Contos Paulo Bloise

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CREDIBILIDADE

O que é credibilidade? É quando se diz e faz; prometeu, cumpriu. Palavra é compromisso; jamais, em tempo algum, prometa algo que você já tenha certeza que não vai cumprir. Quando você promete sabendo que não vai cumprir, sua força interna recebe os reflexos da dúvida, da incerteza, da insegurança.

Esse movimento interno de não cumprir o que prometeu exerce uma pressão desnecessária dentro de você, no seu ponto de equilíbrio.

Se você prometeu, já sabendo que não irá cumprir, esse gesto forma um clima que vai trabalhar contrário à sua força interna. Muito mais grave ainda, prometeu-se para enganar, ou levar vantagens pessoais; enfim, por má-fé.

Credibilidade é você dizer modestamente o pouco que você pode fazer em qualquer circunstância, e, esse pouco cumprir. Se você não sabe se vai cumprir, não prometa, não garanta o compromisso. Tenha coragem de dizer: “Preciso de tempo para refletir, resolver pendências; ou ainda não posso fazer”.

Se você não vai cumprir dentro do prazo combinado, avise antes e rápido. Não tenha vergonha de admitir: “Não dá, não posso, não vou conseguir”. É engano imaginar que a nossa credibilidade cai quando se fala, antes do prazo combinado, que não vai dar. Afinal, imprevistos são imprevistos.

O que não pode acontecer é você dizer: “Fulano, me desculpe por não ter cumprido nosso compromisso de ontem, você me perdoa?” Agindo assim, é que sua credibilidade vai para o espaço.

(texto do livro “Cinco regras para vencer seus limites”)

Escolhi a sombra desta árvore para
repousar do muito que farei,
enquanto esperarei por ti.
Quem espera na pura espera
vive um tempo de espera vã.
Por isto, enquanto te espero
trabalharei os campos e
conversarei com os homens
Suarei meu corpo, que o sol queimará;
minhas mãos ficarão calejadas;
meus pés aprenderão o mistério dos caminhos;
meus ouvidos ouvirão mais,
meus olhos verão o que antes não viam,
enquanto esperarei por ti.
Não te esperarei na pura espera
porque o meu tempo de espera é um
tempo de quefazer.
Desconfiarei daqueles que virão dizer-me,:
em voz baixa e precavidos:
É perigoso agir
É perigoso falar
É perigoso andar
É perigoso, esperar, na forma em que esperas,
porquê êsses recusam a alegria de tua chegada.
Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me,
com palavras fáceis, que já chegaste,
porque êsses, ao anunciar-te ingênuamente ,
antes te denunciam.
Estarei preparando a tua chegada
como o jardineiro prepara o jardim
para a rosa que se abrirá na primavera.

Paulo Freire
Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Unesp, 2000.

A FLOR QUE AMAVA O MAR



Havia uma flor à beira de um rio que se apaixonou pelo mar. Talvez por ouvir o sussurro das águas do rio, que corriam ansiosas para desembocarem na sua imensidão, passou a amar profundamente aquele ser conhecido apenas pelo ouvir falar do vento e dos pássaros. Apaixonou-se por alguém que nunca viu, mas nunca viu; de longe ouvia o canto ritmado das ondas e se imaginava naqueles braços, numa dança contínua da qual só os que têm em si muito amor sabem o ir e vir. Sonhava com o dia em que pudesse estar envolvida por aquele tão admirado e imenso ser. E sentiria suas pétalas acarinhadas por alguém que, certamente, lhe saberia a alma de flor delicada.
Tanto sonhou e pediu, que um pássaro, sensibilizado, mesmo avisando-lhe do risco que corria, atendeu seu pedido de cortar-lhe a haste. Seguindo o rio e deixando-se levar pela correnteza, iria ao encontro de seu querido e a ele juntar-se-ia para sempre.
Caindo no rio, sentiu de imediato seu corpo gelar naquelas águas rudes e fortes que a arrastavam rapidamente. A princípio, gostou daquela velocidade com que ia ao seu destino. Depois sentiu a primeira mordida de um peixe que lhe amputou parte de uma pétala; começou, então, seu caminho de sofrimento. Troncos no meio do caminho insistiam em lhe obstruir a passagem e, cega, sendo levada pela força da água, batia contra pedras que iam lhe dilacerando e tirando sua beleza de flor. Enormes cachoeiras traziam quedas violentas. Medo vencido por uma determinação de quem sabe o que quer. Mesmo quase desmaiada e toda machucada, levava consigo o alento de ir encontrar com seu amor. Todas as dores do mundo não se comparavam à felicidade de realizar o seu sonho. Tudo vale a pena quando se ama.
Até que, muitos dias depois, totalmente deformada e quase inconsciente, viu chegado o momento com o qual sonhou. As águas do rio encontravam-se com o mar com tanto ímpeto que, no encontro, foi arremessada para cima. Naquele exato instante, olhou para o céu e agradeceu a Deus por haver chegado a quem tanto amou. E seus pedaços boiaram inertes sobre aquelas águas que, minutos depois, sequer lembrariam daquela pequenina criatura - um dia tão linda - Flor.
Poucos, além dos pássaros e do vento, souberam da flor, mas ela realizou seu sonho. Conheceu o mar!
Na vida, não podemos reclamar dos caminhos que escolhemos. Qualquer caminho é uma opção nossa. Até morrer de amor.
Pensando nisso, entre duas lágrimas com gosto de sal e o esboço de um sorriso irônico, de repente, me dei conta de uma coisa:
- Eu conheci o mar!

