Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado
O ARMA DO CRIME...
Ao puxar a arma, armou-se de ira e valentia,
Porém, e sempre existe um porém,
A batalha era de ideias, pobre criatura,
Vendo então que suas bravatas não tinham serventia,
Apelou para deuses de falsos pregadores, lástima,
Também os deuses eram falsos, simples mercadoria,
Tentou o ódio, tentou a falsidade...
Acabou vítima da própria idolatria.
A minha vontade é de gritar para o mundo, é escrever um Vade Mecum, mas não seria o suficiente me faltaria tinta e palavras.
Dizem que vontade dá e passa, até hoje estou esperando passar, se passaram anos e não deixei de amar.
Fico te olhando e contemplando sua beleza faço declarações em viagem a Veneza, e quando te vejo meu coração fica em êxtase me sinto mais vivo !
esqueço de tudo,
tudo tranquilo.
A vida é um grande espetáculo
cheio de emoções
vontade são tantas uma e milhões,
eu só queria te dizer no seu ouvido
que eu te amo ♥
COMEÇO DE TAREFA...
Diz você que deseja iniciar-se nos serviços do bem.
Não perca tempo na indecisão.
Eis aqui alguns modelos para começar.
Experimente suportar sempre com paciência e carinho algum familiar de trato áspero.
Nos recintos onde surjam atividades de natureza coletiva, ampare espontaneamente a
algum enfermo ou à essa ou aquela criança incomodada que requisitem atenção.
Procure, no campo do próprio dever, ofertar ao seu próprio trabalho alguns momentos de
cooperação extra, sem a preocupação de obter gratificações ou elogios.
Busque tornar menos pesado o dia de algum companheiro que você saiba em provação.
Se você é o centro, mesmo involuntário, de algum fato desagradável, seja a primeira
pessoa a sorrir, desfazendo tensões o aborrecimentos capazes de aparecer.
Não reclame.
Não grite.
Não condene,
Não tema servir.
Não se queixe.
Aqui ficam algumas indicações para os companheiros que aspirem a matricular-se na Seara
do Bem.
Depois de iniciado semelhante trabalho, o ponto de vista externo, então passaremos às
tarefas da renovação íntima, que são muitos mais complexas e mais difíceis, é claro.
Paz e Luz!
André Luiz
(Psicografado por Francisco C. Xavier)
Amanha
Luz Moreaux
Erros no acerto
Do alvo perfeito
Frases sem conclusões
Horas perdidas
Telas coloridas
Aquarela de ilusões
Surtos insultos
Regras absurdos
Dúvida o que e normal
Cenas poesias
Amor agonia
Paz tão longe do caos
Mas amanha
Vai ser bem melhor
Quero amanha
Me tornar melhor
Buscas lamentos
Paixões e tormentos
Sede que faz calar
Voz comprimida
Alma ferida
Hora de recomeçar
Intensidade
Calor e verdade
Rasa se mostra a razão
Simples complicado
Aceso apagado
Na luz da solidão
Mas amanha
Vai ser bem melhor
Quero amanha
Me tornar melhor
Quando a vida fica sensível é o momento que identificamos nossa capacidade de percepção.
Ao se deparar com situações criticas, temos dois caminhos:
O mais rápido e na maioria das vezes as decisões sao precipitadas e equivocas.
E outro caminho, onde se usa o senso da percepção, tomam-se decisões alinhada as condições e torna a jornada da vida mais tranquila e sábia.
Mais uma das minhas reflexões.
Você sabe fazer escolhas?
A felicidade é, hoje, e já há algum tempo, um tema bastante visitado, sobre o que, existem inúmeras publicações que procuram, desde definir o que o termo possa significar, até fornecer receitas na linha da autoajuda, obviamente passando por obras produzidas sob a ótica de profissionais das diversas áreas da ciência, assim como por livros de escritores que procuraram resgatar a história de um assunto, o qual, desde os primórdios, ocupou a mente de muitos pensadores, sendo que até de Schopenhauer se encontram estudos a cerca desse tema.
