Contos ou Cronicas de Mario Quintana
INEXPLICÁVEL AMOR
Que é o amor?
Tem existência concreta,
Na abstração dos sentimentos?
É algo tão leve,
Que um sopro de vento leve?
É um fardo tão pesado
Capaz de deixar esmagado
O coração de quem ama
E de quem é amado,
Quando algo sai errado?
Ou será um mistério
Para sempre guardado?
Ou um enigma
Jamais desvendado?
Se todos já o dizem ter sentido,
Essas dúvidas não fazem sentido!
Mas, justo por tê-lo sentido,
Nenhuma explicação faz sentido!
INCOMPLETUDE
Sinto tamanha saudade
De algo que nunca partiu,
Porque também nunca chegou.
Tenho a sensação de ter perdido
Algo que nunca esteve comigo,
É uma ausência, um vazio.
Que jamais foi preenchido,
Nem tem espaço definido.
Estou sempre à espera
De... Não sei bem o quê.
Apenas uma incompletude,
Uma ansiedade sem por quê.
Já vivi grandes amores,
Todos me fizeram feliz,
Todos se foram sem rancores.
Só a ansiedade – esta megera,
Põe-me de castigo
Numa eterna espera.
DESABAFO
Quero da vida
A brisa suave
Que me acalente
O cansaço
De viver ao relento.
Trago minh’alma cansada
De uma longa jornada,
Trago cicatrizes profundas
De uma vida errante
Que outrora vivi.
Estou cansado
Da truculência da vida,
De pessoas que, sem ter consciência,
Glorificam a violência,
Depois choram as conseqüências.
Quero viver
Em outras paragens
Onde seja normal
Viver sem o mal,
Onde não se tenha
De sofrer tanta dor
Em nome do amor.
Quero fugir desta selva
De lobos famintos
Em devorar sentimentos,
De pessoas vazias
Que dia após dia
Vivem sua real hipocrisia
Como se fosse simples fantasia.
O MAIS IMPORTANTE...
Mais importante
Que conhecer as filosofias do mundo
É viver as lições de cada segundo.
Mais importante
Que provar as hipóteses da ciência
É viver com paz na consciência.
Mais importante
Que princípios ou dogmas religiosos
É ter pensamentos caridosos.
Mais importante
Que decorar códigos e leis
É viver a Divina Lei.
Mais importante
Que saber o mais importante na vida
É saber: não há nada mais importante
Que a própria vida.
RELEVO SENTIMENTAL
Às vezes, sou um abismo tão profundo,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Sinto vertigem – caindo-me nas entranhas do mundo.
Às vezes, sou uma planície tão extensa,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Perco-me num horizonte vago – sem fim.
Às vezes, sou um deserto tão escaldante,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Não sei se paro ou sigo adiante.
Às vezes, sou um planalto tão irregular,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Embrenho-me em depressões cheias de espinhos e cipoal,
Cercadas de montanhas difíceis de escalar.
No mais das vezes, apraz-me ser este relevo,
Pois, ao olhar para dentro de mim,
Sou nova paisagem a cada dia,
Não conheço monotonia:
Se hoje sou depressão;
Amanhã, sou majestosa montanha,
Com meu olhar otimista,
Olhando o mundo a perder de vista;
Depois de amanhã, sou verdejante colina.
Com flores, pássaros e rios de água cristalina –,
Sou vida que não conhece rotina.
TEU SORRISO
Para que dúvidas não haja
De que teu sorriso exista
É preciso que o veja,
Ainda assim,
Já não o tendo à vista,
Pensa-se que sonho seja,
E faz que, dúvida incrível,
Uma interrogação surgira:
- Meu Deus, será possível.
Algo tão lindo assim?
E o coração suspira:
- Ai de mim!
Finá de ato
Adispôs de tanto amor
De tanto cheiro cheiroso
De tanto beijo gostoso, nós briguemos
Foi uma briga fatá; eu disse: cabou-se!
Ele disse; cabou-se!
E nós dois fiquemos mudo, sem vontade de falá.
Xinguemos, sim, nós se xinguemos
Como se pode axingá:
-Ô, mandinga de sapo seco!
_Ô, baba de cururu!
_Tu fica no Norte
Que eu vô pru sul
Não quero te ver nem pintado de carvão
Lá no fundo do quintá
E se eu contigo sonhar
Acordo e rezo o Creio em Deus Pai
Pru modi não me assombrá.
É... o Brasil é muito grande
Bem pode nos separar!
Eu engoli um salucio
Ele, engoliu bem uns quatro.
Larguemo o pé pelo mato
Passou-se tantos tempo
Que nem é bom recordar...
Onti, nós se encontremus
Nenhum tentou disfarçá
Eu parti pra riba dele
Cum fogo aceso nu oiá
Que se num fosse um cabra de osso
Tava aqui dois pedaço.
