Conto Amor de Clarice Lispector
Reticências...
Todo história de amor tem um conto, tem um ponto.
Exclamação, interrogação e reticências.
Eu continuo a pontuar, sei que isso parece inocência.
Pois enquanto tem episódios uso vírgula, ponho aspas, uso dois o pontos.
Mais quando chegar ao final eu te conto.
amor_in_versus
Que mulher nunca quis que sua vida fosse como num conto de fadas?.Com principe encantado,com um amor eterno e sempre com um final feliz.Mas pena que isso não é realidade.
O principe encantado não existe,mas o amor eterno e o final feliz sim.Por tanto,você que ainda não encontrou o amor e está perdendo as esperanças,não fique mal,todo mundo tem sua metade.
Levante a cabeça,se arrume e viva.Mas não viva,com o intuito de achar um amor,simplesmete viva.
Não quero um conto de fadas
Quero amor
Não quero mais ser vista como guerreira
Quero ser tratada como a rainha que sou
Nunca fui vista como princesa
Mas me serviram a for a francesa
Não sei o que é ser querida
Pois me demonstram que qualquer lugar é melhor que a minha companhia
Não sei o que cortejo
Pois me deram só o desprezo
Não sei o que é fazer diferença
Pois recebi indiferença
Não sei o que ser
Pois estive a vida toda estando e tendo alguns momentos que no final das contas, a conta nunca fechou na balança do valer a pena.
Não sei o que gosto porque me deram mais o que não gosto, porque fere, porque dói e corrói.
Já não tenho o que comemorar pois rememoro a morte dos meus sonhos.
Não me pergunte de alegria terei poucas a dizer e contar, tão pouco me pergunte de minha tristeza porque não quero mais chorar.
Não quero acreditar que a vida é apenas isso, mas quero me alegrar quando um dia eu puder voltar a sonhar!
Mas antes de tudo eu preciso aprender a me amar!
CORRENTEZA
"Embaço contos descidos emudecendo
Biômetros de aviventação,
Deposito no carreiro de cujus e decálogos contorcionistas,
Movimento o debulho da alfândega decrepitando abantesmas,
Novelo o incendimento alforrado do império das nesgas,
Calunio o tablado no incêndio homérico
Da quebrantação indistinta,
Desabrigo o pio votado por carrancas
Palhadas em domesticidades,
Depaupero o fosso envaidecido por acuômetros de saudação."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
Soneto à tua volta
Voltaste, meu amor... enfim voltaste!
Como fez frio aqui sem teu carinho....
A flor de outrora refloresce na haste
que pendia sem vida em meu caminho.
Obrigado... Eu vivia tão sozinho...
Que infinita alegria, e que contraste!
-Volta a antiga embriaguez porque voltaste
e é doce o amor, porque é mais velho o vinho!
Voltaste... E dou-te logo este poema
simples e humilde repetindo um tema
da alma humana esgotada e envelhecida...
Mil poetas outras voltas celebraram,
mas, que importa? – se tantas já voltaram
só tu voltaste para a minha vida...
(Do livro "Eterno Motivo" " - Prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras - 1943)
Essa...
Essa, que hoje se entrega aos meus braços escrava
olhos tontos do amor de que aos poucos me farto,
ontem... era a mulher ideal que eu procurava
que enchia a minha insônia a rondar o meu quarto...
Essa, que ao meu olhar parado e indiferente
há pouco se despiu - divinamente nua -,
já me ouviu murmurar em êxtase, fremente:
- Sou teu! ... E já me disse, a delirar: - Sou tua !
Essa, que encheu meus sonhos, meus receios vãos,
num tempo em que eram vãos meus sonhos, meus receios,
já transbordou de vida a ânsia das minhas mãos
com a beleza estonteante e morna dos seus seios !
Essa, que se vestiu... que saiu dos meus braços
e se foi... - para vir, quem sabe? uma outra vez.
- segui-a... e eu era a sombra dos seus próprios passos..
- amei-a... e eu era um louco quando a amei talvez...
Hoje, seu corpo é um livro aberto aos meus sentidos
já não guarda as surpresas de antes para mim...
