Contos de Drummond o Girassol e o Jardineiro

Cerca de 31171 frases e pensamentos: Contos de Drummond o Girassol e o Jardineiro

Saudosismo

É sempre importante parar e olhar para trás. Não pelo saudosismo, mas para observar e avaliar o quanto evoluímos.

Esse processo de autoanálise as mudança, e adaptação aos dias de hoje, pensando no amanhã, têm por objetivo se alinhar com a vida, às mudanças que nós rodeiam, para não ficar estagnado e preso ao passado, se alinhando ao seu tempo e constatando o que realmente importa é viver o hoje, o presente.

Quem está vivo e não está conectado com as inovações tecnológicas, culturais, comportamentalista e principalmente espiritual se torna um morto vivo ou se preferir "um estranho no ninho".

O universo não para está sempre em movimento

— Mas a pergunta que fiz não foi sobre a vida financeira dele, e sim no sentido de poder aproveitar a vida.
— Não existe isso que você quer saber. Não há “sentido da vida”. Não existe esse negócio de “aproveitar a vida” e ser feliz. Isso tudo é bobagem ou ilusões. Coisas que as crianças querem e acreditam.

Inserida por LicinioFM

⁠Quando o cansaço pesar nos ombros,
lembre-se: o que te sustenta não é a ausência de dor,
é a confiança silenciosa de que vai passar.

Não deixe que o medo grite mais alto
do que a esperança que sussurra dentro de você.
É ela que te ergue, mesmo quando tudo parece desabar.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

Inserida por EdnadeAndrade

⁠Mesmo quando as coisas parecem paradas por fora, Deus está trabalhando por dentro.
Confia.
Nem todo movimento faz barulho — às vezes, é no silêncio que os milagres nascem.

Segue em frente, com fé nos pés e esperança nos olhos.
Não se deixe abater pelas pausas ou pelos dias difíceis.
O que Deus promete, Ele cumpre.
E o que hoje parece demora… amanhã será testemunho.

Não desanima.
Ainda há caminho, ainda há cuidado, ainda há propósito.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

Inserida por EdnadeAndrade

Para quem não tem propósito
Meu propósito não é um ponto fixo,
é um plano em construção.
Não busco um fim,
eu desenho caminhos.
Como o rio,
não importa onde começa ou termina —
importa o que cria enquanto flui.
Levo ideias, traço sentidos,
dou forma ao invisível.
Se há um segredo, é este:
não espere encontrar, cuide das suas águas.

Inserida por alexandremrd

⁠Você não precisa fazer barulho.
Mas precisa responder ao chamado.

Porque aquilo que Deus te deu só faz sentido quando é ofertado.
Quando vira ponte.
Quando vira colo.
Quando vira cura pra alguém.

Seu dom é um presente com destino.
E o mundo está à espera da sua entrega.

Você floresce — e espalha perfume.
Você se doa — e algo se transforma.

Não esconda o que é luz.
Deixe brilhar.
Não pra você aparecer,
mas pra que Deus seja visto através de você.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

Inserida por EdnadeAndrade

Noites de brinde


⁠Está noite estou sendo operado por um insônia de quem já está roncando alto em outra cama,
no mínimo exagerei nas expectativas, também foram tantos dias bons, até os domingos de sol sentem saudades,
a minha vontade de largar o meu cérebro por ai é imensa, assim eu poderia ser chamado de a mula sem cabeça,
as vezes eu penso que o amor cabe nos instantes e depois vaga em vão esperando o próximo aperto até o balão estourar e continuar esse ciclo vicioso,
ter quem amar por perto eu descobri na marra que é um presente luxuoso e nos permite noites bem dormidas de brinde.

Inserida por ricardo_souza_5

⁠O instrumento que o poeta toca não se vê aos olhos,
não faz acordes, nem pode ser escutado pelos ouvidos.
O poeta é o instrumento,
e, se vibra, vibra com a própria vida.
Mas, se cala, cala-se não pela ausência,
mas pela dúvida:
será o som que sai mais que um simples barulho?

