Contos de Drummond o Girassol e o Jardineiro

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⁠A rotina, por si só, é feita de repetições…
Mas quando o coração participa,
cada gesto vira aconchego.

Não é sobre grandes feitos.
É sobre colocar alma no trivial:
o café preparado com calma,
o olhar atento, o silêncio que escuta,
o toque que acolhe.

Porque quando há amor no fazer,
até o mais simples se veste de cuidado.
E viver se torna, no fundo,
um jeito bonito de amar devagar.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

Inserida por EdnadeAndrade

⁠Sem dúvida, garanto-vos que saber demais
É como tapar os ouvidos, e não saber nada.
Se eu adoecesse, reconheceria isso:
Quem realmente deseja entender também escolhe sofrer.
O que sei sobre os conceitos e as ideias?
De que vale o conhecimento que nasce do fenômeno,
E de que serve a intuição sensível
Em relação ao conceito do intelecto?
É uma razão incondicionada das coisas,
Mas que razão há nos animais e nos homens (que também são animais)?
Não podemos conhecer ou experimentar o mundo todo,
Mas ele é real e existe, como uma totalidade metafísica.
Entre todos os filósofos, creio que tudo isso é falso,
E há razão suficiente no não saber.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠⁠Estou à procura de algo, o quê? Não faço a mínima ideia,
E isso realmente importa? Sinceramente, tanto faz...
Mas oh, maldito desejo que pulsa!
O tédio de não possuir o que desconheço,
E a ânsia por algo que não se sabe.
Como posso querer o que nunca vi,
Se, talvez, querer nunca foi?
Nem sei se ainda existe,
Ou se apenas existiu, ou se pode existir.
Para onde vou, tudo que encontro
Pertence a alguém, pertence a alguém,
Tudo tem posses e senhores,
E a mim, que restará?
A quem ou a que pertenço? Sei lá!
Tudo tem nome, tudo tem endereço,
mas eu permaneço desconhecido, incerto.
Talvez eu não seja deste mundo, e, sinceramente, tanto faz!

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Tem gente que é abrigo.
Que olha nos nossos olhos
e enxerga o que até a gente esqueceu de ser.

É presença que acolhe,
é silêncio que escuta,
é carinho que chega leve e fica.

Tem gente que transforma o simples em mágico,
que devolve a fé, a coragem,
e faz a gente se sentir especial
sem precisar de muito — só sendo quem é.

Se você encontrou alguém assim…
cuide.
E se ainda não encontrou…
acredite:
existe amor do jeitinho que você merece.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

Inserida por EdnadeAndrade

⁠Acreditar…
é o primeiro abraço que damos em nós mesmos,
quando tudo parece distante.

É confiar no passo, mesmo sem ver o caminho todo.
É saber, lá no fundo, que existe força onde hoje só há cansaço.

Acreditar é recomeçar com delicadeza,
é continuar — mesmo com medo.

Respira.
Fecha os olhos.
E acredita:
você é maior do que qualquer dúvida.

— Edna de Andrade

Inserida por EdnadeAndrade

⁠Hoje, fui até a janela...
E lá estava ela,
tão perto, mas tão distante,
entre o vidro e a luz que entra pela fresta.

A vi. Jovem, bonita,
como quem não quer ser vista,
mas é vista.

Sorriu. Acenou.
Acenou para mim, ou talvez para alguém
que eu não sou,
alguém que ela inventou,
ou apenas imaginou
do outro lado da rua,
junto a tantos outros que não significam nada.

Quantas janelas existem, e quantas são abertas?

E por um momento, me vi em outra vida:
um homem com coragem,
um homem que caminha até ela,
que diz o que nunca sei dizer.

Talvez um "como vai?",
ou apenas um olhar —
silencioso, sem palavras, sem promessas.

Mas não sei.
Nunca soube.

Eu sou só o homem do outro lado da rua,
um qualquer, um ninguém.
Quantos outros existem,
em cada janela, em cada lado, em cada rua?