Diz o ditado “O cão é o melhor amigo do homem”.

Sim, é verdade! Um amigo que não fala, mas sabe expressar o seu amor. Um amigo que não te julga e nem te critica, um amigo que não olha se você é rico ou pobre, se mora em mansão ou nas ruas; pra eles se tiver comida e água tá bom demais... um amigo leal... um amigo que dá amor e carinho, e precisa de amor e carinho também. Ame o seu amigo, entenda o seu amigo, seja amigo do seu melhor amigo.

Quanto mais se chega perto do sonho, mais a Lenda Pessoal vai se tornando a verdadeira razão de viver.
De O Alquimista

Poucos aceitam o fardo da própria vitória; a maioria desiste dos sonhos quando eles se tornam possíveis.
De O Diário de um Mago

Conhecimento sem transformação não é sabedoria.
De Brida

O Bem e o Mal têm a mesma face; tudo depende apenas da época em que cruzam o caminho de cada ser humano.
De O Demônio e a Srta. Prym

A única chance que uma tragédia nos dá: a de reconstruir nossa vida.
De O Monte Cinco

Deus deu a seus filhos o maior de todos os dons: a capacidade de escolher e decidir os seus atos.
De O Monte Cinco

A fé é uma conquista difícil, que exige combates diários para ser mantida.
De As Valkírias

Não queira ser bravo, quando basta ser inteligente.
De O Diário de um Mago

No amor, corpo e alma caminham juntos.
De Onze Minutos

Quem já perdeu alguma coisa que tinha como garantida, termina por aprender que nada lhe pertence.
De Onze Minutos

Eu não sou um corpo que tem uma alma, sou uma alma que tem uma parte visível chamada corpo.
De Onze Minutos

O sexo é a arte de controlar o descontrole.
De Onze Minutos

A beleza feminina sob a ótica masculina

Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.

Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.

Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim.

Nossa avaliação é visual. Isso quer dizer, se tem forma de guitarra… está bem.

Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas…

Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo.

As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.

Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.

A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.

A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa.

Os cabelos, quanto mais longos, melhor. Para andar com os cabelos curtos, bastam os nossos.

As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas. Porque razão as cobrem com calças longas?

Lei da natureza… que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranquila e cheia de saúde.

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês, porque, nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.

Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.

As jovens são lindas… mas as de 30 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o Atlântico a nado.

O corpo muda… cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18.

Entretanto uma mulher de 36, na qual entre a roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo. Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos ‘em formol’ nem em spa… viveram!

O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.

Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se! A beleza é tudo isto. Tudo junto!