Apesar de sabermos que muitas questões despertam o interesse momentâneo da sociedade, numa espécie de modismo, o assunto felicidade, ao contrário, parece que conquistou espaço na literatura e ganhou a atenção das pessoas e da mídia em geral, assim como de estudiosos do comportamento social e até das entidades governamentais.
Consciente da complexidade de que é revestido esse assunto, não cabe aqui tratar dele de maneira abrangente. Afinal, independentemente da visão que se possa ter da felicidade, não há como não reconhecer que ela está relacionada com muitos fatores sobre os quais podemos ou não ter o controle.
Entre tantas condições de que depende ser ou não feliz, está uma que diz respeito à nossa atitude perante os diversos fatos com que temos que lidar.
A atitude que adotamos frente a uma situação pode produzir resultados que afetam a nossa vida de uma forma positiva ou negativa.
Exceto aquelas ações que são acidentais, aquilo que fazemos é fruto de uma decisão, que pode ser consciente ou inconsciente.
No entanto, quanto mais nos conhecemos, menor é o número de decisões movidas pelo inconsciente, o que significa que nossas decisões podem ser mais coerentes com nossos objetivos à medida que seja menor a influência de fatores inconscientes nas nossas atitudes.
Por essa razão é que, neste texto, o título pergunta se você sabe fazer escolhas.
Para não passarmos imediatamente para as ações individuais, vamos imaginar que as pessoas, ao elegerem um presidente da república, governador, prefeito, presidente da sua agremiação ou o síndico do condomínio, estão escolhendo quem irá ter influência na sua vida.
Em que pese às poucas opções que se têm numa eleição de dirigentes públicos, a escolha que se faz sempre poderá ser a melhor ou a pior. E temos exemplos em todo o mundo, de políticos que ergueram uma nação, assim como daqueles que levaram ao caos o seu país.
Por mais que as circunstâncias possam influir no sucesso ou insucesso de um governante, o que mais pesa no resultado de uma gestão são as qualidades do gestor.
É até plausível pensar que seja possível que uma boa escolha não garanta um bom resultado, mas é bem pouco provável que uma escolha errada o produzirá.
Depois dessas divagações, é hora de encarar a questão da escolha do ponto de vista individual.
Se uma pessoa criativa consegue fazer de um limão azedo uma deliciosa limonada, é também verdade que ela conseguiria fazer algo mais apropriado para o momento se dispusesse dos ingredientes necessários.
Vale dizer que, não obstante a capacidade de cada um, frente às circunstâncias, em geral não se realiza um bom trabalho sem as condições adequadas.
Assim sendo, se escolhermos ver um filme sem ter tido informações suficientes para a escolha, são mínimas as chances de sairmos contentes do cinema. Entretanto, considerando o custo que isso representa, o prejuízo não será grande.
Mas e quanto a escolhas que têm um peso importante na nossa vida, como é o caso, por exemplo, de uma mudança de emprego, um casamento, etc?
Mais do que tentar entender as razões que nos levam a tomar uma decisão, o objetivo, aqui, é levantar essa questão de forma que possa fazer uma reflexão sobre o assunto.
A reflexão a que convido pode ser em relação a decisões tão simples como qual caminho seguir pra chegar a um lugar, como as mais complexas que têm a ver com as escolhas que fazemos em relação a lugares que frequentamos, a amizades que mantemos, a pessoas com quem nos reunimos para dividir as alegrias e as tristezas, ou mesmo para jogar conversa fora.
O que dizer, então, das decisões que norteiam a nossa vida quando decidimos nos casar, tem um filho, aposentar, mudar de residência, de cidade, ou então de país?
O que estará por trás de uma decisão?
Será Intuição, vontade de tentar uma nova coisa, vocação para assumir riscos ou apenas porra-louquice?
Decisões baseadas em dados concretos, fundamentadas em questões objetivas e coerentes com outros planos têm muita chance de produzirem os resultados esperados.
