Correr Lágrimas
Sempre que o tempo não justificar as lágrimas que correm nos olhos de uma mulher que cuida os seus filhos sobre a ausência de um progenitor aventureiro, não podemos olhar impávidos e serenos o declínio que se impõe à sociedade da próxima geração.
Foram tantas
as lágrimas que
logo me transformei
em água, correntes, chuva, um rio interno
que com certeza iria desaguar no mar,
eu não me importaria
em ficar lá no fundo,
nem mesmo a
falta do ar me
derrubou.
Ando
caminhando sem chão, carrego esse rio imenso dentro de mim como afirmação que
o mar ainda não me abraçou.
Assim É
Uma lagrima em meu rosto, tem nome de liberdade
Duas lagrimas a correr...fui escrever e li...Saudade
OriMaR LeuNaM
(escultor tatuadr trovador das letras e das palavras)
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POSIÇÃO CORRETA
Eu juro
Que jamais estaremos sós
A lágrima que escorreu
Escapou de toda a dor
E seremos livres como ela
As noites nem sempre são longas
Longas mesmo
Serão as nossas vidas
Eu não posso provar
Mas provo do sabor que a vida pode dar
É fácil dizer
Se não sofro por você
As nossas vidas serão para sempre
Já é hora de ter paciência
Sei que a vida te obrigou a ser forte
Porém até o forte se cansa
Coloque o seu coração
Na posição correta
Pois nunca será tarde de mais
Não, não assim
Lágrimas silenciosas correm no meu rosto enquanto teu silêncio grita na minha alma.
Você meu mundo...
Eu pouco, eu nada, nem migalha.
1992
Sinto-me como um rio de lágrimas que corre no rosto de um idoso quando permito as incertezas dominarem o castelo da minha mente.
O que é chorar? Derramar de lágrimas? Um evento? Um marco?
O Aurélio diz que é deixa correr de gota em gota.
Então tive certeza, nunca chorei por você ter ido embora, isso implicaria que eu deveria ter deixado sair de gota em gota, mas simplesmente saia, sem contagem, sem dimensão, apenas tudo saia, e o pior de tudo, é que você nunca foi junto, continua aqui dentro, com as lembranças que vem em forma de choro, de gota em gota...
SIMPLESMENTE FUGIRAM
naturalmente por si só
hoje lágrimas correram
soltas, livres
sairam incontidas
percorreram pelo externo
o interno
uma forma líquida
do sentir
da dor e alegria fluida
tidas
era uma de dois
de tanto percorrido
vivido
sentido
o sentido escorrido
naquela lágrima ida
MINHAS LÁGRIMAS DE DOR
Minhas lágrimas de dor, como rios a correr,
Escorrem pelo rosto, trazendo o sofrer.
Cada gota é um lamento, um eco do coração,
Um peso que se arrasta, uma profunda aflição.
No silêncio da noite, as sombras vêm dançar,
E a solidão me abraça, difícil de suportar.
As memórias se agitam, como ventos a soprar,
E em cada lembrança, sinto a dor a pulsar.
Ah, como é pesado o fardo das desilusões,
Carrego o peso dos sonhos, das não concretizações.
As esperanças quebradas, como vidro a estilhaçar,
Refletem em minhas lágrimas, um grito a ecoar.
Mas mesmo na tempestade, onde tudo parece escuro,
Busco uma centelha, um sinal do futuro.
Pois as lágrimas que caem não são só de dor,
Elas também são sementes que brotam o amor.
Minhas lágrimas de dor, que caem em silêncio,
Podem ser a purificação, um caminho para o senso.
Elas lavam a alma, limpam o coração,
E em meio ao sofrimento, há espaço para o perdão.
Então, permito que fluam, que expressem a verdade,
Pois em cada lágrima, há uma parte de minha humanidade.
E ao final da tempestade, quando o sol voltar a brilhar,
Sentirei que a dor também me ensinou a amar.
Minhas lágrimas de dor, um tributo à vida,
Elas falam de coragem, de uma luta querida.
E se um dia me perder, no labirinto da solidão,
Que essas lágrimas me guiem, me tragam a direção.
Poeta: IVAN GUEDES BLACK JÚNIOR
Por mais que meus sentimentos internos se apresentem através das lágrimas que correm em meu rosto, jamais saberá o que realmente passa aqui dentro.
Périplo -
Uma lágrima correu
na face da solidão
uma esperança se perdeu
no galopar de um coração.
E há um canto no sangue
há um silêncio na voz
há um grito cortante
no mais fundo de nós.
E o que fica de chorar
é loucura que não somos
é não ter o que entregar
à demência do que fomos.
E é mentira ter piedade
há um tempo para o corpo
da Morte à Eternidade
vai a pausa de estar morto.
Há em nós silêncios de água
há vulcões em noites breves
há palavras cor de mágoas
que o destino nos escreve.
Nossos olhos debruados
demarcados na lonjura
são dois campos macerados
de uma trágica planura.
A hora passa devagar,
vazia, despojada,
e passa longa, a chorar,
numa ultima jornada.
Somos praia ao Luar
terra ferida sem nortada
vai-se o sonho de sonhar
fica a triste madrugada.
Mas um dia voltaremos
ao cais d'onde partimos
será aí que nos esquecemos
da mania de existirmos.
Águas que banham as lágrimas
que vêm do meu olhar
São águas cristalinas
Que correm infinitamente
em minhas veias
Quando a saudade chega
E resolve ali, no meu pensamento, ficar.
Lápis a borracha apaga, caneta o corretivo apaga, Digitação o delete apaga, um sorriso a lágrima apaga, Carência o carinho apaga.
Você de minha mente só alguém me matando que apaga.
Corre um rio em meio a seca. Um rio de lágrimas, de sofrimento, de morte. Um rio caudaloso de injustiça, de milhões destinados a Copa, de hipocrisia política e de esquecimento do povo nordestino. Corre também um rio perene que atravessa qualquer estiagem sempre firme e forte, um rio de esperança e de fé, e é somente este que abastece a vida desse povo tão sofredor.
Vontade de chorar, mas não há lágrimas. Vontade de correr, mas não há pra onde. Vontade de jogar tudo pra fora, mesmo sem saber o que tem aqui dentro.
E quando a palavra não dá jeito
Quando a poesia não acerta
Corre lágrimas
No céu...
...e no rosto do poeta!
