Contexto da Poesia Tecendo a Manha
A vida é como uma rosa
O dia começa com o despertar do sol, é revigorante senti-lo sobre minhas pétalas. Dizem que minha beleza se exauta, em especial durante o amanhecer. As pétalas se desenvolvem e ressaltam para além do que é belo, doce e vivo.
Estou observando, à espreita, insetos pequenos conversando e rindo, parecem felizes. É tranquilizante vê-los tão vivos. No campo existem variadas espécies de flores, animais e seres.
Obsevo o céu imaginando que há algo ou alguém maior do que apenas a maneira sensitiva que interpretamos o mundo. Enquanto penso e reflito sinto dores agudas, insetos monstruosos rasgam e comem pedaços de mim, não porque sentem fome, mas porque precisam arrancar e estraçalhar a vida de alguém para viverem.
Dia após dia vou perdendo meu ser, eles veem, levam partes de mim, e se vão. Estou fraca demais para sorrir, fingir, ou sentir. Fecho os olhos e me permito sentir algo diferente à aquela sensação real e complexa. Então olho para a rosa ao lado, a que acompanhou toda minha dor e nada fez, pois também é frágil, porém forte.
Portanto, não aguentando mais a dor, pela última vez fecho os olhos e então me entrego.
Assim é a vida de uma rosa, mesmo com os espinhos ela não é capaz de se defender de tudo sozinha.
Antes de ser um inseto na vida alheia, seja a pessoa que rega e zela pela vida dos outros sempre com amor e compreensão.
Minha dor é a tua liberdade?
Longe de ti, padeço de todo tipo de efermidade emocional
Mas com isso, com isso tu consegues paz e tranquilidade.
Saudades e a consciência me arrastam para a tempestade.
Será minha dor a tua liberdade?
Acho que finalmente encontrei um jeito de me perdoar, dos erros que cometi no passado.
Esse é o primeiro passo, certo?
Se me recompor; será a minha felicidade a tua efermidade?
FLERTANDO COM A LUA
Oh! Por que brincaste comigo, oh, lua?
Por que fugiste de mim, após ressurgir?
Sim. Nossa prosa fora bem supérflua.
Sob o encanto de tua festa, louco, caí!
Com tua ausência aparecera' o sol-rei.
Pra estes lados daqui, ele não facilita.
Como cao sarnento, logo o encontrarei.
Ínsito semblante de um cao... carnalita:
Comiserado serás de mim, ao aparecer!
Que teu abraço seja cálido; consolador!
Poeta melancólico de coração arrefecer!
Lua, que tratado que há entre ti e o sol?
Ocorreu-me esta absurda e leve duvida!
Por que os dois não aparecem, no farol?
poeta_sabedoro
AMOR PROPRIO
Amar só pode ser: desgarrar do "amor", e alçar voo pra outros cantos
E conhecer um mundo de encantos que não posso conter em mim.
Se fomos feitos pra voar, por que não o faze-lo?
Se o amor primeiro esta' nesta finalidade, fim.
Por que trancafiar-se em prol do cantar?..
Este amor e' egoísta! Querendo o canto,
Poe fim ao encanto, pois não se voa
Onde o choro molha as asas no mesmo tanto.
A perder-me de ti, e' crucial o resgate de mim.
Doce encanto de quem descobre de um pouco
Que não se tem por viver; o espirito a padecer.
Ate' que um dia... ah!.. um dia esse coração oco...
poeta_sabedoro
A inveja era a protagonista
de um furor que só!
Era proibido tê-la.
fazê-la.
ao menos pensá-la.
Dizia-se nunca
terem...
Aquela que tivesse,
sobre ti,
estava feita a intriga.
Eram todas de índoles
incoercíveis.
Almas imaculadas.
bem-apessoadas.
Nos corredores,
nenhum cochicho.
No almoço,
boas conversas.
Nos grupos,
juras de amizade.
Mas era sábado,
após o escritório.
nos pagodes espetaculares.
o certame estava na arrumação,
no batom,
na bolsa,
no trejeito.
Na mesa
eram três,
a do meio se ausenta.
iria ao banheiro,
retocar a maquiagem.