Por outro lado, aquelas baseadas apenas na intuição, levarão a bons ou maus resultados dependendo de quão acertada for a intuição que se teve, visto que, se todas as intuições fossem acertadas, nenhuma empresa fecharia e nenhum casamento acabaria.
Dias atrás, vi uma notícia sobre uma moça que frequentava um presídio para visitar um rapaz que estava recluso, por quem acabou se apaixonando e aguardava que ele fosse libertado para se casarem. Esse não é o único caso dessa natureza.
Longe de qualquer preconceito, pois um presidiário tem o direito de ressocializar-se e é isso que a sociedade espera. No entanto, excluindo-se casos específicos, o que, em geral, leva uma mulher ou um homem a fazer essa escolha?
Entretanto, se esse é um caso que chama a atenção pelo caráter heterodoxo da preferência, outros há que também merecem um exame mais detido das razões que determinam uma escolha.
Não há como deixar de considerar que fazer escolhas é uma habilidade, entre tantas que uma pessoa pode ou não ter.
Sem autoridade para me estender nesse campo do conhecimento, diria que tal habilidade, assim como outras, sofre influência de vários fatores. E, para não incorrer em erros maiores de conceituação, arriscaria classificar esses fatores como sendo, ao menos parcialmente, de caráter psicológico.
Esse atributo psicológico de tomar decisões, não poderíamos dizer que faz parte da inteligência emocional? Quer dizer, não tem nada a ver com a habilidade para a aritmética, com a familiaridade com as línguas, com a vocação para as artes, esportes etc.
Um bom financista tomará boas decisões em temos de investimentos, mas poderá se mostrar um desastre nas escolhas da relação afetiva. Ou seja, se não tomamos decisões certas, em algum campo da vida teremos prejuízo.
Afinal, quais são os pontos de contato da habilidade para a tomada de decisões com a felicidade?
Bem, na medida em que soubermos fazer escolhas alinhadas com os nossos planos e desejos, será mais seguro que alcancemos nossos objetivos e isso nos trará recompensa, mecanismo que nos faz sentir felizes.
Novamente, trazida à tona, a habilidade que se tenha de fazer do limão uma limonada, tem a ver com a capacidade de encontrar a felicidade, mesmo diante de adversidades. A isso se dá o nome de resiliência.
Tragédias Anunciadas
Este texto não é uma notícia e sim o resultado de minhas reflexões matutinas. É extenso, mas creio que vale a pena ler.
O mundo ainda se refazia do choque provocado pela loucura do atirador de Las Vegas, quando o Brasil ficou estarrecido com a notícia da tragédia de Janaúba, pequena cidade mineira onde o vigia de uma creche, ateando fogo, mata 8 crianças e uma professora.
As investigações sobre o caso de Las Vegas ainda podem mudar de rumo, mas, pelo menos até agora, o que se noticia é que a ação do criminoso não está ligada a terrorismo.
Dessa forma, qual é a relação entre as duas tragédias, ocorridas em cidades separadas por cerca de 10.000 quilômetros?
Mais do que possa parecer, talvez haja mais coisas em comum entre esses dois casos, assim como em relação a diversos outros acontecimentos que abalaram a sociedade.
Se não bastassem as ameaças do terror que roubam a paz dos americanos, é assustadora a frequência com que, nos Estados Unidos, ocorrem atentados em escolas, cinema, boates, igreja e na rua, causando pânico entre aqueles cidadãos, com repercussão em todo o mundo.
Depois da tragédia de Las Vegas, as autoridades americanas, assim como a sociedade, discutem como poderiam ser evitados esses crimes que tanto traumatizam a população.
Entre as medidas de prevenção, a que mais causa debate é o controle da venda de armas.
Causa espanto a obsessão do povo americano pela posse de armas com o intuito de se proteger contra as ameaças de toda espécie. Assusta ainda mais quando se vê a quantidade de armas pesadas, como rifles e fuzis, que se proliferam nas mãos de cidadãos comuns às quais têm acesso até mesmo as pessoas que ainda teriam idade para se ocupar com brinquedos.
