Crônicas

Cerca de 775 crônicas

⁠Crônicas de um diaristas
Hoje me sinto triste, confuso, decepcionado, perdido, aborrecido e com um alto teor de me recusar a viver. Podia considerar Isto como um diário, mas não é o caso. Diário é para adolescentes que não compreendem nada ainda, não sabem quem são, para onde vão, o que precisam e quais as suas prioridades. Embora haja nisso uma semelhança muito alta, pois ainda sinto estes sentimentos e dúvidas pairando na cabeça e, confundo-me às vezes se de fato passei dessa fase de reclamações e imaturidade, na verdade há fases que um homem nunca passará. Quero compreender a razão disso... Nada que façamos nos fará adultos e responsáveis, somos uma metade de tristeza sem razão, decepção constante e perdas que provocamos. Acho que nesse momento estou mais perto de considerar estas escritas como o preâmbulo de um diário, infelizmente, prova que, há “adolescência em mim ainda, há irresponsabilidade, há perdas constantes, há amor sem conhecer , há ódio sem nunca ter visto e desejo de algo que não terei”. Mas tudo bem!
Quem quiser ler-me como alguém que escreve a um diário, tudo bem, entendo que tudo nessa vida vagabunda, não passa mesmo de um diário.

Inserida por aurio_rodrigues_ar

⁠⁠Crônica pequena
"A VIDA, O MAIOR ESCÂNDALO NA HISTÓRIA HUMANA"

⁠Era 2023, quando estávamos no verão de outubro á dezembro. A cidade parecia desabitada...Preservar a vida era a nossa maior preocupação, e o barulho inquietante nos causou desconforto, pois conceituados políticos viviam com um sentimento de apreensão.

Inserida por Bissueque

MALUCO SENSATO (Crônica)


Diz o provérbio popular, cada doido com sua mania, sobre ele, grande parte dos atores sociais constroem uma prenoção sobre a configuração daqueles sujeitos que por uma construção social expõe lampejos de uma suposta "loucura".
Me aproprio dessa representação no intuito de refuta-la. Pois bem, vamos aos fatos. Na rua onde resido todas as manhãs tenho registrado a presença de um sujeito conhecido por "Ciço doido ou cabo Ciço", que passa logo cedinho para o centro da cidade, em ato continuo, retorna ao meio dia.
Na minha dedução aquele comportamento é peculiar de qualquer indivíduo em ritmo de trabalho.
Porém nos últimos dias tenho observado que ao voltar de seu passeio matinal aquele sujeito apresenta um comportamento alheio ao que se denota pela manhã quando volta visivelmente embriagado e, proferindo palavras não condizentes à sua aparente realidade tais como: "É pra matar ou pra morrer". Em voz alta e bom tom entre outros... Assustando transeuntes, moradores e crianças que subjetivam aquela suposta "loucura" como sendo um perigo iminente.
Não obstante, em outro momento encontrei-o a chorar e, contrito em seu íntimo - Percebia-se.
Aquilo me desperta curiosidade em desvelar sua aflição, ou quiçá, sua "loucura". No entanto me deparava a um grande obstáculo que seria como aborda-lo de maneira a não ferir seus sentimentos, sejam eles quais forem.
E para minha sorte ou felicidade, nesta manhã ele ao me ver de fronte à minha casa parou e fitou-me o olhar com profundidade e um aterrorizante silêncio. Aquilo me assustou é fato!
Todavia me facultou o poder indaga-lo. E assim o fiz. Olá Ciço tudo bem? Sobre o mesmo silêncio ele caminha até minha pessoa cabisbaixo, e ao erguer a cabeça me pede algo para comer, de pronto, peguei alguns pães, bananas e uma xícara de café, convidei-lhe para entrar, e ainda emudecido sentou-se à calçada rapidamente comeu e saiu.
Concomitantemente, diante de peculiar comportamento, confesso, só me fez substanciar minha curiosidade em saber porque aquele indivíduo apresentava comportamento arredio, de tamanho sofrimento e, porque era entendido como doido.
Dias depois resolvi segui-lo até sua residência que não ficava tão distante, ao vê-lo entrar logo percebi que não havia trancas na sua porta e logo se ouvia seus gritos de revolta e alguns palavrões, em seguida clamava pelo filho enquanto chorava copiosamente.
Fiquei estarrecido com aquela cena e resolvi procurar a vizinhança que logo disseram: Ah. Isso é assim todos os dias! Já estamos acostumados, é porque depois que a mulher deixou ele, ele saiu do emprego, o filho se envolveu com drogas e está preso.
Por conseguinte, descobri que ele gostava de frequentar a barraca do Elói que fica de fronte ao estádio de futebol aqui em Esperança-PB onde ele ia todos os dias quando passava pela minha casa.
Diz-se de um lugar pitoresco ou um pequeno comercio onde os viciados em drogas licitas ou não (excluídos), se encontram para se socializarem e só ali ele se encontra enquanto ser. Segundo o próprio.
Moral da história - A loucura e seus loucos, nada mais é que uma construção social objetivada por aqueles indivíduos cujo sentimento é segregar àqueles que não apresentam à sociedade um padrão de comportamento condizente com suas aspirações, e que se apresentam como exóticos, estranhos, esquisitos.
Seja do ponto de vista da moradia, indumentária, físico ou intelectual. A fim de demarcar sobre essas minorias uma relação de poder subjetivamente repressora e dominante.
Sei que o papo está um tanto quanto depressivo. Vou colocar um ponto por aqui. Aproveitando para me encontrar com meu também louco sensato e degustarmos um cafezinho sociológico diga-se de passagem sem açucares.

