Contexto da Poesia Tecendo a Manha
Ah mas ela é tão formosa
Mas por que tão carinhosa?
Não é possível uma mulher ser tão majestosa
A cada dia que passa, vejo o tamanho de sua beldade
Que sol, que astro, que mágica deidade
Em luz criou sua beleza majestade?
Você é algo fora do normal
Me encanta, me apaixona
Um rosto que brilha, um olhar que chama, uma voz que me faz ficar.
Tira meus pés do chão, me faz pensar em coisas a qual nunca imaginei
Te amo num nível que nunca pensei amar
Te quero cada vez mais de uma forma que nunca sonhei
É assim desde que me encantei..
Pelo seu sorriso, pelos seus olhos. É paixão de um tamanho que nem eu caberei
Juro amor eterno até o fim de nossos dias
Estarei aqui do seu lado com muita alegria
Que nunca nos falte amor, harmonia
O destino nos uniu e pra sempre será assim
Você me tem e eu te tenho, teremos um ao outro pra toda a eternidade
Até o fim de nossas vidas
Uma mulher tão nobre, tão linda, com tanta paciência
Um amor tão ardente, um fogo de paixão com tanta incandescência
Você enobrece a minha existência
Esse amor é e será verdadeiro daqui, de hoje, pra sempre
Não sou nenhum escritor nem poeta famoso
Mas por você até tento ser
Pensei numa simples poesia
Mas tão bela poesia não pode ser
por que tentei demonstrar
O quanto eu amo você!
NÔMADE
Venho de longínquas terras, do mar
Peregrino no cerrado, místico errante
Em busca do meu eu, de me achar
E neste chão novo, fui caminhante
Assim, no encanto eu fiz o instante
No olhar e no coração, sob o luar
E na diverso do sertão inconstante
O fascínio me ensinou como amar
E neste aroma delicioso sonante
De vagante ao pouso, pus a ficar
Nos dias felizes aqui tão distante
Trouxe no peito o nômade sem par
Formosa vontade no bem suplicante
Cá aterrando no horizonte deste lugar
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
pássaros
não podem
voar
quando você
corta
uma das
suas asas.
você
não ficou
satisfeita
em cortar
apenas
uma das
minhas asas.
você tosou
as duas
bem perto
da raiz
para ter certeza
de que eu
n u n c a m a i s v o a s s e
para nenhum lugar
jamais
outra vez.
Caverna sombria
Inusitado os seus olhos
Sujos; coerentes; imundos
Irônico os seus sorrisos
Fingidos; disfarçados; bem desenhados
Deslumbrantes os seus olhos,
Atravessam os meus
Quando procuro o interior do seu ser
Dentre o romper das cachoeiras,
Me sufocarei nos seus braços,
No cantar dos sábias,
Procurei inspiração
Para desenhá-la, para traçá-la,
Descrevê-la
No branco das nuvens
Na brisa que procura
Serei a sua luz
Que a guiará até o fim
De uma caverna
Sombria.
Solidão A Dois
A solidão abraça como uma serpente.
O silêncio é o veneno presente
Na rotina que surgiu imprudente.
Dia e noite surge a indiferença amargando como sal cortante
Ao som de uma lagrima evidente...
A inundação é como uma torrente,
já não existe beijo ardente.
Solidão a dois apagou o amor fulgente.
O carinho se tornou inexistente
o toque se fez ausente.
A dor consome lentamente...
Frio do vazio abraça forte como uma corrente.
MINAS
Eu sou de lá das bandas das Minas Gerais
Das boas estórias, nossas, vou confessar
Terra do povo mineiro, bão, pra se admirar
Leite tirado na hora, roça, e seus arraiais
De volta à estrada das pedras, a retornar
Se daqui parti, voltar é bão, bão demais
Apreciar os planaltos e as estradas Reais
Pão de queijo, broas de milho pra assar
Tem, também, pamonhas e os milharais
Lavorando o cerrado, o caboclo a lavrar
É do Triângulo, donde são meus currais
Imenso céu, as lembranças, põe a sonhar
Araguari, cidade natal, e os velhos locais
É saudade passo a passo disputando olhar
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
"" Me dê somente o tempo que te restar
e te provarei que o amor vale a pena
todos os meus dias serão para te amar
e nada será mais sincero e belo, que o nosso amor
reserve-me todos os teus beijos
e minha boca não se cansará de dizer te amo
assim anoiteceremos como amantes
e amanheceremos em plenitude
me dê autoridade sobre a minha vontade
e ela será tua, somente tua
me dê a ansiedade dos teus sonhos
e não precisarei de mais nada...
Espírito natalino
Se todas as crianças
Tivessem ao menos um lar,
Elas seriam felizes?
Se todas as crianças
Tivessem brinquedos,
Elas seriam felizes?
