Contexto da Poesia Tecendo a Manha
TOURO
teimosa feito pedra bruta de plêiades, ela é vigorosa pra quem vê de fora a fragilidade de uma rosa. herdou de vênus sua sensualidade; o que ela tem de persistência, tem de lealdade. é quem vai estar ao seu lado na guerra e te defender como se fosse o último pedaço de terra. é campo vasto que esbanja beleza. romântica de sangue quente. ciumenta que nem sente. é ter a força e os sentidos apurados de um touro e uma amizade que vale ouro. com os pés sempre fincados no solo, prefere se manter segura que embarcar numa aventura. quando se arrisca, ama e se dedica sem preguiça. quando se machuca, constrói uma muralha que sustente seu orgulho, por isso, não ouse decepcioná-la. ela é laço que fácil embaraça. é ter muita confiança em si e insistir até conseguir. se a vir a noite, saberá: o brilho dela se destaca. ela é grande e deixa pistas do seu impacto por onde passa.
AQUÁRIO
trovoada que não pode prever, tsunami que não pode parar; é vento rebelde que se deixa levar. é fluir nas águas da independência e jarro derramando no mundo a sua essência. dona de uma fineza absoluta: na sala sartre, na cama sutra. é espírito inovador, imaginativo e revolucionário. suas raízes são suas asas, tal pássaro selvagem. tem a intuição como guia, razão como base e emoção como medo. é prezar pela igualdadee atrair-se pela intelectualidade. é rebelar-se contra a injustiça, padrões e a sociedade. escritora do próprio roteiro, sua amizade é porto seguro que todos querem ancorar. tem o coração avançado com a mente aberta no futuro. ser livre é seu jeito de amar, mas quando ama, é intensa como uma noite chuvosa repleta de raios e pulsante como ondas de calor. ela é poema que poucos sabem ler, arte abstrata que poucos irão entender. excêntrica pela arte de se destacar, loucura por nenhuma razão ser capaz de explicar.
Sou sobrinha-neta da Ilusão, tenho marcada em meu sangue a marca amarga da ferradura agalopada do solene marchar da carruagem de meus sonhos, ébrios de tentação. Sou a cria amarga do roubo esperançoso de minhas racionalidades fatais, que enganam, deturpam e profanam a doçura antes presente em meus sonhos. Sou o devaneio solto pelas ruas, a loucura a planar sobre os campos férteis da solidão, sou o resultado infame da mistura sórdida de meus antepassados de terra e vão.
Sou tantas e de tantos, sou tato e pranto, sou cólera e acalanto, não sou nada, nada, mas ainda assim, canto. Canto as lamúrias através de pena e cetim, debruço-me sobre meu viver torpe e vomito palavras pobres em versos e prosas em carmim.
Não domino a poesia, mas a poesia domina-me a mim, quebro meus pudores em mil pedaços de taco, ligo meus temores um a um em mil laços, reconstruo minhas convicções em mais mil espaços e ao final, sobrando-me apenas a dor e o cansaço, enfim me desfaço.
AGOSTO
Mês dos vigorosos. Dos talentosos. Dos que fazem da amizade ponto de abrigo. As intempéries invernadas dividem o protagonismo com os sóis pálidos, pintando os céus de carmesim. No jardim, o verde começa a realçar,
enquanto nos campos as sementes dormem, para te lembrar que após momentos difíceis você também brotará mais forte; que a próxima estação já o aguarda com a sua melhor versão para polimerizar ao mundo todo aprendizado que fertilizou você até aqui. Agosto é o mês de você que está disposto a construir um novo começo e de você que acredita nos recomeços. De você que afoga o desgosto na alegria e cria a sua própria fantasia com ousadia dentro da realidade. Marcado na história como o mês dos acontecimentos difíceis, ele vem para te ensinar que após as guerras, os conflitos, as divisões dos muros e as partidas importantes, você sempre se mantém sobrevivente e resiliente para seguir em frente. Eque depois do inverno, tudo é primavera.