E ela, tão real quanto o impossível,
como o céu, como as estrelas,
como esta metafísica que nos envolve,
que permeia o que somos e o que vemos,
mas que jamais entenderemos.

Como o mistério das coisas,
que olhamos e pensamos entender,
mas que nunca saberemos.

E eu, o estranho do outro lado da rua,
sem coragem de atravessar,
sem palavras, sem ousadia de ser:
um ninguém.

E ela, com aquele sorriso,
me vê por um segundo.

Mas será que me vê de verdade?
Ou será que me inventa,
como todos inventam a si mesmos,
como eu invento o que sou?

Então ela se vira.
Ela se vira e vai embora.

E com ela, meus pensamentos,
meus sonhos, minha vida.

E eu, aqui,
do lado de cá da rua,
vendo a vida passar —
a vida vivida e sonhada —
sabendo que nunca farei parte de nada disso.

Nunca farei parte de nada disso,
nem daquilo outro.

Nunca farei parte.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Ser poeta é não ser mais que sentir,
É estar distraído de si, sem pensar,
E deixar que a alma se venha a despir.

Não sei quem me fala, lá no fundo do peito,
Se sou eu, ou um outro que finge que sou.
Mas eu, criança demais pra mentir,
Aponto o dedo e digo o que vejo ser.
O rei desfila despido, e ninguém lhe diz nada,
Pois crê-se vestido de orgulho e poder.

Mas eu, que me vejo de carne lavada,
Desnudo-me ao mundo, sem medo de o ser.
Ser poeta é uma forma de existir sem estar,
De ser sem ter corpo, de ver sem olhar,
Sabendo que nunca se deixa de estar.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Sexta-feira, 11 de Abril de 2025 São Paulo, SP

Você foi embora num dia qualquer. Eu não pude fazer nada.

Finjo que também não estou aqui.

É mentira (mentiras são amargas como remédio para enxaqueca).

Saudade é isso: um vício idiota como cassinos online.

Ainda olho o celular esperando uma mensagem sua.

O tempo não muda nada.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Hoje me senti um estranho neste mundo,
alguém que se perde nos becos da alma.
Não pertenço a nada, nem a ninguém,
sou uma marca na areia
que a maré apaga sem pressa.
Ontem, me perdi entre o que sou e o que sonho ser,
sem saber quem sou,
nem para onde vou.

Meu coração é um aterro,
um amontoado de sentimentos despedaçados,
palavras que ficaram presas na garganta,
presas na rotina que me apaga,
me mata devagar,
sem trégua,
mas com a certeza silenciosa
de que o tempo me consome.

Hoje, menti a mim mesmo,
e menti a você também,
disse palavras que não calavam,
disse que amava,
disse que me importava,
mas eram palavras vazias,
como promessas que o vento levou.

E, perdido nas memórias,
senti a saudade como um desconforto na alma,
algo que não se explica,
mas se sente,
como a dor do que nunca se teve.
Ontem, lembrei de você...
Hoje, olhei o celular e encontrei sua foto,
como quem encontra um pedaço de infância
escondido no fundo de uma gaveta.
Hoje, senti saudades…
E a dor, que já era minha amiga, voltou,
mais forte, mais intensa,
como um amor que nunca se vai.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Que estranho é existir. Ou, antes, que grotescamente familiar é ser arrastado por esta existência, como um fardo que não se pode abandonar, mas que igualmente não se consegue suportar. Levanto-me todas as manhãs com a mesma dúvida insuportável: Por que continuo aqui? O que é esperado de mim? Para onde vou, se é que vou para algum lugar? As perguntas — essas eternas acompanhantes — não encontram respostas. Há dias em que me pergunto se sou eu quem vive, ou se sou apenas um intruso em minha própria pele, um espectador de algo que se desenrola sem meu consentimento.

