Confundir
Só há espaço entre amantes
quando finda o amor.
Fora isso, ser dois é ser um.
Confundir-se... é natural.
Senhor não permita que o ódio que sinto, me faça confundir justiça com vingança,que um dia eu possa amar novamente, que meu sofrimento não me faça acreditar que o amor não existe...
Odeio me confundir,
preciso sempre me iludir com a crença
de que entendo o que se passa,
como se fosse possível absorver tudo por inteiro.
Crio teorias, analiso situações,
pessoas, atitudes, falas.
Fantasiosamente controlo todos,
desejando, sem saber, controlar a mim mesma.
Quando passei a respeitar o que sentia,
nada mais importava.
Eu que sempre me importei em ser compreendida
e não suportava ser mal interpretada.
Quando se aprende a respeitar os próprios sentimentos
é mais fácil conduzi-los.
E pensar que era só uma questão de silêncio e entrega...
tão mais simples!
Não sei porque você insiste tanto em querer confundir meus pensamentos se tudo o que eu faço é pensar em você.
O grande problema nos relacionamentos é confundir amor com paixão.
Esses dias tenho até conseguido definir bem isso.
Paixão é sentimento.
É algo que aproxima... Que encanta... Que nos leva a ter vontade de passar a vida toda convivendo com as qualidades que vemos quando estamos apaixonados.
Então penso que a decisão de se casar deve acontecer enquanto ainda se está apaixonado.
O amor surge quando o tempo faz com que as qualidades daquela pessoa tornam-se comuns...
Dai passamos a ver mais as coisas que nos incomodam...
Ai sim é quando aparece o tal do amor.
Amar... Difícil se encontrar definições exatas para tal verbo.
É aprender a parar... E relembrar as coisas boas que te levaram a escolher aquela pessoa, e aprender que os defeitos já estavam lá...
E é claro... Alguns surgiram no meio do caminho... Mas também surgiram qualidades.
O amor é a atitude de querer agradar quando algo não te agrada...
De quere curar o outro mesmo quando ele te fere.
De cuidar do outro que ta doente e reclamando: “Você não faz nada direito!!!”
É ver beleza onde tempo pôs rugas.
Penso que o amor de verdade só se da no meio do convívio cotidiano...
Com as atitudes de todo dia..
Não é correto dizer só dizer: "eu te amo!"
Na verdade temos que viver: O "eu te amo"!
Por ai!!
Esses são devaneios meus!!!
Para confundir tudo
para Cássia Lopes por todas as palavras
Trago no bolso uma moeda para Exu
Para que fazendo seu papel não me corte dedos
Pois deles preciso para o corte das oferendas, sangue e verossimilhanças
Como as aves que se recolhem ao crepúsculo
Enquanto crianças tombam nas encostas, esquinas e becos.
Laroiê!
Saúdo seu lugar tempo e presença
O uso da graça, do riso, tua gargalhada
Própria para remissão do medo
Atrevimento além de tudo que está impresso
E que se revela drama e como tal afia bordas metafóricas de papéis
Que enorme falta papéis: cortar os dedos gentis da musa Cássia
E esses doem, ao doer, fazem com que ela diga do silêncio das sepulturas
Do Cementerio de la Recoleta onde moram Adolfo Bioy Casares, Bartolomé Mitre
Eva Perón, e outros de alta casta. La Recoleta evita certas presenças
Negros lá não têm o sono eterno, não lhes cabe
E tu Exu estando acima de ódios ou vinganças
Deves ter levado os teus nas asas dos condores quiçá abutres gigantes
Ao universo verso da imortalidade...
Todos os mitos, caráter, elocução, pensamento, espetáculo e melopéia
Sinos silêncio, Luz e Ação
E meu momento, receptáculo do mais descrente amém à dolorida verdade.
Se o céu me chamar,lá estarei,
se o sol confundir-me com a lua,
transformo-me numa estrela a
espera das mas branca das nuvens...
Seus olhos podem se confundir em me ver com as asas recolhidas, pois eu me alimento dos sentimentos oferecidos;
Meus ouvidos escutam as paredes opinar por um novo caminho sem motivos e sem drama;
Não há mais espaço no seu coração que entre palavras ao vento me deixa confuso;
When Morning Comes
Sinta a queimadura
Sinta os demônios vindo para confundir
Encha as ruas com loucura
Não ponha suas mãos e lesões sobre mim
Caia onde a meia-noite morre e a manhã chega
Sinta o silêncio por aqui
Existe tanta vida aqui
E tanta dor
Nós esquecemos
Há tanta vida
Como a manhã que chega
E isso é real, o silêncio
Veja o sol que sempre cai
Deixe o retrocesso deslizar através das rachaduras
Nos mantenha a salvo de sempre rastejar
Me deixe um vida doce
Existe tanta vida aqui
E tanta dor
Nós esquecemos
Há tanta vida
Como a manhã que chega
E isso é real, o silêncio
Diga que você quis amar
E que você quer isso para sentir
Tão real pra sempre
Bem, se lembre por que você esteve vindo
E que toda a porcaria que cavamos se foi pra sempre
Um passo de cada vez..
pra não tropeçar. .
uma decisão de cada vez..
pra não confundir..
um dia de cada vez..
pra não sucumbir ...
Preservar o bem querer serviu de muralha amadeirada para o medo não se instalar e me confundir, medo esse que sempre senti, admirando em uma distância confortável para que nunca tivesse conhecimento do meu amor. Em vez disso, estive segura em uma posição de neutralidade que me custou mais do que eu poderia pagar.
O desejo foi o segredo que me colocou nessa situação de fogo amigo, brigando comigo mesma para barrar as lágrimas e revestir-me de uma indiferença que se existe é muito superficial e não lê o brilho que sempre esteve em meu olhar, traduzido de todas as maneiras nos mais doces gestos que desconversei porque não sou dada a lidar com desastrosas intromissões.
Seu lugar ser ao meu lado, mesmo quando léguas de distância nos separam tão descaradamente. Você ser o meu melhor amigo, eu a sua amada. Seu colo ser o meu refúgio, seus braços as imponentes e bem desenhadas asas brancas de um anjo, aquele olhar que foi curando as minhas feridas do passado e foi mais assertivo que o declamar de belos versos.
Não falar. Não por não poder nem querer, mas ser escrava das próprias palavras, fugindo de um eventual arrependimento, da vergonha que confronta diretamente a timidez, da retração que cobra com juros a falta de atitude. Tomar a contramão para fugir do fim, por não estar preparada para ver a vida modificando severamente todas as minhas certezas.
Vejo as horas correrem e a coragem insiste em não se apresentar. O orgulho festeja, irônico, satisfeito por manter-me sob o seu controle, sem distinguir ambiguidades e colaborar por um bom desfecho. Se a poeira abaixar, nem que seja a um ritmo vagaroso, espero te enxergar e deixar para trás o medo bobo de menina, pois a felicidade implica em riscos e se eu não corrê-los posso nunca mais ver a oportunidade repetir-se.
Quando estiver olhando em meus olhos, desvende a minha alma, tem muita coisa que eu não sei dizer com palavras. Meu olhar não mente, procura a candura do seu tom de avelã para ler as cartas não impressas, aquelas que escondemos dentre todas as responsabilidades programadas para nos afastar. Beije minha testa com ternura, abrace-me bem forte até que sejamos apenas nós dois no mundo, nós dois contra todo o resto; junte suas mãos com as minhas e prometa que enquanto tiver forças, jamais me deixará sozinha.