SETEMBRO
Mês dos perfeccionistas. Dos carismáticos. Dos que fazem da integridade seu ponto de equilíbrio. As cores desabrocham junto ao trescalo apaixonado fronteirando com a próxima estação e conclusão de mais uma fase. O horizonte que alvorece intenso em meio aos céus plácidos, faz jus ao momento de transmutação; para você que não deixou apagar sua chama cruzando pelos dias frios, resistente, e fez da dor combustível para continuar.
Para existir. Para reencontrar forças e renovar os caminhos da sua jornada. Setembro é o mês que traz a certeza de que tudo na vida é transitório e se renova. O mês da maturidade marcado pela colheita do aprendizado após as temporadas invernais, trazendo consigo o calor, o vigor e a profundidade. Que possamos buscar nossa plenitude aceitando as eventualidades com sabedoria, mesmo que por dentro nosso coração esteja exausto. Que diariamente renovemos as esperanças em meio aos tempos sombrios, encontrando beleza na simplicidade das flores que brotam em nosso caminho, e na restauração da nossa natureza, o reequilíbrio, o brilho e coragem.
Ilhéus
Sim, fui para Ilhéus
e pude sentir
a magia e os encantos
da feliz cidadela.
Cheguei em Ilhéus
Senti o cheiro do mar
sabor do chocolate
do cacau que nasce nela.
Andei por Ilhéus
terra de Jorge Amado
do Bataclan, do Vesúvio
Onde a vista pro mar é bela.
Voltei de Ilhéus
de suas ruas calmas
lugares que fazem
lembranças da forma mais singela
Voltarei para ilhéus
cidade de gente querida
terra da poesia
casa de Gabriela
Cravo e Canela.
Qualquer tempo
Deixa eu te encontrar, mesmo que seja por pouco tempo
Vamos sair para dar uma volta, mesmo que o tempo seja pouco
Qualquer tempo é perfeito ao seu lado, tanto faz, chuva ou sol
O tempo de um abraço bem demorado que transforma o mundo em um paraíso bem rápido
Todo tempo é precioso, porém, não raro
O tempo passa a ser raro quando encontramos um verdadeiro abrigo
Aonde você se sente bem, só em observar um sorriso.
o sol desabrochou feito orquídea no verão
o mar se ondulou e fez o barco sumir da imensidão
é a vida que soar meu coração
de amor, de amor
Ventos que sopram os cabelos da menina que se engraça
Feito passos de gente no calçadão que vai e vem
A delícia de se não ter ninguém
de amor, de amor
O sol nasce depois das lágrimas da noite
aquece depois de madrugadas de ventanias
E, nós, inebriados pela magia
de amor, de amor
Tenho voz aqui dentro
E não sai,
Não grita essa voz,
Que se debate
Arranha a minha garganta
Essa voz que fala
E nada diz.
Não tem caráter,
Influenciável e preza...
Uma voz amedrontada,
Que se enche de dizeres
E se entala,
E tosse o resto de letras,
Uma voz muda em meio a crise
Uma voz que vive sem nada a ser dito,
E morre engasgada pelas palavras que nunca disse.
A sorte é seletiva,
Tem gente que a leva na fé,
Tem outros que nem acredita,
Preferem fazer sua sorte,
Bater o pé e não esperar o destino,
Outros preferem esperar,
Acreditar que tudo acontece por um motivo.
Eu acho a sorte um bônus,
Que não podemos esperar sentado,
A sorte acontece para poucos,
O melhor é trabalhar pesado,
Lutar pelo que você quer,
Mesmo que leve tropeços,
Por mais que tu suba na vida,
Mais se aumenta os preços.
A sorte é questão de pessoa,
Nem todos nasceram com a mesma,
Tem gente que nasce de vida bacana,
Outros trabalham, trabalham e continuam na mesma...
Por via das dúvidas levante,
Seja o seu próprio amuleto
Acredite ou não nessa sorte,
Mas seja para ti o teu próprio trevo.
Instagram; @eufuipoeta
Eu te beijaria vinte quatro horas por dia
Se dividisse todo tempo do mundo ao seu lado
Faria ao seu lado as maiores loucuras
Cego pelo desejo que é essa magia
Essa sedução que é te amar
Com esse olhar perdido
por toda parte tem um pouco de você.
