Corda
O cabo de guerra é uma brincadeira antiga: dois lados puxando uma corda para ver quem é o mais forte. Na vida, não é muito diferente. Você puxa para um lado, o destino para outro, e isso acontece automaticamente, todos os dias, no amor, com os filhos, os amigos, no trabalho, e assim por diante.
A grande diferença é que, na vida, o cabo pode se romper. E, quando isso acontece, não adianta tentar dar um nó; ele nunca será tão forte quanto antes. Em algum momento, será preciso trocar a corda.
Tantos perigos à espreita ao longo desta jornada. Viver é como caminhar numa interminável corda bamba ligando abismos sucessivos!
Equilíbrio não é ficar na corda bamba, é saber caminhar quando tombar para um lado, ou para o outro, lado escuro, ou com luz, é saber conduzir, sem se desesperar, com sabedoria.
Quer saber ? Pule dessa corda, e viva tudo que o caminho tem a oferecer, não vale a pena viver encima de um muro, viva tudo, aprenda, se arrependa, mas, viva. Só pare para repensar, para aprender mais de si, irá te fazer bem.
Trama
Os pontos, ligados por tramas.
O fio faz roupa,
faz tapete voador,
corda de amarração.
O fio é forca —
no suicídio,
ou na punição.
O fio é cordão que alimenta
a vida em formação,
a informação.
O ponto é a partida.
O corte, a separação.
O choro, a notícia:
chegou nova estação.
"Se relacionar com certas mulheres é como amarrar uma corda na cintura: se for andar, terá que arrastar a pedra; se a pedra rolar, te arrasta junto. Então, corte a corda, solte a pedra."
Brinquedo na Prateleira
Ele não puxou minha corda
quando me devolveu à prateleira.
me devolveu depois de uma sucessão de pequenos naufrágios.
Ah, você precisava ver
quando ele me escolheu pela primeira vez.
O brilho febril nos olhos,
o desejo tonto,
a vergonha em pedir,
o orgulho pueril de quem compra
o brinquedo mais caro
com o pouco dinheiro que lhe resta.
Ele não puxou minha corda ao me devolver.
Mas puxou ao me tirar da caixa,
ao me apresentar o seu mundo torto,
ao me levar para casa
e me usar como alívio
para os seus dias cinzentos.
Quando ele puxava minha corda,
lá estava eu:
risonha, leve, palhaça,
encantava, distraía, seduzia, amava.
As palavras que escapavam de mim
já não eram gravações de fábrica,
eram preces, eram carne,
eram pedaços do meu peito.
E assim, entre uma brincadeira e outra,
fui deixando de ser boneca,
fui virando companhia.
Mas logo depois da segunda vez,
em que eu brinquei com ele,
veio a troca.
Outro modelo. Outro encanto.
Novidade de prateleira.
Quando eu precisei que ele fosse meu Ken,
não havia mais palavras doces.
Fui esquecida num canto empoeirado
do seu quarto,
da sua mente,
da sua vontade.
Eu, que um dia
iluminei seus olhos e embriaguei seus sentidos,
fui reduzida a objeto obsoleto.
Não mais capaz de entreter,
não mais digna de afeto.
Aliás — digna sim.
Digna da atenção burocrática,
daquela que se dá no fim do dia,
por obrigação,
quando não há mais coração,
quando já se esqueceu o motivo,
quando só resta o hábito.
Ele me devolveu à prateleira
porque eu não era mais útil.
E qual a serventia de um brinquedo quebrado?
Brinquedos não esperam amor de volta.
Servem.
São usados.
E descartados
quando já não entregam resultado.
Havia outra.
Mais próxima, mais promissora, mais acessível.
E o brinquedo que um dia lhe valeu cada centavo,
foi devolvido à estante.
No instante em que eu mais precisei
que ele puxasse minha corda,
brincasse comigo,
me amasse — como um dia fingiu,
ele me largou.
Suja.
Queimada.
Esmagada.
A mercadoria esquecida
na última fileira
da loja de suas memórias.
A criança que não tem
Videogame ou celular
Joga a amarelinha
Pega corda pra pular
Faz a bolha de sabão
Brinca de adivinhação
No papel vai desenhar
O segredo da criança
Para ter felicidade
É viver de bem com a vida
Mesmo na adversidade
Se o brinquedo lhe faltar
Ela passa a inventar
Usa criatividade
Os desafios existem, mas a certeza nos coloca em pé como uma corda jogada dos céus e a seguro com fé.F.G
Prenda as minhas pernas com uma corda de algodão, assim não poderei caminhar. Prenda também os meus pulsos, assim não poderei afastá-lo de mim. Ponha-me na cama e amarre meu corpo com uma corda, quero senti-lo em minha carne. Agora tenho certeza absoluta de que relutar será inútil, sei que devo ficar deitada aqui e me submeter à sua boca, língua e dentes. Devo me submeter às suas mãos, às suas palavras e aos seus caprichos. Eu existo unicamente para ser o seu objeto de prazer, estou totalmente exposta.
O equilíbrio é mais difícil na corda bamba, por um lado a queda, no outro a permanecia de está concentrado para não cair, assim é a vida equilibrar-se constantemente em caminhos a seguir, escolhas a fazer, sonhos a realizar e amores a conquistar, mas manter-se equilibrado não depende da corda, mas sim, de cada decisão. JC
Andando como se estivesse em uma corda bamba, ouviam-se as palmas do nada, como se ali existisse uma platéia!!
Na vida a corda sempre roeu para o lado do mais fraco.
Isso por que é mais fácil e conveniente para as pessoas se indispor com um inocente, fraco, pouco influente e usa-lo como exemplo para intimidar os outros do que punir de fato o verdadeiro culpado.
Tem certas coisas que só o tempo pode dizer se valeu a pena ter segurado a corda, mesmo que estivesse por um fio...
"A esperteza é um ponto fraco explícito. Basta dar corda e verás onde ela quer chegar. Depois disso...serviço feito!
Foi dado corda o suficiente para vc ficar distante dela."
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