Inserida por NICOLAVITAL

⁠⁠CRÔNICA AO COTIDIANO:
Há momentos que pensamos em um só instante Pluft... Jogar tudo para o alto e desaparecer... Evaporar em brumas e só!
Você ainda não se sentiu assim? Como se estivesse dentro de um quarto fechado sem entrada nem saído? Como uma roupa justa, justíssima, sob sol a pino. Feito uma gravata sufocando-lhe a respiração?
Quiçá o sapato mutilando seu quinto dedo.
É certo dizer que assim nosso mundo desaba sobre nossas cabeças deixando transparecer não ter fim todo esse sofrimento que sucumbe nosso bom humor em um contexto que propõe empatia.
Ah! Você não se liga? Ou nunca vivenciou?
Certamente és o pensamento de que as estações são mutáveis. De maneira seleta e glamurosa. Ah! Como é assustador esse nosso momento de ausência.
Ora! Quem nunca viveu esse tédio e suas maluquices em seu cotidiano de outrora?
Então, mirem-se nas Marias/Marias – Fateiras do nosso sobrevivente Araçagi que nas tardes de sexta-feira cantarolavam em suas margens enquanto lavavam seus “fatos” vendidos no dia seguinte na feira livre da “Esperança”.
Tais quais as lavandeiras do romântico Tejo, do imortal poeta português Fernando Pessoa que também foram vítimas dessa famigerada pantera austera.
Não obstante, só depois de crescidos convivemos com esse mal.
Todavia, só há um lenitivo para a cura desse Mal Agouro que assola a humanidade. Renascer... Deveras renascer.
Será? Ou quem sabe se espelhar nas Marias/Marias do Araçagi ou nas lavandeiras do Téjo que além de lavarem seus “Fatos”, deixavam fluir naquelas águas correntes seus tédios para aflorar a vida.

Inserida por NICOLAVITAL


CRÔNICA, PAIXÃO PELA ESCRITA.
Escrever é um exercício de amor ou quase santidade. E, como os apaixonados nossas criações faz despertar o egocentrismo intrínseco ao ser.
Todos os textos que escrevo, sempre imagino que as pessoas assim como eu, também vão gostar e admirar. E no intuito de mensurar essa ideia, eu quase sempre peço a opinião dos meus próximos que na maioria das vezes, minimiza com a deprimente frase.
- Eh! Mais ou menos. [Com uma discreta torcida no nariz]. Claro, ninguém é obrigado a gosta do que eu gosto ou faço.
Mas não é de se negar que diante de tamanha afirmativa, não role certo desanimo. ai a gente coloca aquele textinho de molho em um “balde de água fria” Mas como toda mãe e todo pai nunca vai aceitar que seu filho seja feio ou imprestável. Logo o abraçamos oferecendo-lhe o calor do sentimento.
- E ai, fazemos novas leituras, colocamos a quarar no anil.
- E outras e outras leituras, para podermos expô-lo Como diria Graciliano Ramos.
- E só após, postamos para o veredito social.
- Transbordando-nos de curiosidade para saber qual vai ser a aceitação daquela obra.
- Nos tornando uma capsula de ansiedade e esperança.
E ante uma diversidade de opiniões, eis que surge uma alma que se reconhece ali naquele texto, e se declara admirador do autor, mesmo sem nunca tê-lo visto. Talvez fosse um gesto saudosista ou um instante de ínfima lucidez.
- Mas no cotidiano do autor é inexoravelmente o êxtase.
- O condimento para seguir sua caminhada com esmero e carinho.
E então se conclui que o ato da escrita é quase um sentimento de santidade. É como fazer Hamlet lá 1956, com câmeras pesadíssimas sem VT, sem cores, sem nada. Só paixão e raça.
E somente por amor verdadeiro nos propomos a escrever em uma nação em que não se prima pela leitura crítica e pensante.