Por todo lugar que olho vejo alguém que me faz lembrar você.
Logo o coração corre,
Logo esqueço como andar
E o pior logo vejo que não é você.
Ela foi levada num dia sombrio,
com seu rosto magro, abatido,
olhos fechados, pele enrugada,
da vida triste acabaram os castigos
Acabaram tristezas, lágrimas mil,
adeus à pobreza e torturas,
nada deixara para ser chamado de seu
apenas uma bíblia de capa escura
Só conseguia viver em oração,
lendo e meditando chorosa,
levou seu segredo para o caixão
e sobre ele apenas uma rosa
Será?
Às vezes me pergunto
Se vou algum dia
conseguir esquecer seus olhos castanhos claros
Seu sorriso encantador
Seu perfume doce
E dos seus lábios macios?
Será que conseguirei seguir em frente?
Será que haverá um momento
em que eu me acostumarei a não a ter mais comigo?
Será que o tempo vai curar as feridas
do meu coração?
Secar as minhas lágrimas?
E deixar o que sobrou de você em mim
partir para sempre?
EU TE AMO!
Única razão de viver...
É o que me faz dizer
Todos os dias: Eu te amo!
Numa canção ou no verso
Só tu és meu universo
Até dormindo eu te chamo!
Vens conversar comigo
Serás sempre meu amigo
Aqui ou onde estiver
Seja vivo na Terra...
Nos lauréis que encerra
Esse oriundo viver!
Melancolicamente triste
Já nem sei se tu existes
Ó divinal criatura!
Que na vida amei tanto...
Amaste a mim, entretanto,
Vago nas noites escuras!
Não sei se vivo do amor
Ou do resto dessa dor
No meu peito queima e fere
Se te esqueço e depois parto
Fechada nesse meu quarto
Meu desespero acelere!
METAMORFOSE ÀS AVESSAS, SE FEZ LAGAR À BORBOLETA…
Havia um ar maléfico,
Uma sombra no modo de olhar…
Talvez, quem sabe…ali sempre estivesse.
Debrucei-me no algibe da minha solidão,
Senti o peso das correntes…
Absurdamente grossas e enferrujadas.
Percebi que a minha dor não fazia ruídos,
Como alguém que sufoca em uma sala abafada
Lentamente fui sendo entorpecida e não fiz nada…
Eis ali, sem casulo de transmutação, enclausurada…
A borboleta em mim estaticamente petrificada
Observando tudo sem fazer nada.
Havia um que de contentamento
Nos olhos do meu algoz,
Ao ver-me sufocar em meus aposentos.
Ali o mais feroz dos monstros,
Faminto voraz dos meus dias
…Era o tempo.
Gosto de escrever
Eu gosto de escrever
Eu não sei o porquê
Fico encarando o papel
Sem saber o que fazer
Fico encarando o celular
Sem saber o que digitar
Eu gosto de escrever
Ainda não sei bem porquê
Tenho muita coisa na cabeça
Que preciso despejar
Eu não devo esquecer
Eu não devo ignorar
Eu preciso registrar
Eu preciso escrever
Nenhuma idéia é inútil
Não há conhecimento fútil
Tudo é importante
Tudo é potência
Tudo é constante
Sempre em desenvolvimento
Sempre em crescimento
Como as idéias na cabeça
Giram como um cata-vento
Eu gosto de escrever
Não sei bem porquê
Só sei que sei escrever
Só sei que sei ler
Não sei se sei entender
Compreender as idéias do autor
Ver não é ler, ler não é entender
Entender não é compreender
Compreender não é aprender
Aprender não é conhecer
Ler a escrita é ler a mente
Ler a mente é ler o coração
O coração da gente
Tão impulsivo e ardente
É ler alma do agente
Que escreveu o sermão
Eu gosto de escrever
Eu não sei porquê
Mesmo se não há nada pra escrever
Escrevo mesmo assim
Um poema bem simplório
Que nasceu dentro de mim
Postes Laranja
Avenida barulhenta
Se cala na sarjeta
Postes Laranja
Na beira da falência
