Coração Olhos
ANDRÉA E A SUA MENINA
Menina dos olhos,
Pupila que ilumina e salta o coração
Da gestora que vê
Lá vai a mãe atrás da sua pequenina
Ainda sem muito saber o que fazer,
Arquinho, maria chiquinha,
O que de melhor há de ser?
Vestidos, sainhas,
Nenhuma noite despreocupada
Depois desse nobre nascer
Tecendo fios de sonhos,
Lá vai a mãe descortinando,
Vendo a sua garotinha crescer - pelo fio do tempo -
Os álbuns mostram a mão na barriga,
A esperança, os entrelaços,
Os primeiros sorrisos e passos
O amor se expande,
Enquanto segue rumo ao novo
Entardecer,
Como a ciranda cantada
Citada em um céu de estrelas
Fazendo a moçoila adormecer
Lá vai ela, deixando a boneca
Trocando as pequenas palavras
Por eu quero - eu vou!
Aí vem a teimosia,
As novas fantasias,
Mais dias sem sono,
Menos paciência para brincar -
A mãe que tudo facilita,
Com o elo de um amor humano
Entre as suas folhas de outono,
Deixando os seus rastros no chão,
Abre-se ao frio da próxima estação
Com o medo do futuro e da solidão
Mas logo desponta a primavera
Com suas flores, cores e a fita
Da mocidade
Agora, a mãe e a filha, mocinha esguia,
Juntas se fitam, tramam enredos,
Desatam saudades,
E...
Logo mais vêm os netos,
Os filhos dos netos,
Os novos retratos,
A próxima geração -
E tudo passa, passa
Menos a recordação.
Seus lindos cabelos eram como o vento
Que banhavam o meu rosto, seus olhos penetravam o meu coração, sua linda voz era como uma brisa de verão. Eu falei era, era por que tudo morreu.
Se um dia a tua presença não me causar brilho nos olhos... foi porque o meu coração, desistiu de bater.
Minha alma grita por uma liberdade que não consigo enxergar. Meus olhos estão cegos, meu coração os furou com as agulhas do amor. Certas vezes eu penso que não conseguirei sair deste abismo, que, a cada momento, afundo um pouco mais. Já não consigo ouvir o som da liberdade, já não ouço mais a voz da paz. Estou presa. Presa pelas correntes que eu mesma criei.
Na dúvida, recolhe os olhos, aquieta a respiração, segura com a mão o coração; molhe os lábios com a língua - certamente eles estão secos, um pouco rachados - talvez mordidos pelos dentes que não cessam de tremer.
Outrora fui abraçado pelo vento, ele nada disse, nem a sua respiração eu ouvia, apenas sentia os seus braços aconchegar o meu corpo. O vento não tinha cor, porém tinha cheiro de orvalho no início, depois de morangos, amoras, e quase no final de limão.
Tem momentos que não consigo me achar nos seus olhos,
E nem escutar seu coração batendo por mim.
Será que as chamas do meu amor apagou .
Ta tudo escuro,a luz no final do túnel se apagou.
Sera que eu devo dar meia-volta ou continua indo seguindo em frente.
O medo que nos cega e cala a voz do coração.
Nossos lábios e olhos mentem os medos do amor,os segredos guardados a sete chaves.
Usamos armaduras invisíveis, porém!
Perceptíveis aos sentidos de quem sente a mesma dor
Os olhos tentam disfarçar o que o coração quer gritar, não sei se fujo ou se aceito só sei que dentro do meu peito só existe um lugar , e ele é seu por direito pois só sabe te amar ...s3
CANTO DE VERÃO
Canta coração, canta para mim!
Que meus olhos já o viram por aqui,
Que sonho com sua risada, que passo por sua casa,
Que vou porque quer ser feliz.
Canta coração, canta para mim!
Que o amor de meus amores esta por vir;
Que guardo em cada carta, que escrevo com as palavras para ti,
Que semeias em cada beijo que lhe dou;
Sopra vento, o tempo, traz você para mim!
E com o tempo eu penso agarrar as tuas mãos
E com a chuva consolo tua ausência pelos anos,
E com o tempo eu sei que algum dia,
Morrerei por voltar.
Te falo cantando,
Te digo de frente,
Que voltarás comigo,
Voltarás porque não queres ficar sem canto
Sopra vento, o tempo, traz você para mim!
Que sem meus beijos não podes começar uma manhã,
Que cheguei em tua vida e me apossei de tua mente.
Canta coração, canta para mim!
Que na vida estava escrito que você e eu,
Éramos outubro e janeiro
Uma gota no deserto,
Que íamos estar tão juntos como a lua e o sol.
De janeiro a janeiro;
Te falo cantando,
Te digo de frente,
Te beijo profundo,
Te amo baixinho,
Te sinto no ar,
Sopra vento, o tempo e traz você para ouvir meu canto!
_______ Norma Baker
Madrugada Falante
Pensamentos vêm, pensamentos vão, um aperto mútuo dentro do coração.
Os olhos cumprimentam o céu com intensidade.
Falante em um profundo alento.
Consternado passante...
Regozijo da alma que constante vivi.
Nada é fictício, tudo é real...
Madrugada falante que tudo ver, tudo sente,
Tudo ouvir.
Guarda para si os maiores desabafo.
Cole as lagrimas, acalenta a alma e de nada se queixa.
Trás respostas e esperança.
Faz da dor um significado de vida e de cada
Lagrima uma poesia.
Dá transparência um sinônimo de carisma.
Ama ouvir... Sonhos, planos, desejos e tais.
Ouvidos atentos, resposta na ponta da língua esta.
Em quem mas confiar, no desconhecido da madrugado?
Conhece os mas profundos segredos...
O mais amigo de todos os sentimentos falados por todos.
O Fiel Confidente.