Os outros parecem tão certos de sua existência. Eles caminham como se estivessem indo para algum lugar. Para onde? Não sei. Mas eles sabem. Ou fingem saber. Seguem uma linha invisível, uma espécie de mapa que os guia, enquanto eu fico perdido, como se o mundo tivesse virado de cabeça para baixo e só eu notasse. Como se o simples fato de estarem em movimento fosse suficiente para justificar sua razão de ser.

Há algo profundamente errado em mim, algo que não consigo nomear, mas que se manifesta em cada respiração, em cada batida do coração. Uma estranheza desconcertante que me corrói. Minha prisão é feita da minha própria carne, desta carne que me reveste e me nega, que me trai a cada gesto, a cada movimento, a cada palavra.

Cada parte de mim parece se rebelar contra o restante, como se eu fosse um amontoado de estranhos compartilhando o mesmo corpo. Meu corpo, minha mente, minha alma… todas essas instâncias que deveriam formar uma unidade estão agora em conflito constante, como peças de uma máquina que nunca foi montada corretamente e, ainda assim, insiste em funcionar.

Cada gesto, por mais banal que seja, perde todo o significado. Comer não alimenta, dormir não descansa, sorrir não alegra. Tudo o que faço é insípido, como se o próprio ato de existir fosse uma farsa. O que me resta, então, senão esta estranha sensação de vazio, que persiste em mim, mas que jamais me deixa preencher? A solidão não é apenas o estado de estar só, mas a sensação de ser um refugiado sem pátria — nem mesmo a do meu corpo.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠A morte não me assusta.
Não mais.
Ela chega de mansinho,
puxa uma cadeira, cruza as pernas
e me observa em silêncio,
como quem espera o fim de um café frio.

Eu respiro fundo e finjo que não a vejo.
Acendo um cigarro, mexo na xícara,
brinco de ignorar o inevitável.
Mas sei que ela está ali — talvez sempre estivesse.
E isso me arranca um riso sincero.

Não que eu não ame a vida.
Amo. Mas, às vezes, a vida pesa,
vira conta vencida na gaveta,
pedra no sapato.
Às vezes, ela pede trégua,
e eu, sem jeito, sigo a marcha dos desesperados.

Então, a morte chega sem anunciar.
Não bate na porta, não tosse no batente.
Apenas entra, senta,
ajeita o capuz do manto
e me olha, como quem diz:
"Você sabia que eu vinha."

E eu sabia.
Desde sempre.
Ela não é susto, nem castigo, nem fim.
É como uma palavra mal dita
que o poeta decide engolir.
Um fardo que escorrega dos ombros,
um corpo que desaperta e, enfim, flutua.

E, no fim, talvez seja isso.
Não um adeus, mas um aceno comedido.
Só morre quem viveu, quem gastou os sapatos,
quem aprendeu a tropeçar sem medo.
E eu?
Eu aceito.

Porque talvez só quem morre entenda, por fim,
que viver sempre foi um jeito
— sutil, distraído, inescapável —
de ir embora.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Eu tenho o péssimo hábito
de amar tudo aquilo
que me escapa à mão.
Talvez o amor, em essência,
seja um desejo inatingível,
perseguindo incansavelmente
o próprio rabo, como um cão à roda.
Carrego em minha pequenez
a cruel ironia
dos sonhos que, alçados,
se erguem como montanhas firmes,
e que, num instante breve,
se desmoronam em montes de areia.
Soterrado pela rotina,
pela futilidade do dia-a-dia,
sinto o peso da realidade
que escorre entre meus dedos
como areia numa ampulheta.
Talvez esperar que o mundo
se despenhe em barranco,
e morrer deitado à sombra
não seja de toda a má ideia.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Não nasci corretor. Me tornei.
Aprendi que o mundo não entrega tudo pronto — ele testa, molda, aperta... mas ensina.
Enquanto alguns viam tijolos, comecei a enxergar possibilidades.
Onde muitos viam apenas lotes vazios, eu via o começo de um novo capítulo na vida de alguém.
Não foi fácil. Houve dias em que a porta se fechava antes mesmo de eu bater. Mas eu insisti.
Com o tempo, entendi que não vendo casas — entrego recomeços.
Hoje, cada chave que coloco nas mãos de um cliente carrega também a minha história: de luta, fé, e propósito.
Porque ser corretor, pra mim, nunca foi sobre imóveis. Sempre foi sobre pessoas.