O músico tenta tocar o mundo
como quem afina um piano quebrado.
Mas o poeta, ah, o poeta é o mundo,
em todas as suas notas desajustadas e desarranjadas.
O músico, com sua partitura,
tem os dedos certos,
mas o poeta, ah, o poeta,
não tem mais dedos que o próprio instante.

O músico se orgulha do som que cria.
O poeta, esse, se espanta
com o que não pode ser tocado,
e talvez,
no fim,
seja o poeta quem, por fim, toque.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠No coração das matas, onde os rios serpenteiam, veias do Brasil,
Corre, livre, a água da vida,
Que brota da terra, viajando,
Até o coração do país.
Nos tesouros perdidos, em que um povo se resgata,
Os caboclos bradam.
Nas lendas da Amazônia e nas senzalas,
Ecoa, forte, o grito ancestral de resistência.
Mistérios antigos, escondidos no seio das florestas,
Gente que fala com as árvores,
Que entende o canto dos ventos e a língua dos animais,
Conhece os caminhos das águas, do céu e da terra,
Esta, nossa pele sagrada,
Resistente ao esquecimento, jamais se renderá,
Nem será dobrada pelo medo.
Esta é a terra da Ararajuba,
Das belezas do Rio de Janeiro,
Mas também da Revolta dos Alfaiates,
Onde o sangue da resistência ainda fervilha nas ruas.
E nos cantos africanos, me abrigo,
Na força dos ancestrais que nunca nos deixaram.
Reencontrando a terra que nos gerou,
Erguemo-nos, firmes e imbatíveis,
Com coragem inabalável, raízes que nos sustentam,
Lutamos para assegurar o direito de viver,
E proteger o amanhã,
Na força da mata, nas folhas da Jurema,
Os povos que aqui estavam e os que chegaram,
Ainda resistem,
Guardados pelas forças ancestrais.
A liberdade, a ferro, foi conquistada,
Na carne e nas marcas de um povo heroico,
Que jamais deixou de crer
No axé, na luta,
Na força que brota de sua terra.
Não mais seremos subjugados,
Não seremos apagados nem silenciados,
Porque a nossa voz ecoa,
Mais forte que os grilhões
Que um dia tentaram nos calar.
Ainda lutamos,
Com a clava forte,
A terra é nossa,
E jamais será tomada.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Hoje foi o dia do meu teste final.
Temeroso entreguei a minha prova.
O professor, em seu olhar severo, me perguntou:
"Que nota devo te dar?"
Fiquei em silêncio,
E o silêncio foi o meu exame de consciência.
Revivi, no lento caminhar do tempo, o ano todo,
E percebi que faltei não apenas nas aulas,
Mas em tudo:
No estudo, no esforço, nas promessas feitas
A mim mesmo e ao que eu deveria ser.
Fui ausente, incapaz,
E, na prova, a resposta foi o reflexo de meu descaso.
Penso então:
Seria justo me dar um 10?
Seria justo, depois de minha negligência,
Receber o mesmo que aquele que se entregou,
Que se dedicou, que foi à luta?
E, se fosse assim, qual seria a verdade?
Minha vida tem sido uma série de ausências.
Faltei à Bíblia, ao rezo, à missa;
Faltei ao que é essencial, como quem falta a si mesmo.
E, diante de Deus, como posso justificar minha farsa,
Meu descaso?
Só me resta uma única resposta:
"De-me um zero, e lance-me ao inferno,
Se assim for a justiça do mundo e do homem."
Que há de mais justo em minha condenação?
E o que há em minha aprovação que não seja uma mentira?
Fui um péssimo aluno, Senhor,
E Tu foste o Mestre perfeito,
Com tua sabedoria infinita, com teu amor sem limites.
Como posso eu, um pecador,
Que falhei em tudo,
Olhar nos teus olhos e me considerar digno
De uma nota que só existe na ilusão dos que estão enganados?
Como?