Se todas as crianças
Tivessem escolas?
Se todas as crianças
Pudessem se sujar,
Jogar bola, pular,
Dançar, rir, e sonhar…
Se todas as crianças fossem
Apenas crianças,
E são!
Se o Natal, fosse
Todos os dias,
E todas as crianças
Vivessem felizes?
Sem guerra, sem briga,
Sem tristeza…
Infelicidade humana
Projeção astral de um ser onipotente, tal filosofia grega, jas nos dizia; Nós mesmos seres distintos, egoístas a ponto de criar deuses a nossas imagens para o sentido de nossa vida buscar a está terra enferma que nos enlouque-ra, faça-nos delirar, Delírios que nos faz matar..
Guerras e guerras a criar, distúrbios e sangue ao chão. O Sangue em nossas mãos, o choro, as lágrimas derramados aos antepassados.
Por isto há, existência de deuses, somos cegos a ponto de nós mesmos nos cegar-mos, embusca de diminuir nossa solidão.
O vazio que corrói é aflita o coração.
A cura de enfermos, doenças jas então onde esta?
Nossa maior dor está a espreita em nossa solidão. Desesperados seja a morte que nos ampara, crescemos, vivemos, parecemos, a terra voltaremos a consciência extinta, marcas de nos aqui, na qual iremos deixar.
A varios de mim, sobre esta mesa na qual estou, o tolo, o velho, o sabio, a criança, os delírios, não sabemos o tempo que ficaremos com cada um de nós mesmos, nesta vida que iremos trilhar, nesta mesa não se sabe o tempo que me restará.
Despreparada para a honra de viver,
mal posso manter o ritmo que a peça impõe.
Improviso embora me repugne a improvisação.
Tropeço a cada passo no desconhecimento das coisas.
Meu jeito de ser cheira a província.
Meus instintos são amadorismo.
O pavor do palco, me explicando, é tanto mais humihante.
As circunstâncias atenuantes me parecem cruéis.
Eu me renderia aos seus encantos
Aos seus e de mais alguns
Eu derramaria o meu pranto
Se o âmago não fosse o nu
Eu despiria a alma
Verias mais que minhas estranhas
Sentiria na palma
O pecado imperdoável
De cobiçar o que é alheio
Pois pertenço a outro
A outro que muito me deseja
Porém que jamais me teve e nunca terá
Pertenço mais a mim mesma
E sem muita destreza
Me entregaria a vários uns
Mas jamais me esqueceria
Dos diversos acalantos
Nos mais escondidos recantos
Do pecado de me entregar
Eu me renderia aos seus encantos
Aos seus e de mais alguns.
Amizade
Estava tão triste, cheio de confusão
Desabafei, e meu amigo me consolou.
Ainda bem que tenho um amigo de coração,
Que no momento difícil me escutou.
Amizade, é compartilhar momentos.
Dar boas risadas.
Ter bom pressentimentos.
Se juntar na mesma caminhada.
Obrigado amigo, por sempre ter me ajudado!
Maturidade é algo que nunca ouvimos falar.
Saiba que sempre estarei ao seu lado,
Quando menos e mais precisar.
I
pesa o decreto atroz, o fim certeiro.
pesa a sentença igual do juiz iníquo.
pesa como bigorna em minhas costas:
um homem foi hoje absolvido.
se a justiça é cega, só o xampu é neutro:
quão pouca diferença na inocência
do homem e das hienas. deixem-me em paz!
antes encham-me de vinho
a taça, qu'inda que bem ruim me deixe
ébria, console-me a alcóolica amnésia
e olvide o que de fato é tal sentença:
a mulher é a culpada.
II
peso do fiel juiz igual sentença
em cada pobre homem, que não há motivo
para tanto. não fiz mal nenhum à mulher e
foi grande meu espanto
quando ela se ofendeu. exagerada, agora
reclama, fez denúncia e drama, mas na hora
nem se mexeu. culpa é dela: encheu à brava
a garbosa cara.
se a justiça é cega, só a topeira é sábia.
celebro abonançado o evidente indulto
pois sou apenas homem, não um monstro! leixai
à mulher o trauma.
Dia do escritor-25 de julho de 2019
Dia daquele que lê mais fábulas que o próprio leitor.
Escritor acende em suas linhas escuras,
Um mundo de clareza.
Escritor escreve história de si e de todos,
Ele é um mundo de encontros e desencontros.
Em seus mundos absorve as vidas,
Nelas traduz a magia chamada humanidade.
a princesa conta:
1- as cicatrizes no seu joelho.
2- o número de vezes em que o
balanço vai la no céu.
3- os livros na sua estante.
4- os fios soltos na sua blusa.
5- as letras na suas palavras.
