Contexto da Poesia Tecendo a Manha
O Gambá é um bicho
bonito que caça cobra,
escorpião e aranha,
não vim falar sobre isso,
e sim vim te mostrar
como aqui como é a dança.
Estarei no centro
quando a roda for feita,
dançando com um lenço
para chamar a sua atenção,
vou jogar o lenço aos seu pés
e vou te envolver com paixão.
Você fugirá com o lenço
dançando ao redor de mim
com muita provocação,
vou fingir que não
quero nada com você não.
Vou tomar o lenço
da tua mão e dançar
ainda com mais provocação
até você ficar caído
pela minha doce sedução.
O marcador, os cantores,
o Gambá e as palmas
dos dançadores
não batem mais forte
do que os nossos corações
morrendo de amores.
E na alegria deste Gambá
vamos todos seguindo,
dançando e repetindo
os passos como manda o figurino...
Amanhece fria a sexta-feira
que comemora Tiradentes,
Que dos Dragões Reais
de Minas Gerais foi Alferes.
Daqui da minha Rodeio
interior do Médio Vale do Itajaí,
aqui do nosso Sul Brasileiro,
a memória repassa a História.
A Derrama e a influência
da Colônia e o sonho,
Todos ganharam outras formas assombrando com novas normas.
Da Independência, o prelúdio
da República e a poesia do herói
cívico e companheiros em muitos
lugares caíram no esquecimento.
Para uns é apenas feriado,
e pode ter certeza que tem
sido assim no nosso Brasil inteiro.
Mais veloz do que
a Dança do Tambor
é a Súcia que eu vou
dançar com o meu amor.
Com meu suçador
serei boa suçadeira
dançarei a noite inteira,
e não estou de brincadeira.
Quando chegar a Jiquitaia
sem despedida do meu amor,
de mãos dadas iremos
para onde só nós sabemos.
Sem dar tempo para pensar
você me elegeu no meio
desta Taieira para eu ser a sua
Rainha e você ser o meu Rei,
E eu que pensava que se tratava
apenas de uma brincadeirinha,
As chefes dos cordões das bailarinas
ficaram emocionadas,
Elas já sabiam o quê eu nunca
imaginava que muito além
desta dança você havia escolhido
para fazer parte do teu destino
como a sua mulher amada.
Encaixados delicadamente
como aves em pleno voo,
Você me leva sutilmente
para dançar contigo
a Araruna no meio do salão,
O teu perfume e a sua vibração
desarmaram o meu coração,
e agora não me interesso
em outra coisa que não seja
o próximo passo da mútua sedução.
A minha imagem oculta
se mistura a caravana,
o meu perfume consagra
a adaga do tempo
por ambição de dissolver
tudo o quê merece e urge.
Daqui a pouco vencerá
a pausa de três dias,
a Lua Crescente está
na minha testa,
não vim aqui falar de festa,
porque a vida pede pressa.
Peguei a concha misteriosa
da memória,
o escaravelho dourado
da História dos poetas
da Terra dos Negros
para de pacificação falar.
Onde está a confluência
do Rio Nilo Branco e do Azul,
é ali que gostaria estar
para pedir olho no olho
paz e reconciliação pelo povo
para a tranquilidade voltar.
Você já leu ou ouviu
isso antes, e Hobbes
que perdoe a paráfrase:
"O Homem é
o Lobisomem do Homem",
Os tempos mudaram,
e ninguém precisa sair
por aí para matar ninguém
mesmo que seja pela via
da reputação de outrem.
A bala de prata agora
tomou outra forma,
a bala de prata nos tempos
de hoje é a palavra,
Em tempos de mentirosos
basta falar a verdade que o Mal acaba.
Lidando com os mitos
dos amores impossíveis,
Mergulhando no lago
de tédio neste domingo
E tendo as belezas
do Vale Europeu Catarinense
para beijar os meus
olhos enquanto o amor
dos meus sonhos,
Revisito a "La Sarneghera"
em busca do perfeito poema,
Dou graças que moro
em Rodeio no Médio Vale do Itajaí
E agradeço a ancestralidade
por ter chegado até aqui.