Inserida por NICOLAVITAL

⁠CRÔNICA AMOR ANIMAL
Ontem, às primeiras horas da manhã, o sujeito viajava de moto vindo do trabalho após três longos dias de plantões ininterruptos aonde trabalhava e, ainda na BR 104, na altura do quilometro 87, um cachorro magro e rabugento totalmente distraído ou quem sabe, de proposito atravessava a pista de rolamento e o motoqueiro não muito perito no que fazia e sem muitas alternativas Bummm.
Quase parado por ter tentado uma brusca frenagem, colidiu com o vagabundo que escapou ileso. Apenas alguns berros Ai ai ai ai...
Entretanto o nosso protagonista não teve a mesma sorte e foi de encontro ao rígido solo asfáltico.
- Ao chegar em casa todo rasgado.
Roupas e joelhos bem ralados e machucados, logo sua mulher lhe indagou.
- O que foi isso homem?
- Nada, apenas ati em um cachorro e quase morri!
Com a cara de assustada ela torna a perguntar.
- Nossa, não acredito, matasse o bichinho?
E o sujeito meio sem jeito resmungou.
- pasmem, que amor animal o seu?!
E, ela, agora com cara meio de tacho abre um pálido sorrido de desculpas.
- Por fim, dias após, os protagonistas se encontram por coincidência no mesmo lugar.
O motoqueiro até hoje vive a usar unguento em seu joelho ralado e seu malfadado coração.
-O cão vagabundo?
Feliz à beira da pista a latir sem casa e sem marca.

Inserida por NICOLAVITAL

⁠Tempo ao Tempo.
Chatice crônica.

Não reclamemos da vida, por motivos banais e corriqueiros.
Assim procedendo, nos intoxicaremos de "chatice crônica".

Nossos parentes e pessoas próximos gradativamente se afastarão.

Nós, certamente, iremos pensar; essas pessoas somente querem saber delas.

O processo se agravará, de forma cíclica, a cada reclamação.

Portanto, não reclamemos aqui !
.

Inserida por FRabello

⁠Reflexões Sobre o Desabafo
(crônica)

É comum — quase corriqueiro — encontrar alguém que, no intervalo do café ou numa conversa despretensiosa, deixa escapar o peso dos próprios dias.
Despejam, sem cerimônia, as frustrações que apertam o peito:
o trabalho que exige demais,
a casa que nunca está em ordem,
o marido bagunceiro, ranzinza, pão-duro,
os filhos que não colaboram, que não estudam, que vivem grudados ao celular.

Falam dos pets que dão mais trabalho que companhia,
dos negócios que andam tropeçando,
dos sonhos adiados que já nem sabem se ainda são seus.

E a gente escuta — porque também precisa ser ouvido.
Porque falar parece aliviar.
Desabafar parece resolver.
Como se o simples ato de partilhar fosse suficiente para reorganizar o caos.

Mas será que estamos mesmo lidando com os problemas… ou apenas empurrando-os para fora, esperando que o outro nos ajude a carregá-los?
Será que desabafar, sempre, não vira um atalho para fugir de nós mesmos?

E se, em vez de apenas falar, a gente aprendesse a escutar… mas escutar a si.
Se olhássemos com mais cuidado para o que está dentro, onde os verdadeiros incômodos fazem morada?
Talvez, então, estivéssemos dando um passo além da queixa — rumo ao amadurecimento.

Porque crescer dói.
Dói encarar que, às vezes, o que mais nos irrita no outro é o reflexo do que não curamos em nós.
Dói perceber que não temos controle sobre tudo, nem todos — mas temos escolhas.
E, entre criticar ou ser exemplo, o segundo costuma ecoar mais fundo.