6- as telhas no teto.
7- os segundos que passam por ela.
8- os deveres de casa esquecidos.
9- as horas que faltam para ela voltar para a cama.
10- os quilos na balança.
11- o número de vezes que ela mastiga.
12- o som suave dos seus passos.
13- as marcas de contar que faz no seu corpo.
14- os fios de cabelo que caem.
15- as estrelas que se apagam.
& depois começa de novo
& depois começa de novo
& depois começa de novo
& depois começa de novo
& depois ela começa de novo
A forma pisciana de Amar
A forma de amar de alguém do signo de peixes, não tem formato. Gostamos de agradar, mesmo sem agrado. Digo que sintimos falta, e fazemos de tudo para se afastar da saudade. Podemos chorar se houver mentiras, e risos nos conquistam com naturalidade.
⠀ ⠀
Esquecemos o que tem pra amanhã, e nos lembramos de viver o hoje como se fosse ontem. Marcamos pra ser feliz de meio-dia, e já estaremos lá, às onze. Nos agarramos em abraços apertados, principalmente os que têm cheiro de proteção. Seguramos a mão de quem estiver ao nosso lado, por mais difícil que seja a ocasião.
⠀ ⠀
Perdoamos o que nos fazem e deixamos que o tempo resolva tudo. Procuramos estar de mãos lavadas, para poder colher de forma saudável os nossos futuros frutos. Esbanjando do avesso para que não se tenha dúvida das minhas fraquezas, assim como procuramos conversar consigo mesmo em frente do espelho, para que não nos sintamos perdidos.
⠀ ⠀
Com pessoas de peixes é olho no olho, seja para sorrir ou soltar lágrimas pelo rosto. Não negamos fogo, muito menos frieza. Samos tudo e mais um pouco, não nascemos para viver nas beiras. É ou não é. Desiste ou tem fé. Tem que haver firmezas nas palavras para que não se tenha dúvida nas atitudes. Às vezes somos tudo no lugar, mas tem dias que estamos uma bagunça, e amanhã possa ser que arrume.
⠀ ⠀
Vivemos de emoções, e somos capazes de morrer por amor. Podemos até perder a razão, mas nunca deixo de ser quem somos. Gozamos da vida sem arrepender, e pra poder viver com alguém do signo de peixes, tem que ser por prazer.
Leva-me!
Leva-me nesta jornada
Leve como uma brisa.
Por sobre as pedras da estrada
Até o ponto sem divisa.
Leva-me sem o peso
Desta minha consciência
E deste corpo que está preso
Em sua própria existência.
Leva-me em suas asas
Às moradas altaneiras.
Onde o sol tem suas casas
Rodeadas por roseiras.
Leva-me às nuvens
Donde cai a fina neve.
Onde encontro as origens
Pra minh'alma ser mais leve.
Meia lágrima
Não,
a água não me escorre
entre os dedos,
tenho as mãos em concha
e no côncavo de minhas palmas
meia gota me basta.
Das lágrimas em meus olhos secos,
basta o meio tom do soluço
para dizer o pranto inteiro.
Sei ainda ver com um só olho,
enquanto o outro,
o cisco cerceia
e da visão que me resta
vazo o invisível
e vejo as inesquecíveis sombras
dos que já se foram.
Da língua cortada,
digo tudo,
amasso o silencio
e no farfalhar do meio som
solto o grito do grito do grito
e encontro a fala anterior,
aquela que emudecida,
conservou a voz e os sentidos
nos labirintos da lembrança.
Não vi em minha vida a formosura,
Ouvia falar nela cada dia,
E ouvida me incitava, e me movia
A querer ver tão bela arquitetura.
Ontem a vi por minha desventura
Na cara, no bom ar, na galhardia
De uma Mulher, que em Anjo se mentia,
De um Sol, que se trajava em criatura.
Me matem (disse então vendo abrasar-me)
Se esta a cousa não é, que encarecer-me.
Saiba o mundo, e tanto exagerar-me.
Olhos meus (disse então por defender-me)
Se a beleza hei de ver para matar-me,
Antes, olhos, cegueis, do que eu perder-me.
A uma dama dormindo junto a uma fonte.
À margem de uma fonte, que corria,
Lira doce dos pássaros cantores
A bela ocasião das minhas dores
Dormindo estava ao despertar do dia.
Mas como dorme Sílvia, não vestia
O céu seus horizontes de mil cores;
Dominava o silêncio entre as flores,
Calava o mar, e rio não se ouvia,
Não dão o parabém à nova Aurora
Flores canoras, pássaros fragrantes,
Nem seu âmbar respira a rica Flora.
Porém abrindo Sílvia os dois diamantes,
Tudo a Sílvia festeja, tudo adora
Aves cheirosas, flores ressonantes.
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