Cronica o Homem Perfeito
Os cínicos diziam que a verdadeira felicidade não depende de fatores externos como o luxo, o poder político e a boa saúde. Para eles, a verdadeira felicidade consistia em se libertar dessas coisas casuais e efêmeras. E justamente porque a felicidade não estava nessas coisas ela podia ser alcançada por todos. E, uma vez alcançada, não podia mais ser perdida.
"Enquanto ela toma o cafe que eu preparei, olho pra vermelhidao de seus labios e sinto uma baita vontade de me levantar, me aproximar e meter um beijo naquela boca. Quero sentir a carne desses labios e a maciez deles tocando nos meus. Quero respirar dentro dela e com ela. Quero poder cravar os dentes no seu pescoço e colocar a mao em suas costas, passar os dedos em seu cabelo. Com toda a sinceridade. Nao sei o que deu em mim esta manha. Mas logo entendo porque estou me sentindo assim - eu mereço alguma coisa. (...) Eu pelo menos mereço alguma coisa, acho. 'Bem que ela podia me amar nem que fosse por um segundinho', mas eu sei. Sem duvida, sei que nao vai rolar nada. Ela nao vai me beijar, se bobear nao vai nem encostar em mim. (...) Ela nao quer sentir nada assim por mim, e eu consigo aceitar isso, mas fico me perguntando se ela algum dia vai saber que ninguem vai ama-la tanto quanto eu. (...) Acho que ela prefere fazer o negocio sem nenhum significado nem verdade. Fazer por fazer, sem correr os riscos de se apegar. Nao posso fazer nada se ela nao quer o amor de ninguem, so posso respeitar."
Dos que conheço, os únicos artistas pessoalmente agradáveis são os maus artistas. Os bons artistas existem apenas no que fazem e, por conseguinte, são absolutamente desinteressantes no que são. Todo grade poeta, de verdade, é, de todos, a criatura mais sem poesia. Os poetas inferiores, entretanto, são fascinantes. Quanto piores forem suas rimas, mais pitorescos parecem. O simples fato de publicar sonetos de segunda categoria faz de um homem uma pessoa assaz irresistível, pois ele vive a poesia que não consegue escrever, enquanto os outros escrevem a poesia que não ousam vivenciar.
Eu tinha que voltar, mas, antes que percebesse, era verão. Estar com vocês dois… era tão divertido. Foi a primeira vez que vi um rio na superfície. A primeira vez que andei de bicicleta. A primeira vez que descobri quão vasto é o céu. E, acima de tudo, a primeira vez que vi tanta gente num só lugar.
Havia uma pintura que eu queria ver. Não importa quão longe… Nem onde estivesse… Não importa quão perigoso fosse… Eu queria vê-la. Na minha época, ela já tinha sido destruída num incêndio. Sua localização antes dessa época era desconhecida. Só foi confirmada sua existência nessa época, nesse local, nessa estação. Eu só precisava vê-la. Eu ia me lembrar dela pelo resto da vida.
Eu me impressiono com o que somos capazes de fazer para nos esconder do mundo. Talvez porque não queiramos que as pessoas saibam como são importantes para nós. O que é engraçado, porque a verdade é que faríamos qualquer coisa por elas. Vencemos grandes distâncias, arriscamos nossas vidas, até enfrentamos monstros. Mas eu entendo que é assustador admitir que precisamos dos outros. Alguns podem ver isso como fraqueza, um empecilho. Afinal, existe algo mais doloroso do que perder alguém que amamos? Ou pior… descobrir que alguém que você ama te abandonou? Deve ser por isso que pensamos que precisamos nos esconder e nos proteger. Então, nós usamos máscaras. Não é difícil entender o porquê. O difícil é perceber que, às vezes, a máscara é quem somos de verdade.
Orlando
Sou homem
Sou mulher
Sou o que eu quiser
Seu ódio não me cala
Seu ódio não me barra
Seu ódio não me atinge
Seu ódio não me amarra
Morro junto com eles
Todos os dias
Morri junto com aqueles cinquenta
Se for pra tacar pedra
Não começa, nem tenta
Se não gosta, cai fora
Nada mais é como foi outrora
Teu discurso tá fora de hora
Siga seu rumo e vá embora
Homem robô, você fará o que quer?
Ou o que esperam de você?
Será que o que você quer é o que mostraram a você?
Amor e ódio caminham de mãos dadas.