Não obstante essa consideração, até onde o problema da violência se deve exclusivamente à facilidade com que se adquire uma arma?
Da forma como estão ocorrendo as ações terroristas e em outros tipos de atentados, em que se usam facas, caminhões ou combustíveis, para se perpetrar uma tragédia, se a posse de uma arma não aumenta a proteção do cidadão, também não será restringindo a venda de armas que se irá garantir a segurança da população.
Excluindo as ações terroristas de fundo religioso ou ideológico, que merecem uma atenção diferenciada, o que poderia ser feito em relação a outros tipos de atentados?
Novamente, vale trazer a questão da relação entre o atentado de Las Vegas e o de Janaúba, em Minas Gerais.
Mas não só entre esses, pois haverá de existir alguma semelhança entre muitos atentados que ocorrem com tanta frequência aqui e em tantos outros lugares.
Por mais imprevisibilidade que possam parecer ter, crimes como o de Las Vegas e de Janaúba têm pontos em comum. Assim como os tem o crime praticado por Suzane von Richthofen (e os irmãos Cravinhos) e outros da mesma natureza.
Entre tantos crimes que são noticiados a todo momento, o que se observa é que têm em comum o desajuste emocional. Mas se procurarmos mais atentamente, é possível que também concorra um outro fator, que é o distanciamento dos autores em relação à sua família ou a outras pessoas com eles conviviam.
No caso Richthofen, o que mais chamou a atenção é que a mãe Suzane era Psiquiatra. Sendo ela uma profissional da área da saúde mental, além de mãe de sua algoz, o que faltou para poder identificar na filha um comportamento que pudesse indicar que ela tivesse um desajustamento capaz de praticar um crime tão hediondo?
Será que a resposta não está no modelo de sociedade que estamos construindo?
A tecnologia, que veio para nos liberar de atividades rotineiras e para facilitar a comunicação, está servindo para aproximar os que estão distantes e, ao mesmo tempo, para distanciar os que vivem ao nosso lado.
A sociedade consumista, que ao mesmo tempo move as pessoas em direção ao progresso econômico, as escraviza exigindo mais horas de dedicação ao trabalho para obter os rendimentos necessários às demandas de consumo.
A educação das crianças é terceirizada para a babá, para a creche, para os professores do prezinho, do judô, da natação, do inglês e, da natação, para a TV, videogame etc.
A família vive junta mas apenas divide o mesmo endereço, pois as pessoas não convivem, não conversam, não se comunicam, não compartilham sua vida.
Mesmo entre os amigos, acompanhando o clima das redes sociais, mais vale postar que está “na boa” do que compartilhar uma “deprê”. E assim, ninguém sabe o que se passa na cabeça de quem passa ao seu lado boa parte da sua vida.
Podemos nos sentar à mesa com a parceira, com o amigo, irmão, filho e nem desconfiar que um drama permeia a sua mente.
Então, talvez se possa pensar que a obsessão pela posse de um fuzil não seja a causa de um atentado, mas a consequência.
Talvez se buscarmos uma forma de convivência em que as pessoas não se sintam sozinhas na multidão, que percebam que o outro que está próximo de nós não está apenas ao nosso lado, mas também do nosso lado, quem sabe se não teremos uma sociedade mais sã?
No cartão de procedência
Pouco importa onde nasci
Busquei rumo e me perdi
Querência minha querência
Desde então me chamo ausência
Porque me apartei de ti
Como um cavaleiro andante
Das léguas que caminhava
Sempre que me aproximava
Dos sonhos correndo adiante
Mas me sentia distante
Daquilo que procurava
De Repente Amor
De repente aconteceu, no dia de natal agente se conheceu, olha que coisa louca, no primeiro dia eu me apaixonei pela sua boca.
Parece coisa do destino, mais eu não acredito nele, pra mim é amor, eu nunca senti nada parecido.