Enchantagem

de tanto não fazer nada
acabo de ser culpado de tudo

esperanças, cheguei
tarde demais como uma lágrima

de tanto fazer tudo
parecer perfeito
você pode ficar louco
ou para todos os efeitos
suspeito
de ser verbo sem sujeito

pense um pouco
beba bastante
depois me conte direito

que aconteça o contrário
custe o que custar
deseja
quem quer que seja
tem calendário de tristezas
celebrar

tanto evitar o inevitável
in vino veritas
me parece
verdade

o pau na vida
o vinagre
vinho suave

pense e te pareça
senão eu te invento por toda a eternidade

quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência

Donna Mi Priega 88

se amor é troca
ou entrega louca
discutem os sábios
entre os pequenos
e os grandes lábios

no primeiro caso
onde começa o acaso
e onde acaba o propósito
se tudo o que fazemos
é menos que amor
mas ainda não é ódio?

a tese segunda
evapora em pergunta
que entrega é tão louca
que toda espera é pouca?
qual dos cindo mil sentidos
está livre de mal-entendidos?

Paulo Leminski
Toda Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

A cada dia o sol ilumina um mundo novo. Aquilo que chamamos de rotina está repleta de novas propostas e oportunidades.
Hoje em algum lugar um tesouro te espera .Pode ser um pequeno sorriso, pode ser uma grande conquista não importa.
A vida é feita de pequenos e grandes, ela está sempre nos testando, nos oferecendo combates que nos educam e glorificam.
descubra a alegria de ser essa pessoa linda e uma surpresa para você mesmo.
Afinal, a melhor maneira de servir à DEUS é indo ao encontro de seus próprios sonhos.

Contranarciso

em mim
eu vejo o outro
e outro
e outro
enfim dezenas
trens passando
vagões cheios de gente
centenas

o outro
que há em mim
é você
você
e você

assim como
eu estou em você
eu estou nele
em nós
e só quando
estamos em nós
estamos em paz
mesmo que estejamos a sós

A menina que vive em mim
Sonha acordada
Os contos de fadas
Não se preocupa com as horas
Nem com partidas
Ou chegadas
A menina que vive em mim
Desenha estrelas
De cinco pontas
Em cadernos de brochuras
Não se atem a medos
Regras ou frescuras.
Não pensa nos anos
não tá nem aí
pro tempo
A menina que vive em mim
Vive os sonhos
Não lamenta os enganos
E se veste de mulher
De vez em quando
No espelho da realidade
Mas ela insiste a viver em mim
Pra dos sonhos
Não sentir saudade.

era uma vez uma menininha..
que acreditava em contos de fada. Um dia ela era chapeuzinho verмelho, chegou a conhecer o lobo mau de perto. Outro dia, ela era uma sereia pequena. Uma vez, pensou até que tinha encontrado o príncipe encantado! Mas aí fizeram ela achar que era o patinho feio. e ela deixou de acreditar em contos de fada! O tempo foi passando, mas a história não terminou por aí. Um dia ala encontrou a fada madrinha, que mostrou para ela que a fantasia pode virar realidade! e ela passou a acreditar nela mesma. Hoje, um dia ela é a gata borralheira, a branca de neve, rapunzel.. Você pode ser o que quiser!

Encontros e Desencontros
Na vida, na arte, nas telas, nos contos, na ficção ou na realidade a vida está repleta de encontros e desencontros.
Amores verdadeiros ou sentimentos projetados? Amores sinceros ou conveniência inconsciente? Silêncio e solidão ou palavras e multidão?
Chorar o tempo certo e partir ou chorar a vida toda sem desistir?
Compreender que o outro não nutre o mesmo sentimento por mim ou ir em busca de alguém que me ame de forma igualitária?
Convenço-me que não é obsessão lutar por um amor respeitoso, feliz, recíproco, leal, fiel, generoso.
Ter alguém com quem dividir o cobertor, as lutas, as dúvidas, as dívidas, os anseios, os projetos, os sonhos.
Será que amar sem medidas é amar por primeiro?
Será que amar por primeiro é amar verdadeiramente?
Será que amar sem lágrimas é amar?
Será que já amei na vida além dos meus pais, irmãos, sobrinhos, amigos e meu próprio umbigo?
Amar não é competir, destruir, possuir, desprezar, tolher.
Amores, invasivos, dominadores, atrapalhados, interesseiros, que visam apenas o prazer, a dedicação que podemos proporcionar, esses amores nascem mortos, foram cultivados em desertos, na seca, sem chuva, sem vento, sem calor. Nem chegam a ser amor.
É preciso tomar conta do coração, deixar guiar, deixar sentir, deixar viver.

