Conta um Conto
Quem conta um conto, aumenta um ponto. Esse ditado é velho, sábio e não sabemos autoria, mas de cunho popular e certeiro.
Veja bem quantas pessoas podem ser prejudicadas porque alguém ouviu de outras, um algo qualquer e passou o fato para a frente. Foram acrescentadas então, mais umas palavrinhas e assim sucessivamente. Tantas vezes quantas o fato for relatado. Assim ele crescerá e a história é completamente distorcida, nada tem mais de verdadeira. Puxa, que línguas maldosas, ignorantes, sem nada mais a fazer do que ficar tentando aumentar pontos em fatos ou inventá-los para aparecer perante o outro! São pessoas infelizes, sem noção, mal amadas e com línguas sujas de trapos podres.
A vida nos encanta
e a gente canta a vida
a vida a gente conta,
conta como conto
letrado, manuscrito
e melodia ao choro
a força ela dedilha
à sombra dos seus sonhos
quando se tem cavaco
e quando não, aos olhos
a falta ou excesso
de algum amor
se vem, se bate e volta,
pra qualquer efeito
ela só quer que a gente
fale sobre ela
e se a gente não fala
se nega a cantar
ela te sulga toda
lágrima do corpo
então, eu vou cantar
que hoje estou amando
e que ontem chorei
sozinha procurando
uma forma de esquecer
meu bem há tanta vida
no meu coração
porque você ta dentro
em cada distração
em cada parte do meu ser
e existir, e quando eu paro
e penso ,logo penso em ti
Quem conta um conto, aumenta um ponto...
A curiosidade é sempre atemporal
Não fica sem jeito nem se intimida
É como bico de bule: pra frente
E quem a tem, sofre como todo amoral
Ser curioso não simples e nem fácil
Tem que inventar desculpas e ser ágil
Pra saciar sua sede de ser o primeiro
A ter notícia "fresca" do particular alheio
É querer ciência do que acontece
Na vida de quem é rico ou do que padece
Não é nada simples e muito menos fácil
Tem de ir de bar em bar, ouvir mais que falar
É preciso levantar cedo em qualquer lugar
Sentar na praça e até pra criança perguntar
Se os pais brigam ou vivem só de bem prezar
Se a comida lhe é farta ou dói de amargar
Ser curioso é quase um ofício
E esse trabalho suado não é ócio
É coisa de gente que aumenta um ponto
Sempre que conta a notícia que encontra
O curioso é um profissional como outro
Vive a gastar a língua depois de futricar
E sai, como sai a alardear... a noticiar
O que faz seja quem for, o que ele tem ou obtém
Ser curioso é lidar com o perigo eminente
É ter vocação para arauto em terras sem rei
E como passa seus dias em iníqua diretriz
Sem se aperceber que viver é amar e ser feliz
FAZ DE CONTA
Quando criança morei num conto de fadas
Hoje moro no país do faz de conta
Pão, não temos, não
Temos pizza
Temos circo
Temos Cabra-cega
Deixamo-nos vendar
Caímos, sorrimos, sacudimos a poeira
Somos Chapeuzinhos que o Lobo quer comer
Gatas Borralheiras que trabalham a vida inteira
Acreditamos nas mentiras dos Pinóquios
Fazem-nos crer que somos Pequenos Polegares
A Bela está sempre adormecida
Final Feliz?
Só se acabarmos com a matriz.
Quem conta um conto aumenta um ponto.....
Estou sentindo as minhas mãos em você,
Estou sentindo o meu corpo junto ao seu,
Estou sentindo ao teu gosto, gosto bom,
Braço e pernas sem sincronismo, dançando a melodia do encantamento,
O teu corpo era exatamente o que imaginei, perfeito, lindo e exuberante, com cheiro de carmim,
Pele sedosa , macia, me perdi entre as suas curvas,
Me embeveci com o teu cheirochefando ao êxtase....
Acordei, era apenas um sonho aonde contava conto e aumentava um ponto.
Angel
Eu me deito e conto mentira
Me arrependo e minha conta outras
Eu conto ovelhas com sono de canto
e choro em conta gotas
Me conta quanto custa?
Eu pago! pra sorrir fácil
E dormir leve, juro irmão eu pago
Eu bebo, eu trago, rabisco, apago
Se eu precisar eu me estrago
Mas e porque eu preciso adocicar esse amargo
Eu escrevi no papel eu quero mudar
Não quero né, eu preciso
Então já comecei escrevendo errado
Converso com Deus
Igual um amigo do bar
Por que pelo o menos um de nós estava bebendo
Querido céu hoje eu te vi chorar
Por isso eu dormi chovendo.
