesmo sem imaginar o que era isso.
Cika Parolin
Dou tanto valor aos pequeninos gestos de delicadeza!
São formas especiais que algumas pessoas encontram para nos dizerem: "Gosto de Você", "Sua amizade é importante para mim"!
Uma palavra de carinho, um pequeno e inesperado mimo,
um telefonema, uma mensagem desejando melhoras
ou até ser solidário nos momentos difíceis...
são tantas as formas de se demonstrar afeto
e permita Deus que a todas elas eu seja grata e atenta!
Cika Parolin
Nada do que façam ou digam me causa incômodo!
Tampouco os caminhos alheios são da minha alçada
ou me dizem respeito.
Apenas continuo vivendo ao meu modo!
Errando, aprendendo, acertando! Não necessariamente
nessa ordem, mas preocupada apenas em encontrar
o caminho para meu melhoramento como pessoa.
Cika Parolin
Por saber que já vivi pelo menos dois terços do que provavelmente viverei,
não me sinto no direito de gastar o tempo que me resta
com desentendimentos de nenhuma ordem.
Cheguei a uma idade em que finalmente compreendi o peso real das coisas e que devo carregar o que me seja leve. Por essa razão tomei como norma permanecer sempre aberta ao diálogo franco e completamente avessa à discussões, disse-me-disses, intrigas e afins.
A boa conversa, a lealdade, o respeito às individualidades
me interessam sobremaneira
e é a isso que concentrarei a atenção.
Cika Parolin
Suplício das Ruas
Ouçam os gemidos da rua!
Lá fora pode estar um irmão
que necessita ajuda
e anseia por um pedaço de pão.
Nenhum teto para lhe cobrir a cabeça.
Sua cama? apenas o duro chão!
Vestes escassas e surradas, ele treme de frio
e no breu da noite, ninguém para lhe estender a mão.
Dele se desviam os olhares!
Aos insensíveis, sua presença incomoda.
e seu silêncio implora um gesto de amor, em vão.
Ah! olhemos o drama das ruas!
Mas que transformemos o nosso olhar
na mais nobre e solidária ação.
Cika Parolin
Impossível negar!
A vida seguirá apesar de mim,
apesar de você.
Ela existiu antes e existirá depois de nós.
O nosso momento é o agora!
Cabe-nos, pois, aproveitarmos
cada precioso instante de existência
em harmonia e com a consciência de que
cabe-nos a escolha de como viveremos
a nossa curta estada por aqui.
Cika Parolin
E há afetos que nos pareciam tão profundos e definitivos
e no entanto, enganamo-nos!
Parecem bolhas de sabão que estouram
e somem no ar como se nunca tivessem existido.
Pensávamos que nem ventos, nem trovões seriam capazes
de destruí-los, mas pegos de surpresa, são carregados para terreno dos vazios e lá somem nas reentrâncias do esquecimento.
Cika Parolin
Jamais me pergunto como posso ser feliz,
mas como NÃO posso ser feliz?
Para começar ganhei de presente o maravilhoso dom da vida;
consegui sair de todas as vicissitudes mais forte,
mais preparada e mais corajosa.
A cada manhã me percebo, apesar dos anos, encantada
com a luz do dia, estimulada a realizar coisas
e grata por viver nesse tempo, nesse lugar.
Pergunto-me então: Como não ser feliz?
Cika Parolin
Nenhuma vida é tão simples quanto, muitas vezes, queremos fazer parecer...Ninguém está livre das complicações que nem sempre procuramos, mas somos lançados inexoravelmente a elas. Vamos dormir tranquilos e "PIMBA"...Ao amanhecer somos surpreendidos por um telefonema, um chamado urgente, uma notícia desagradável, um sentimento ruim.
Viver é isso mesmo, é não saber o que o amanhã nos reserva!
E nisso reside o aprendizado para nos tornarmos seres mais sábios e mais fortes para enfrentarmos o outono da existência. Cika Parolin
De longe ela passava o melhor café, de coador de pano, que se podia tomar...Não que tivesse uma técnica especial para prepará-lo, mas colocava nele seu ingrediente mágico e secreto....O AMOR!
Era tal o prazer em agradar que em instantes era capaz de transformar um simples chuchu no mais delicioso refogado.
Se lhe dissessem que chegariam visitas das vizinhanças, rapidamente a casa ganhava luz e um irresistível cheiro de "bolinhos de chuva"... Dona Bega era assim, a melhor pessoa que cruzou meus caminhos. Não era minha parente, mas me acolheu como filha; secou-me as roupas molhadas de chuva, preocupou-se com minha tosse persistente, costurou-me um vestido verde-limão com jabô branco que era minha roupa domingueira... Dona Bega...Um Ser que entendia como ninguém a alma humana e com quem aprendi a importância de servir e ser feliz!
Cika Parolin
Imagine Sancho Pança sem seu companheiro de andanças, Don Quixote? Será que os moinhos de vento teriam importância para ele? De que adiantaria tentar realizar o sonho que não era o seu? Algumas vezes me sinto assim, um Sancho Pança, buscando realizar os sonhos que não são meus... Como se fosse essa a minha missão... até perceber que não! Não preciso mover céus e terra
pelos "moinhos de vento" de ninguém...quando só almejo a brisa e uma pequena sombra descansar. Cika Parolin
Não, não alimento rancores;
Não,não ofendo as pessoas deliberadamente.
Não uso e não gosto de palavras rudes.
Prefiro sempre o afastamento ao confronto!
Não por que eu seja propriamente "boazinha",
mas por prezar a serenidade e para mim,
nada neste mundo é mais sagrada que a minha paz de espírito. Cika Parolin
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