Depois de algum tempo, percebermos que os contos de fadas não existem... e se existem não é com nós que eles se realizam...
Depois de algum tempo percebemos que os principes e as princesas eram apenas sapos fantasiados (e que aquela beleza, era só uma ilusão que escondia o que eles realmente são).
Depois de algum tempo, percebemos que a pessoa perfeita para nós, pode ser a mais imperfeita desse mundo.
Depois de algum tempo percebemos que temos que viver e usufruir da vida enquanto a temos, pois um dia já não a teremos mais para querermos usufruir...

PERDIDO.

Aos contos de fada, foram-se depredados entre circunstancias , o sorriso de um alguém que sonha, porém apenas sonhar não é preciso quando se tem uma pedra no meio do caminho, é preciso muito mais do que isso, é preciso ser quem você um dia nunca foi, ou ser aquilo que se deseja ser em pedras em pensamentos.

As vezes me canso de olhar pro teto de meu quarto, pras paredes, e pensar que encontrei uma saída por detrás de uma mureta de concreto porém a única coisa que encontrei foi um mundo onde minhas palavras não causam efeito a quem as percebem ao longe, mais tocam na alma de quem percebe de perto, que frases são como atitudes, basta colocá-las em seu devido lugar, que o resto as ironias do destino infecta por si mesmo.

Quem sabe um amontoado de atitudes fiquem marcados por simples embarcações de amor, ou quem sabe para sempre fiquei dentro de um mar chamado,ódio...

Pelo mundo a fora, percebi que almas se embaralham com sombras; Sombras com as quais você confia, mais que um dia te abandonam , sombras entre leitos, amores, dores, felicidade, apenas são sombras ocultas dentro de um mar de rancor, sombras que não se percebe ao caminhar no meio do asfalto enquanto o sol ilumina teu corpo por todo o estimulo de vida que se mantém ainda assim, dessa forma desfocada, de uma forma sem sombra, uma forma sem alma, entre sombras e almas, percebemos também que oculto dentro de ti, ainda existe algo que é possível vivenciar nesse mundo peregrino, algo chamado instinto de amar a quem te ama, e apagar-se a quem mais deseja-lhe jogar na escuridão, para que sua sombra fique cem por cento apagada em almas acorrentadas no meio de assombrações.

Ainda caminho por aqui, ainda caminho com pensamentos em lugares que eu sei que nunca poderei ir na vida, mais com pensamentos vou mais longe do que qualquer pessoa possa ir em uma fração de segundos.

Entre esperar e viver, prefiro viver, afinal vivemos para esperar a morte, por isso vivo intensamente cada segundo da minha vida, como se fosse morrer um segundo após uma frase estimulada pra um qualquer, retirado do meu pensamento.

Incluir em minha coleção de amores perdidos um amor a mais, me torna suficientemente capaz de encarar isso de uma forma confiável e viável que pode me desestimar a reagir a uma atitude abranda, dentro de lembranças inacabadas de um amor perdido, porém perfeito.

