Cômodo
História guardada na última gaveta do cômodo do quarto
Lembranças do passado de um ontem nitidamente lembrado
Agente olha pro futuro mas repete o passado, viver... Viver requer muito além do que os meus pais me falaram.
Sorri para o sol porquê o dia amanheceu e já é hora de viver... Viver mesmo que o calor do raio te faça mal, o importante é viver.
Olha pra cima porquê a lua tá linda, anoiteceu, anoitecer e pode ficar tarde pra você começar a pensar em viver.
Por que as pessoas acreditam mais em palavras diferidas de modo comodo, do que atitudes verdadeiras que mostra o que sentimos?
Demétrio Sena, Magé - RJ.
É algo bastante cômodo combater inimigos de neon, já previamente vencidos pelo mito da cruz. Um herói dessa estirpe não precisa de coragem, pois peleja contra nada e ninguém.
AMOR AO PRÓXIMO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
É bem cômodo este meu amor ao próximo que me agrada e oferece contrapartida. Massageia o meu ego, por estar sempre de acordo com as minhas ideias e corresponder às mais fundas expectativas.
Amo ao próximo que sempre soma para os meus ideais e fecha comigo no que der e vier. O próximo bem próximo, por ser aquele que dá vantagem, é meu cúmplice ou confidente, me dá razão, me admira, obedece ou apoia, seja qual for a causa.
Ou amo aquele próximo distante, que dá status amar. Que me deixa bem, aos olhos da sociedade, cada vez que ostento amor com um gesto remoto e único, para também fazer as pazes com a própria consciência.
Mas não amo aquele próximo que me desconforta. Tão próximo e sem afinidade. Sem possibilidade, promessa e sentido para para os gritos de minha vaidade; as necessidades mais profundas; aquele velho egoísmo da voz ansiosa pelo próprio eco.
No fim das contas, reconheço que o que faço e difundo como tal, não é exatamente amar ao próximo. É cuidar dos meus interesses.
Não deixe que o medo te impeça de evoluir. Ele vai te forçar a escolher sempre o que for mais cômodo.
Não permita. Saia da zona de conforto e explore seus sonhos com esperança e muita fé.
A inércia, pode ser justificada pela alienação, onde o indivíduo acredita ser mais cômodo viver a fantasia a ele imposta, que buscar seus reais direitos.