(Não importa se há livros muita vez relidos
importa... é que afinal, todos eles têm fim...
Essa, a quem julguei Ter tanta afeição sincera
e hoje não enche mais a minha solidão,
simboliza a mulher que sempre a gente espera...
mas que chega, e se vai... como todas vão...
(Do livro - Amo – 1939)
Passava-se as tardes
entre trepadeiras
boa noites
cravos brancos
e dormideiras
As tardes eram sempre as mesmas
Os mesmos lírios
A mesma sala vazia
Os mesmos livros
Drumond
Lispector
Florbela
o menino
e a laranjeira em flor
Lá fora
abelhas enlouquecidas
embriagadas de polen
e perfume de azhar
As noites eram quase eternas
O morrer das prosas
crepitar da lenha
coaxar dos sapos
O menino e os lírios
candeeiro aceso
Refletindo os sonhos
No espelho dos olhos
A Igreja Católica é una porque um é o seu fundador, verdadeira porque o seu fundador é a verdade, a única que salva pois foi fundada pelo único que deu a vida pela salvação de muitos e eterna porque seu divino fundador é eterno.
Jamais vos deixeis enganar, não há outras religiões, há outras culturas e outros ritos. Religião vem do termo latino 'Religare', ou seja, religar e a única que religa o homem a Deus é a Santa Igreja Católica, a qual eu quero viver e morrer.
Artista, penso eu, é aquele que divide seu olhar sobre as coisas. Todas as coisas existentes e ainda as que ele inventa.
Olhar de artista não "vê". Olhar de artista esmiuça as coisas. Arte é reescrever o mundo do jeito que quiser. Artista olha com olho de dentro, íntimo, pessoal.
Compartilhar o olhar de dentro é coragem. Muita.
Mas arte não é escolha, é urgência. Uma grande bicho de pé que comicha até a gente coçar.
Compor não tem hora, lugar. Não respeita convenções. Muito menos o sono.
Penso que todo ser humano tem um artista em si. Basta permitir-se sensibilidade para observar com o olhar de dentro. Sensibilidade... imprescindível.
É claro que há artistas fenomenais, os bons, uns nem tanto. Há artistas fracos. Há os fenomenais que estão pobres. Os fracos que são modismo e enriquecem.. Sempre, em tudo haverá tudo isso.
Arte não tem que ser obra prima. Basta ser olhar. O de dentro. Sensibilidade para olhar com personalidade. E depois coragem, muita, para compartilhar o olho de dentro.
Artista não morre. Se eterniza em cada fragmento de sua criação. Se uma pessoa sequer se comover ou mudar o olhar.. um suspiro, arrepio.. ah, glória. Viver valeu...
Eu quero ser artista.
"Poesia é palavra que sobrevive ao tédio dos dias. E martela, ressonante. Até virar papel. É o sumo, o suco da rotina. Fazer poesia é unânime! Não carece estudo, treino. Poetar é inerente ao humano. Todos. Poesia é modo de enxergar. Entrelinhas, entre ruas. Entre paredes. Entre, entre, saia.. absolutamente tudo se faz poesia se apertar.
Poesia é sumo da vida espremida"
Invejo!
Eu invejo
Aquele que não se importa
Que não vê e não entende
E que corre ferozmente pela fama e o poder
Eu invejo você
Que quer tudo isso aos montes!
E que cansa, não descansa
Que só pensa em correr!
Eu invejo a tua inveja
De quem pode mais que tu
Que te faz se apequenar
Eu invejo ele também
Que de ego se completa
Dane-se o mistério, traga-me a mesmice
Eu invejo o seu amor
Pelos dramas e romances
Do John Green e da Clarice
Mais que tudo, eu invejo a ignorância
Que se furta a conhecer da própria insignificância
eU CAI NA DEGRAÇA DE SER UM MERO CONTADOR
contador de his´toria, sem moda, sem nada
denusdo por inteiro, e com medo, com medo
que iam achar
pq eu pensava eu que história era melodia de uma musica sem fim
e tu foi minha partitura, eu fui minha partitura, nós somos uma linda canção
minha boa, raiz das palvras, meu coração, raiz de nosso medo
cai desgraça de ser um mero contador
e eu conto, o encanto, de todos os cantos que eu ja cantei
e ali te mostro
que luz é vida
que bondade é apenas o segredo da vida
que a beleza de história bonita
é a apenas compor letras
fazer poemas
escrever dilemas
entrelinhas e linhas
da nossa vida
cai degraça de contar
de te canto,
nós cantamos
..