Talvez aqueles horríveis contos de terror em que todos morrem no final não sejam tão terríveis assim, pelo menos é o que parece pra mim, que já vivi isso, mesmo que talvez tenha sido apenas uma alucinação da minha cabeça, que confesso já não estar mais tão sã assim... E talvez, os monstros que vivem dentro da minha cabeça sejam mais temíveis que aqueles que ouço arranhando embaixo da cama.
É, minha historia não começa com "5 amigos numa viagem", mesmo porque nunca tive amigos, segundo porque minhas viagens ocorriam apenas dentro de mim. Essa história começa simplesmente comigo, e uma dose insana de comprimidos que levei com o intuito de me matar, ali, naquele vagão de trem abandonado... Porque? Apenas queria morrer ali, marcar eternamente o local onde uma jovem garota loira se matou, queria que jovens inventassem histórias sobre meu fantasma e me temessem... enfim, apenas para ser dramática, mas o que me esperava era um pouco mais de drama do que eu poderia suportar.
Me sentia até confortável naquele vagão, era gelado, achei q era o lugar perfeito pra eternizar minha alma, que também já tinha se tornado fria. Tomei 1 vidro e meio de um comprimido tarja preta qualquer que roubei da minha mãe, mas como nada é tão bonito como na tv, logo vieram os vômitos, um atrás do outro, e com aquele liquido nojento também se esvaia minha dignidade, ali, se contorcendo e se afogando em vomito dentro de um vagão de trem abandonado, onde ninguém poderia me ouvir, ou pelo menos era isso que eu achava.
Acho que tinha desmaiado, acredite em mim quando digo que quando as pessoas dizem que foi tudo muito confuso, é porque é verdade. Eu juro que quando abri os olhos novamente, preferia ter visto o diabo, mas eram aqueles malditos caras da escola, sequer os conheço mas parece que me odeiam, sempre me ofendendo, me chamando de estranha, me assediando, nojentos. Eles não deixaram eu me afogar no vômito, eu já tinha posto pra fora praticamente todos os comprimidos e meu suicídio já tinha ido por agua a baixo, mas estava extremamente fraca, meu estomago doía e minha cabeça estava pesada. De repente, me senti totalmente controlada por algo, talvez fosse a morte, e do nada recuperei as forças que tinha e as que não tinha, e ai aconteceu.
Enquanto André e seus amigos riam de mim, rasgavam meu vestido,e "decidiam" o que iam fazer comigo, um ódio demoníaco se apoderou de mim. Peguei um estilhaço de vidro, provavelmente de uma garrafa de algum bêbado que esteve ali, rasguei a garganta de André, os outros dois tentaram fugir, mas estranhas criaturas os seguraram, eram sombras negras e, seu eu pudesse dar um palpite do que elas eram, eu diria que eram o próprio medo, a maldade e o ódio ganhando forma. E eu, movida por algo que até hoje não sei, matei todos eles, um por um, os gritos eram musica para meus ouvidos, a cada vez que eu enfiava aquele pedaço de vidro em seus estômagos, me sentia uma artista, criando sua obra prima. Uma obra de arte chamada morte, feita a pinceladas de sangue e terror.
Aquelas terríveis sombras, encheram o vagão, estavam por todo o lado e sussurravam coisas que eu não entendia, levaram os corpos, acho que era como um sacrifício, não sei... Uma força se apoderou de mim novamente, e dentro da minha cabeça ouvi claramente:
"ESTAMOS TE DANDO UMA CHANCE PRA VIVER NOVAMENTE, MOSTRE AS SOMBRAS AO MUNDO, DÊ A ELES O TERROR QUE SÓ UMA PESSOA A QUEM ELES AMAM SERIA CAPAZ DE DAR, FAÇA ISSO, E CONSEGUIRÁ SUA ETERNIDADE"
Quando voltei a mim, estava diferente, não sei explicar... apenas não era mais eu, eu não tinha mudado em nada, porém estava mais bonita, mais confiante, eu era como uma estrela, era impossível não olhar pra mim. Nunca mais fui a mesma, a partir daquele dia todos passaram a me amar, tinha amigos, ia a festas, era tratada como uma rainha. E como as criaturas me disseram, eu dei a todos o terror que só os amantes da superficialidade mereciam, os humilhei, os tratei como lixo, apenas retribui o desprezo que eles tanto me ofereceram quando eu ainda não era o que eles queriam que eu fosse. Confesso, me divirto com isso, estúpidos inúteis, cuspo em seus rostos e ainda fazem tudo o que eu quero, não prezam pela própria dignidade, humanos são todos assim, foi por isso que quis tanto morrer antes disso tudo começar...
As vezes, quando o vento me fala que eu devo, vou ao velho vagão abandonado, os meninos que matei sempre estão lá, eles gritam e gemem porque as sombras os torturam, eles pedem pela mãe e então eu rio como o próprio diabo. As criaturas me falam o que devo fazer, e eu tenho um longo caminho pela frente, o líder deles disse que eu ainda serei muito importante no mundo, terei muita influencia e farei muitas pessoas sofrerem com meu poder, todos acreditarão nas minhas mentiras porque os farei se apaixonarem por elas, mas no final de tudo, lembrarão de Catanduva como sendo a cidade em que o mal nasceu.
Muitas coisas tão poderosas quanto as sombras tentam me parar, dizem que eu tenho que morrer para que não haja sangue derramado no futuro, mas elas moram apenas na minha cabeça, e conversam comigo em meus sonhos, por isso não durmo mais, não em casa. Toda noite vou ao vagão e durmo ouvindo o arranhar do caco de vidro no chão. As vezes ouço André sussurrar "Você vai morrer Alana" então eu respondo:
-Isso foi tudo que eu sempre quis.