Inserida por GabrieldeArruda

⁠⁠O Eremita

Com lentes tingidas de um brilho sombrio,
Meus olhos, embotados de dor e lágrimas,
Veem o que outros não percebem, no silêncio confinado.
Com olhos que ultrapassam o véu da realidade,
Sou um estranho em minha terra, sem lugar para pertencer,
Amei com a quietude de estrelas esquecidas,
Sonhei com a vastidão de galáxias perdidas,
Mas meu coração é um relicário de esperanças defuntas,
Um navio sem ancoradouro, perdido em um oceano de solitária penúria.
Sou um homem que, em suas próprias marés, se consome e se afoga
E, nas profundezas da mente, se perdeu.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠⁠Epiderme

Dentro de mim habita o verdadeiro terror,
Onde os monstros se escondem sob a pele,
Revelando a verdade que nos abate,
Não se iludam, aqueles que confiam em nós!
Não há cama que os oculte, pois não se escondem debaixo dela,
Mas por baixo dos lençóis e os seres, onde não há certezas,
Não creio em mim, com certeza, sou um monstro, não mártir, nem herói.
Mediocramente humano, foi minha vida, escravo do que nunca serei
A capacidade humana, essa sempre me aterrorizou mais que fantasmas.
Consagro a nós o desprezo, tudo isso seja o que for que sejas
Aqueles que confiam, não se enganem.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Marginal

Às margens profundas do meu ser, vagueio como um rio agitado sem leito. As palavras, como pesadas pedras, afundam no abissal silêncio impenetrável.
As pobres almas que toquei, como folhas secas outonais, desprendem-se e voam para longe. Desaparecem na bruma do cruel tempo.
Ó rio, sem rumo, sem destino, és espelho da minha própria existência.
Rio sou. E fluí.
Leva-me para além.
Que eu seja a folha seca que flutua em tuas correntezas, que se despede, e que o tempo, implacável, me leve para a outra margem.⁠

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Impermanência

Quão alegres são as chegadas, loquazes,
E os prazeres que consigo trazem,
O espírito se incendeia, dança,
Quão tristes são as partidas, silentes,
E os prazeres que consigo levam,
O espírito se dilacera, despedaça.
Ah, estou farto, meu tolo coração, tantas vezes ridículo, deseja pelo dia
Em que os encontros superarão as despedidas. Como uma pessoa a quem lhe impõe a ter a sua desgraça.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Quem guarda amigos dentro do peito
não leva só nomes ou histórias bonitas...
leva casas inteiras feitas de afeto.

São presenças que acolhem até de longe,
lembranças que sorriem por dentro
e silêncios que dizem: “tô aqui”.

Porque amizade de verdade
é quando a alma reconhece abrigo
no jeito do outro existir.

— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna

Inserida por EdnadeAndrade

⁠Sublime

Fiz grandes e nobres propósitos, mas sou tão pequeno,
Sim, tão pequeno e insignificante.
Observo as grandes cidades de concreto e aço,
Entre arranha-céus que roçam o céu,
Vejo pessoas cruzando as ruas, e os carros.
Há vielas estreitas, onde cada pequeno passo
Descobre o encanto revelado pelo tempo,
Que talvez se perca nesta vida vulgar,
Mas permanece gravado em grafites vulgares.
Vida vulgar, vulgar, como um mendigo verdadeiro.
Vou ao campo e vejo os animais, e as crianças,
Nos vastos jardins, entre rosas delicadas e lírios em flor,
O perfume suave que enche o ar, e o vento que acha meu cabelo.
Cada pétala, um juramento de amor...
Assim saibamos valorizar o simples, o modesto, o singelo.
Descobrir o sublime no cotidiano, no ordinário,
Na essência real das coisas,
Encontrar a beleza que transcende o mundano,
A verdade mais metafísica.
Por trás de cada nascer e pôr do sol dourando o céu,
Onde há pequenos planetas distantes,
Sob os verdes tapetes e vastos campos,
E na imensidão divina, onde o céu se alarga no firmamento.
Sempre há pequenos milagres a perceber,
Em cada gesto simples, um mundo descoberto,
Na plenitude do ser e do existir,
Onde a grandeza habita nas igrejas e casas, e nas mentes,
Onde podemos vislumbrar o infinito num beco e ouvir a voz de Deus num viaduto.
Mas sou, e serei sempre, o que não soube, fiz de mim sublime, humano.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠(Des)encaixes