É preciso parar.
Nem que seja por um instante.
Um gole de silêncio entre as falas.
Um olhar mais suave sobre o mundo.
Uma escuta mais atenta para quem somos — e para quem estão ao nosso lado.

Pergunte-se:
O que me afeta, realmente?
Cabe a mim mudar algo?
Isso fala de mim ou do outro?
Onde está o meu papel nessa história?

Talvez a gente descubra que a vida não é sobre estar certo, mas sobre estar presente.
E que ninguém é perfeito — nem precisa ser.
Mas todos temos a chance de sermos mais gentis, mais compreensivos, mais inteiros.
Com o outro.
E, principalmente, com nós mesmos.

Inserida por WisleneCardoso

⁠"Ser Mulher"
Crónicas da Mary
Ser mulher é ser mais que um objecto ser motivo de "Prazer" "Sedução " a mulher que preze pelo seu valor ela se destaca das demais se faz notar sem fazer grande coisa ..
Basta ser ela própria.
Mulher deve saber honrar seu estatuto ..
Vc se torna única no momento em que se posiciona imperado o respeito pelos outros e por vc mesma sem se render a "Vulgaridade "
Ola meu nome "Mary"nome artístico há uns 20 anos em homenagem a um Amor que tive ..
Que me chamava de Mary que me fazia chorar para eu ser forte ..
Era duro comigo porque eu era uma criança acreditado no pai natal ..
Ele que me chamava Mary e passava madrugadas a falar comigo porque era Segurança..
Foi um Amor muito lindo e platónico nunca tivemos um caso físico..
Nos conhecemos pessoalmente apenas para beber um café..
E hoje ?
Somos ainda amigos mal nos falamos porque a vida vai tomado outro Rumo ..
Mas minha Gratidão por tudo o que fez por mim será enterna ..
Meu Lema Amar cada pessoa que passa em minha vida respeitar as pessoas entrar e sair da vida das pessoas com a mesma classe que entrei 💗
Bjs Mulheres lindas do Tik Tok !

Inserida por MaryGoncallves

Uma Crônica

Na pequena cidade de um interior pernambucano, cercada por três serras altivas e vigiada pela igreja matriz, erguia-se uma família moldada pela aspereza da vida e pela obstinação dos sentimentos. Janeiro , o pai, era um homem de palavras ásperas e álcool constante, cuja presença pesava como nuvem carregada sobre o lar. Sua voz, embriagada e intempestiva, era tanto um fardo quanto uma sombra que apagava o brilho da casa humilde.
Maria da Esperança, porém, era o contraponto àquele caos. Pequena em estatura, mas gigante em esperança, carregava no peito um desejo indomável de dias mais claros. Via no horizonte das serras a promessa de um amanhã menos duro, e mesmo em meio à penumbra, plantava sonhos nos corações dos seus quatro filhos, cada qual um universo singular.
Setembro, o primogênito, era a encarnação das paixões do pai. Seu mundo era feito de noites de viola, copos cheios e risadas ruidosas. Herdara o sangue fervente e a alma boêmia de Janeiro , para o desespero de Maria, que, mesmo assim, enxergava nele uma bondade oculta, uma centelha de redenção entre as cinzas.
Novembro, o segundo, vivia em outro compasso. Era o sonhador, o arquiteto de palavras e ideias. Passava as noites sob a luz trémula das velas, rabiscando versos e planos que prometiam libertar a família das garras do destino. Queria ser professor, escritor, um viajante nas asas da imaginação.
Abril, o terceiro, era o centro de gravidade. Um pilar de racionalidade e coragem. Com sua mente afiada de advogado e o coração de filósofo, ele trazia ao mundo a ordem que a vida tantas vezes negava. Era o conselheiro, o estrategista, o guardião das esperanças da mãe e o guia dos irmãos.
Ariano, o caçula, era um cometa de energia. Ariano de alma, trazia consigo a marra e a confiança de quem desafia a gravidade. Tinha nos olhos o brilho de quem acredita no próprio destino e nos gestos a audácia de um guerreiro pronto para enfrentar o mundo.
A infância dos quatro foi forjada na aridez do sertão, sob a sombra de Janeiro , cuja violência feria tanto quanto a seca. Até que Maria, exausta e ferida, decidiu partir. Deixou para trás não apenas o lar, mas também o medo, levando consigo apenas a esperança de que seus filhos sobreviveriam.
Sozinhos, os irmãos aprenderam a lutar contra o vento. A solidão assumiu a liderança com sua bravura impulsiva; Novembro encontrou refúgio nas ruas e no sitio logo depois; Abril seguiu Novembro, mas tinha seus planos próprios, e Ariano, com sua confiança inabalável, encarou o futuro de frente.
Com o passar dos anos, as serras continuaram a guardar a memória daquelas lutas. A igreja matriz, sempre firme, testemunhou o retorno de Maria, agora mais forte e com os olhos brilhando de orgulho por seus filhos. Janeiro permaneceu o mesmo, mas os filhos o perdoaram, compreendendo que o amor que herdaram vinha de outro lugar — da coragem inquebrantável de Maria.
Assim, na simplicidade daquelas terras, escreveu-se uma história de dor, esperança e redenção. As serras, eternas vigias, e a igreja matriz, guardiã dos sonhos, testemunharam o triunfo da família que ousou desafiar o destino e encontrar, no meio da tempestade, o sol.