(des)Contos de Adolescentes!!!

e hoje quem resolveu dar o ar da sua graça
foi a Bela, e a Fera que vive dentro dela
só que a Bela era tão mais fera que a própria
e nem tente cutucá-la com a vara curta
ela simplesmente queria uma rosa
ou um chocolate, um perfume, uma joia talvez
nada tão complicado de se realizar
só que resolveram arranjar foi um namorado
pra coitada, e pior, sem o seu consentimento
dai ela ficou literalmente uma fera...
-eu não quero problemas pra minha vida
e nem arrumar chifre em cabeça de égua
e chifre é uma coisa que ninguém suporta
-estou muito bem solteira, não preciso de
alguém me controlando o tempo todo
tirando minha liberdade e minha paz
-quero mais é ser feliz e estou cheia de razão
e arrumou foi um belo de um cachorro
pra lhe fazer companhia, este sim a amava de verdade
não lhe deixava esperando, e nem mentia pra ela
não a enganava e nem a traía...
e assim seguiu seus dias com a maior satisfação
porque não tinha quem a obrigasse ficar com quem não queria...
porque tá pra nascer aquele que vai mandar na sua vida...
porque ela se ama mais do que tudo... e melhor, ela já tinha um cachorro
e isto já era suficiente para que ela vivesse feliz
pelo menos por enquanto, ou até o dia que ela sentisse a necessidade
de se relacionar, iria escolher a dedo, por quem se apaixonar...
só que ninguém manda nos sentimentos e principalmente no coracao
mas ela há de achar uma solução, porque além de linda ela também é super inteligente, não a subestimem porque a fera é ela!!!

Com o tempo descobrimos que nossas vidas não podem ser contos de fadas...
Que sapos não se transformam em príncipes...
Que as princesas num ficam esperando...
Que os cavalos brancos não são tão dóceis quanto imaginamos...
E que as bruxas malvadas na verdade não existem...

Que sonhos...Talvez nunca se realizem...
Que abóboras não se transformam em carruagens...
E q num é um sapato de cristal que fará com q um amor se torne eterno...

Mas tem coisas que fazem com que nossas vidas...
Pareçam com contos de fadas...
Nos façam felizes como se fossemos sapos transformados em príncipes...
Como se os cavalos fossem tão calmos quanto um bicho preguiça ou um coelho branco
Quando encontramos a princesa...E ela nos chama de príncipe...
E quando descobrimos que o amor existe...
Mas que depende de fatores ligados a vida, sol, lua, vento, movimentos de rotação e translação, alinhamento de planetas e posicionamento perante aos trópicos.
E quando algumas coisas acontecem sem explicação...

Coisa típica em contos e em filmes de romance, é o dito amor a primeira vista..daqueles
que você para e pensa:
-Que idiotice você se apaixonar ao ver uma pessoa sem ao menos conhecê-la! Rsrsrsrs
Sabe..o pior é que aquela idiotice toda, acontece! E aconteceu! De um jeito que te pega
desprevenido, te deixa confuso, tenso, alegre e curioso…
O mais idiota é perceber que isso tudo que aconteceu contigo é amor. Amor?
Mas, o que é amor? Talvez eu não saiba o que realmente seja..mas sei, sei que ao pensar
na pessoa meu coração vai a mil, a imaginação vai longe, a ansiedade aperta o peito, da nó
na garganta. Ao vê-lo, cabeça fica confusa, borboletas fazem revoada no estômago, boca
fica seca, e a vontade de “ter” aquela pessoa é inevitável...se é amor, não sei..só sei, que o
que mais almejo é viver esse sentimento idiota com o tonto por quem aparentemente me
apaixonei a primeira vista…