Porque o amor tem
o seu próprio tempo,
e o melhor mesmo
é não ter pressa e nem medo
para evitar qualquer contratempo.
Quando deixam
de te olhar nos olhos,
Quando deixam
de te emprestar os ouvidos,
Quando deixam
de falar inexplicavelmente contigo,
Quando absolutamente
nada conspira a seu favor,
Sempre será o livro que continuará
te fazendo companhia,
viajando, debaixo da chuva,
no meio da guerra
ou quando você se encontrar
absolutamente sozinho.
O livro ensina a ser e a não ser,
por isso escolha bem o seu livro
como quem escolhe o melhor amigo.
O meu nome há de ser a sua
música favorita quando menos esperar vai se pegar cantando
porque sei que o seu coração
está todos os dias embalando.
Entre Enfeitados e Mascarados
dançando com o Boi Calemba,
Sou eu a dama deste folguedo
vestida com este gentil poema.
Quando este folguedo for findado
a Lua estiver bem posta,
e sem precisar de aposta:
não me negue a serenata
amorosa de cavalheiro apaixonado.
Poliglota dos idiomas
dos outros e dos idiomas
que criei mim mesma,
Vivo tentando traduzir
o quê está na cabeça.
Para não me transformar
no Arranca-Línguas
da lenda melhor mesmo
é escrever um poema.
Trancando o meu próprio
Diabo na Garrafa,
Dou boa noite para quem
é da noite e dou bom dia
para quem é do dia.
(Porque na vida tudo é nuvem).
Não que eu não saiba
ou não queira amar,
Eu quero amar,
e no amor de verdade
não vou deixar de acreditar.
É que o meu coração
foi bastante bagunçado
sem eu ter procurado,
E chegou a hora que
não posso mais me dar
o desfrute de errar.
Aos bacamarteiros peço
de coração a boa mira,
a intervenção com saudação,
a dança, a oração e a canção.
Espero que até São João
o amor eu encontre
ou ele venha me encontrar,
E que os bacamarteiros
me acompanhem
para desta vez o alvo eu acertar.
Com o seu olhar de caçador
você entrou na roda
para dançar com o teu andor
caipira a Dança do Marimbondo,
Você chegou com aquele charme
maroto sem me dar desconto,
e fez o meu coração arrebatado.
Na zabumba você pendurou
a casa do danado,
Espantava o bichinho por
todos os lados,
Trocamos olhares apaixonados
e não importamos se seremos
por quem quer que seja reprovados.
Sim, dessa vez você deixou a garrafa
para equilibrar na cabeça de lado,
Sei que não dá para disfarçar,
que você está apaixonado,
que quer ficar comigo colado
e anunciar o orgulho de bem amado.
Neste mundo quase perdido
que a cabeça da gente pira,
Para viver o amor profundo
tenho certeza que chegou
a nossa tão esperada vez;
Nos meus braços você encontrará
o teu refúgio e toda a calidez,
e segura nos teus encontrarei
a sensatez e toda a magna poesia.
Soltei todos os nossos bois
no pasto do folclore só
para ver o quê vai dar,
Primeiro soltei o Boi de Reis
para ele me mostrar
se realmente chegou a minha vez
de saber realmente
onde o meu amor está.
Soltei o Bumba-Meu-Boi
para saber por onde o amor foi,
Soltei o Boi-Bumbá
para saber se o amor escrito
no meu destino está.
Soltei o Boi-de-Mamão
para saber se realmente
vou encontrar o amor
com todo o fervor no coração,
e pedirei a nossa benção.
Soltei o Boi Calemba
para ele me ajudar a encontrar
um amor que seja feito de poema,
Soltei o Boi-Surubim
para encontrar um amor que realmente tenha nascido para mim.
Soltei o Boi Zumbi
para saber se o meu amor
realmente se encontra por aqui
e comecei do nada a Dança do Boi
para não deixar nada para depois;
e não me queixar depois que dói.