ASS: Nilson Neto
O CONTO QUE NÃO SE CONTA
Cada história possui o lado que contamos e, aquele que ela por si só vai dizer.
Não seria diferente nesta que vamos agora prosear!
Em fins dos anos de 1960, surgia aqui no Brasil um sujeito que doravante vai figurar como protagonista de nossa narrativa.
Aqui, porque lá fora ele já dava o ar da graça, não sei se com o mesmo rosto. E, só agora, meio século de seu nascimento é que passei a conhecê-lo e ter meus primeiros contatos, afetivo e efetivo com ele, e tudo aconteceu, Plá, assim. Como um estalo. E me apaixonei. Claro, não sei se foi recíproco o sentimento. Mas foi amor, e amor à primeira vista. Quando ele me foi apresentado, logo chegou de mansinho, ali, tímido, conciso e integro. Pequenino porem forte, sua suposta timidez paradoxalmente trazia consigo muita definição.
Eu, que sempre fui amante da arte, alguma coisa mais, digamos romântica ou prosaica por assim dizer.
Fiquei embasbacado com a beleza e sutileza daquela persona.
A cautela me faz não querer contar nada a principio.
À medida que nossa relação se consolidava comecei a tornar pública minha admiração àquele jovem, de gênero ainda não bem definido aos olhos da crítica literária que ainda, salvo as exceções, permite-se negar sua identidade e seu lugar de pertença.
Digamos a pequena cidade de Guaxupé – MG. Onde nascera e, antes de demandar pânico à sociedade feminina Curitibana como O vampiro de Curitiba... Aquele jovem já se apresentava incorporado em Amanhã, Camila, A mal amada, o sabor do humano e outros. Todos, filhos dos pioneiros do grupo de Guaxupé.
Em 1969, enquanto eu dava meus primeiros passos à adolescência, o nosso personagem já estreava como protagonista e estrela de capa da Plaquete “Cadernos-20” publicada pela imprensa oficial de BH. E hoje somos efetivamente casados e com uma proposta de afetividade em construção.
Sobretudo esse moço que teve sua identidade havia anos, velada, possui nome, e é filho de Francisca Villas Boas e seus contemporâneos. Atendendo pela graça de Miniconto. Apesar de sua grandiosidade. Sendo assim, é, sim, um conto que se conta.
Xô vendaval
Tu conta
Ou eu conto?
Canto, encanto, encontro
O murmurar do sol rachando
_ Ah, ainda tem canto em algum canto
Vinho na taça
Flor no quintal
Amor na vida
E fé para continuar
Ainda tem chão
Roupas no varal
Sorriso de criança
E amor para curar
Poema curto autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 22/10/2021 às 23:40 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
As Lendas da Criação - Conto IV
Animais de Sabedoria
Conta-se em uma lenda que no início das eras quando os animais podiam falar e possuíam dons fantásticos, o homem na sua ignorância tentava os imitar, mas sempre faziam tudo errado do que eles ensinavam. Até que um dia os animais vendo que seus esforços eram inúteis decidiram parar de falar e agir como seres evoluídos, mas antes disso concedeu ao homem um pedido que seria realizado.
O homem pediu ao lobo: Quero poder ouvir e sentir o medo nas outras criaturas. E assim foi feito.
Pediu a onça: Quero ter agilidade e rapidez. E assim foi feito.
Pediu a águia: Quero poder ver tudo o que eu preciso ver. E assim ele passou a ver o que precisava.
E por fim achando que não ia precisar de mais nada, pediu a serpente: Quero saber os mistérios da terra. E então ele soube.
Soube tanto, que passou a pegar e pegar tudo o que ela tinha.
A coruja triste ficou, pois pediram tudo menos algo que ela tinha, que era sabedoria e assim aconteceu.
O homem pode ouvir mais, sentir a fragilidade uns nos outros, a ser rápido, a ver apenas aquilo que precisa e a manipular a vida no seu mundo. Sem sabedoria, sem escrúpulos, sem ver o essencial, correndo, e correndo, passando por cima dos outros e afrente dos outros, sem ética e amor. Conheceu a terra como a palma da sua mão e com este conhecimento tira dela até aquilo que ela não os deu. Os animais silenciaram-se, mas o mundo não. Até o dia que ela se cansou e acordou.