Gasolina fedorenta
Poluição da grande empresa
Postes Laranja
Ignoram sua presença
Cidades isoladas
Vidas isoladas
Postes Laranja
Invadem nossa mata
Progresso é o que se diz
E escreve com um giz
Postes Laranja
Se espalham como chafariz
Está ficando estrelado
Está ficando clareado
Postes Laranja
Apagam o estrelato
Eu preciso ficar calmo
Fugir do urbano no marasmo
Postes Laranja
Me perseguem por todo lado
Postes Laranja
Postes Laranja
Postes Laranja
Postes Laranja
Por onde eu vou não tem mais vermelho
Verde, azul, amarelo
Roxo, branco, preto,
Cinza, marrom ou caramelo
Tudo o que vejo na distância
São apenas Postes Laranja
Grosseiramente Selvagelmente
Acho meio estranho
Como geralmente
As conversas mais legais
São feitas sem a mente
Sim, raciocino quando converso
Sim, memorizo & observo
Mas os papos mais divertidos
Os papos mais descontraídos
Vem da emoção
Vem do coração
Não pense que é só por paixão
Nem pense que é falta de razão
Na verdade, deve ser meio óbvio
Talvez eles enxerguem enquanto uso óculos
Mas se pensa demais
Acaba tendo medo
Medo de falar o que não devia
Medo de não falar e ficar na fria
Usar a razão leva tempo
E é tudo o que não deve fazer
Demorar, deixar passar
Gastar neurônios inutilmente
Com variáveis que mentem
Sobre sua capacidade
De não trazer felicidade
É questão de personalidade
Se tem caráter ou é um covarde
Pois não deve se mascarar
Bolar um jeito de falar
Deve se expor, se mostrar
Mostrar quem é de verdade
O você sem medos, sem ressentimentos
Se criar um outro eu
Será mais complicado, não?
É questão de instinto
Só vá e faça um novo amigo
Sem pensar se vai falhar
Se vai se enrolar
Não seja quem não é
Não se iluda, não seja a mentira
Senão o você pode virar a ilusão
Sem graça tentando, divertindo quem engana
Não chame atenção, seja a atenção
Não siga modinhas, seja a modinha
Sim, estou te pedindo pra agir naturalmente
Grosseiramente, selvagelmente
Não quer ser reconhecido
Como alguém que tem um apelido
Só desligue a cabeça
Deixa que vá
Deixe rolar
COMPRO
1. tempo
2. malas feitas
3. remédio para dores que ainda não vieram
4. apagador de memórias ruins
5. virgindades perdidas
6. secador de lágrimas
7. sinal verde
8. paliativo para tristezas da alma
9. fotografia que se mexa
10. máquina de gravar sonhos
11. decodificador de pensamentos
12. hd de memória interna
Positividade
Positividade é muito importante na vida de alguém,
Transmitir carinho, reciprocar e demonstrar amor.
Rir dos momentos difíceis também,
Até porque a vida não é um filme de terror.
Está mais pra um filme de aventura, certo?
Aonde o personagem protagonista é você.
Deixe sempre a felicidade ficar por perto,
Pois esse é o jeito certo de viver.
Tudo de ruim vai passar,
Positividade ajuda a entender isso.
Mas, a felicidade vai ficar!
Nosso sorriso alheio é especialista nisso.
💡 Mudanças reais começam com uma boa ideia — repetida com consistência.
No canal do Pensador no WhatsApp, você recebe diariamente um lembrete de que é possível evoluir, um hábito por vez.
Quero receber- Relacionados
- Poesia de amigas para sempre
- Poesia Felicidade de Fernando Pessoa
- Poemas de amizade verdadeira que falam dessa união de almas
- 27 poemas de bom dia para celebrar uma nova manhã
- Poesias para o Dia dos Pais repletas de amor e carinho
- Poesia de Namorados Apaixonados
- Primavera: poemas e poesias que florescem no coração