Foi tanto cheiro cheiroso...
Foi tanto beijo gostoso...
Antonce nós si alembremos
O Brasil... é tão pequeno
Nem pode nos separa!
"A religião me parecia um jogo de vigaristas, um truque de espelhos e eu sentia que se houvesse alguma Fé, a fé deveria começar a partir de mim sem as facilidades dos auxílios pré-fabricados, deuses pré-fabricados..."
Charles Bukowski, no livro Pedaços de um caderno manchado de vinho
Amo esta mensagem...
ACEITAÇÃO
Quando precisamos aceitar uma circunstância que não foi planejada, o primeiro impulso que temos é o de ser resistente à nova situação.
É difícil aceitar as perdas materiais ou afetivas, a dificuldade financeira, a doença, a humilhação, as traições.
A nossa tendência natural é resistir e combater tudo o que nos contraria e que nos gera sofrimento.
Agindo assim, estaremos prolongando a situação. Resistir nos mantém presos ao problema, muitas vezes perpetuando-o e tornando tudo mais complicado e pesado.
Em outras ocasiões, nossa reação é a de negação do problema e, por vezes, nos entregamos a desequilíbrios emocionais como revolta, tristeza, culpa e indignação.
Todas essas reações são destrutivas e desagregadoras.
Quando não aceitamos, nos tornamos amargos e insatisfeitos. Esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades e nos impedem de enxergar as soluções.
Pode parecer que quando nos resignamos diante de uma situação difícil, estamos desistindo de lutar e sendo fracos.
Mas não. Apenas significa que entendemos que a existência terrestre tem uma finalidade e que a vida é regida pela lei de ação e reação; que a luta deve ser encarada com serenidade e fé.
Na verdade, se tivermos a verdadeira intenção de enfrentar com equilíbrio e sensatez as grandes mudanças que a vida nos apresenta, devemos começar admitindo a nova situação.
A aceitação é um ato de força interior que desconhecemos. Ela vem acompanhada de sabedoria e humildade, e nos impulsiona para a luta.
É detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.
Existem inúmeras situações na vida que não estão sob o nosso controle. Resta-nos então acatá-las.
É fundamental entender que esse posicionamento não significa desistir, mas sim manter-se lúcido e otimista no momento necessário.
No instante em que aceitamos, apaga-se a ilusão de situações que foram criadas por nós mesmos e as soluções surgem naturalmente.
Aceitar é exercitar a fé. É expandir a consciência para encontrar respostas, soluções e alívio. É manter uma atitude saudável diante da vida.
É nos entregarmos confiantes ao que a vida tem a nos oferecer.
Estamos nesta vida pela misericórdia de Deus, que nos concedeu nova oportunidade de renascimento no corpo físico.
Os sentimentos de amargura, desespero e revolta, que permeiam nossa existência, são frutos das próprias dificuldades em lidar com os problemas.
Lembremos que todas as dores são transitórias.
Quando elas nos alcançarem, as aceitemos com serenidade e resignação. Olhemos para elas como mecanismos da Lei Universal que o Pai utiliza para que possamos crescer em direção a Ele.
Busquemos, desse modo, as fontes profundas do amor a que se reporta Jesus que o viveu, e o amor nos dirá como nos devemos comportar perante a vida, no crescimento e avanço para Deus.
A BELEZA DO SORRISO
Sou encantado pelo sorriso das pessoas.
Já ouvi dizer que gente
É o único animal com sorriso.
Sinal de evolução dos descendentes do Paraíso.
Os sorrisos mais significativos:
Sorriso de mulher: sorriso mais belo que outro qualquer.
Sorriso de criança: sorriso esperança.
Sorriso de mãe: sorriso sagrado.
Sorriso de pai: sorriso protetor.
Sorriso de médico: sorriso encorajador.
Sorriso de professor: sorriso incentivador.
Sorriso de idoso: sorriso experiente.
Sorriso de jovem: sorriso promissor.
Meu sorriso: sorriso escasso.
Sorriso dos enamorados: sorriso de amor.
Sorriso de amigo: sorriso de confiança.
Os sorrisos são telas ao vivo,
Sem paisagem nem imagem,
Sentimentos e emoções são a mensagem.
RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA
O meu querer é transitivo direto,
Pois te quero objeto direto, direto,...
Também pode ser transitivo indireto,
Só quando um “a”,
Preposição do amor,
Se interpõe entre nós,
Então, contrariando a regência,
Nesta relação de dependência,
Faz-me termo regido,
Porque, sem tua presença,
Tudo fica sem sentido;
Pensando bem,
Quero-te no infinito,
Quero-te por definitivo.
