Crença
Somos especialistas em empregar filosofia e ciência para racionalizar algo em que, por razões absolutamente não-filosóficas e não-científicas, acreditávamos desde o princípio.
Vamos supor que deus nos diferenciou dos demais animais quando nos dotou de inteligência, raciocínio e livre arbítrio. Ele deseja que acreditemos nele, mas escondeu as provas diretas e incontestáveis de sua existência. Acreditar em deus sem provas seria então uma elevação da inteligência, do raciocínio e do livre arbítrio ou a simplesmente degeneração de todos estes em loucura?
Um sinal comum em todas as religiões é o reconhecimento de que a condição humana é de alguma forma “insatisfatória”, ou decaída ou incompleta, e que nossa felicidade ou salvação ou elevação dependem de um estado de bençãos ou algum outro tipo de nirvana.
No fundo, as pessoas oram não por amor, gratidão ou devoção, mas por intercessão: rezar é protocolar uma petição de favores na mesa de um vertebrado gasoso imaginário.
O habito de mentir faz com que o mentiroso acredite em sua mentira e por mais absurda, ele crê que ela seja verdadeira!
A mentira é um mal necessário, minta só se for par salvar uma situação.
A mentira desnecessária traz o descredito de uma possível verdade!
Sabemos que muitas pessoas do nosso convívio optaram por doutrinas religiosas que os mantêm no cativeiro da alma, mas não podemos sufocá-las com a nossa vontade de que elas despertem desse terrível sono. É preciso deixá-las refletir através do nosso silêncio dedicado, dai então a Inteligência Suprema, que insufla a intelecção humana com a ânsia da razão, ascenderá um fio da verdade em seus seios.
Pensar e agir para obter o melhor pode até não ser fácil, mas é muito mais produtivo do que deixar o pessimismo tomar conta dos pensamentos, ideias e ações.
Para lograr êxitos, faça a sua parte empenhadamente. O que não estiver na sua alçada, entregue aos cuidados de Deus!
Não importa a extensão e o limite das crenças individuais, a natureza será sempre uma manifestação divina, nas flores, plantas, bosques, montanhas, lagos, rios e praias,
como expressão de um sentimento de amor e paz.
Antes eu duvidava que alguém pudesse viver pela fé: agora creio que muitos vivem, exclusivamente, da fé, alheia.