— Shhh... — ele a silenciou com o dedo indicador. — Que todo amor seja leve, e todo mal seja breve — disse, acariciando sua face.
Ela fechou os olhos e sentiu aquele toque divino...
Um toque que a transportava para outro mundo...
Um mundo onde não havia dores...
Um mundo onde não havia câncer...
Um mundo onde todo amor era leve...
Um mundo onde todo mal era breve.
[Quote do conto]: Ouça o seu coração
Quero um amor que me alucine. Que me faça sonhar acordada. Que me tire o sono. O fôlego. A razão.
Quero um amor que me encante. Que colha flores do caminho para me encontrar. E que em cada flor, encontre um motivo para pensar em mim.
Quero um amor que queira saber o que eu penso. Sobre a vida. Sobre o tempo. Sobre tudo. E, sobretudo, que queira saber tudo sobre mim.
Quero um amor que se preocupe em ler o que eu ando escrevendo, porque isso é o reflexo do que eu ando pensando. E que se esforce para entender o que eu digo, mesmo que eu dificulte o caminho e o salpique de códigos.
Quero um amor que escreva epopeias sobre mim. Que seja criativo e sensível o bastante para encontrar em mim inspiração para escrevê-las.
Quero um amor que se importe com o que eu valorizo e que busque crescer aos meus olhos só para eu me apaixonar uma vez mais.
Quero um amor que se apaixone por mim uma vez mais a cada segundo. E que encerre uma briga com um beijo de surpresa, simplesmente por não conseguir se conter.
Quero um amor que tenha um jeito especial de se referir a mim. Um jeito que nunca caberá para nenhuma outra pessoa no mundo.
Quero um amor que me acorde com café na cama vez e outra. Que me faça dormir no colo vez e outra. Que me desperte no meio da noite vez e outra por não conseguir esperar até o outro dia.
Quero um amor que me desenhe numa folha de caderno. Que me pinte numa tela. Que me rabisque umas palavras sacanas num guardanapo. Que me dedique uma música. Que me faça uma canção.
Quero um amor que encontre sempre uma nova razão para olhar para mim. Que continue me lançando os mesmos olhares de admiração dos primeiros encontros toda vez que eu chego. Que me beije com a mesma intensidade do primeiro.
Quero um amor que leia os meus livros favoritos, assista aos filmes que eu mais gosto, conheça a minha família e os meus melhores amigos, se envolva nos assuntos que eu domino, numa tentativa de desvendar a minha mente.
Quero um amor que busque se conectar comigo para além das leis da física. Que busque me conhecer como ninguém conheceu. Que busque me entender como ninguém entendeu. Que busque me possuir como ninguém possuiu, sem jamais me prender.
Quero um amor que me mostre um novo mundo. Que me ensine. Que amplie os meus horizontes. Que me estimule. Que alce comigo um voo ao inimaginável.
Quero um amor que me deixe recados. Que me traga um bombom. Que encontre maneiras de demonstrar que andou pensando em mim na minha ausência. Que encontre maneiras inusitadas de dizer “eu te amo”.
Peço demais sim. Sei que peço. Mas se essa é única vida que eu vou viver, eu não tenho porque me contentar com menos do que um romance de conto de fadas quando decidir viver um.
ÉRIDA
Sem chão nem Fé, me vi flagelado
bem apegado a um Amor tinhoso.
Devaneando, morto, ao Sol do Descaso,
vi o mundo ruir. Abismo vultoso.
O bailar de Érida, Corpo equilibrado,
vinha mostrar seu Passo virtuoso.
Era o Baile corrente, aclamado,
tecido nos Saltos sem pouso.