ATRAÇÃO FATAL
Às vezes me perco
Em meio aos sentimentos
Que me prendem a você.
As horas que passo
Com você
Em meus pensamentos,
Às vezes, são de pura alegria,
Às vezes, são de puro tormento.
Mas sei – estes laços
Que me prendem a você
Não fui eu que os lancei,
Nasceram em minh’alma
Assim que a olhei.
O conceito de eternidade implica um conceito de duração. A duração é a perduração do ser em si mesmo, mas a eternidade é um perduração diferente de qualquer outra, porque é uma perduração do ser em si mesmo ”tota simul’’ totalmente simultânea. Não é um presente perene como muitos julgam, é alguma coisa que não é nem passado, nem presente, nem futuro, é a simultaneidade do próprio ser perdurando em toda sua intensidade perfectiva.
Deus é onipotente porque Deus pode tudo o que pode; pode, portanto, todo o possível. Ora, o não-ser (nada) é impossível. A onipotência é proficiência e não deficiência. Pecar é não alcançar a perfeição do ato; portanto, pecar é ser deficiente na ação, coisa que repugna a onipotência. Deus não peca porque é onipotente. Não se deve dizer que não pode pecar, porque, neste caso, pecar não é produto do poder, mas de deficiência de poder. Os ateístas, que repelem a idéia de Deus, por lhe notarem deficiências, fazem apenas confusão entre poder e não poder.
Aproveite o melhor de cada pessoa que cruza sua vida, todas elas te ensinarão uma importante missão. Alguns te ensinarão com palavras, alguns com ações, outros te ensinarão como não ser, um exemplo claro de tudo que não deve ser seguido. Cada pessoa carrega uma gama de qualidades e defeitos, cabe a você aprender com o melhor ou o pior de cada um.
“Parece estarmos a ver o rosto de dúvida, o gesto agressivo de muitos, que dirão que nossa afirmativa não tem fundamento. Pois os que duvidam que se dediquem, como nós nos dedicamos a tais estudos. Que diminuam suas horas de passeio e de conversas inúteis, que assistam menos à televisão e percam menos tempo em leituras nocivas e inúteis e se dediquem às obras dos autores que citamos. Nós também, em certa época, sofremos do vírus bárbaro da ignorância petulante. Também riríamos se nos dissessem tais coisas. Por isso perdoamos aos que riem hoje. Mas, um dia, o destino nos fez cair nas mãos obras fundamentais, um mundo novo se descortinou. Da noite para o dia, libertamo-nos da tolice de perder tempo ao ler baboseiras.”
"O ceticismo e o agnosticismo produziram seus frutos. Há legiões de professores cépticos e agnósticos, que dizem que nada podemos saber dos primeiros princípios. Que eles não possam saber, não duvidamos, e aceitamos como verdade. Mas que ninguém possa saber, é mentira. Não têm esses senhores o direito de levar a sua petulância e temeridade a ponto de julgar que os outros todos são como eles. Não lhes cabe o direito de fazer afirmações tão categóricas em matéria que, de antemão, eles reconhecem que nada sabem. Onde está a prova de que estudaram o assunto? [...] Esses homens não aceitam o debate com os que lhes poderiam pôr à mostra a sua ignorância palmar. E se a aceitam, fogem pelas portas falsas da piada ou das desculpas ridículas, deplorando a fraqueza da mente humana para entender o mais elevado, razão pela qual é melhor suspender os juízos, porque nós nada podemos saber, por nos estar vedado para sempre o conhecimento dos primeiros princípios, cujas leis regem todas as esferas da realidade.O que esses senhores fazem é simplesmente isto: mentem e provam que nada conhecem do assunto. Mas como ocupam postos, que dão a presunção de que são realmente sábios, podem, então, aproveitando-se da ignorância natural e desculpável da juventude, instilar o seu veneno cético ou agnóstico."
Todo filósofo que levar avante e com segurança o seu pensamento, mesmo ateísta, terá de concordar que todas as perfeições, surgidas no processo do Devir, estavam contidas em máximo grau naquele Ser que não tem princípio nem fim, pois, do contrário, teria que admitir que tais perfeições surgiram do nada.
Há inúmeras formas práticas de cooperação que podem ser executadas em qualquer lugar, com imediatos efeitos. O cooperacionismo não é partido político. Não quer separar, quer unir. É prática social da cooperação. O cooperacionismo apresenta um campo de ação e promove fórmulas que podem desde logo oferecer benefícios ao povo.
No livro de Enoque é dito que os anjos caídos ensinaram tudo aos humanos como a forja de armas, a adivinhação através das estrelas e todas as outras artes. Caso isto não tivesse ocorrido, a humanidade ainda seria uma besta lutando contra outros animais pela própria sobrevivência e não este ser que se sobrepõem aos outros graças à inteligência.
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