Ficou sobre a mesa,
3 taças de dry martini,
meio maço de cigarro,
e 3 bolsas da melhor grife.
E claro...
Um murmúrio.
Sobre o que era,
talvez,
o vestido azul
mais tosco,
ultrapassado
e ralé
que as duas já viram.
De cara retocada,
a do meio retorna a mesa.
Olhos revirantes,
sorrisos que doem até os dentes.
Elogios insidiosos.
Uma cortesia divina.
Ficou tão alegre,
agradeceu pelo afago.
Ficou feliz,
por terem gostado...
do seu vestido azul...
Lá vem a angústia a carência e o desespero, vire e mexe na mesma hora sem chamar bem quando que do nada surge o medo.
A escuridão se aproxima toda clareza se perde
atordoado pelo caos da mente, o imenso crepúsculo eu retalho.
As lembranças, cada ponto detalhes cada pedaço!
Aos cacos me refaço em um reencontro no ocaso lá de fora me enxergo sinto a consequência dos egos. -A brisa sopra a pele suavemente se arrepia é lua cheia. Hora!! Sem os impactos eu juro que isto eu não percebia.
Seis horas (Juliano Assis) 23/09/2022
JOGO DE PODERES
Na chama da esperança reluz meu caminho.
No doce de encantos, encontro-me bem-mal.
Na brasa da paixão, minha razão só-racional.
Vou passeando entre todos, mas só, sozinho.
Em avenidas de flores vou tropicando; miúdo.
Mente e coração entrando numa competição.
Ao fundo se escuta breve lampejo de canção,
Vislumbrando o amor que sobrevive conteúdo.
Como lobo velho uivando para só amar, amar.
Coração desgarrado da mente pede alimento.
Desta' que a mente vai obedecer, mente e' ar.
Ar límpido que clareia quando o coração, não.
Pessoas, avenidas, flores, pessoa... só e' dor!
Se mente não cuida, coração desafia coração.
poeta_sabedoro
Eu no espelho
Minha pele amanheceu seca
Diante do espelho uma ruga que antes não tinha
Uma pinta que eu não conhecia
Os olhos caídos e cansados
Não são resultados de uma noitada
nem de uma jornada de trabalho
Acabei de acordar
E não me reconheço
Quem é essa no espelho?
Será que dormir por anos?
Ou me esqueci de viver?
A verdade é que vivi
para satisfazer a todos menos a mim
Será esse o meu fim?
Será Que ainda há tempo para mim?
Primavera
O prelúdio da primavera
Anuncia uma nova era
Realçando as cores
Destacando as flores
É o renascimento
Que causa encantamento
Oque o outono derrubou
E o inverno castigou
Agora resurge em massa
Trazendo amor e a graça
A luz do sol aquece
E a paixão acontece
E a vida floresce.
Vejo o céu bem carregado,
e a flor observa também ,
uma chuvinha seria um agrado,
mas será que ela vem ?
Tarde quente, primaveril,
no vale o vento assobia
um melancólico assobio
de um vento que até arrepia
Lembro passagem do tempo
de uma gostosa e feliz meninice,
onde brigava com esse vento
que pelo campo fazia traquinices
Apesar da briga, éramos amigos,
onde eu ia, ele logo ia também,
uivando e às vezes mais comedido,
não fazia nenhum mal a ninguém
Era um vento que sabia cantar
as composições de seu Criador
e comigo chegou a melodiar
as canções que eu fazia ao amor
Boa sorte com seus amores de cada, Estações!
Será que este gostar
E um desgosto de estar
Enquanto bate, arde
Por gostar de você!
Ou e meu ego em desgosto
De sentir o desconforto
De você simplesmente nunca ter me amado?
Apenas me fez acreditar
Mas na verdade foi temporário!
Assim como outros relacionamentos
Foi de momento!
O incrível que sendo seu passatempo
Eu aprendi amar Você.
Agora você atravessa a rua como fez com outras.
Me evitando como se fosse, pouca!
O ruim deste ciclo vicioso
E que você faz sua própria coleção!
Uma hora vai chegar em um momento
Que vai ter tantas !
Em cada lado da esquina
Que ou você enfrenta !
Ou passa no meio da rua
Sem encarar suas decisões
Ou decepções!
