Coragem eu Venci Omundo
Eu tenho um elo com a minha solidão, meus tormentos e de fato as minhas carências. Não peço que compreenda, não peço que chegue tentando entender. Mas peço que fique e se enrosque comigo nessa grande paranoia.
É quando chegamos ao eterno agora: eu, astronave desconhecida, sem combustível, destino, nem coordenadas para voltar, pedindo permissão para pouso
Eu poderia dizer que fui acometido por uma abstinência de sensações às quais já estava acostumado. É o que você sempre diz, mas eu ainda não me acostumei a você.
Eu tenho minhas convicções. Tinha. Quanto mais a vida avança, mais eu vou me acostumando a conjugar tudo no pretérito. É assim que te conjugo hoje. Olhar pra trás e ver-se contrariando todas as convicções que pareciam gravadas em pedra pode ser dolorido. E é, como em todas as vezes que assumimos nossos próprios erros. Eu tô passando por cima de muitas convicções, aqui. Eu tô quebrando uma porção de promessas infantis, também.
Ela não quer saber de uma porção de coisas. Talvez saiba demais. Talvez eu a tenha deixado saber demais.
Eu já fui para longe, e te deixo ir, contanto que não olhes mais para trás. Não com essa cara, e não com essas palavras escritas na testa.
Quando a inspiração cessa
Eu não cesso
Mas tudo mais
Dentro e fora
De mim
Cessa
Tente imaginar a solidão...
Você transpira
Mas nada inspira
Eu erro por aí na tentativa de acertar. Depois de perceber que, sempre que acho que estou fazendo a coisa certa, descubro que estou machucando alguém, tenho apostado cada vez mais no que não me parece sensato. Improvável? Vamos. Impossível? Não existe. Impensável? Bora!
Eu sei muito bem, a raiva que dá
A gente soca as paredes sem se importar
Mas o que é que nos faz quebrar a cara de novo, e de novo, sem jamais desistir?
Eu sei muito bem, mas não sei procurar,
A gente compra, troca, finge, mas jamais quer ficar
Olhamos pra quem nos quer como quem já não quer mais
E tudo que a gente quer é ser deixado em paz.
A gente fecha os ouvidos pra voz que não quer calar, e ela diz: Eu preciso, você também. Todo mundo precisa de alguém.
Na época eu não sabia, mas desconfiava: um dia eu seria maior do que as paredes do quintal de casa. E foi bem longe dele que eu encontrei o que procurava.
Olha só que linda lua, mas não tem a luz própria igual a sua, eu admiro sua beleza, penso em você quando olho as estrelas, veja só que sorte, juntando o sol e as estrelas, a sua luz é a mais forte!