Inserida por jottaandrade11

⁠Crônicas de Diane Leite

Bem-vindo à Jornada de Reflexão e Transformação

Olá, querido leitor!

Com gratidão e entusiasmo, dou as boas-vindas ao "Crônicas de Diane Leite". Este livro é mais do que uma coletânea de histórias é um convite para refletir sobre os recomeços que moldam nossas vidas. Cada página foi criada para inspirar e conectar você às suas próprias vivências, reconhecendo que cada passo rumo ao desconhecido é uma oportunidade única de crescimento e autodescoberta.

Vivemos em um mundo onde a mudança é a única constante. Ao longo da vida, somos desafiados por novos começos: mudar a maneira como enxergamos o mundo, abandonar crenças que já não nos servem, iniciar um relacionamento que nos ensina sobre amor e vulnerabilidade, ou descobrir uma paixão que reacende nossa chama interior. Esses momentos são sementes de transformação que, mesmo em meio aos desafios, nos impulsionam a crescer.

Esta jornada começa com o reconhecimento de que cada início é único, mas também universal. Ao longo dos capítulos, você encontrará histórias que simbolizam os diferentes aspectos dos recomeços. Meu desejo é que elas ressoem com você e o inspirem a enxergar os seus próprios caminhos com novos olhos. Afinal, o que significa realmente começar? É um chamado para abandonar a zona de conforto e abraçar a aventura de se redescobrir.

Espero que este livro o guie em sua própria jornada de autoconhecimento e que, ao virar cada página, você se sinta inspirado a explorar o poder transformador dos recomeços.

Com carinho,

Diane Leite.

Inserida por dianeleite


PREFÁCIO

Crônicas de Diane Leite
O Chamado para a Transformação

Há histórias que nascem no silêncio.
Como aquela tarde em que me sentei à beira do rio, observando as folhas caírem na água, e percebi que elas não lutavam contra a correnteza – apenas seguiam. Assim como eu, anos atrás, quando a vida me levou a lugares que jamais imaginei pisar.

Este livro não é sobre respostas.
É sobre perguntas que ecoam no escuro do seu quarto, quando o mundo dorme e só resta o bater do seu coração. Aquela dúvida que você não ousa compartilhar, a saudade que não tem nome, o vazio que insiste em sussurrar: "E se houver mais?"

Escrevi essas palavras não como autora, mas como alguém que já se perdeu no próprio labirinto.
Como a mulher que carregou 35 quilos de dor nas costas e descobriu que leveza não está no corpo, mas na forma como olhamos para o espelho da alma. Você sabe do que falo. Todos temos nossos 35 quilos.

Aqui, não há lições.
Há espelhos.
Frases que vão se infiltrar em você como a luz da manhã entra pela fresta da janela – sem pedir licença, sem fazer barulho. Até que, de repente, você percebe: está vendo partes de si que nem sabia existirem.

Não me importo se você acredita em destino, ciência ou magia.
Importa-me apenas que, ao virar estas páginas, você sinta.
Como sente o cheiro da chuva antes da tempestade.
Como reconhece o gosto amargo da despedida antes mesmo de ela chegar.
Isso é o que importa: o que habita nas entrelinhas da sua existência.