Não sei oque está acontecendo, parece que é um sonho que eu estou vivendo, por favor não me acorde, quero sonhar mais um pouco, será que pode? Ela me amarrou e me enfeitiçou, com seu sorriso lindo me conquistou, agora me diz oque eu faço, estou completamente apaixonado.
Já pensei em pedi-la em casamento, mais isso pode ser um tormento, ela é apenas uma menina mulher, e eu quero-a do jeito que ela é.
Eu já disse que a amo, quero dizer isto por muitos e muitos anos.
Arqueologias
Envelhecemos, e teus projetos
aos sonhos retornam.
Aquela casa de campo,
quantos iriam visitá-la?
O filho inconcebido,
como mesmo irias nomeá-lo?
A viagem à Europa,
este país, que naquele.
Envelhecemos, no entanto,
e tudo à volta rui.
A cidade irreal,
envolta em névoa, tua.
Envelhecemos, e teus sonhos
em sonhos permanecem.
Quatro ou cinco motivos
para renunciar, eis a coluna
de haveres. E persisti,
embora tenham sumido
canetas e dias inteiros
no estranho calendário
que carrego às costas.
Eu não sabia – tu não sabias –
mas as fomes de domingos
as madrugadas rodoviárias
os nomes que se apagavam
as errantes ofertas dos ventos,
tudo nos empurrava para a porta
nunca aberta, nunca cerrada.
A madrugada me desperta com seus dedos frios,
súbito me arrancando do lugar dos sonhos e maçãs.
Estive lá, amigos, em suores, tremores, elisões,
um país habitado por labaredas azuis, tão longe de tudo
e tão perto que meus olhos cansados me descreem,
desacostumados a olor de terra, a negras melenas.
Mas estive lá, amigos, os sulcos na pele testemunham,
estes espelhos nativos atestam, minhas mãos caladas certificam.
Ainda há pouco era dia.
Eu asilava na sombra
a estirpe dos antepassados.
Temia a chegada da tarde
com seus pássaros, vertigens,
cortejos, fantasmagorias.
No entanto, sem sabermos,
caminhávamos, ombro a ombro,
evitando as largas veredas.
E quando afinal a tarde desceu
entre labirintos, vales e cristais,
entrelaçamos as mãos inseguras.
Juntos, partilhamos o tempo,
reconstruindo pedra e pedra
a vida que quedou imediata.
Onde quer que estejas, em teu país
ou em outro, és estrangeiro: ninguém
tua língua compreende. Só, o deserto
de estranhas veredas percorres.
Conservas, no entanto, dos primeiros anos
o albor, quando tua cidade, madrasta e mãe,
teus sonhos na noite fresca velava.
A grande mão que afagou-te esmaga o peito agora.
Ah! Somos apenas o que somos. Apenas.
E súbito compreendo o primeiro não:
meus frágeis pés tocaram a água fria
e vi, descidos dos retratos ovais, rostos
que entulhavam a despensa de histórias.
E súbito compreendo o primeiro não:
meus braços cingiram a madrugada
rejeitando nomes, tão pouca terra
para tão grandes desaparecimentos.
E súbito compreendo o primeiro não:
o tempo avança do agora para o anteontem.
DISSIMULADO
O meu corpo e todos os meus movimentos são dissimulados.
A minha alma tem falsas janelas, embora coloridas.
A minha voz aveludada pode sair das trevas.
As minhas dores, as coloco em atraentes embalagens.
Posso cantar, enquanto a minha alma dilacera.
Te olhar com ternura, enquanto te odeio.
O meu sorriso, pode ter múltiplas intenções.
A minha pele é de lobo, embora cheire a cordeiro.
Se sou público, sou rasteiro.
Muito quieto, embora arteiro.
Sou militante, mas não cultuo nada que tenha ... ismo.
Em um cofre forte, eu guardo o meu cinismo.
Posso te abraçar, mas não de corpo inteiro.
Nunca diga que me conhece e ou, que sou fuleiro.
Eu brinco com o tempo, apesar do seu esnobismo.
Mas ele é tão dissimulado, que me leva para o abismo.