Olhou para tudo a sua volta e para dentro de si e decidiu pegar de volta tudo aquilo que ela deu e o que tiraram. Mas diferente dos animais, sua voz pode ser ouvida de outra forma. Através do fim, porém não silencioso.
Não se sabe ao certo se esta história realmente aconteceu, o que se sabe, é que neste presente, estamos sofrendo o efeito disso. Cabe a você refletir a respeito. E olhar a sua volta com mais atenção, talvez não só os animais, mas toda a vida neste mundo ajuda a aprender algo. Percebemos que no reino animal todos são apenas um, uma cadeia de vidas que se completam. Tudo esta harmonia e o que não esta, é culpa de nós.
As Lendas da Criação - Conto IV
Animais de Sabedoria
Conta-se em uma lenda que no início das eras quando os animais podiam falar e possuíam dons fantásticos, o homem na sua ignorância tentava os imitar, mas sempre fazia tudo errado do que eles ensinavam. Até que um dia os animais vendo que seus esforços eram inúteis, decidiram parar de falar e agir como seres evoluídos, mas antes disso concederam ao homem um pedido que seria realizado.
O homem pediu ao lobo: Quero poder ouvir e sentir o medo nas outras criaturas. E assim foi feito.
Pediu a onça: Quero ter agilidade e rapidez. E assim foi feito.
Pediu a águia: Quero poder ver tudo o que eu preciso ver. E assim ele passou a ver o que precisava.
E por fim achando que não ia precisar de mais nada, pediu à serpente: Quero saber os mistérios da terra. E então ele soube.
Soube tanto, que passou a pegar e pegar tudo o que ela tinha.
A coruja triste ficou, pois o homem pediu tudo menos algo que ela tinha, que era sabedoria, e assim aconteceu.
O homem pôde ouvir mais, sentir a fragilidade uns nos outros, a ser rápido, a ver apenas aquilo que precisa e a manipular a vida no seu mundo. Sem sabedoria, sem escrúpulos, sem ver o essencial, correndo, e correndo, passando por cima dos outros e a frente dos outros, sem ética e amor. Conheceu a terra como a palma da sua mão e com este conhecimento tira dela até aquilo que ela não os deu. Os animais silenciaram-se, mas o mundo não. Até o dia que ele se cansou e acordou.
Olhou para tudo a sua volta e para dentro de si e decidiu pegar de volta tudo aquilo que ela deu e o que tiraram. Mas diferente dos animais, sua voz pode ser ouvida de outra forma. Através do fim, porém não silencioso.
Não se sabe ao certo se esta história realmente aconteceu, o que se sabe, é que neste presente, estamos sofrendo o efeito disso. Cabe a você refletir a respeito. E olhar a sua volta com mais atenção, talvez não só os animais, mas toda a vida neste mundo ajuda a aprender algo. Percebemos que no reino animal todos são apenas um, uma cadeia de vidas que se completam. Tudo esta em harmonia o que não esta, é nossa culpa.
O que houve foi
Aquele sortilégio.
Foi triste, foi divertido
Foi irritante, foi instrutivo
Mas foi aquilo apenas.
Feitiço passou, nada mudou
Somos os amigos de sempre
Nada demais aconteceu.
Apenas te peço, encarecidamente
Nem por engano, nem por brincadeira
De caso pensando ou por besteira:
Não tente nunca um beijo meu.
Um faz de conta que nada conta...
Nosso erro começa na infância, ah criança se tu soubesses!
Se tu pudesses ter uma amostra grátis aqui de fora, pediria ao Papai do Céu que nunca lhe deixasse crescer.
Aqui fora nada é tão bonito assim, na verdade chega até assustar.
Não é o país da Alice, nem tão pouco o mundo de Branca,
Aqui você percebe que nem toda dor se cura com Band-Aid, nem todo beijinho sara e quando casa não passa.
É criança, o mundo adulto é assombroso. Aqui você entende que mais dolorido que a palmadinha da Mamãe, é a agressão das palavras.
E que divertido mesmo é apenas a disputa pelo brinquedo mais novo.
Olhe pra cima pequena, veja, a crueldade das pessoas é do tamanho de tua inocência.
Se pudesses espiar aqui, tu não acreditarias, os adultos tem a audácia de transformar a pureza do sorriso em algo sarcástico, usar para machucar.
No mundo adulto minha criança, os monstros não moram mais embaixo das camas, eles se mudaram pra dentro de muita gente.