Homem robô, não se esqueça de bater seu ponto,
tome seu café e então produza,
veja uma mulher que te seduza,
mas você nunca vai a ter.
Homem robô, não chore, não mate e não roube,
coma, beba, fume e durma,
não se esqueça de obedecer a programação.
Homem robô, impostos são bons e gente do bem paga,
não se preocupe com as trágedias diárias,
os dias iram melhorar (ou não).
Homem robô, quem tem dinheiro merece respeito,
não importa o que tenha feito,
a liberdade é algo que se pode comprar.
Você já fez sua poupança?
Vai herdar alguma herança?
Ganhou na loteria?
Me desculpe, homem robô, não há vagas para você,
volte outro dia.
O homem é dono do seu fracasso e do seu sucesso.
Por outro lado,Deus na sua infinita sabedoria fez o homem para ser rei da terra e dono de tudo,com sabedoria, inteligência e livre arbítrio,portanto cabe a ele pôr a mão na massa e transformar o seu mundo com toda autoridade que Deus lhe deu desde a criação do mundo.
Quando se quer alguma coisa ou conquistar algo, se usa qualquer meio, se é santinho(a), perfeito(a) gentil, carinhoso(a) amável, compreensivo(a), humano(a), enfim vivem em um palco de mentiras e enganações, o que na realidade não são o que dizem ser, o que não podem ser, e o que não podem fazer, infelizmente esse é o dom de muitos(as), idiotas é quem acredita em todos esses adjetivos...
O mundo anda em crise há longos anos a despeito do pensamento econômico das diferentes épocas do nosso século; Keynes, Karl Marx, Galbraith, Adam Smith - mesmo assim, com todo o somatório de idéias, os eventos que ofuscaram e vida das pessoas mundo afora, não deixaram de existir; muitas vieram rapidamente, outras moderadamente e outras tantas, chegaram e ficaram por muito tempo e vez por outra, aparecem, para que os estudiosos do assunto, nunca se afastem da realidade do dia-a-dia.
"Se" houver certeza da existência de um Deus criador de tudo então o homem não está apar de questionar sua própria existência,mas enquanto não houver certeza toda ideia (seja ela de qualquer natureza) está impelida de cogitação. Mesmo aqueles que escondem-se atraz de sua própria fé um dia já temeram estar enganados,a incerteza de Deus é um enigma de natureza invisível,é a desculpa do agnosticismo,é a doença do sábio e a hipocrisia dos eruditos...
O homem deveria aceitar o seu destino. Nada acontece por acaso, diziam os estóicos. Tudo acontece porque tem de acontecer e de nada adianta alguém lamentar a sorte quando o destino bate à sua porta.
Também as coisas felizes da vida devem ser aceites pelo homem com grande tranquilidade.
Ainda hoje falamos de uma 'tranquilidade estóica' quando queremos nos referir a uma pessoa que não se deixa inflamar por seus sentimentos.
União
Contam que um certo homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. Foi quando ele chegou a uma casinha velha - uma cabana desmoronando - sem janelas, sem teto, batida pelo tempo.
O homem perambulou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol .
Olhando ao redor, viu uma bomba a alguns metros de distância, bem velha e enferrujada. Ele se arrastou até ali, agarrou a manivela, e começou a bombear sem parar. Nada aconteceu.
Desapontado, caiu cansado para trás e notou que ao lado da bomba havia uma garrafa. Ele a limpou e removendo a sujeira e o pó, e leu o seguinte recado: "Você precisa primeiro preparar a bomba com toda a água desta garrafa, meu amigo. E uma observação no final dizia: "Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir.
O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água. A garrafa estava quase cheia de água! De repente, ele se viu em um dilema: Se bebesse aquela água poderia sobreviver, mas se despejasse toda a água na velha bomba enferrujada, talvez conseguisse água fresca, bem fria, lá no fundo do poço, toda a água que quisesse e poderia deixar a garrafa cheia para a próxima pessoa... mas talvez isso não desse certo.
Que deveria fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar a água fresca e fria ou beber a água velha e salvar sua vida? Deveria perder toda a água que tinha na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não se sabia quando?
Com muito medo, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear... e a bomba começou a chiar. E nada aconteceu!
E a bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água; depois um pequeno fluxo, e finalmente a água jorrou com abundância!