DEVIR {soneto}
Alvorecendo o dia, percebo a vida diferente...
Vou ate' a janela, descortinada com o ventejar.
O rebolar das flores se despindo do usual, a notar.
Flores murcham, animais morrem, igual a gente...
O som dos pássaros, o balançar das arvores...
Olhando pra fora, percebi o clarão de um recomeço.
Tudo parecia numa conspiração só, um rebuliço.
Vida desprovida, despertei-me destes horrores...
Em nada o existir, tudo num habilita-desabilita.
Não há garantias, nem estabilidade, tudo passa.
Ineficaz e' o existir, um sopro de vida que irrita.
Abraça pra sorrir, aperta pra doer, magoa pra sofrer.
Que gosto tem uma lagrima? Antes era congelada?
Agora pode chorar, a lagrima não e' nada! E' viver.
Você já se perguntou quantas lágrimas podem ser esconder dentro de um sorriso?
Ou quantas dúvidas se ocultam por trás de um olhar….
Por isso compreenda mais, questione menos, seja gentil sempre, porque a gentileza não esconde lágrimas, ela as impede de cair.
Hoje quando me perguntarem…
- o que você vai fazer, hoje?
Responderei…
-Serei gentil!
-E você?
Funesto inapetente
Ácido que dilacera de cima a baixo Venda que cola em tecido tácito
Ser que se põem em oceano abaixo
Vermelho que se contraí em coagulação
Cores que se distorcem em coalizão
Indivíduo que se dilui em conglomeração
Dor que se refugia em omissão
Falas que se põem em provocação
Arte que se impõem a alienação
Hipocrisia que reina em desinformação
Indivíduo que aos olhos faz-se, indulta
A loucura dilacera a condulta
Dispara, perversiva, como fruta abrasiva
Quando culpa a disputa, invulga
Não fecha a calada da noite
Se abre poente para entrada ardente
Ilumina à ação remanescente
Quando se diz aos olhos ardentes
Mais um dia nasceu!
pensamentos voam pela janela
essa casa me conhece,
a flor da terra é respiração
.
Aqui é longe
mas tal real
toda forma de vida
aqui, são agradecidas
.
Em ritmo ordenado,
o sol faz-nos, um convite:
desperta! desperta!
vamos caminhar...
O Viajante iluminado, in hóspede da casa do lago.
De onde vens, oh! nuvens da tarde?
que tristeza é essa em seu olhar?
névoa, seiva e ventos,
para aonde vai as tuas certezas?
é pouco teu sorriso,
é forte o teu cheiro,
a cerviz da vida é dura,
mas o que procuras
tão longes assim?
Aguas de repouso?
alegria do sopro
o que significa essa roupa branca
que se desfez com o vento ?
O viajante iluminado, "conversando com as nuvens".
As mulheres intensas possuem um enigma secreto,
um frisson, um carisma escondido em sua essência
que poucos conseguem enxergar.
Quando você esbarrar em uma, vai saber:
Não é pelos seus belos olhos,
não é pelas curvas capazes de causar nosso mais prazeroso acidente,
nem pelos brilhos que adornam seus cabelos.
A beleza de uma mulher intensa jaz em sua alma.
(...) A vida é muito supervalorizada.
Olhe pra nós...
Nem mesmo conseguimos sobreviver ao amor que criamos...
Me faz perceber quão inútil é nos agarrarmos às coisas,
se sabemos que um dia elas morrerão.
É como tentar segurar uma flor com muita força após retirá-la do solo,
na ingênua tentativa de que, com isso, impeçamos a sua morte.
nada é concreto
tudo é tijolo
tudo é parte
soma
paredes e pontes
que erguem-se e se desfaz
hoje somos sólidos
amanhã seremos líquidos
e logo gasosos feito pó
somos construções
em constantes demolições
emoções e razões
cimentadas em dissoluções
hoje estamos
logo, fomos
se olhar de perto
vai ver que nada é certo
que nada é absoluto
que somos seres repletos de lutos
das coisas que perdemos
e ainda não sabemos
se chegar mais perto
verá que tudo é frágil
que somos substituíveis
até das coisas que não são visíveis
e só aproveitamos a festa
quando já temos de ir
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