⁠Sou uma peça defeituosa neste quebra-cabeça da vida, tão fragmentado. Não tenho um lugar de encaixe, não. Estou desconectado das outras peças. Talvez eu deva cortar os meus excessos, minhas ásperas arestas que me impedem de encaixar-me neste tão cruel jogo.
Estou vencido, talvez tenha desistido ou mesmo nunca tenha tentado coisa alguma. Devo despir-me das ilusões, das expectativas vãs, para poder encontrar uma peça que possa me completar. Devemos lutar para conquistar o nosso espaço, mas tudo isso me pesa.
A pele que visto é errada; rasguei-me e de mim nada restou. Esta é a razão do meu sofrimento e das coisas fugidias. Quem me dera pudesse resolver este grande desafio, montar este estúpido jogo e dar-me por satisfeito.
Às vezes a vida é traiçoeira, e o destino parece um enigma insolúvel. Mas para mim, a vida nunca foi senão uma acompanhante de sentir. Compreendi finalmente que a sua beleza está na futileza. Aproveitar a vida, deixe-me ser azarado no jogo; tenho tido azar na sorte, mas a minha sorte está no amor, ah, e como eu amei.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Parassonia

Estou cansado, é claro,
Porque, a esta altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
Estou cansado de pensar, a toda hora, há tantos anos, desde a minha mocidade.
A minha cabeça já não mais encontra repouso, noite após noite, o sono me escapa, como se temesse adentrar neste caos que é a minha mente.
Quando finalmente o apanho, sonâmbulo, eu converso com as paredes.

Inserida por GabrieldeArruda

Sorte

Existem 2 trilhões de galáxias e, até este momento, foram descobertos cerca de 150 planetas, pertencendo 8 nosso sistema Solar. Já em nosso planeta, há 6 continentes, 193 países e por volta de 7 bilhões de pessoas. Em aproximadamente 4,54 bilhões de anos de história eu nasci na mesma época, galáxia, planeta, continente e país que você, qual a probabilidade? Meu amor por ti não caberia no Aglomerado de Virgem.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Na arte eu encontro Deus, e encontro a mim mesmo,
Sou apenas aquilo que sou, para lá do que tento ser.
Cada estrofe é um gesto sagrado,
Cada nota, uma reza silenciosa.
O meu coração é um altar que sacrifica hesitações,
Meu corpo, um templo sem portas e paredes.
O pincel é como um incenso que sobe ao alto,
Unindo o traço ao mistério de criar,
Onde o invisível ganha forma e o impossível torna-se real.

Na criação, tudo faz sentido, e nada é banal,
Foi este o primeiro ato divino: o ato de criar.
E não há fé maior que a coragem de moldar,
De dar forma ao barro.

O mundo é minha igreja vasta e imensa,
Cada gesto genuíno é como um sacramento,
Onde o infinito encontra espaço no instante.
Na arte, o Eterno revela-se próximo,
E comigo fala, e comigo fica, em uma eterna comunhão.

Inserida por GabrieldeArruda

🔥 Já são mais de 4.000 pessoas transformando seus dias com reflexões que provocam mudança.

Junte-se ao canal do Pensador no WhatsApp e dê o primeiro passo rumo a hábitos mais conscientes.

Entrar no canal