A bomba velha e enferrujada fez jorrar muita, mas muita água fresca e cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela até se fartar. Encheu-a outra vez para o próximo que por ali poderia passar, botou a rolha e acrescentou uma pequena nota ao bilhete preso nela: "Creia em mim, funciona! Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta!"
Podemos aprender coisas importantes a partir dessa breve história: Saiba olhar adiante e compartilhar! Aquele homem poderia ter se fartado e ter se esquecido de que outras pessoas que precisassem da água pudessem passar por ali. Ele não se esqueceu de encher a garrafa e ainda por cima soube dar uma palavra de incentivo. Se preocupe com quem está próximo de você..
ESPIRITUALIZAR-SE
A espiritualidade é o patrimônio mais precioso e sagrado dentro de cada homem e também o maior desafio a ser descoberto nos limites de sua própria intimidade., porém esquecida pela a maioria, por viverem na superficialidade da vida física e é exatamente por esse motivo que vivem no caos.
A inteligência é o mecanismo pelo qual o Homem consegue fazer uma leitura mais apurada do mundo que o cerca.
Quanto mais ele avança no que diz respeito ao conhecer, sua visão amplia-se para além das fronteiras que ultrapassam os caminhos do conhecimento.
Agora, o que ele irá ou não fazer com sua inteligência dependerá de sua perspicácia.
Não há solução nem saída. O que há é o caminho e caminhamos nele. Podemos escolher como caminhar, mas geralmente caminhamos como nos mandam, como nos induzem, nos condicionam, nos fazem crer que é melhor. Mentiras interesseiras nos conduzem. E quando nos revoltamos, levamos os condicionamentos à frente em falsas lutas por mudanças. Não há luta, há serviço. Lutar é uma ancestralidade a ser superada no caminho, mas é mantida, estimulada, atiçada ao máximo pela educação, pela cultura, pela publicidade, pela mídia avassaladora. A mentalidade implantada é a da competição, do conflito, do confronto. Fácil pro controle do sistema social. O que essas parasitas podres de ricas temem é a instrução, a informação, a solidariedade, a autonomia, a tomada de consciência e a união dos povos.
Mulher não gosta de dinheiro, quem gosta de dinheiro é homem. Mulher gosta do que pode comprar com o dinheiro. Homem gosta da facilidade com que aparece quem possa gastá-lo. Quem capitalizou a mulherada foi o prazer masculino. Não culpe as interesseiras, afinal, elas não existiriam sem os trouxas.
Hoje acordei com aquele frio na barriga, mas não era tristeza e nem euforia: depois de um café, algumas leituras, entre na página de Martha Medeiros para a lição do dia: ser um homem melhor!
Sim, faço esse exercício diariamente: leio páginas que escrevem para elas e acredito que isso vai naturalmente impregnando em mim e eu vou um dia, quem sabe, ser um bom homem sonhado por uma mulher boa.
Me atende se eu conseguir ser isso! Descobri que somente lavar, passar, cozinhar e cuidar das crianças, enquanto mantém uma atividade profissional, não me tornou esse homem. Fui expelido!
Depois de longas reflexões em desistir desse objetivo, resolvi continuar a jornada: quero melhorar.
A minha nova descoberta: me guardar. Vou sair dessa coisa de viver por "tentativas e erros", vou esperar essa boa mulher, que também como eu, caminha também em busca de ser uma boa mulher para um homem bom, em evolução...
A CRÕNICA é um gênero de entretenimento. O romancista, o poeta e o contista não precisam e é bom que não precisem entreter o leitor. O cronista é um cara que aparece no século 19, com a imprensa, e a crônica surge para amaciar o jornal. Uma espécie de recreio do jornal, em que o leitor está lendo sobre absurdos, dá uma respirada. É uma brisa no jornal. Então, tenho essa consciência de que meu papel ali é de entreter o leitor. Entretenimento é visto, geralmente, com preconceito. Como se o entretenimento fosse inimigo da reflexão e da profundidade. Eu discordo. Você pode entreter pelo humor, pela comédia, pelo lirismo. Nosso maior cronista, Rubem Braga, não é um cronista que tinha o humor como sua principal característica. Ele era, principalmente, lírico. Muitas vezes, a crônica dele é triste e nos deixa tristes, mas a tristeza pode ser, de certa forma, uma maneira de entretenimento. Uma certa melancolia é uma maneira de saborear a vida e encará-la. Tenho isso em vista quando escrevo crônicas: chegar até meu público e tentar falar alguma coisa que seja prazerosa.
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