Quando tudo era silêncio

Quando tudo era silêncio, ouvi meu próprio chamado.
Não tinha placas, nem portfólio, nem carteira cheia — mas tinha coragem.
Fui batendo porta por porta, sem saber se iam abrir. Algumas se fecharam antes mesmo do bom dia.
Mas as que abriram... ah, essas me mostraram o valor de não desistir.
Descobri que o corretor não trabalha com imóveis — ele trabalha com destinos.
E hoje, cada venda não é só uma conquista. É a confirmação de que valeu a pena acreditar.


No início, ninguém acreditava que eu conseguiria.
Me olhavam como mais um tentando vender casas.
Mas eu não vendo casas. Eu apresento futuros.
Em cada atendimento, deixo um pouco de mim: meu respeito, minha escuta, meu compromisso.
Já fechei contratos às pressas e também com lágrimas nos olhos.
Porque a venda é só um detalhe. O que importa é saber que alguém vai dormir tranquilo, grato por aquele novo começo.
E nisso, ninguém me ensina. É dom. É entrega. É missão.

⁠A chave que me escolheu

Eu achava que escolhi ser corretor.
Mas hoje entendo que foi a profissão que me escolheu.
Cada cliente que cruzou meu caminho, cada chave que entreguei, moldou quem sou.
Aprendi que não basta mostrar o imóvel — é preciso enxergar o sonho por trás da porta.
E quando um olhar se enche de gratidão ao final de uma visita, sei que fiz mais do que vender.
Fiz parte de uma história que só estava esperando alguém acreditar.

O mapa invisível

Nunca tive mapa. Só direção.
A bússola era a fé, o combustível era a vontade.
Entrei no mercado sem promessas, sem garantias, apenas com o desejo de crescer sem pisar em ninguém.
E fui traçando meu caminho com ética, palavra firme e coração aberto.
Hoje, olho para trás e vejo um rastro de portas abertas, amizades construídas e famílias realizadas.
Não foi sorte. Foi missão aceita.

⁠Plantando raízes

Cada vez que apresento um terreno, penso nas raízes que alguém vai plantar ali.
Pode ser uma casa, um sonho, uma família, ou uma nova fase da vida.
E por mais que a venda pareça simples, sei que estou ajudando a escrever o primeiro capítulo de algo grandioso.
Sou corretor, sim. Mas antes disso, sou alguém que acredita no valor de cada escolha.
E isso faz toda a diferença.

⁠Antes da tinta, veio a alma

Antes de me chamarem escritor, já escrevia com o olhar.
Antes de ser poeta, eu sentia demais.
As palavras não vieram de livros, vieram da vida.
Vieram do silêncio das noites em que ninguém me ouvia, mas o papel me escutava.
Cada verso que escrevo é uma parte de mim que se recusa a morrer calado.
Sou escritor porque sangro em letras.
Sou poeta porque não sei fingir o que sinto.
E se meus textos tocam alguém, é porque antes tocaram minha alma.

⁠🌞 Bom dia!
A vida desperta mais uma vez e te convida a recomeçar.
Não importa o que ficou para trás. O que realmente te constrói é quem você escolhe ser hoje.

Respire fundo. Agradeça.
Dentro de você há uma força capaz de mover montanhas, uma luz que dissipa qualquer sombra e uma coragem que transforma sonhos em realidade.

Plante fé, regue com atitudes e a colheita será abundante.
Que o dia de hoje te envolva com oportunidades, serenidade e grandes conquistas. ✨

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