E veio o Sonho: e foi desperdiçado!
E veio a Morte: o luto renovado,
o espinho encravado em meu pé!
Tudo indicava o Sol! Fiquei embaixo,
na Prisão que estive e em que me acho,
a Sonhar e a bailar, sem chão nem Fé!
Lição de um cão putrefato
Certo dia a caminhar e pensar minha'mada,
Conjecturando se o amor me abatera pela beleza.
Não foi por serdes bela, esta foi minha certeza,
Após estudar um cão putrefato na estrada.
Parei à estudar aquela coisa torta.
Outrora criatura, agora poço de verme.
Transmutaram em piscina a antiga epiderme.
A vida surgindo da vida já morta.
É estado da mente a beleza encantada.
Muito aprendi em pouca caminhada.
Aprendi a lição e nisto sou grato.
Não sei se por justiça natural ou ironia,
Mas sei que tua beleza, querida, algum dia
Será semelhante à do cão putrefato.
O COSTURADO DE CORAÇÕES.
O amor saiu por aí beijando de boca em boca, sem se importar com as pessoas só que ele não contava que iria se apaixonar tão cedo.
Porém certo dia ele ficou apaixonado chega nem prestava atenção no que as pessoas falavam a sua volta.
Para ele tudo era bobagem, ele estava tão cego nas suas decisões, que só queria amar, até que não demorou muito veio as primeiras decepções amorosas.
Quando ele descobriu que tudo não tinha passado de uma pequena troca de afeto mais logo chegou ao fim, e o amor estava com o coração partido ao meio, então o tempo passou e recolheu aquele coração que estava jogado no chão.
Certo dia estava passando pela aquela estrada quando de longe avistei o senhor remendado uns corações, então cheguei mas perto e observei um balde com vários corações, fui embora sem pergunta nada ao tempo.
No outro dia quando voltava, lá estava o velho tempo no mesmo lugar, fazendo os mesmos trabalho, curioso perguntei de quem seria aqueles corações.
Ele virou os olhos em minha direção, deu aquele triste sorriso, olhou dentro dos meus olhos e disse.
Meu filho esses corações são daquelas pessoas que viveram a vida inteira brincando de amar.
Quando ele estava terminando de falar chegava mais pessoas com o coração desperdiçado para ele remendar.
Ele virou as costa foi me dizendo que estava muito ocupado, pois não parava de chegar corações para ele costurar.
Eraldo silva.
(...) A vida é muito supervalorizada.
Olhe pra nós...
Nem mesmo conseguimos sobreviver ao amor que criamos...
Me faz perceber quão inútil é nos agarrarmos às coisas,
se sabemos que um dia elas morrerão.
É como tentar segurar uma flor com muita força após retirá-la do solo,
na ingênua tentativa de que, com isso, impeçamos a sua morte.
A alma encontra uma parte de si mesma,
em um amor do a alma foi esculpida,
no começo dos tempos todos era um só,
ate um dia a flor se partir por sonho,
no qual foi o primeiro desejo,
nesse desejo um anjo dividiu sua alma,
procurando o prazer mais intenso,
seu corpo era carne e o prazer foi...
profundo tão fundo que tempo parou...
todos tiveram mesma ideia,
ate que templo fica se vazio,
as almas tornaram se solitárias,
no vaco da esperança a unica...
virtude seria a busca do pedaço perdido,
deram lhe o nome de amor...
pois a busca seria profunda em cada ser,
mostrando que a eternidade...
é pequena diante do amor.
por celso roberto nadilo
Amor, desalento e solidão
Queria, quem já não me quer seu,
Que por sua vez não quer ninguém
E quem me quer eu rejeitei também
Por não ser de quem não é meu!
Quantas portas ao amor eu não dei!
De o querer, quantas se fecharam?
Quantas solas e aparas se gastaram?
Quantas poemas e ruas atravessei?
Mas que desalento chato e redondo,
Que se o tento cantar a um canto,
Ele não os tem, e eu lá vou pondo
Nós engasgados num calado pranto!
Não podendo ao amor cantar então,
Vou indo e dando, espaço à solidão.