Se algo aqui tocar você, não fui eu quem escreveu.
Foi a parte sua que ainda lembra como é ouvir a própria voz em meio ao ruído do mundo.

Com fé e autenticidade,
Diane Leite

Inserida por dianeleite

Crônica – Carta de uma alma para outra.
Por Diane Leite




Eu não sei quando foi que minha alma esbarrou na tua. Talvez tenha sido antes do tempo. Talvez tenha sido depois que o tempo parou. Só sei que, desde aquele instante, nada mais coube no raso.

Você chegou como quem não queria ficar, mas ficou. Como quem não queria se apegar, mas se apegou. Veio com suas defesas tão afiadas que me cortaram só de encostar. E mesmo assim, eu fiquei. Eu, que sempre fui vento, virei âncora quando te vi.

E não é porque você me ofereceu abrigo. Mas porque, de algum modo estranho e inexplicável, eu senti que era eu quem te oferecia casa — mesmo sem ter paredes.

Não me apaixonei por suas certezas. Me apaixonei pelas dúvidas que você não conseguia esconder. Pelo medo mal disfarçado de não ser suficiente. Pela forma como tentava me segurar com silêncios, planilhas e conselhos, como quem teme que o amor escorra pelos dedos se não tiver um roteiro para seguir.

Mas eu não vim com manual. Eu sou caos e templo. Sou água que escorre por onde quiser e chama que arde mesmo sem oxigênio.

E talvez por isso você tente me controlar. Como se precisasse provar que ainda tem domínio sobre algo. Mas, veja bem... eu nunca pedi que me segurasse. Só pedi que me visse.

Não como quem analisa. Mas como quem reconhece.

Porque eu reconheci você.

Na tua fala contida, na tua necessidade de dar antes de receber, no jeito torto de cuidar como quem diz: “Não sei amar bonito, mas te amo à minha maneira.”

E eu aceitei. Porque minha alma não quer moldes, quer presença.

Mas às vezes, eu também me perco. Me perco querendo te provar que não sou ameaça. Me perco tentando merecer o que já é meu por direito: o amor que pulsa quando nossos silêncios se abraçam.

E então eu volto para mim. Lembro que não preciso gritar para ser ouvida. Que não preciso pagar pelo que me foi entregue com carinho. E que amar não é uma dívida, é uma dança.

Você vem do mundo dos números. Eu, do mundo dos sonhos. E mesmo assim, encontramos um compasso. Às vezes, fora do tempo. Às vezes, desafinados. Mas ainda assim… nossos passos se reconhecem.

E se eu escrevo isso agora, é porque sei: você me entende melhor nas entrelinhas.

Talvez a gente tenha sido feito disso mesmo — de tudo que não se explica, mas se sente.

Então, se um dia o mundo duvidar de nós, que ao menos nossas almas não duvidem uma da outra.

Porque eu não me lembro de onde vim.
Mas sei que, desde que te encontrei,
eu estou voltando pra casa.

Inserida por dianeleite

⁠Crônica: O Amor que Fica

Um dia você acorda e percebe que tudo aquilo que te ensinaram sobre o amor talvez tenha sido só uma história mal contada. O romance de cinema, os finais felizes, os abraços sob a chuva... encantam, sim, mas não sustentam. O amor das páginas dos livros é bonito, mas quando a última folha vira, sobra você — com seus próprios capítulos por escrever.

A vida, teimosa como ela só, não espera aplausos nem repetições de cena. Ela te dá tapas com a mesma força com que oferece abraços. E aí, no meio do vendaval, quando todos os amores idealizados já desabaram, você se vê frente a frente com o único que permanece: o amor próprio. Aquele que te ensina a dizer "não", a entender que não é egoísmo se colocar em primeiro lugar, que limites são formas de carinho consigo mesmo.

E assim, enquanto tenta planejar a rota perfeita, a vida te arrasta para um furacão. Você corre, grita, se pergunta “como isso veio parar aqui?”. E ela não responde. Porque viver não tem manual. Não tem botão de “desfazer”. Só tem o agora — e a areia escorrendo. As escolhas feitas, as pessoas que vêm e vão, as lembranças que se tornam borrões. Tudo passa. Menos você com você.

No fim das contas, talvez o segredo não seja entender tudo, mas aceitar. Agradecer o que ficou, aprender com o que se foi. E quando não houver mais perguntas a fazer, talvez seja hora de fechar os olhos, confiar no que a vida ainda guarda, e simplesmente se jogar.