Poeta e louco sou
Escrevo rimas disparatadas
Frases cacofônicas ou
Métrica inusitadas
Na dicotomia sintática vou
Com palavras à pele atadas
Poeta e louco sou
Escrevo rimas disparatadas
Sobre a morfologia das palavras voo
Vejo-as em fila enlatadas
Ouço a voz dos seu ditames e enjoo
"Não quero seus limites e nem sua cara enlutada"
Poeta e louco sou
O ser dividido,
Aos quinze de Junho,
Chegou cisudo, cindido;
Sem choro e aturdido.
Pois cabia-lhe ser indeciso;
Buscou em coisas díspares: sentido.
Ergueu um mundo nos ares,
Com silêncio, palavras, riso.
Caminhou pela vida,
Entre rimas desenxabidas;
Versos trôpegos, frases mínimas.
O ser dividido,
Alçou seu grito;
Cingiu-se de versos rotos, mancos, cerzidos.
O QUE EU LHE DESEJO PARA A NOITE DE NATAL?
Estava pensando o que desejar para você nesse Natal e percebo quantas coisas boas já foram escritas: sucesso, saúde, paz, alegria, amor, prosperidade....
Então, o que vou desejar nesse momento de muita energia e espiritualidade é que você CONTINUE ACREDITANDO em você.
Acreditando que é possível ir mais longe!
Se deu certo, continue melhorando!
Se as coisas não saíram como você planejava, então aproveite esse momento para estar com as pessoas e se embeber dessa energia renovadora que nos conforta e nos faz acreditar que é possível vencer.
Exerça sua fé e comungue com quem estiver ao seu lado.
E não importa quantos estarão ao seu lado e, mesmo que esteja sozinho, lembre-se que nesse momento todos estarão orando por todos.
Orando para um mundo melhor do qual você também faz parte.
Portanto, continue acreditando e persista no caminho que sonhou para você!
Que sua fé se fortaleça a cada dia e a cada passo dado seja um momento de renovação em sua vida.
Feliz Natal!
Era uma vez um operário de uma empresa de trens que estava para se aposentar. Certo dia ele recebeu do seu chefe a incumbência de ensinar a um jovem, que viria a ser o seu substituto, as suas atividades diárias. Disse a ele também que o jovem chegaria na manhã seguinte e que ambos se encontrariam na sua primeira atividade junto ao comboio de vagões de carga que, diariamente, ficavam estacionados na estação durante boa parte do dia.
No dia seguinte, como de costume, o senhor já estava no seu posto de trabalho, habitualmente, antes do horário de início e aguardava a chegada do jovem. Passado alguns segundo, eis que chega o rapaz, cheio de energia e vitalidade e se pôs a acompanhar o senhor. Ambos seguiam juntos pelo comboio onde o senhor, de posse de um martelo, batia nas rodas dos vagões, um por um, ouvindo, atentamente o estrilar de seu martelo quando o batia nas rodas.
Fizeram isso por algumas unidades e, depois de muito ouvir o tilintar do martelo batendo nas rodas dos vagões, onde o senhor operário sequer mencionava alguma palavra, subitamente o jovem disse a ele...
- Por gentileza, podemos dar uma paradinha aqui?
De pronto, ambos pararam e o senhor perguntou...
- Qual foi o problema, não está gostando da atividade?
Quando o jovem disse...
- Não é isso, mas eu gostaria de saber por que é que nós estamos fazendo isso, o senhor pode me explicar?
Quando o senhor respondeu...
- Faço isso já há 35 anos e nunca fiz essa pergunta para ninguém... Agora você, nem bem começou a trabalhar já está tão curioso em saber?
Moral da história: Saber o “motivo” pelo qual fazemos as coisas, sempre nos fará menos ignorantes, independente do assunto.
E você, quer saber o motivo pelo qual o velho operário batia nas rodas dos vagões?
É simples... Pelo som produzido nas batidas do martelo contra as rodas, é possível reconhecer alguma rachadura nas mesmas.
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