Soltei o Boi-de-Mourão
para não desistir de continuar,
Soltei o Bumba para comigo
seguir a procurar e o Boizinho
também para me acompanhar
porque não vou desistir de buscar.
O coração ao som
do tambor de mina
da Via Láctea
na vida nos orienta,
O amor é meu lema,
os teus olhos mantém
vivos cada poema.
As estrelas no céu da Pátria
profunda dançam
com o destino que nos brinca.
E eu não consigo pensar
em outra coisa a não ser
em me lançar no abismo
desta tua linda boca.
Sinceramente, não acho,
e sim tenho toda a certeza
que nada tem de ensaio.
Nas minhas mãos levo
o feitiço do teu amor
com destreza e me divirto
com este doidivano fascínio.
A poesia destes dias andam
gingando em campo aberto,
e que você é meu é óbvio e certo.
De soslaio você anda
desenhando a rota rumo ao paraíso,
a tua astúcia eu conheço,
no silêncio amoroso nos guardo.
Ainda insisto em ter
um amor gentil que
seja capaz de segurar
e até mesmo buscar
o meu chapéu caso
a ventania sopre
por esta Cavalhada.
Não é pedir demais
um amor que eu ame,
e também por ele seja amada.
Entre cavalheiros vestidos
de azul e de vermelho,
passam por nós a Côrte,
a nobreza e os lacaios,
e o dia nos reverencia
com toda a beleza.
Não é pedir demais
um amor que me cuide e guarde,
e eu faça o mesmo por ele.
Fino é o trote que
o destino põe o coração,
se o amor não for profundo,
é melhor que do caminho
seja desviado pelo Divino.
Não é pedir demais
um amor que seja meu e eu seja dele,
e que só em nós tenhamos o deleite.
Os teus dias não têm sido
mais os mesmos,
Os teus olhos brilham
quando você ouve
o meu nome,
Por mim você está
a cada dia mais derretido
e anda muito mais romântico.
Eu sei que você quer
me convidar para dançar
na roda o Curitibano contigo,
no teu bolso sei que guarda
com amor um versinho,
e quando a minha cintura
você apertar não
vai querer outro abrigo.
Juro sob o testemunho
do meu generoso
Médio Vale do Itajaí
que se eu tivesse
nascer de novo como
poetisa eu escolheria
o mesmo idioma
como berço esplêndido
para cantar o mesmo
Hino Nacional Brasileiro.
Tenho na minha Língua
o meu passaporte
para onde quero,
a minha balada romântica
o meu descanso e meu protesto.
A minha Língua é Pátria
gigante celebrada
daqui da cidade de Rodeio
onde a celebro com poesia,
honro Santa Catarina
e reverencio o Brasil inteiro.
O Fandango Caiçara nos levou
sem pensar no viracorpo poético, caímos um no gosto do outro,
o toque de pele nos incendiou,
decidimos não mais neste
amoroso baile nos largar
e viramos oceano de amar.
Na hora do pega-na-bota você
tirou do bolso a rosa cor-de-rosa,
colocou na minha orelha
e dançamos a noite inteira.
O Fandango Caiçara trouxe
o antídoto para o quebra-chifre,
para nós dois foi apresentado
o amor mais bonito que existe,
nos envolvemos e encantados
de primeira nos declaramos:
predestinados ao nosso amor
sem saber nós já estávamos.
Neste pula-sela você veio
com jeitinho todo encantador,
e desde o começo já havia
percebido que era teu o meu amor.
Meu mandadinho és só no passo,
na vida virou meu amadinho,
e nunca será o suficiente
te dar muito e todo o denguinho;
te cubrir com carinho é o imperativo
porque é o amor quem anda
ditando o compasso, o contrapasso
e cada romântico passo:
o amor estará sempre do nosso lado.
Resolvi escutar
a Lia de Itamaracá,
Enquanto olhava
as estrelas a cirandar
e comigo você não está,
Como estratégia
de forma que nem
mesmo você perceba;
Optei ser sorrateira
e te coloquei entre
os meus poemas
até o dia que decida
comigo encontrar,
juntos estrelar
e o amor aceitar.
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