Porque o que tiver que ser… será.

SimoneCruvinel

Inserida por simone_cruvinel_1

⁠Crônicas do Efêmero

No ritual matinal do café quente,
abre-se o dia com moderação,
enquanto o sol, comedidamente,
ensaiando seu brilho, molda a mesa com precisão.

A brisa, tímida e reflexiva,
percorre as folhas com lembranças,
como quem passeia entre memórias,
de um tempo que, na verdade, nunca se foi.

O riso infantil, puro e indomável,
corre sem destino certo,
como se a vida lhe pertencesse,
e o momento fosse uma eternidade.

Um abraço inesperado,
que sem alarde se anuncia,
carregando em seu simples gesto
todo o peso suave da afeição.

E no reencontro com os amigos,
as palavras fluem sem pressa,
entre risos, confidências e recordações,
como se o tempo, por um instante, se esquecesse de passar.

São essas minúcias da existência,
aparentemente insignificantes,
que compõem, em segredo,
o grande romance da vida.

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠A CRÔNICA DO AMOR

O amor quando é mútuo, supera todos os limites da humanidade, ultrapassa todas as camadas da atmosfera. Transforma-se em algo inenarrável, indispensável e profano. Amar é vagar constantemente rumo ao paraíso. Entretanto não se enganem, esse fenômeno se desfaz. Pois a privação mundana é inerente ao egoísmo que promove a emulação. Assim todo encanto, e toda aquela beleza cósmica transforma-se num caos. É assim que o amor morre, porque ele só é perene quando é regido pela confiança e na cumplicidade sem fim!!!

030822III

Inserida por J6NEMG

⁠Crônica da lealdade

A lealdade é algo que nutre o relacionamento,
Como a seiva que alimenta o caule, este que produz os ramos, ramo que retribui com a flor!
Assim é a lealdade, a verdade e o amor.
A flor gera frutos, os filhos vem do amor!
Os frutos produzem a semente
A verdade fortalece o amor.
As sementes que serão histórias ...
O filho? Este é o mais puro presente do amor.
Afinal! O que é o amor ?

181217

Inserida por J6NEMG

⁠CRÔNICA: OS RICOS NÃO AMAM

Os ricos não amam, eles copulam com a perspectiva da procriação, além de saciarem o ensejo libidinoso intrínseco dentro de si.
Por isso, eles não sofrem, porque não lhes faltam quase nada. São todos detentores do dinheiro, da auto estima, do prazer, do reconhecimento social, até mesmo da capacidade de praticar a indulgência.
Lhes faltam quase nada: Só o amor!!!

151222

Inserida por J6NEMG

⁠CRÔNICA DA AMIZADE

A amizade é salutar, quando surge naturalmente sem sacrifícios. É óbvio que para vivermos em sociedade, compartilhando de um mesmo espaço, é necessário a interação entre as pessoas. Não se vive sozinho neste universo mundano, sempre há a dependência de um para com outro. A amizade se desenvolve através da rotina. Jamais deverás exaltar o quão és amigo para alguém. A plenitude, a magia da vida só acontece quando às pessoas, por si só, reconheçem no próximo tal virtude. Até mesmo porque, dependemos de um desconhecido, tanto quanto necessitamos dos parceiros, da família e dos amigos. Nem sempre quando precisares, encontrarás refúgio num tabernáculo, ao lado de um grande amigo.

240423

Inserida por J6NEMG

⁠CRÔNICA: INFINITAMENTE PIOR ?

Num dado momento da vida, fui detentor da convicção, que o ser humano mais mentecapto e desprezível do mundo, era o cidadão pessimista, sem identidade. O desconhecedor nato, daquilo que é denominado protagonismo. A baixa autoestima massacra o ego do indivíduo. Isso o deixa fragilizado, alvo frágil para seus oponentes. Neste caso, tais opositores são os narcisistas. Que ser abominável! Com o seu padrão de grandiosidade e uma visão excessivamente positiva de si mesmo. É paradoxal, a autoestima inflada deste, que se vê como uma divindade. Mas é compreensível. Traumas do passado, deixam sequelas não é somente nas pessoas inseguras, atingem letalmente os narcisistas. Pois são portadores do ego inflado ou infantilizado, e necessitam exarcebadamente de reconhecimento e autoafirmação.

Numa noite em 2005

Inserida por J6NEMG

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