Sabe aquele tapinha nas costas pra desengasgar? Aqui é sinônimo de traição. Nem todo mundo que se aproxima é pra te ajudar.
Uma vez que aqui não tem atrás de guarda-roupa pra se esconder, colo da mamãe para chorar, quintal para correr, inocência para brincar. Aconselho-te minha criança, fique por ai por muito tempo, não tente adiantar e quando não houver mais tempo, peça a Deus sabedoria pra lidar como esse mundo tão diferente, que está acostumada a pintar.
AS VERDADES DA HISTÓRIA
Pode-se contar muitas histórias;
Pode-se conta-las do meio pra frente;
Ainda, contar-se pela metade...
Mas, é difícil ocultar o princípio,
E fugir-se das consequências do fim.
Toda história tem suas trutas,
Tem seus meios secretos...
Seu tempo de enleios,
E sua estampa de encanto.
Um personagem que é herói,
Outro que é o vilão, o atoa.
Alguns são encontrados no acaso,
Muitos não têm nomes...
E a maioria é obscura.
Conta uma história que certa vez os ratos combinaram em abandonar o Navio.
Mas não havia nada de errado com ele, era apenas uma artimanha para criar pânico e enganar a todos, dessa forma ficariam com o Navio só para eles.
Porém o Capitão muito esperto, fez de conta que acreditou, e assim esperou todos os ratos se lançarem ao mar.
Por fim, o Capitão contou a todos o seu plano de como enganou os ratos, e que agora podiam navegar tranquilos e sem preocupações.
TRIBUTO SOCIAL
O tributo social teria que ser na medida de não empobrecer o tributado, nem de não estimular e tornar dependente o beneficiado.
No primeiro caso, a fonte secará, ou ficará desestimulado em produzir e no segundo caso aumentará o tamanho do lago dos necessitados tal que nenhuma fonte será suficiente para matar a sede 02.05.2024
Quando se está perdido nessa selva, algumas vezes é preciso algum tempo para você se dar conta de que está perdido. Durante muito tempo, você pode se convencer de que só se afastou alguns metros do caminho, de que a qualquer momento irá conseguir voltar para a trilha marcada. Então a noite cai, e torna a cair, e você continua sem a menor idéia de onde está, e é hora de reconhecer que se afastou tanto do caminho que sequer sabe mais em que direção o sol nasce.
Ser realista é saber tomar decisões acertadas, levando em conta um único fator: a própria realidade. Esse realismo é lucidez que permite ver com que pessoas e com que recursos se pode contar, é objetividade para prever as conseqüências de uma ação, é capacidade para escolher os meios adequados tendo em mira a consecução de um determinado fim, sem permitir que o medo, a covardia, a precipitação e os interesses interesseiros influenciem negativamente essas avaliações e decisões. Curiosamente, o árabe combina uma refinadíssima sensibilidade poética com o mais prosaico realismo, em que o fato bruto é o que conta. Muitos provérbios nomeiam, expressam e aconselham o voltar-se para a realidade.
Ao envelhecer tornamo-nos mais sábios e lentamente dá-mos conta de tudo que é supérfluo, assim como um relógio de 3 mil euros dá a mesma hora que um relógio de 30 euros; uma carteira de 300 euros carrega o mesmo dinheiro e documentos que uma de 3 euros; a solidão de uma casa de 30 metros quadrados ou de 300 é a mesma. Espero que um dia percebas que a tua felicidade interna não vem das coisas materiais no mundo. Não importa se viajas em primeira classe ou económica, morreras na mesma se o avião cair. Espero que percebas quando se tem amigos e irmãos, com quem falar, rir e cantar, isso é felicidade verdadeira.
Às vezes a escuridão toma conta, nossos corações são quebrados, mutilados e os sonhos destruídos, é como se não houvesse mais motivos para se viver. Mas sempre há uma razão que nos prende a esse mundo, um sonho, uma paixão ou até mesmo uma pessoa. Nunca deixe que tem impeçam de lutar porque nada é impossível se você acreditar. Sonhe alto e sua luz voltará a brilhar.
Eu não quero ver ninguém. Eu deito no meu quarto com as cortinas fechadas e o vazio tomando conta de mim como uma onda lenta. O que quer que esteja acontecendo comigo é a minha própria culpa. Eu tenho feito algo errado, algo tão grande que eu não consigo sequer vê-lo, algo que está me afogando.